Juarez
Chagas/Professor do Centro de Biociências da UFRN (Juarez@cb.ufrn.br)
Completei este Ano “10 anos” como
articulista em O Jornal de Hoje e, para continuar enumerando o número dez,
sendo os artigos publicados semanalmente, se fosse contar (posso fazer isso,
pois tenho separados e guardados em dez volumes, todos os artigos publicados no
tablóide) somaria mais ou menos 500 (quinhentos) artigos, uma vez que num mês
publico de 4 a 5 artigos, ou seja, uma vez por semana, isso multiplicado por
dozes meses ao ano...É importante observar que, ao longo desse tempo, não teria
deixado de escrever mais do que dez artigos, ao todo. Isso por razões diversas,
como feriados, problemas em computadores, viagens, etc.
Já que comecei o artigo introduzindo
essa questão, confesso que isso me envaidece por dois motivos específicos:
regularidade na publicação dos artigos sobre temas variados e, por manter, por
opção, publicação apenas neste Jornal de Hoje. Acrescentaria ainda outro fator
pessoal que é, neste mesmo jornal, fazer parte de um seleto grupo de escritores
e articulistas, alguns dos quais têm mais tempo do que eu.
Estatística à parte, é inegável dizer
que ainda há assuntos ou temas sobre os quais ainda não escrevi e que, gostaria
de escrever. Sobre Rocky Lane tem sido um deles. A propósito, recebi ontem do
Ebay (espécie de mercado livre pela internet) o livro que vinha buscando há
muito tempo e não conseguia encontrar “Allan Rocky Lane-Replubic´s Action Ace,
considerado raridade, inclusive nos Estados Unidos, onde o ator cowboy nasceu e
brilhou como poucos nos filmes de westerns ou faroestes, como se costuma chamar
no Brasil. Agora, além dos dez primeiros números originais da revista Rock Lane
e uma coletânea de filmes e seriados com 51 títulos, tenho sua difícil
biografia. Na verdade, Rocky Lane era, dividindo espaço com Roy Rogers e Rex
Allen, um dos principais mocinhos dos seriados e filmes B´s de farwest.
Allan Lane, mais conhecido como Allan “Rocky” Lane (Mishawaka, 1904 - Califórnia, 1973) ator norteamericano que se especializou em Westerns B,
tendo sido o grande cowboy da Republic
Pictures no final dos
anos 40 e início dos 50, tendo atuado em mais de 125 filmes e shows de TV. Sua
carreira estendeu-se de 1929 até 1966, quando dependurou os revólveres
cinematográficos.
Além dos westerns, teve também
importantes participações, inclusive num filme Alfred Hitchcock Presents, no episódio "Lamb to the Slaughter" em 1958.
Também se tornou conhecido por fazer a voz do cavalo na série de TV Mister Ed,
nos anos 1960.
O mais famoso mocinho dos seriados
dominicais do cinema, Rock Lane era disputadíssimo tanto nas telas como nas
revistas em quadrinhos, pela garotada dos anos 50 e 60, quando sua fama atingiu
o auge, mesmo já estando ele praticamente recluso e fora das telas.
Seu primeiro Western foi em 1938, “The Law West of Tombstone” (“A Lei da Terra dos Bandoleiros”),
para a RKO Pictures,
ao lado de Harry Carey, Tim Holt, Tom Tyler e Ward Bond, onde interpretava um
“fora-da-lei” Em 1953, fez seu último Western-B
para a Republic, e depois disso fez apenas alguns papéis secundários para a Universal Pictures, sendo seu último filme,
para a Rank, “Geronimo’s Revenge”
(“A Vingança do Pele-Vermelha”). Antes deste último filme, já no final de sua
carreira, interpretou um papel secundário no filme de Audie Murphy “Hell Bent
for Leather (Com o dedo no Gatilho), em 1960.
Antes de se tornar o famoso cowboy
Rocky Lane, Allan Lane fez outros papéis importantes como o seriado de 1940 “O
Rei da Polícia Montada (King of the Royal Mounted)
e também o seriado de Nyoka “Daredevils of the West” (“A Tribo
Misteriosa”) em 1943, e “The Tiger Woman” (“A Mulher Tigre”), em 1944.
Também entre 1944 e 1946, Lane estrelou seis filmes para a Republic,
substituindo Don “Red” Barry, o primeiro deles “Silver City Kid (À Procura do Assassino), em 1944.
Mas, como não há um bom sem defeito,
Allan Rocky Lane também era tido, por seus próprios colegas e pouquíssimos
amigos de filmagens, como a pessoa mais antipática e arrogante que se conhecia.
“Ele parecia um cavalo batizado e foi a pessoa mais desagradável e “besta” que
já conheci”, falou na época Kay Aldridge, a Nyoka do seriado que teve que
dividir com Allan Lane.
Então, vale o ditado que diz que “nem
tudo que brilha é ouro”, mas se alguém fosse falar isso para os fans de seus
filmes e seriados, na época, certamente não ouviria boas coisas.
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