28/05/2017


EM DIA COM A ACADEMIA Nº 47 DE 2/5/2017
“Ad  Lucem Versus – Rumo à Luz”
Cuidando da Memória Acadêmica

MAIO
Aniversariantes do mês de maio
Parabéns aos aniversariantes
                                       Maio

JOSÉ AUGUSTO DELGADO   - Cadeira 36 
07/05
ARMANDO NEGREIROS -  Cadeira 14 
09/05
LENINE PINTO - Cadeira 34
12/05


ITAMAR DE SOUZA -  Cadeira 29
29/05

Cadeiras recuperadas ( mais 20)


Cadeiras recuperadas


Acadêmica  Leide Câmara
Secretária Geral
e-mail: academianrl@gmail.com
e-mail: leide.camara@live.com
Fone  9.9982-2438
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CNPJ: 08.343.279/0001-18
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EDITAL Nº 10, DE 18/5/2017.
Assembleia Geral Extraordinária

CONVOCAÇÃO DE ELEIÇÃO PARA  VAGA DA CADEIRA nº 9.

O Presidente da A Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL, na forma regimental, considerando  Vaga a Cadeira nº 9 que tem como:

Patrono  Almino Afonso, Fundador Nestor Lima,  Sucessor 1 Cristovaão Dantas,  Sucessor 2 Humberto Dantas, Sucessor 3   Peregrino Júnior, Sucessor 4  Dorian Gray Caldas ,  seu último ocupante.

 CONVOCA os Senhores Acadêmicos para a Assembleia Geral Extraordinária Eleitoral aprazada para o dia 1 de junho  (quinta-feira) do ano em curso, pelas 17h, em primeira convocação e às 17h15 em segunda, com duração até às 18h00.
Para a escolha do imortal desta Instituição Cultural, na sua sede Rua Mipibu, 443 - Petrópolis, CEP 59.020-250 – Natal – Rio Grande do Norte.


Natal/RN  18 DE MAIO l  de 2017


Diogenes da Cunha Lima

25/05/2017

C O N V O C A Ç Ã O





INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE
 
CONVOCAÇÃO PARA SESSÃO DE ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA
E D I T A L
            O Presidente do INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE – IHGRN, na conformidade das disposições combinadas dos artigos 10, parágrafo único e 15, letra “d” do Estatuto Social vigente, CONVOCA os seus sócios que estejam em pleno gozo dos seus direitos sociais estabelecidos no referido Estatuto, para se reunirem em Sessão de Assembleia Geral Ordinária, que se realizará no dia 31 de maio vindouro (quarta-feira), no auditório da Instituição, à Rua da Conceição, 622 – Cidade Alta, nesta Capital, às 10:0h em primeira convocação, com presença da maioria absoluta dos sócios e 10:30h em segunda convocação, com qualquer número, a fim de discutir e deliberar sobre a seguinte pauta:
a)      Apreciação do Relatório de Gestão e Demonstração Contábil da Diretoria, exercício de 2016;
b)     Outros assuntos correlatos.
Natal, 19 de maio de 2017
Ormuz Barbalho Simonetti
Presidente

