UMA GRELHA NÃO TÃO DIVINA
Jansen Leiros*
Certo dia, recebi uma ligação de
um amigo de longas datas dizendo que, na semana próxima, chegaria a Natal para
uma visita à cidade e que, no ensejo, desejaria
visitar um restaurante onde pudesse, com sua família, degustar comidas
típicas de nossa terra.
De imediato, pensei na DIVINA GRELHA! Lá, são oferecidos pratos típicos deliciosos, elaborados com muito
cuidado e esmero. Como são supinamente cautelosos com a higiene, nada nos
levaria a não recomendá-lo, pois que nosso visitante é pessoa de bom gosto e
gosta de servir-se bem.
Todos os bons restaurantes têm
uma programação semanal. Nem todos os
dias são servidos todos os pratos do cardápio. A sugestão é uma consulta
prévia. Luis Paulino estava eufórico!
fazia algum tempo, que não vinha ao Nordeste.
fazia algum tempo, que não vinha ao Nordeste.
No sábado, fomos ao
Aeroporto busca-lo. Aquele encontro foi
profundamente prazeroso! Luiz Paulino, como sempre muito simpático, sorriso
franco, gostou muito do ”city tour” e, então
fui fazer o “cheque in” da família no velho e
conhecido Hotel Samburá, atendendo ao saudosismo do amigo.
No dia seguinte, fomos à Praia de Pirangi, Luiz
Paulino todo munido dos mais sofisticados aparelhos fotográficos, não parou um
só momento, tirando fotos de tudo que lhe parecesse novidades. Já cansado, decidiu dar uns
mergulhos e lembrar-se das águas quentes
do Rio Pium e Cajupiranga.
Daí, tentar rever uns amigos de “ontem”, como o Dr. Ruy Santos, Dr. Carlos Gomes e outros tantos que a memória não lhe acudia, de imediato. Mas, uma figura que não esquecia era o grande amigo Dr. Valério Mesquita e de seus “causos”. Depois de visitar os primeiros, pediu-me para leva-lo em Cotovelo. Queria ver Valério! Rir com seu anedotário e seus “causos”. Depois de visitar os primeiros, pediu-me para levá-lo em Cotovelo. Queria ver Valério! Rir com seu anedotário e "causos". Ele se declarava admirador e fã do Jovem Líder.
Daí, tentar rever uns amigos de “ontem”, como o Dr. Ruy Santos, Dr. Carlos Gomes e outros tantos que a memória não lhe acudia, de imediato. Mas, uma figura que não esquecia era o grande amigo Dr. Valério Mesquita e de seus “causos”. Depois de visitar os primeiros, pediu-me para leva-lo em Cotovelo. Queria ver Valério! Rir com seu anedotário e seus “causos”. Depois de visitar os primeiros, pediu-me para levá-lo em Cotovelo. Queria ver Valério! Rir com seu anedotário e "causos". Ele se declarava admirador e fã do Jovem Líder.
O encontro foi
agradabilíssimo! Valério, sempre
hospitaleiro, desdobrou-se em amabilidades, se bem que não pudesse acompanha-lo
na “pinga”, por proibição médica! Conversa longa! Quase duas horas de
recordações, onde foram lembradas as figuras de “Dozinho”,
Genildo, o velho Romão, o engraçadíssimo Romeu, Raimundo Barros Cavalcanti,
“Palocha” e outras figuras daquele que já se foram. Lembrou as boas de Pe. Chacon, a figura de
José Inácio (Zezinho Turco) e trouxe à memória o Bar do Distinto, onde costumava
dar “show”,
fazendo “caçapadas”
da bola um à sete. O dia foi prazeroso!
Luiz Paulino e a família estavam
contentíssimos.
No retorno, Luiz Paulino sempre
paurador, só tinha lembranças para as comidas típicas e as ia
mencionando uma a uma, “salivando no seco”. “Cuscuz com tapioca”, “feijão
verde” com carne de sol, “buchada”, “picado
de porco”, “galinha à cabidela” e
foi tecendo o rosário de suas memórias.
Chegada a noite, Luiz Paulino e
seus familiares, minha mulher e eu, nos dirigimos ao “Shopping” do Mid
Way Maal, à procura do DIVINA GRELHA, com o grupo do Instituto Histórico, Valério, Ormuz, Odúlio, Carlos Gomes,
Edgard, Vicente Serejo, e “Guga”.
No imenso salão – sala de
alimentação – do “Shopping” encontramos o restaurante tão esperado e nos
sentamos. Luiz Paulino salivava enquanto
podia e, quando estava à frente da moça que nos atenderia, foi recitando o que
desejaria comer.
Para sua surpresa, dos sete
pratos aos quais se referiu, nenhum deles estava sendo oferecido pelo
restaurante, pois não atendia à programação da semana, pois oferecem mais de
cinquenta itens, diariamente.
Luiz Paulino, com cara de poucos
amigos, pegou no braço da moça e disse: “Diga
ao dono dessa coisa chamada de “restaurante” que mande mudar o nome DIVINA GRELHA para DIVINA FRUSTRAÇÃO!
Dirigiu-se para o HOTEL SAMBURÁ,
triste e melancólico.
Na segunda-feira, Luis Paulino tomou o vôo das 7:00 e se foi de retorno ao Rio de Janeiro, levando consigo um desgosto irreversível.
Na segunda-feira, Luis Paulino tomou o vôo das 7:00 e se foi de retorno ao Rio de Janeiro, levando consigo um desgosto irreversível.
Da Academia Macaibense
de Letras;
Da Academia Norte Rio-grandense
de Trovas;
Da União Brasileira de
Escritores;
Do Instituto Histórico
e Geográfico do RN.
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