28/10/2016
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27/10/2016
DIA 27 MACAÍBA
139 ANOS
Valério
Mesquita*
O ponto alto das comemorações dos 139 anos da emancipação
política e administrativa de Macaíba continua sendo o bicentenário de nascimento
do seu fundador Fabrício Gomes Pedroza, cujas cinzas foram trasladadas do Rio
de Janeiro para a igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição. O vinte e sete
de outubro de 1877, pela lei nº 801, Macaíba – que antes se chamava Coité –
desmembrou-se de São Gonçalo. Aí amplia-se o período de esplendor comercial do
porto de Guarapes que irradiou energia econômica a todos os quadrantes.
Monopolizou o sal para o sertão, incentivou a indústria açucareira do vale do
Ceará-Mirim, financiou a produção adquirindo as safras das fazendas de algodão,
cereais, couros e peles. Fundou a “Casa dos Guarapes” e do alto da colina
comandou o seu mundo de transbordamentos, onde tudo era rumor, vida, agitação,
atividade.
É nesse vácuo de duzentos anos que reside a minha perplexidade.
Um silêncio dominado pelo abandono e a indiferença. Ninguém coloca em cena a
coragem de contemplar restituído o universo oculto de Fabrício que fez brilhar
o nome de Macaíba dentro e fora do Rio Grande do Norte, na segunda metade do
século dezenove. Não bastam, apenas, reprisá-lo com lendas e narrativas, como
tivesse sido um mundo de ficção. Melhor que a dispersão da palavra solta é
ouvir o eco de suas paredes reerguidas, das vozes trazidas pelo vento das vidas
que não se pulverizaram mas renasceram pelas mãos das novas gerações. Esse
universo semidesaparecido, clamo por ele, aqui e agora, afirmando que a melhor
imagem de um homem, após a morte, não são as cinzas, mas a obra que legou à
posteridade, revivida e restaurada como reconfortante e fiel fotografia de sua
história e vida.
Como guerreiro solitário, luto há mais de quinze
anos pela restauração dos escombros do empório dos Guarapes. Como membro,
àquela época, do Conselho Estadual de Cultura do Estado, consegui o tombamento.
De imediato, no desempenho do mandato parlamentar obtive do governo a
desapropriação da área adjacente. Batalhei, em alto e bom som, junto aos
gestores públicos a elaboração do projeto arquitetônico, que, até hoje, dormita
em armário sonolento da burocracia. Foi uma agitação, apenas, que não se moveu
nem comoveu. Saí dos movimentos da superfície oficial, para as janelas da
imprensa e outras vozes, em coro uníssono, oraram comigo pelas ruínas da mais
reluzente história da economia do Rio Grande do Norte: os Guarapes. Todo esse conjunto
de verdades fixas foi ilusão imaginar que a lucidez jamais se disfarçaria em
surdez. Como enfrentei e venci no passado, partindo de perspectivas débeis e
precárias, óbices quase intransponíveis para a restauração das ruínas do Solar
do Ferreiro Torto e da Capela de Cunhaú, sinto que não perdi os laços entre a
fragmentação do sonho e a fé incondicional no meu pragmatismo, de que tudo, até
aqui, nada foi em vão.
Reproduzir a realidade, tal que se imagina
que fosse, o burburinho comercial e empresarial daquele tempo de Fabrício,
faz-nos refletir e aprender para ensinar aos jovens de hoje através de
exemplos, imagens e ritmos, a saga de que vultos como o dele iniciaram uma
figuração, nova, nítida e luminosa, pouco tempo depois, numa Macaíba que
começava a nascer com Auta de Souza, Henrique Castriciano, Tavares de Lyra,
Augusto Severo, Alberto Maranhão, João Chaves, Octacílio Alecrim e outros que
construíram em modelos de vidas o prestigio da terra natal – que não se
evapora, nem se desmancha. Essa realidade para mim é tensa e inquieta, porque
cabe hoje revivê-la em todos nós. É imperioso que os nossos governantes tracem
esboços para uma saída, uma superação, criando-se fendas e passagens, para
juntos, todos, respirarmos o oxigênio da convivência com os nossos
antepassados. Se todos nós pensarmos assim, com cada palavra significando
labareda, lampejo, no centésimo trigésimo nono aniversário, derrubem, pois, os
obstáculos que impedem as luzes da memória dos Guarapes refletirem sobre a
posteridade. Se assim não agirmos tudo será cinzas.
