FERMENTO DA MALDADE
Valério Mesquita*
Muitos
livros que contestam o cristianismo foram editados ao longo do tempo.
Aqueles que chegam a lê-los, os aceitam mais pela contestação do que
pela explicação. Raríssimas são as igrejas, na história da religião e
dos povos, que não viveram situações condenáveis e questionáveis no
passado. Isso porque as religiões são conduzidas pela falibilidade das
pessoas, dos seus sacerdotes e ministros em circunstâncias e fases
difíceis da civilização. Condenar Jesus Cristo ou qualquer credo
cristão, distorcendo a história, é sectarismo. O cristianismo é
evolução, sedimentação, fé, expectativa, embasadas em postulados sólidos
imunes às narrativas tangenciais, exóticas e esotéricas de autores que
objetivam apenas o lucro financeiro imediato por haver lambuzado o
símbolo, enlameado a História Sagrada, através de uma orquestrada
imbecilidade determinada de protesto.
Esses
escritores, autodenominados “fenômenos de mercado”, mestres em
controvérsias, em vender livros e semear dúvidas sempre acharão editoras
que aceitam suas idéias bem tramadas, desde que causem espanto ou até
virem filme. O negócio é questionar. Ousar. O que vale é a quantidade
comercializada e o sucesso - e não a verdade. O conteúdo da publicação
conta menos que o grau de exposição na mídia. É oportuno parodiar as
bem-aventuranças: bem-aventurados os ruidosos deste mundo porque deles é
o reino do caos. Não me surpreendo que o Maligno esteja por trás disso.
Ele tentou três vezes a Jesus, sem resultado, avalie escritores do
mundo cão!
Nas leituras habituais das Sagradas
Escrituras, li, em Provérbios 6.12-15, que “o homem iníquo tem a boca
pervertida. Aquele que todo o tempo maquina o mal e anda semeando
contendas e pensamentos perversos, a sua destruição virá repentinamente e
subitamente será quebrantado, sem que haja cura”. Assemelham-se,
também, aos vendilhões que foram expulsos do templo por Jesus. Hoje,
esses beletristas comercializam a descrença, vilipendiam a doutrina
cristã, arrecadando dólares dos incautos, que “não vigiam, nem oram”
para não caírem no conto do vigário dos modernos fariseus.
“Posso
todas as coisas em Cristo quem e fortalece”, está na epístola
do apóstolo Paulo aos filipenses 4.13. Em sendo assim, torna-se
imperativa a necessidade de os teólogos de todas as igrejas, religiões
e credos, se manifestarem na defesa de Jesus publicamente. Até
porque é a Bíblia de todos nós que está sendo difamada pelos
ilusionistas da palavra, os feiticeiros da ambigüidade, os farsantes
da historiografia cristã e os ficcionistas da verdade
universal. Abro o meu espaço jornalístico e o meu site na
internet, para que, com mais propriedade e cultura teológica, os
irmãos cristãos se expressem e contestem os corvos de belas
penas da literatura mundial, os honrados vilões e assaltantes da fé
na defesa do Senhor, para não sermos julgados pelo crime de omissão.
(*) Escritor.
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