tag:blogger.com,1999:blog-55227425431990656092024-03-06T17:01:41.437-03:00IHGRNIHGRNhttp://www.blogger.com/profile/02522483343389444846noreply@blogger.comBlogger2472125tag:blogger.com,1999:blog-5522742543199065609.post-12895650794691056662022-03-30T20:39:00.001-03:002022-03-30T20:39:16.144-03:00<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg6GOtWc3oQ1RjJ-hS_c2A5CB_SOMiz1WOSKHiqhscRAd0ANjmy45mIMhQbBhTRrjXz0pYH809qZQyedaie-FKI6W3C2UB1hdUwlFfXRFrtcueHq5-sNIAIbsrTm2TRgHcZNmzLm_OT6zjV-HPwqJL_qIiW8wlF4YOU-IxhxPD1iwIruDYps0abmkq9og" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="1600" data-original-width="900" height="297" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg6GOtWc3oQ1RjJ-hS_c2A5CB_SOMiz1WOSKHiqhscRAd0ANjmy45mIMhQbBhTRrjXz0pYH809qZQyedaie-FKI6W3C2UB1hdUwlFfXRFrtcueHq5-sNIAIbsrTm2TRgHcZNmzLm_OT6zjV-HPwqJL_qIiW8wlF4YOU-IxhxPD1iwIruDYps0abmkq9og=w167-h297" width="167" /></a></div><br /><br /><br /></div><b><div style="text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;">INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO</span></b></div></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;">DO RIO GRANDE DO NORTE</span></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span><span style="font-size: medium;"> Tenho a honra e a satisfação de registrar a magnífica solenidade ontem realizada na sede da OAB/RN, comemorativa dos 120 do IHGRN, a posse da nova Diretoria e dos novos sócios efetivos e "honoris causa", estes entregues às personalidades da Governadora Fátima Bezerra e Prefeito Álvaro Dias.</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span><span style="font-size: medium;"><span> Presença de muitas autoridades e de público que lotou o auditório onde a solenidade aconteceu.</span><br /></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span><span><span style="font-size: medium;"><span> Agora, começamos uma nova história, sob o comando da Primeira mulher que preside a Casa da Cultura, advogada JOVENTINA SIMÕES DE OLIVEIRA.</span></span></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span><span><span style="font-size: medium;"><span><span> Parabenizo a organização, os discursos bem desenvolvidos, com especial destaque para a despedida de ORMUZ BARBALHO SIMONETTI e da empossada.</span></span></span></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span><span><span style="font-size: medium;"><span><span> Considerando a modernização da vetusta Entidade, entendo que não faz mais sentido a continuidade deste BLOG, que já registra um número considerável de acesso, ou seja: 332.106.</span></span></span></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span><span><span style="font-size: medium;"><span><span> Agradeço a todos aqueles que foram leitores deste meio de informação e os remeto a seguir o próprio site do Instituto.</span></span></span></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span><span><span style="font-size: medium;"><b>Um grande abraço deste amigo que conduziu o Blog do IHGRN por muitos anos.</b> <br /></span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p>IHGRNhttp://www.blogger.com/profile/02522483343389444846noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5522742543199065609.post-1398218176199489132022-03-24T14:01:00.002-03:002022-03-24T14:01:40.420-03:00<p> </p><p align="center" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 14.1pt; margin-top: 0cm; text-align: center;"><span style="color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O PARAÍSO PERDIDO<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: right;"><span style="color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Valério Mesquita*<o:p></o:p></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: right;"><span style="color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mesquita.valerio@gmail.com<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;"><span style="color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Aprendi nos
compêndios de geografia no Colégio Marista que “o Brasil é um país
essencialmente agrícola”. Essa teoria mudou radicalmente nesses últimos 60
anos. Principalmente no Nordeste, grande produtor de cana de açúcar, banana,
algodão, milho, feijão, mandioca, etc. Particularizando o Rio Grande do Norte,
podemos dizer, sem medo de errar, que o produtor rural está falido.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;"><span style="color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Quem faliu a
atividade agrícola? Ora, o Governo Federal, através dos seus próprios
instrumentos: o Ministério da Agricultura, os juros bancários e o calote das
usinas de açúcar aos produtores de cana.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;"><span style="color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O produtor rural é
hoje um refém permanente dos bancos oficiais. Além das dívidas padecem as
dúvidas do tempo, da ausência de uma política agrícola definida que objetive a
produtividade. Quem cair na arapuca do empréstimo agrícola em banco do governo
se arrisca a perder a propriedade. Nesses tempos alternativos, para sair do
buraco, ou o proprietário rural faz acordo com os sem terra para invadirem sua
propriedade, ou, quem tem nome/sobrenome arranja um gancho de um financiamento
a fundo perdido, tipo “reflorestamento”, que já salvou, pelo “ladrão”, muita
gente boa. O mais, ser produtor rural é padecer num paraíso perdido.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;"><span style="color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">E a SUDENE?