Até hoje, o que foi feito: a) Projeto
técnico de restauração está numa UTI da Fundação José Augusto; b) O Ministério
do Turismo destinou quase hum milhão de reais para a largada; c) É preciso que
esse projeto chegue em Brasília dentro do prazo além da contrapartida do Estado;
d) Que nos Guarapes se erga o Museu do Comércio do Rio Grande do Norte. Viva o
27 de outubro!
(*) Escritor.
26/10/2016
DIA 27 DE OUTUBRO (QUINTA-FEIRA)
A ACADEMIA DE LETRAS JURÍDICAS DO RIO GRANDE DO NORTE - ALEJURN, CONVIDA TODOS OS SEUS MEMBROS TITULARES, A CLASSE JURÍDICA DO ESTADO, OS AMIGOS E FAMILIARES DO PRANTEADO ACADÊMICO FRANCISCO FAUSTO, PARA ASSISTIREM A SOLENIDADE DO SEU NECROLÓGIO, A OCORRER NA SEDE DA PROCURADORIA GERAL DO ESTADO, HORÁRIO 10 HORAS, TENDO COMO ORADOR ESPECIAL O ACADÊMICO VALÉRIO MARINHO.
Academia de Letras Jurídicas do Rio Grande do Norte - ALEJURN
Fone: (84) 3232-2890 - Natal/RN
e-mail: alejurn2007@gmail.com
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VII - ENCONTRO POTIGUAR DE ESCRITORES
PROGRAMA
27.10.2016, QUINTA-FEIRA
9h – Abertura Solene
(Eduardo Gosson – Presidente da UBE-RN)
Homenagem aos escritores que escrevem para crianças (entrega de um DIPLOMA ESPECIAL) e a comemoração do DIA DO LIVRO INFANTOJUVENIL 08 de setembro nas esferas estadual e municipal
01. Antônio Francisco; 02. Bartolomeu Correia de Melo (in memoriam); 03. Celeste Borges; 04. Diógenes da Cunha Lima; 05. Flauzineide Moura Machado; 06. José de Castro; 07. Juliano Freire de Souza; 08. Nati Cortez (in memoriam); 09. Salizete Freire Soares; 10, Homero Homem.
10h – lançamento da revista literária eletrônica Kukukaia
(Alfredo Neves e José Ivam Pinheiro- editores)
10h30 – O papel das leis de leituras literárias: balanço municipal e estadual
(Claudia Santa Rosa-SEEC e Justina Iva-SME)
Moderadora: Flauzineide Moura Machado-UBE-RN
15h - Parnamirim, um rio de leitura
(Angélica Vitalino)
16h30 – A Importância em formar novos leitores
(Erileide Rocha-SEEC, José de Castro-UBE-RN e Salizete Freire Soares-UBE-RN)
Moderador: Juliano Freire de Souza-TJRN
28.10.2016, SEXTA-FEIRA
09 h – Câmara Cascudo e a literatura infantil
(Daliana Cascudo-LUDOVICUS e Vicente Serejo-ANL)
Moderador: Humberto Hermenegildo-UFRN
10h30- O Ofício da Poesia
(Paulo de Tarso Correia de Melo -ANL, Lisbeth Lima - UBE-RN e Roberto Lima de Souza-IHGRN)
Moderador: Lívio Oliveira-UBE-RN
15h – O Vale Cultura
IsauraRosado-FJA / Secretaria Extraordinária de Cultura
16h30 – As UBE’s, As Academias de Letras e os Conselhos Estaduais de Cultura na construção de um país de leitores
(Juçara Valverde/UBE-RJ; Zelma Furtado /AFLRN; Iaperi Araújo/CEC e Joana D’arc/AFLAM)
Moderador: Nelson Patriota/ANLRN
18h- Encerramento
25/10/2016
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24/10/2016
Fato histórico verdadeiro que vale a pena conhecer.
A verdade sobre as atitudes dos brasileiros na 2a. Guerra Mundial ! Como respeitar o inimigo rendido. Vale ler e refletir.
Por que a 148ª Divisão Alemã se entregou somente aos brasileiros na Itália?