(Publicado no D.O.E. de 20/5/2017)
A INTENTONA COMUNISTA DE 35 EM MACAÍBA

Valério Mesquita*
Mesquita.valerio@gmail.com

Transcorria o mês de maio na pacata e provinciana Macaíba de 1935, contou-me o saudoso memorialista José Inácio Neto (Zezinho), testemunha ocular daqueles dias. Na rua João Pessoa, no centro, instalava-se a Alfaiataria Estética, do alfaiate e pastor evangélico Pedro Dantas, que tinha dois filhos: Silas e Esdras. Administrava o município o prefeito Alfredo Mesquita Filho. Aqui e acolá os convescotes da cidade se sucediam. No Café Gato Preto, o vento leste do rio Jundiaí trazia rumores de tiroteios em Natal. Paulo Teixeira, eterno apaixonado de D. Belinha, Santos Lima e outros atribuíam os disparos aos folguedos da celebração da festa de Santa Luzia, logo contestado por católicos de plantão com relação à data festiva da santa.
Ali perto, na rua da Cruz, o riacho da raiz cavara uma enorme vala e nela caiu o popular Tutu, pai de Zé Caju. A importância e a espetacularidade da queda provocaram a visita do juiz de Direito, à época Dr. Virgilio Dantas, com todo séquito cartorial. Depois daí, Tutu são e salvo, passou a ser chamado o homem do buraco. Dia seguinte, domingo, às oito da matina entra na cidade uma volante comandada pelo sargento Wanderley, que rendeu sem reação todos os soldados da cadeia pública local e entregou os fuzis aos presos de justiça. Em seguida, tomou conta da cidade construindo uma trincheira na rua do Vintém e disparando tiros para amedrontar a população. O fato fez a cidade ficar deserta e fugir para os sítios e arredores. O próprio delegado Barbosa recomendou aos habitantes que se refugiassem fora dos limites urbanos da cidade. Mas não contava com a presepada de Alberto Vitalino, munido de uma pistola TB que fazia mungangas na via pública. Bastaram os vôos rasantes e barulhentos de um avião teco-teco para os dois baterem em retirada, em desabalada carreira, na direção de Jacobina. O prefeito Alfredo Mesquita abrigou-se no sobrado de Francisco Pinheiro observando o movimento pelas rótulas da janela e recebendo instrução das forças legalistas através de emissários. O vigário da paróquia era o padre Pedro Paulino Duarte da Silva. Mas, o fato surpreendente estava por acontecer. O alfaiate Pedro Dantas postulou assumir a prefeitura demonstrando, com isso, súbita vocação bolchevista. O desejo lhe foi negado de pronto. Faltava-lhe o atestado ideológico. Escoadas as inquietantes 48 horas do movimento, na terça-feira, Macaíba voltou paulatinamente à normalidade.
Os moradores retornaram do “exílio” dos sítios e lugarejos. Apenas, alguns comentários perduraram nas rodas da cidade. Primeiro, o célebre buraco de Tutu foi fechado por Paulo Bulhões, de ordem do prefeito, que lamentou, depois, o fato de nenhum comunista nele não haver desabado; na cadeia pública, onde os movimentos de 35 instalaram o seu “quartel general”, foi achado dinheiro escondido até nas privadas. O próprio Zezinho, movido pela curiosidade, fez uma fezinha e prospecção nas escavações das trincheiras comunistas; e, por fim, o prefeito que não foi, o alfaiate Pedro Dantas foi para a berlinda passando a ser conhecido mais como comunista do que como alfaiate e evangélico. Sem falar no hilário caso de sua cunhada que namorava José Chinês, tipo popular e irmão do soldado Joaquim de Juvêncio, que se despiu na rua debatendo-se com uma pulga comunista e radical que lhe penetrou no saco escrotal, picando-o por várias horas. Segundo Zezinho, esse foi o saldo da intentona em Macaíba.


(*) Escritor.

24/05/2017

Discurso do Dia Municipal da Cultura

25/05/2017



(foto Boi de Reis, por Conceição Cruz)

Discurso pronunciado no Dia Municipal da Cultura, Câmara Municipal, Ceará-Mirim, 23 de maio de 2017, por Gustavo Sobral, advogado, jornalista e escritor. Membro da ACLA, sócio efetivo do IHGRN.

Boi de Reis, Pastoril, Cabocolinhos. Congo de Guerra. Os folguedos, suas cores, brilhos, suas danças, cordões, vestimentas. Soa flauta, soa percussão. O bailado característico e representativo brilha Ceará-Mirim nas suas mais autênticas manifestações. Casario, sobrados, o mercado, casas de porta e janela, as fachadas, os detalhes, é o passado presente na arquitetura, o próprio desenho da cidade e a sua história. Museu, biblioteca, fundação e estação cultural, uma banda de música, uma academia de letras e de artes. Magdalena e Juvenal Antunes, Adelle de Oliveira, Nilo Pereira, Bartolomeu Correia de Melo, Pedro Simões Neto, literatura viva e memória. E a história.

