A casa onde moraram os pais de Henrique Alves
e de Robinson
Faria. Algumas coincidências
Luiz Gonzaga Cortez*
Na Rua Felipe Camarão, 467,
Centro de Natal, há uma residência que foi ocupada por duas famílias de
destaques na política potiguar, desde os anos 30/40 do século passado. Nela
viveram lideranças políticas já falecidas, portanto, com os seus nomes gravados
na História, enquanto outras estão no cume de suas carreiras.
Situada na esquina das ruas
Felipe Camarão e Auta de Souza, a casa, hoje ocupada por uma empresa de planos
de saúde, foi de propriedade do comerciante Manoel Alves, “seu Nézinho”, pai do
ex-Governador e ex-Ministro Aluizio Alves, o maior líder político do Rio Grande
do Norte em todos os tempos. Toda a família de “seu Nézinho” morou naquela casa
até meados da década de 40. Nos fundos da casa ainda está edificado o
apartamento de Aluizio e Agnelo, nos anos em que estiveram enfermos.
O segundo proprietário do imóvel
foi o Sr. Juvenal Justiniano de Faria e sua esposa e prima, Pocina. Sr. Juvenal,
natural do Ceará, ainda menino, fugiu de uma longa seca e migrou para Serra
Negra do Norte, onde encontrou abrigo e ajuda de parentes. Dedicou-se a
agricultura e pecuária e, quando os bons ventos sopravam a seu favor,
transferiu-se para Natal e constituiu família. Pois é, o Sr. Juvenal, que
conheci pessoalmente, era o avô do governador eleito, Robinson Faria, filho de
Osmundo Faria, empresário já falecido.
Robinson Faria, o eleito, não
morou na casa de Sr. Juvenal, mas deve ter visitado os avós paternos quando
criança ou adolescente. Henrique Eduardo Alves, filho de Aluizio Alves, que não
venceu a disputa pela governança do Estado, no último pleito, também não
residiu na antiga residência de seu avô paterno e nunca esteve lá.
Quanto a Agnelo Alves, não é
necessário dizer que o seu filho Carlos Eduardo Nunes Alves é o prefeito de
Natal e com futuro político promissor. E mais: Carlos Eduardo é amigo de
Robinson desde os anos 70, época em que estudavam, na mesma turma, no Colégio
Salesiano São José, na Ribeira, ao lado de outros jovens que se destacaram na
sociedade, como Raniére Barbosa, vereador muito ligado ao prefeito da capital.
Finalmente, a casa que serviu de
moradia às famílias dos pais de Henrique Alves e de Robinson Faria, tem
história. Quem se habilita a resgatar a sua história, ouvindo ex-moradores e
testemunhas dos seus possíveis eventos sociais e políticos?
*Luiz Gonzaga Cortez é jornalista
e pesquisador.
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