Cel. Hiram Reis e Silva
“Foi
em abril de 1945. Os alemães tinham retraído da Linha Gótica depois da
nossa vitória em Montese, e provavelmente pretendiam nos esperar no vale
do rio Pó, mais ao Norte. Nosso Esquadrão de Reconhecimento, comandado
pelo Pitaluga, os avistou na Vila de Collechio, um pouco antes do rio. A
pedido do General fui ver pessoalmente e lá, por ser o mais antigo,
coordenei a noite um pequeno ataque com o esquadrão e um pelotão de
infantaria, sem intenção maior do que avaliar, pela reação, a força do
inimigo. Sem defender efetivamente o local, os alemães passaram para o
outro lado do rio e explodiram a ponte. Então observamos que se tratava
de uma tropa muito maior do que poderíamos ter imaginado. Eram milhares
deles e nós tínhamos atacado com uma dezena de tanques e pouco mais de
cinquenta soldados”.
“Informamos ao comando superior que o inimigo
teria lá pelo menos um regimento. O comando, numa decisão ousada, pegou
todos os caminhões da artilharia, encheu-os de soldados e os mandou em
reforço à pequena tropa que fazia frente a tantos milhares.” – ”
Considerei cumprida a minha parte e fui jantar com o Coronel Brayner,
que comandava a tropa que chegara” prosseguiu Dionísio. “Durante a
frugal refeição de campanha, apresentaram-se três oficiais alemães com
uma bandeira branca, dizendo que vieram tratar da rendição. Fiquei de
interprete, mas estava confuso; no início nem
sabia bem se eles queriam se entregar ou se estavam pensando que nós
nos entregaríamos, face ao vulto das tropas deles, que por sinal
mantinham um violento fogo para mostrar seu poderio”.
“Esclarecida
a situação, pediram três condições: que conservassem suas medalhas; que
os italianos das tropas deles fossem tratados como prisioneiros de
guerra (normalmente os italianos que acompanhavam os alemães eram
fuzilados pelos comunistas italianos das tropas aliadas) e que não
fossem entregues à guarda dos negros norte-americanos”.
“Esta última
exigência merece uma explicação: a primeira vista parece racismo. Que os
alemães são racistas é óbvio, mas porque então eles se entregaram aos
nossos soldados, muitos deles negros? Bem, os negros americanos naquela
época constituíam uma tropa só de soldados negros, mas comandada por
oficiais brancos. Discriminados em sua pátria, descontavam sua raiva dos
brancos nos prisioneiros alemães, aos quais submetiam a torturas e
vinganças brutais. É claro que contra eles os alemães lutariam até a
morte.
Não era só uma questão de racismo”.
“Eu perguntei ao
interprete do lado alemão (nos entendíamos em uma mistura de inglês,
italiano e alemão), por que queriam se render, com tropa muito superior
aos nossos efetivos e ocupando uma boa posição do outro lado do rio. Ele
me respondeu que a guerra estava perdida, que tinham quatrocentos
feridos sem atendimento, que estavam gastando os últimos cartuchos para
sustentar o fogo naquele momento e que estavam morrendo de fome. Que
queriam aproveitar a oportunidade de se render aos brasileiros porque
sabiam que teriam bom tratamento”.
“Combinada a rendição, cessou o
fogo dos dois lados. Na manhã seguinte vieram as formações marchando
garbosamente, cantando a canção ‘velhos camaradas’, também conhecida no
nosso Exército”.
“A cerimônia era tocante” – prosseguiu Dionísio.
“Era até mais cordial do que o final de uma partida de futebol. Podíamos
ser inimigos, mas nos respeitávamos e parecia até haver alguma afeição.
Eles vinham marchando e cada companhia colocava suas armas numa pilha,
continuando em forma, e seu comandante apresentava a tropa ao oficial
brasileiro que lhe destinava um local de estacionamento. Só então os
comandantes alemães se desarmavam. A primeira Unidade combatente a
chegar foi o 36 Regimento de Infantaria da 9° Divisão Panzer Grenadier.
Seguiram-se mais de 14 mil homens, na maioria alemães, da 148° Divisão
de Infantaria e da Divisão Bessaglieri Itália que os acompanhava”.
“Entretanto
houve um trágico incidente: Um nosso soldado, num impulso de momento,
não se conteve e arrancou a Cruz de Ferro do peito de um sargento
alemão. O sargento, sem olhar para o soldado, pediu licença a seu
comandante para sair de forma, pegou uma metralhadora em uma pilha de
armas a seu lado e atirou no peito do brasileiro, largou a arma na pilha
e entrou novamente em forma antes que todos se refizessem da surpresa.
