MAURÍLIO PINTO, A NOSSA GRATIDÃO – Berilo de Castro
MAURÍLIO PINTO, A NOSSA GRATIDÃO –
Berilo de Castro – Escritor
Maurílio Pinto de Medeiros nasceu em Pau
dos Ferros/RN, no dia 24 de agosto do ano de 1941, filho do coronel PM
Bento Manoel de Medeiros (1910-1961) e de Julieta Pinto Nascimento
(1919-2014).
Iniciou sua carreira de policial civil
ainda menor de idade, aos 16 anos, como motorista, nas mais variadas e
perigosas incursões policiais na região de Patu/RN, acompanhando o seu
pai, o disciplinado e eficiente delegado Bento.
Após prestar serviço militar obrigatório
por 2 anos na Força Aérea Brasileira ( FAB ), volta à Polícia Civil e é
contratado como motorista da Secretaria do Interior e Justiça, no dia 1
de julho do ano de 1964, quando passa a ocupar oficialmente a função de
motorista do delegado geral da Polícia Civil, o coronel Bento de
Medeiros.
A princípio a ocupação na função
policial seria de curta duração, pelo que afirmara o sei pai, o coronel
Bento: “ Maurílio, meu filho, olhe, só quero que você fique na Polícia
até o momento que eu estiver trabalhando.
Quando me aposentar não quero mais você
aqui”. O pai temia pela vida do filho. Sabia da difícil e perigosa
missão que o filho teria, caso continuasse.
Maurílio formou-se em Jornalismo,
profissão na qual nunca atuou. Diplomou-se em Direito ( Bacharel ) no
ano de 1975, quando prestou concurso para delegado da Polícia Civil,
sendo aprovado.
Conheci Maurílio no ano de 1972, quando
fui contratado no Governo de Cortez Pereira, para prestar serviço médico
na Secretaria de Interior e Justiça, na função de clínico geral no
Complexo Penitenciário João Chaves.
Homem simples, alheio a vaidades,
corajoso, estrategista e de uma dedicação e um empenho em suas missões
sem precedentes: sempre executadas com muito zelo e determinação,
merecedoras dos mais altos reconhecimentos e aplausos, a ponto de
merecidamente receber da Câmara Municipal de Natal o título de “Xerife” e
da Assembleia Legislativa do Rio
Grande do Norte a Medalha do Mérito
Legislativo, sua maior honraria. Tinha e sentia literalmente em suas
investidas o verdadeiro “faro”, o “cheiro” e a percepção para a
elucidação de crimes de difíceis soluções.
Nunca saia para uma missão sem antes
estudá-la minuciosamente; sabia muito bem os riscos que correria. Não se
atirava às “cegas”.
Sua brilhante trajetória profissional
conta com 47 anos de efetivos e dedicados serviços prestados à Segurança
Publica do nosso Estado, onde galgou merecidamente todos os degraus da
sua carreira policial: de motorista à Secretario Adjunto da Secretaria
de Segurança e Defesa Social, deixando um legado imensurável e
inquestionável de ações exemplares, que ficarão registradas e
inapagáveis nos anais da história da briosa Polícia Civil do Estado do
Rio Grande do Norte.
Quem não lhe conhece, não perdeu o direito de conhecer.
Maurílio, a nossa gratidão.
Berilo de Castro – Escritor
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