Pergunta um idiota chapado. Evadiu-se nas vagas vazias e vadias da
incredibilidade, da inconsequência e da incompetência. Morreu de inanição sem
se aperceber que a próxima crise mundial será a da escassez de alimento. No Rio
Grande do Norte, se não fosse o programa do leite todos os produtores rurais,
sem exceção, já teriam se enforcado. Desde o Governo Sarney, quando foi extinto
o subsídio agrícola a atividade rural nesse país entrou em colapso. Na ANORC
(Associação Norte-Rio-Grandense de Criadores) ou fora dela, a maioria dos
agropecuaristas está vendendo o rebanho para pagar o banco. Para se viver
honestamente, tirar da terra o sustento, acreditar que somos essencialmente um
país agrícola, sem bandalheira, sem maracutaía, sem empréstimos dadivosos a
fundo perdido com o dinheiro do contribuinte, o que fazer? Só há dinheiro para
a atividade industrial urbana, fábricas, pólo-gás-sal, etc., e o campo vai se
esvaziando, se erodindo...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;"><span style="color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Dir-se-á que o país
todo se urbaniza e as propriedades rurais vão ficar mesmo para os sem-terras
que irão se decepcionar e constatar que o trabalho agrícola é mesmo uma
atividade marginal nesse país. Aí virá o Evangelho e Cristo dirá novamente:
“Naquele tempo...”. O Nordeste será a Galiléia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;"><span style="color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: right; text-indent: 70.9pt;"><span style="color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">(*) Escritor.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>IHGRNhttp://www.blogger.com/profile/02522483343389444846noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5522742543199065609.post-30410573184909676852022-03-10T20:51:00.001-03:002022-03-10T20:51:18.795-03:00<p> </p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt;">RELEMBRANDO
TICIANO DUARTE<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: right;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt;">Valério
Mesquita*<o:p></o:p></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: right;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt;">Mesquita.valerio@gmail.com<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Certos homens adquirem uma visibilidade
tão marcante em seu campo de atuação que se tornam imprescindíveis aos seus
contemporâneos, na medida em que suas opiniões e convicções passam a determinar
modos de ver e de interpretar os acontecimentos da vida social. É que aos olhos
deles nada daquilo que importa passa ao largo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Assim vejo e identifico o meu primo-irmão
Ticiano Duarte. Desde a antiga Rua 13 de Maio, depois Princesa Isabel, quando o
conheci efetivamente e melhor, lá pelos idos de 1950. De 1954, em diante, fui
revê-lo na Rua Voluntários da Pátria, no 722, Cidade Alta, telefone 2901. Ele
era já expressão do “bate-papo” no Grande Ponto, seu fiel ancoradouro, onde se
tornara notário público e destemido navegante das ruas e avenidas da política
potiguar. Bacharel em Direito da Faculdade de Maceió, tornou-se decano do
jornalismo da imprensa potiguar, atividade da qual desfrutou de ilibada
notoriedade por sua isenção e imparcialidade nos juízos dos acontecimentos da
política. Seumemorialismo ganhava ritmo de crônica e embasamento de
historiador. Em seus escritos é possível intuir aquele saber de experiências,
traço que distingue o verdadeiro homem de visão de um mero prestidigitador de quimeras.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Foi presença fecunda na imprensa
norte-rio-grandense. A colaboração de Ticiano Duarte para a Tribuna do Norte
rendeu, numa primeira seleção, o livro “Anotações do meu caderno” (Z
Comunicação/Sebo Vermelho, 2000), reunindo os principais fatos políticos dos
últimos 70 anos do século passado no Rio Grande do Norte. A precisão das
análises, a escolha dos protagonistas, a evolução dos acontecimentos e o
retrospecto dos episódios que marcaram profundamente as vicissitudes da
política potiguar encontraram ali o seu cronista mais atento e informado,
imparcial e verdadeiro. Nesse livro, objetivamente intitulado “No chão dos
perrés e pelabuchos”, avultam as mesmas qualidades que consagraram “Anotações
do meu caderno”, com a única diferença de que agora ele se deteve com mais
vagar na descrição de perfis e na análise comparativa dos fatos, mesmo