Por um momento ninguém sabia o que fazer. Já vários dos nossos
empunhavam suas armas quando o oficial alemão sacou da sua e atirou na
cabeça do seu sargento, que esperou o tiro em forma, olhando firme para
frente. Um frio percorreu a espinha de todos, mas foi a melhor solução” -
Concluiu Dionísio.
Ao ouvir esta história, eu já tinha mais de dez
anos de serviço, mas não pude deixar de me emocionar. Não foram as
tragédias nem as atitudes altivas o que mais me impressionaram. O que
mais me marcou foi o bom coração de nossa gente, a magnanimidade e a
bondade de sentimentos, coisas capazes de serem reconhecidas até pelo
inimigo. Capazes não só de poupar vidas como também de facilitar a
vitória. É claro que isto só foi possível porque os alemães estavam em
situação crítica; noutro caso, ninguém se entregará só porque o inimigo é
bonzinho, mas que a crueldade pode fazer o inimigo resistir até a
morte, isto também é real. Na História Pátria podemos ver como Caxias,
agindo com bondade, só pacificou, e como Moreira César, com sua
crueldade, só incentivou a resistência até a morte em Canudos.
O
General Dionísio e o interprete alemão – Major Kludge, se tornaram
amigos e se corresponderam até a morte do primeiro, no início dos anos
90. O General Mark Clark, comandante do 5° Exército norte-americano, ao
qual a FEB estava incorporada, disse que foi um magnífico final de uma
ação magnífica. Dionísio disse apenas que a história real é ainda mais
bonita do que se fosse somente um grande feito militar."
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23/10/2016
JANSEN LEIROS - MISSA DE 7º DIAS
ANAIR FERREIRA, FAMILIARES E AS INSTITUIÇÕES ACADEMIA MACAIBENSE DE LETRAS E INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE CONVIDAM PARA A
MISSA DE 7º DIA
Do nosso pranteado JANSEN LEIROS FERREIRA
IGREJA DE SANTO AGOSTINHO (Conjunto dos Professores)
dia 24 de outubro
18,30 horas
Celebrante: Padre Gentil.
22/10/2016
TERRA DE ILUMINADOS
MACAÍBA:
139 ANOS DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA
Pesquisa e
Texto de Valério Mesquita (*)
e Anderson
Tavares
Os núcleos
populacionais mais antigos e conhecidos nas terras onde atualmente ergue-se a
cidade de Macaíba foram o arraial e o engenho Potengi (Ferreiro Torto), o
segundo da capitania do Rio Grande. Foi construído pelo capitão Francisco
Rodrigues Coelho e o seu sócio, o vigário do Natal Gaspar Gonçalves da Rocha. Esse
primitivo engenho, bem como o arraial, tiveram vida curta. Foram destruídos e o
proprietário massacrado pelas mãos invasoras holandesas em dezembro de 1634.
Ato contínuo,
tendo em vista a decadência da cidade do Natal, arrasada pelos batavos, estes subiram o rio Potengi
e na confluência do rio Jundiaí foi fundado a Nova Amsterdã, a qual chegou a
possuir a câmara dos escabinos cujos moradores viviam da pesca, da produção de
farinha e do plantio de fumo.
Porém, a história
oficial do município teve início em 1770, com a demarcação do sitio Coité pelo
coronel Manoel Casado. Coité era uma árvore abundante na região que o coronel
passou a criar e plantar em sua propriedade. Em 1850, passa a pertencer ao
capitão Francisco Pedro Bandeira de Melo, cuja filha, D. Damiana Maria
Bandeira, consorciou-se com o comerciante Fabrício Gomes Pedroza, morador no engenho
Jundiaí.
Fabrício Pedroza, comerciante de alto
prestígio e larga visão comercial, notando a boa localização do sítio do sogro,
constrói o primeiro estabelecimento comercial à margem do rio Jundiaí , e numa
cerimônia em 1855 no quintal do referido estabelecimento onde plantou duas
macaíbas, muda o nascente povoado de Coité para Macaíba. E convida amigos
comerciantes para instalar-se na localidade. Em 1870, o major Fabrício funda a
casa comercial dos Guarapes, importadora e exportadora de produtos, direto do
seu porto para os EUA e Inglaterra, com a mudança do velho para Rio de Janeiro:
o negócio foi fechado e abalou a frágil economia provincial.
A freguesia foi criada pela lei n° 815, de 07 de dezembro de 18 77,
sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição, santos Cosme e Damião.
