29/05/2018

GS

Para retratos, porta retratos




Texto Gustavo Sobral e ilustração de Arthur Seabra


São antiquíssimos e dizem que só no último milênio vem perdendo o prestígio com a tecnologia digital para captura de imagens fotográficas. Mais antigos que ele, só os retratos a óleo na tela devidamente emoldurados de reis, rainhas, nobres e papas que hoje preenchem os museus do velho mundo. Foi a moldura, o primeiro porta retrato, e os primeiros retratos, pintura para parede.

Sua popularidade advém do uso corriqueiro da fotografia pessoal impressa. Levava-se o filme para revelar e os retratos corriam as pencas para preencher os álbuns de retratos. Eram eles lembranças de momentos da vida, viagens, aniversários, casamentos, nascimentos, celebrações, tudo que representasse o instante presente da vida.

As bodas de prata dos avôs, a foto da formatura, aquele final de semana na praia, o natal em família são algumas das fotografias eleitas para exposição pela casa em porta retratos que se distribuem pelos cômodos nos aparadores, mesa de cabeceira, prateleiras, estantes, na parede.


Nos mais diversos materiais, madeira, plástico, vidro, acrílico, couro, aço, tamanhos e formatos, o porta retrato é uma moldura para a fotografia da vida.

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