separados por décadas. Vultos inesquecíveis da vida pública estadual, como
Djalma Maranhão, Georgino Avelino, Café Filho, Aluízio Alves, Odilon Ribeiro
Coutinho (“mistura de tabajara e potiguar”), Tales Ramalho (“paraibano por
acidente, norte-rio-grandense pelas grandes ligações familiares, e pernambucano
por adoção”) são algumas das estrelas de primeira grandeza dessa constelação de
escol. Cronista, para quem a política não pode se dissociar da ética, sob pena
de naufragar nos desmandos de governantes e correligionários, Ticiano fez o
elogio dos políticos exemplares perfilando a figura de Café Filho porque,
justifica, “o povo espera dos homens públicos exemplos. E alguém disse, com
muita propriedade, que o importante não é só pregar moral apenas para os
outros, censurando nos outros o que silencia entre amigos e parceiros”. Ao
fazer o elogio da lealdade e da coerência, ele retirou do limbo o nome de
Walfredo Gurgel, ressaltando que “o seu governo foi um exemplo de seriedade no
trato e na gestão da coisa pública. Todo o Rio Grande do Norte sabe desta
grande verdade, mesmo seus adversários não podem omiti-la, por mais que o
tenham combatido no campo das ideias e das diferenças partidárias”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Em “No chão dos perrés e pelabuchos” ainda
é possível encontrar silhuetas de políticos esquecidos pela História, mas
preservados, por exemplo, numa Acta Diurna de Luís da Câmara Cascudo, como
Hermógenes José Barbosa Tinoco, deputado do Partido Liberal que a voragem do
tempo soterrou; os entreveros entre pelabuchos e perrés que incendiaram o paiol
das agremiações políticas dos anos 1930, que não escaparam à argúcia focada por
Ticiano sobre os atores da nossa história. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Ele propõe e reforça as teses daqueles que
defendem a necessidade de uma urgente reforma política a fim de repor o país
nos trilhos da ética e inaugurar uma nova era na vida política brasileira. O
seu olhar espelha nesse livro o brilho e a lucidez dos seus brancos cabelos, como
testemunhos da vida e do mundo.<o:p></o:p></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: right; text-indent: 3.0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt;">(*) Escritor<o:p></o:p></span></p>IHGRNhttp://www.blogger.com/profile/02522483343389444846noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5522742543199065609.post-48944686015229703382022-03-10T20:34:00.001-03:002022-03-10T20:44:42.783-03:00<p> </p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 18pt;"><o:p> </o:p></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 18pt;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj4fW2D1gCuBVF6RBj48krPs0nFHSwCTP0pAl8YJL3l-wCzFwoUhmmhQqjJ-WL423p30U2v_7RROR1ZC8dkpHSGX60ENdUy6RDDViUjB496qw8sOkIMtDYeTBcgWCGJDhEKWsNOXI9Nb0UQqdvk-8jmq0mJMlPjntrOMC7Znkr3bNk_UsPDUxz3vtKmMA=s320" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="177" data-original-width="320" height="177" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj4fW2D1gCuBVF6RBj48krPs0nFHSwCTP0pAl8YJL3l-wCzFwoUhmmhQqjJ-WL423p30U2v_7RROR1ZC8dkpHSGX60ENdUy6RDDViUjB496qw8sOkIMtDYeTBcgWCGJDhEKWsNOXI9Nb0UQqdvk-8jmq0mJMlPjntrOMC7Znkr3bNk_UsPDUxz3vtKmMA" width="320" /></a></span></b></div><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 18pt;"><br /></span></b><p></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: right;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 18pt; mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;"><v:shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f">
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</v:imagedata></v:shape></span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 18pt;"><o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 18pt;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 18pt;">WALTER, SOUTINHO E O CAMINHAR DA VIDA<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10pt;">Tomislav R.
Femenick</span></i></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10pt;">
– Jornalista <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">No
longínquo ano de 1955, eu e o meu amigo Walter Gomes inventamos de abrir uma
agência de publicidade em Mossoró. Ambos trabalhávamos no jornal O Mossoroense,
dirigido pelo “velho” Lauro da Escossia e seu filho Lauro Filho. Eu, como
repórter, e ele, com uma coluna diária que misturava tudo: crônica social,
política, negócios etc. Só não falava de casos policiais. Dizia que dava azar.
