Na data de hoje a comunidade potiguar e o mundo cultural comemora os 92 anos de
nascimento do eminente acadêmico e causídico EIDER FURTADO DE MENDONÇA E
MENEZES, natalense nascido aos 23 de abril de 1924, filho de Gil Furtado de Mendonça e Menezes e D. Maria
Emília Furtado, aos quais homenageou no livro “Audiência de um Tempo vivido”
(2004), primeiro livro de uma série de trabalhos memorialistas.
Iniciou seus
estudos com a Professora Águeda de Oliveira Sucupira (Naná), numa escola
municipal postada na Av. Rio Branco (local onde o BB construiu sua sede da
cidade alta), nos idos de 1931 a 1934, sobre quem dedicou um capítulo especial
no seu livro de memórias, alcançando as suas auxiliares D. Helena,
Preta e Auta, sobre as quais derrama suas emoções mais caras, aliada a um amor
quase filial, incluídas também em suas permanentes orações, acrescentando “Por
isso, eu também tenho saudades da minha primeira professorinha”.
Em 1935 foi para o Colégio Pedro
Segundo, do Prof. Severino Bezerra de Melo, daí para a escola particular do
Prof. Antônio Fagundes, posteriormente o tradicional Atheneu Norteriograndense,
em 1937, aos 13 anos de idade, tendo concluído o Colegial em 1944 e, somente em
1955, com 30 anos de idade, submete-se ao vestibular da Faculdade de Direito de
Natal.
Bacharel em Direito pela UFRN, 1ª
Turma, em 9 de outubro de 1959, denominada “Turma Clóvis Bevilácqua”, paraninfo
Edgar Barbosa e confererencista da Aula da saudade Paulo Viveiros.
Em 1968 iniciou o seu magistério
universitário, nas lides do Direito Financeiro e Tributário, depois Direito
Comercial, Direito do Trabalho e Mercado de Capitais, tendo ainda demonstrado
os seus conhecimentos em outras searas do Direito, quando transferido para o
Curso de Direito, lotado no Departamento de Direito Privado, até a sua
aposentadoria em março de 1991. Recebeu a láurea de “Professor Emérito da
URFRN” em 17 de dezembro de 1997.
Sua vida é
pontilhada de atividades diversificadas, pois teve papel de relevo na
radiofonia potiguar (Diretor da Rádio Poti, ao tempo em que, ainda, Rádio
Educadora de Natal), não sem antes, nos idos dos anos 40, integrar, como
músico, a Orquestra de Salão daquela rádio e o Quinteto “Alberto Maranhão” e teve
passagem pelo teatro amador.
Foi jornalista consagrado e dirigente
nas Rádios Poti e Nordeste.
Cidadão exemplar, que reparte o comando
de uma bela família com o auxílio indispensável da sua eterna musa D. Helenita,
cuja presença é uma constante em todos os momentos de sua existência e a ela
dedica incontáveis registros da história de sua vida e sobre quem proclama ter
sido a primeira e única namorada.
Membro da Academia de Letras
Jurídicas do Rio Grande do Norte, do Instituto Histórico e Geográfico do
Rio Grande do Norte e da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, além
de honorário e benemérico de várias outras Instituições.
Na advocacia se
orgulha de registrar seu estágio com o jurista Hélio Mamede de Freitas
Galvão e
chegou a chefiar a Ordem dos Advogados, Seção do Rio Grande do Norte,
num
pleito memorável, que marcou a transição da velha Instituição para os
novos
tempos, substituindo o Dr. Claudionor Telógio de Andrade após 20 anos de
presidência, ali permanecendo por 8 anos consecutivos (01/02/69 a
01/02/77), sendo hoje o mais antigo dos Membros Honorários Vitalícios.
É
fiel à sua profissão até os dias presentes, compartilhando o escritório com
filhos e netos. O mundo intelectual está de parabéns.(*)Carlos Roberto de Miranda Gomes, escritor.
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