A lei provincial
n° 801, de 27 de
outubro de 18 77, deu ao povoado da Macaíba o predicamento de vila,
ganhando assim autonomia administrativa, sendo transferida à câmara municipal
de São Gonçalo cujo presidente era o capitão Vicente de Andrade Lima. Outra lei
provincial n° 1.010, de 05 de janeiro de 18 89, elevou-a à condição de cidade.
Como distrito, ou termo judiciário,
Macaíba foi elevada à categoria de comarca do Potengi pela lei provincial n°
845, de 26 de junho
de 18 82, suprimida, posteriormente, em 1898, restaurada em 1907,
foi novamente suprimida em 1914, e afinal restaurada em 08 de abril de 19 18.
Pioneiro em vários
aspectos, o município libertou seus escravos em 06 de janeiro de 18 88, tendo a frente
deste movimento o comendador Umbelino Freire de Gouveia Mello, presidente da
sociedade libertadora "Padre Dantas”. A primeira casa bancária do estado
foi nesta cidade, fundada pelo deputado Eloy Castriciano de Souza, que
financiava as safras de açúcar de grande parte dos municípios do Ceará-Mirim à São José, incluindo o vale do
Cajupiranga. Sendo ainda a promotora do trabalho feminino no comércio, uma vez
que o senhor Francisco Campos era auxiliado por sua esposa e as quatro filhas
em seu comércio no ano 1924.
Macaíba hoje tem
uma população superior a 70.000 habitantes, uma área de 492 km , 48 escolas públicas
municipais, 10.957 alunos matriculados na rede municipal de ensino, 04 (quatro)
distritos (Traíras, Mangabeira, Cajazeiras e Cana-Brava), 16 (dezesseis)
comunidades urbanas e 29 (vinte e nove) comunidades rurais. Faz fronteira com
08 municípios (Natal, Parnamirim, São José do Mipibú, Vera Cruz, Bom Jesus, São
Pedro, lelmo Marinho e São Gonçalo do Amarante), 15 (quinze) vereadores
integram o poder legislativo municipal. FPM e ICMS são as maiores fontes da
receita pública.
Localiza-se a 18 quilômetros de
Natal e a 09
quilômetros do antigo aeroporto Augusto Severo e é
cortado por duas BR's 304 e 226, e pela RN 160. Do aeroporto internacional
Aluizio Alves distante cerca de 16 quilômetros. Possui um distrito industrial
composto por inúmeras empresas entre pequenas, médias e grandes (a SAM’S, MULTIDIA, COTEMINAS, COCA-COLA, RUFITOS, TEMPEROS SADIO, ARGAMASSA POTENGY,
CENTER MASSAS, ÁGUA MINERAL CRISTALINA, ÁGUA MINERAL RIOGRANDE, ÁGUIA PISCINAS,
RESINORTE), entre outras.
Salve a data
aniversária de 27 de outubro! Salve Macaíba e a sua história! Povo que não tem
história não tem futuro.
(*) Escritor.
18/10/2016
JANSEN LEIROS
ESTIMADOS LEITORES e ASSOCIADOS,
Mais uma vez temos o pesar de registrar a partida de um amigo e confrade. Na última semana foi Ernani Rosado e agora JANSEN LEIROS FERREIRA, macaibense de valor, legítimo representante da cultura de sua terra nos tempos contemporâneos, fundador e primeiro presidente da ACADEMIA MACAIBENSE DE LETRAS.
Logo cedo, a notícia se fez presente na rede social com a triste notícia. A notícia oficial partiu do Presidente da AML:
Bom dia. Prezados Confrades. Com tristeza, comunico o falecimento do nosso amigo e irmão JANSEN LEIROS, ocorrido ontem. O velório será no Morada da Paz da Rua São José, a partir das 8 horas. Sepultamento às 17 em Emaús. Que Deus o receba na Morada Eterna com todas as bençãos que ele merece. Cícero Macedo - Pte. AML
O pranteado confrade foi Assessor Especial da Presidência do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, na gestão do Presidente e confrade Valério Mesquita, continuando na administração Ormuz Simonetti. Ainda a semana que passou compareceu á reunião semanal da Instituição.
AGORA O LUTO, A SAUDADE e a certeza de que seremos gratos e fiéis à sua existência nesta dimensão da vida.
Para ANAIR, sua viúva e filhos do falecido as nossas condolências.
Para ANAIR, sua viúva e filhos do falecido as nossas condolências.
A CULTURA FICOU MAIS POBRE.
