e-TURISMO (Tribuna do Norte)
por Antonio Roberto Rocha
Museu da Rampa renasce e conclusão está prevista para este ano
30 de janeiro de 2017 por antoniorobertoA ideia é que o Museu da Rampa, como já se tornou conhecido mesmo antes de funcionar, seja também uma atração turística, sobretudo para o visitante norte-americano, já que a história da Segunda Guerra Mundial está intimamente relacionada ao local. A rampa para hidroaviões no rio Potengi foi ponto obrigatório para aviadores que atravessaram o Atlântico Sul entre 1920 e 1940.
A posição estratégica de Natal, no “cotovelo” da América do Sul, também serviu como referência durante a Segunda Guerra Mundial, sendo o ponto para pouso de aterrissagem de aeroplanos e hidroaviões norte-americanos.
As obras do complexo foram iniciadas em 2013 e se encontravam paradas desde 2014, o que sempre foi bastante criticado pela imprensa de Natal. O motivo alegado foi o fato de a construtora responsável pela execução do projeto garantir que havia erro de cálculo nas vigas que sustentariam o Memorial do Aviador.
Foi necessário um longo período para reelaboração da estrutura e de toda a burocracia para reavaliação do projeto e liberação dos recursos junto à Secretaria Estadual de Infraestrutura e à Caixa Econômica Federal.
As obras serão retomadas com 30% do projeto concluído. São, ao todo, 28 projetos independentes, desde paisagismo, concepção visual e acústica, até questões de patrimônio histórico, museologia e restauração.
A área construída corresponde a 13 mil m², com destaque para o Memorial do Aviador, dotado de recepção, bilheteria, auditório para 126 pessoas, espaço em homenagem aos aviadores e área para promoção de eventos culturais.
No espaço total do complexo constará ainda área de exposição temporária e de exposição permanente (acervo ligado à história da aviação e da 2ª Guerra Mundial), bar temático (American Bar) e loja de souvenir.
Haverá também espaço externo com área de contemplação do Rio Potengi, estacionamento para 85 carros, serviços de táxis e de guias, locais para ônibus de turismo, píer à beira-rio e outros equipamentos.
Por ser o ponto das Américas mais próximo à África, Natal sediou filiais das principais companhias áreas do mundo, tendo nas margens do rio Potengi algumas rampas (daí o nome do museu) de hidroaviões de empresas da Alemanha, França, Itália e Estados Unidos.
Há uma foto célebre do então presidente do Brasil, Getúlio Vargas, com o presidente norte-americano Franklin Roosevelt, em passagem pela Rampa durante a Segunda Guerra Mundial. Certamente, será um dos destaques no acervo do museu.
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