CURTAS E BOAS – Berilo de Castro
1 – MEGAFONE
Quando fazia atendimento ambulatorial no
Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), fui informado pela auxiliar
que não tinha mais nenhum paciente para atender. Mesmo assim, por
prudência, pedi que fizesse uma nova chamada. A assistente voltou e
confirmou que, realmente, não tinha mais ninguém.
Insisti e, em um tom de brincadeira, disse: chame no megafone!
Passado um bom tempo, volta a auxiliar e, com sinais de cansaço, diz:
– Doutor, já estou rouca de tanto chamar
por esse tal de “megafone” e esse irresponsável não dá nem sinal de
vida. Já deve ter ido embora…
2 – O DIVÃ
Em certa entrevista, como sempre ocorre,
e dá Ibope, com jogadores de futebol, o repórter pergunta ao vigoroso
zagueiro vascaíno: Odivan, de onde vem esse seu bonito nome?
– Responde o jogador: meu pai é muito fanzão
do rei Roberto Carlos e curtia muito aquela música Odivan (O divã).
Assim sendo, resolveu homenagear o rei, me batizando com esse belo e
marcante nome: ODIVAN. Sou, na verdade, um grande sucesso musical!
3 – A BENDITA MADEIRA
Anos passados, durante a construção de
um renomado colégio religioso de propriedade de um devotado homem de
Deus e dedicado educador/escritor, atento à dinâmica da construção;
alegre e irradiante, verificando o avanço da obra, com as paredes das
salas/quartos prontas e levantadas, liga para o seu competente e
confiável construtor e fala:
– “Mestre Quincas, já levantei os quartos, pode empurrar a madeira”.
Berilo de Castro – Médico e escritor
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