12/10/2016
Valério Mesquita escreveu:
AS PEQUENAS ATITUDES MELHORAM O MUNDO
Valério
mesquita
Nesse planeta de
dúvidas e de dívidas – muito mais do que antes – é necessário compadecesse do
ser humano. As pequenas atitudes melhoram o planeta, repito e é verdade.
Contudo, a cada dia, se descobre que todo homem, por mais firme que esteja é
pura vaidade. Não reflete que “passa como uma sombra amontoando tesouros e não
sabe quem os levará”, conforme ensinou o salmista rei Davi, no auge do declínio
político e de poder. Os dias de hoje são ominosos e fatais para a humanidade.
Mesmo que você ore que o Senhor é a sua luz e a ninguém deve temer. O tempo
mudou muito a imagem e a rigidez disciplinar do Vaticano. O poder doutrinário
não é mais tão exigente quanto o de antes. Hoje é pacífico, conciliador.
O ser humano vive a
cultura do mundo das paixões, das relações homoafetivas, dos trágicos conflitos
racionais, religiosos e políticos. As práticas já alcançaram o nível de
extermínio. Nas favelas brasileiras o número de bandidos excedeu o de moradores
pobres. Na história das repúblicas latino-americanas os índios foram vítimas de
assassinatos, hoje são os doentes nos hospitais públicos pela falta de remédios
e de médicos. O egoísmo dos homens corrompeu a democracia, as instituições.
Tudo foi depredado: o meio ambiente, o sindicalismo, o mercado de trabalho, o
sistema previdenciário, o ensino médio e superior, a legislação penal e a penitenciária.
Até no Supremo Tribunal Federal, os ministros colidem e se agridem de forma
banal, como nunca se viu décadas passadas. As Casas Legislativas cultivam o
silêncio obsequioso em algumas questões e em outras submetem-se a dependência
de cargos, favores ocasionais e sazonais.
Prefiro laborar na tese
de que o homem sem acreditar na Bíblia não tem futuro na terra e nem no que
cuida ou governa. Caso se torne bem sucedido, fará infeliz uma multidão de
seres humanos. Certa vez, procurei ler algo sobre a trajetória do teólogo e
pensador Leonardo Boff, notadamente traços de suas colisões com a igreja
católica, por causa da Teologia da Libertação. É claro que não pretendo num modesto
texto discutir ou discrepar com o famoso escritor e pensador brasileiro. Pinço
um fato do seu encontro em 1984, em Roma com o cardeal Ratzinger, sucessor de Wojtyła
(Papa João Paulo II). O ex-pontífice era o então prefeito da Congregação para a
Doutrina e a Fé. No dia aprazado, Boff escreveu ao cardeal explicando que não
poderia comparecer ao chamado da Santa Sé porque naquele dia (05 de setembro),
teria compromisso com a Associação das Prostitutas, vítimas de exploração, a
qual recebia apoio da CNBB. O papa emérito (cardeal Ratzinger) telegrafou para
dizer que “a Igreja deveria vir antes de tudo”. Leonardo Boff foi astuto.
Respondeu “que, conforme as palavras de Jesus, as prostitutas gozam de precedências,
no Reino dos Céus”. E citou a parábola
de Jesus em Mateus 21.31, quando pregava no templo para os principais
sacerdotes e os anciões do povo que davam respostas equivocadas as suas
perguntas. (“Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes vos precedem no
reino de Deus”).
Veja como a
interpretação da palavra de Deus (Pai, Filho e Espírito Santos) pelas religiões
cristãs do mundo está a merecer uma rediscussão a fim de chegar a unicidade e a
verdadeira paz. Outro detalhe diferenciador das igrejas católicas e
evangélicas: a primeira diz “a paz de Cristo!”. A segunda, para divergir, todavia
dá no mesmo, proclama “a paz do Senhor!”. Chegou o momento fundamental de todos
se entenderem que o reino desta vida também é de Deus, uno e indivisível. A paz
é uma só. Outra grande atitude para melhorar o mundo já pregado e difundido
pelo Papa Francisco é o diálogo das igrejas em favor da coletividade humana,
sem o fermento da discórdia e do egoísmo na interpretação da palavra do Pai, do
Filho e do Espírito Santo. “Quando dois ou mais estão reunidos em meu nome,
estou presente no meio deles”. No mais, é deixar que Ele grave no senso trágico
da brevidade humana os sinais de sua mensagem.
(*) Escritor.
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