Casa
do Estudante do RN é penalizada
Por:
Carlos Roberto de Miranda Gomes, escritor, sócio efetivo do IHGRN
Sensibilizado pela penúria vivida pela Casa do Estudante
do Rio Grande do Norte iniciei campanha na rede social e com apoio da imprensa,
tentando minorar a crise ali existente.
Com o respaldo do Rotary Clube Natal – Sul, consegui
alguns mantimentos e material de limpeza em caráter emergencial, mas paliativo,
enquanto esperava providências mais objetivas do Poder Público, notadamente do
Ministério Público que conseguiu êxito com uma ação civil pública e também de
outros organismos estatais.
Mantive encontros com o Presidente da CERN e tomei
conhecimento dos vários e graves problemas ocorridos e me propus ajudar, na
medida do possível.
Infelizmente, em que pese os transtornos dos moradores da
Casa, que a criaram por iniciativa de um grupo de estudantes de várias cidades
do interior do Estado para permitir o complemento dos seus estudos na capital,
fato ocorrido no longínquo 02 de junho de 1946, vieram a ter ameaçado o seu
teto, presentemente funcionando no prédio histórico da Rua Coronel Lins Caldas,
nº 678, bairro da Cidade Alta, conforme pena de Advertência aplicada pela
Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Natal, em virtude
da interdição do prédio.
A
situação é aflitiva e merece a atenção dos representantes do povo, aos quais
dirijo esta mensagem, rogando uma providência imediata e enérgica para que não
sejam jogados na rua cerca de oitenta residentes, numa época que corresponde
aos seus exames finais dos cursos regulares que frequentam e sob o clima
natalino, que deveria ser de confraternização e solidariedade.
Na
condição de aposentado já não possuo prestígio para qualquer ação em favor dos
estudantes, mas disponho de boa vontade e amizade com pessoas que ainda possuem
liderança na are privada e pública.
Faço
aqui um apelo especial aos meus ex-alunos Robinson Faria e Fábio Dantas,
eleitos para a direção do nosso Estado a partir de 2015, como também ao
Deputado Ricardo Motta e ao Vereador George Câmara, igualmente meus ex-alunos,
para que olhem com carinho para esta situação e façam alguma coisa para evitar
o “despejo”.
Vou
continuar buscando a colaboração da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do RN,
como ao Conselho Regional de Contabilidade para a solução de problemas de ordem
jurídica e contábil, procurando sensibilizar, também, alguns ex-residentes
ilustres da CERN na esperança de que esses jovens, sementes do amanhã, não
venham a sofrer as penalidades sobre fatos que não deram causa.
Ao Estado
do Rio Grande do Norte, ainda que no final de um período administrativo, apelo
para que encontre o meio de não deixar essa marca tão negativa contra a
comunidade dos estudantes menos favorecidos financeiramente e lhes garantam
abrigo.
Vamos à
luta!
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