UM TRABALHO NA 4º DIMENSÃO
Aproximava-se do meio-dia e
estava quente. Muito quente mesmo! O termômetro marcava 32º centígrados.
Dir-se-ia que, em pouquíssimo tempo, teríamos uma precipitação pluviométrica,
muito intensa. De nos causar medo!
Face a esta conjuntura, apressei-me
para não me atrasar. A reunião para a qual eu estaria indo, teria início às
14:00h. Se chovesse, não gostaria de chegar atrasado,.
Segui! Em chegando lá,
duas companheiras de trabalho já haviam chegado e não havia mais o que fazer. Tudo estava devidamente arrumado. Todas as coisas estavam nos seus devidos
lugares. Sala impecável! Era assim que
eles pediam!
Sentei-me numa das cadeiras da sala e
entrei em relax. Em poucos instantes adormeci.
Não sei precisar quanto tempo levei
para entrar em sono reparador!
De repente, me vi desperto na 4ª
dimensão. Na 3ª, cheguei a ver: Milla, Tatiana, Marlene (a coordenadora) e
Marilene. Essa, seria a equipe de
médiuns que promoveria a sessão de
aplicação de passes. Eu, tão somente , ministraria a emissão das energias
magnéticas, meramente somáticas e os demais, trabalhariam no amálgama das
forças do corpo e das forças do espírito. Assim, meu objetivo era harmonizar o
ambiente astral que vinha conseguindo.
Ali, o silêncio parecia ser ouvido.
Era o que o momento pedia, pois se desejasse articular um trabalho específico
com os seres em desdobramento corporal, como nós, o modelo era aquele.
No plano físico, o trabalho de
atendimento aos pacientes encarnados, tivera início. Agraciado com o contato de minhas companheiras
da esfera terrena, me contentei em vê-las em atividade no campo da 4ª dimensão.
Estava feliz!
A reunião tivera início, exatamente
às 14:00hs. Voltei ao corpo! Olhei para
os lados e identifiquei minhas companheiras de trabalho. Cada uma ladeando sua mesa de atendimento.
De repente, passei a ouvir vozes
longínquas, que não conseguia identificar, porque eram distantes e não as ouvia
bem. Além do mais, eu não estava psiquicamente bem.
Aqui, vale à pena dizer que, na
reunião anterior, fomos apanhados de surpresa e, incontinenti, afastado de
minha mesa de trabalho, sob a alegação de que os mecanismos teriam mudado e que
a equipe de médiuns passara a ser somente feminina e que eu iria ficar,
somente, doando energias.
De repente, tomei um susto, pois não
entendi o porque. Porem, como sou pessoa
educada, aliás, bastante educada, e cristã na acepção íntegra da palavra, nada
questionei e permaneci no ambiente e, ainda me dispus, de vir na quinta-feira
próxima e na seguinte, etc.
Hoje, novamente, me surpreendi! A companheira Milla, percebendo que eu continuava
impactado com a forma da informação, disse-me delicadamente que eu estava sendo
poupado por não me encontrar em boa condição de saúde.
A coordenadora do trabalho, menos
atarefada do que na semana anterior, foi mais gentil, ainda.
Tal atitude me encorajou a verbalizar
algumas coisas que havia ouvido, não só da médium Milla, como da Tatiana, as
quais ratificaram minhas palavras, deixando-me tranquilo com relação à autenticidade
das ocorrências.
Quase no final da tarde, assisti à
duas intervenções cirúrgicas, mediúnicas, cujos procedimentos foram confirmados
integralmente, para minha alegria.
Assim, essa crônica, cuja
autenticidade poderá ser confirmada pelas médiuns componentes do grupo que atua
na referida sala.
Desculpas por minha precipitação,
venho pedir de público!. É que, de fato, guardo, ainda, a pequenez do ressentimento, quando me magoam
desconhecendo uma coisa chamada sensibilidade, que possuo
e minha produção literária é dela uma prova inconteste.
JANSEN
LEIROSs*
Da
Academia Macaibense de Letras;
Da
Academia Norte Rio-grandense de Trovas
Da
União Brasileira de Escritores;
Do
Instituto Histórico e Geográfico do RN.
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