Acontessências
APARENTEMENTE
NÃO
PROGRAMADAS
Jansen Leiros*
Chegara a quinta-feira, dia 28 de maio de
2.015. O dia amanhecera diferente. Havia uma sensação estranha no ar, como se
algo fosse acontecer. De fato, estava previsto meu afastamento definitivo do
grupo ao qual estava vinculado: a Casa dos Espíritos!
A reunião
estava marcada para iniciar às 14:00 e ali eu já estava sentado, aguardando o
começo das atividades. Um a um, os componentes do corpo mediúnico iam chegando.
Eu havia sido o primeiro. Na verdade, estava
muito preocupado! Sentia-me inseguro e estava meio temeroso com o que fosse
ocorrer.
A sessão fora aberta! Incontinente, pedi para
ser atendido na aplicação dos passes e a amiga Milla iniciou, prestimosa,
naquela administração. Tudo ocorrera
dentro da normalidade. Retornei para o
lugar de costume e voltei ao meu posto de observação. Uma curiosidade foi a não
percepção de quaisquer fenômenos de natureza vibratória. Recordo-me de que na
sessão anterior àquela, cheguei a visualizar duas intervenções cirúrgicas
mediúnicas. Naquela quinta-feira, nenhum fenômeno.
A partir dali, duas horas haviam-se passado,
sem ocorrência de nenhum fato novo que chamasse a atenção de quem quer que
fosse.
Dentro de mim, mil e um questionamentos
fervilhavam minha cabeça.
A sessão chegou ao final e me despedi de todos,
sem quaisquer alusões. Para mim, nada de
novo ou diferente havia acontecido. Sai para apanhar Anair no Tribunal de
Contas. Eram 17:00 horas e vivenciávamos absoluta rotina, exceto no que dizia
respeito ao estado psicológico de Anair que se postava taciturna e sentindo muita
dor de cabeça.
Dirigi-me à casa de minha sogra, Nísia Maria. Lá, fui
convidado para jantar. Depois
disso, fomos para casa.
Chegando em Parnamirim, fomos a uma lanchonete
e, mal sentamos para a sobremesa que pedimos, o telefone tocou com a notícia de
que a Dª Josy, esposa do irmão de Anair, havia passado mal e teria ido a óbito,
vítima de um infarto, fulminante!
Incontinenti, nos deslocamos quase quarenta
quilômetros para Nova Natal, onde morava Arinaldo, irmão de minha mulher. O
corpo ainda não havia chegado e lá ficamos até meia-noite, prestando
assistência ao meu cunhado. Voltamos a Parnamirim pela madrugada.
Anair continuou com profundo mal estar.
Medicou-se e foi deitar-se.
Na sexta-feira, estavam programados, à tarde,
na casa de Pena Lima uma reunião mediúnica e à noite uma palestra sobre
PARAPSICOLOGIA.
Mas, a reunião não chegou a acontecer, porque
Anair continuou sentindo os mesmos incômodos. Não conseguimos quaisquer
ligações telefônicas com os Penna Lima. Perdemos aquela oportunidade.
Sentindo, ainda, o incômodo da cefaleia, Anair
pediu para que fôssemos desparecer em algum lugar aprazível. Fomos ao MID WAY. Descansamos um pouco. À
noite, nos preparamos para assistir à palestra
Para lá nos dirigimos. Em lá chegando,
encontramos muitas pessoas conhecidas, inclusive nossa amiga, Dra. Cássia Leite
e, após alguns minutos, nos acomodamos em pequeno auditório para participar do
evento.
A palestra terminou e nos dirigimos para nossa
casa, onde e quando trocamos algumas ideias sobre os acontecimentos do dia
anterior e sobre o evento da noite. Fomos dormir. Anair, ainda, não conseguira conciliar o sono a noite
inteira e somente o fez pela madrugada. Agora,
fora eu que não conseguira fechar os olhos e esperei o “Bom dia do sol”, sentindo aquele mal
estar. Natércia, ao telefone, comunica com tristeza o falecimento de Otávio,
esposo de Cristina, nossa parenta e amiga.
Psicologicamente, também, Anair não estava
saudável! Não conseguiu tomar o café da manhã. Não conseguiu harmonizar-se.
Enfim, o dia havia começado envolto em pesadas vibrações.
No sábado, com a chegada do corpo, ocorreu o
velório, com reunião dos familiares. Em seguida, o sepultamento.
No percurso de casa para Natal, de repente,
nosso amigo incorporou e nos disse: “Desculpe-nos mas não
foi possível realizar nossa reunião, face aos acontecimentos programados. Nossa
irmã iria a óbito e havíamos de socorrê-la em tempo hábil. Dai foi necessário
desarticular nossa médium, para não causar nenhum transtorno. Eis as razões da
suspensão de nossa sessão mediúnica, na sexta-feira à tarde. Em momento
oportuno, voltaremos ao assunto. Deus vos abençoe!
Eis meus
amigos e irmãos leitores, como acontecem as coisas, aparentemente não
programadas!
Da
Academia Macaibense de Letras;
Da
Academia Norte Rio-grandense de Trovas;
Da
União Brasileira de Escritores;
Do
Instituto Histórico e Geográfico do RN.
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