A história que conta o historiador maior, Luís da Câmara Cascudo: o Rio Grande do Norte nasce em Ceará-Mirim. Pois foi no Rio Baquipe ou Pequeno, o Ceará-Mirim, no século XVI, que desceu a armada do capitão-mor João de Barros, e assim começa o Rio Grande do Norte. Não bastasse ser o princípio de tudo, vieram seus bueiros, seus engenhos, e o mais doce açúcar, que escreveu história e famílias e a opulência econômica deste Estado. Veio o trem, a praça com coreto, a matriz. Fizeram da vila, cidade.  Cidade a que Nilo Pereira profetizou em Manhã da Criação

“O cenário é prodigioso. Bem aos pés da velha igreja e do alto de suas torres nobres uma cidade parou no tempo; mas ao longe esplende o vale, como que mostrando ao homem os paradoxos da natureza. Saúdo a cidade parada, que é um sonho de grandeza vivida; e pergunto porque, havendo a riqueza tão ao alcance das mãos, tão perto uma velha cidade se mantém estacionária quase morta. Não procuro explicar o fato: aquela hora era antes de tudo, de recolhimento. E eu medito no destino das coisas. Sou apenas um homem restituído ao passado, à sua terra da infância. O que tenho diante de mim é o cenário mágico de quem nunca desprezou as sugestões de sua Massangana; e, por isso, fixo os meus olhos na casa-grande do Guaporé, que está encravada na moldura verde-cinza daquela manhã do Gênesis”.


Nilo Pereira anunciava, só a cultura salva. Cultura é aquilo que deve ser cultivado, que nasce da terra. Cultivar é fazer permanecer, é plantar, germinar, colher, e depois plantar, e germinar e colher, e assim sucessivamente e para todo sempre. Cultura é comunhão.  É dever e tarefa de um, é dever e tarefa de todos. Cultura é identidade. Mestre Tião Oleiro, Sinhazinha Magdalena, Adelle de Oliveira, Pedro Simões Neto foram semente e exemplo que deixaram a tarefa de cultuar e cultivar. Cultivar o que está ai, diante da porta, visto da janela, brotando do vale, são os folguedos, os poemas, os contos, lendas, memórias e a história, as instituições culturais, é o que somos, e somos todos nós e cada um, passado, presente e futuro. E assim o memorialista do Guaporé insurge à cidade, clama: acorda Ceará-Mirim, surge et embula. Cresce, se desenvolve, o seu esplendor é a cultura.
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FONTE:

21/05/2017


UM ESCLARECIMENTO
Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes, do IHGR

Em sua coluna Roda Viva, edição de hoje, o ilustre jornalista Cassiano Arruda reclama do esquecimento do nosso maior herói, o Padre Miguelinho (Miguel Joaquim de Almeida e Castro), figura emblemática na Revolução Pernambucana de 1817, onde foi o Secretário de Interior, mercê da sua grande capacidade de redigir documentos, coragem, poder de oratória, atributos consolidados com o seu trabalho de Professor de Teologia.
Miguelinho pertenceu à Ordem Carmelita da Reforma, onde tomou o nome de Frei Miguel de São Bonifácio. Contudo, pela diversidade de seus trabalhos, conseguiu do Papa Pio VII a secularização e ficou conhecido como Padre Miguelinho, haja vista ser um homem de pequena estatura física em contraste com o seu gigantismo de patriota.
O Padre Miguelinho foi condenado e executado na Bahia em 12 de junho daquele ano, sepultado no Cemitério do Campo da Pólvora.
Em verdade, ele não foi esquecido, pois o nosso Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte lhe vem prestando homenagens desde o dia 29 de março, com a entronização no recinto da sua estola, por ocasião das comemorações da passagem dos 115 anos, conduzida por dois religiosos. Na mesma ocasião foi lançada uma edição histórica da Revista do Instituto, a qual traz inúmeras referências e discursos sobre o nosso mártir.
Por último, já está preparada outra solenidade sobre o pranteado Miguelinho para o dia 12 de junto vindouro.
Este articulista preparou um trabalho para publicação na próxima revista da ANRL com o título de MÁRTIRES POTIGUARES NA REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817.
Está justificado o equívoco.