A CONCORRÊNCIA DOS ALUNOS PARA A APRESENTAÇÃO DE MÚSICA ERUDITA
NAS AUDIÇÕES MENSAIS, NAS ESCOLAS
Por Jansen Leiros
Vale à pena voltar
no tempo para lembrar que naquela época, (década de cinquenta) a música
erudita, considerada elitista, por ser oriunda dos salões aristocráticos, tinha
seu lugar garantido na preferência do alunado, das escolas de elite.
De fato, a vontade
dominante era a de concorrer para as apresentações mensais, nas referidas
escolas, que se esmeravam no sentido de que suas apresentações mensais fossem,
na sua maioria, os elementos “points” de suas escolas,
e seus alunos, de piano e de violino, considerados portadores dos apreciáveis
dotes artísticos, merecedores dos aplausos da cidade, ou merecedores dos
galardões dos ganhadores de prêmios artísticos, ou coisa parecida!
Assim, a disputa
estava inserida na condição da fama perseguida ou buscada, através dos valores
da arte.
A disputa dos
melhores lugares para concorrer às audições mensais, em suas escolas, era o
ponto máximo dessa participação.
A disputa se
prendia à circunstância de que a peça musical a ser executada, devia de ter, em
seu bojo, o conteúdo técnico e artístico necessário à apreciação do texto
artístico.
Depois, desse
detalhe, viria a postura do artista, sua indumentária, sua gestuália ou sua
mesura técnica, principalmente quanto ao dedilhado, ao uso dos pedais, o
envolvimento psicológico e sua transmissão à plateia. E finalmente, o
envolvimento do artista com o expectador, formando um amálgama psicológico que
não é visto, mas percebido pelas faculdades dos sensitivos.
Os valores
técnicos, da fama ou do prestígio de seu compositor, também entram na
apreciação, como um todo.
Deveria de ser
apreciada em razão das dificuldades técnicas
demonstradas, por ocasião de sua execução, diante do público ouvinte.
Só assim, o leitor
poderá apreciar o complexo do enfoque do objeto artístico, de seu conteúdo! Da
pujança de seu elemento astral e seu envolvimento fluídico! Perispiritual!
Analisemos esses apontamentos, com nossa memória analítica! Reflitamos!
Quando da
apresentação de uma peça musical, para análise de seu conteúdo artístico, objetivando
a aferição de um lugar para a qual for a mesma apontada; uma colocação entre as
demais aferições quanto ao conteúdo técnico, os avaliadores escolhidos para a apreciação
de seu conteúdo, de seu contexto musical, tendo em vista o grau de dificuldades
apresentadas, se inicia com sua execução.
Nela - a execução- são apreciadas as dificuldades encontradas, quer na
grafia musical, quer na qualidade da execução, quanto ao dedilhado, quanto à
expressão, quanto à gestuália artística e quanto aos sentimentos transmitidos
pelo executor.
Nessa avaliação,
são apreciados os movimentos do Regente e a postura dos demais artistas
concorrentes. O resultado aritmético, apontará o vencedor do concurso. Essa é a
maneira de se avaliar ou apreciar o conteúdo musical de uma partitura, cujo
mecanismo será guardado na memória dos participantes. Eis como se deve apreciar
o conteúdo de um concurso artístico.
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