Então resolvemos encontrar um meio de ganhar alguns trocados a mais, publicando
cadernos especiais. Dessa ideia saíram edições sobre indústria, comércio,
agricultura e administração pública. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Nos reuníamos nas
mesas do Bar Suez, da ACDP e, vez ou outra, nos cabarés Brahma e Copacabana. As
ideias que ali nasciam precisavam ser aprovadas por Lauro Filho, que geralmente
aceitava nossas sugestões. Só me lembro de um veto: um lançamento que propusemos
de um caderno sobre a vida alegre no Alto Louvor, o bairro do alto <span style="mso-bidi-font-weight: bold;">meretrício</span>. Além de escrever os
textos, nós tínhamos que conseguir os anúncios. Aí é que nós ganhávamos uma
comissão, sobre o faturamento dos anúncios. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Um ano depois, nós, eu e Walter
Gomes, resolvemos institucionalizar o negócio e criamos a Propag; se não a
primeira, seguramente a segunda empresa de publicidade do Estado, com registro
na Junta Comercial, endereço, instalações, telefone (na época um artigo de
luxo), secretária e outras coisas mais. O problema era que não tínhamos
dinheiro para isso tudo. Fomos para o Bar Suez para ruminar a solução. De
repente, junta-se a nós um cidadão de quem não me lembro o nome, e resolveu a
questão, dizendo: “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">homem de dinheiro em
Mossoró é Soutinho</i>”. Não dissemos nada, mas ficamos olhando um para o
outro. Logo fomos, ligeirinhos, falar com Francisco Ferreira Souto Filho, com
quem tínhamos amizade. Expusemos a nossa necessidade de grana para fundar a
empresa e, por isso, queríamos um financiamento do Banco de Mossoró, então
controlado por ele. “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">E se a empresa
quebrar?</i>” – Perguntou-nos. Então viramos sócios; Eu, Walter Gomes e
Soutiho. A Propag viveu até eu fazer concurso e passar para assumir o cargo de
escriturário no Banco do Nordeste.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Mas
a vida dá muitas voltas. Walter foi para o Rio de Janeiro, voltou para Natal e
depois se instalou em Brasília, sempre perseguindo as notícias e suas fontes.
Eu pedi demissão do BNB, entrei em outros negócios e, depois, deixei minha
terra natal e fui para São Paulo, afastei-me do jornalismo e entrei de cabeça
no mundo dos altos negócios, via auditoria contábil, econômica e
administrativa. Uma vez recebi sua visita em meu escritório na Av. Paulista e
ele foi jantar na minha casa. Quando eu ia à Brasília, também o visitava.
Quanto a Soutinho a distância nos unia. Ele e Edith eram padrinhos de batismo
da minha filha. Sempre que ia a Mossoró, visitava-o em sua casa, onde uma vez,
se me recordo bem, provei um impensável soverte de pitomba. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Porém,
nada é mais inexorável do que o caminhar da vida em direção à morte. Tudo o que
é vivo anda nessa direção. Desde os gigantes baobás africanos e nordestinos,
até os diminutos vírus. Um dia todos desaparecerão. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Em
poucos dias foram-se desta existência Walter, o buscador de fatos e notícias
desta “República Surrealista” do Brasil, e Soutinho, o realizador e desbravador
das lides salineiras. Um perseguia os homens que fazem as leis, que as executam
e, também, que impõem o seu cumprimento. O outro buscava fazer com que o sal se
transformasse em uma riqueza da nossa terra, fazer com que o nosso se
transformasse no sal da nossa vida.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">O
que nos entristece, mais ainda, é viver em uma época de tantos homens sem
serventia e ver que, logo eles, homens de valor exemplar, tenham nos deixado. <o:p></o:p></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: right; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: right; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Tribuna do Norte. Natal, 10 mar. 2022.<o:p></o:p></span></p>IHGRNhttp://www.blogger.com/profile/02522483343389444846noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5522742543199065609.post-36781180172582953172022-03-03T03:51:00.003-03:002022-03-03T04:02:03.039-03:00<p><br /></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm 28.3pt 0cm 0cm;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: black; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">MACAÍBA DE ANTIGAS CANÇÕES E VELHOS
FOLIÕES</span><span face=""Helvetica",sans-serif" style="color: #1d2228; font-size: 10pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm 28.3pt 0cm 0cm;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm 28.3pt 0cm 0cm;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: black; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Valério Mesquita</span><span face=""Helvetica",sans-serif" style="color: #1d2228; font-size: 10pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm 28.3pt 0cm 0cm;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: black; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><a href="https://www.blogger.com/blog/post/edit/7689950736693635271/6089177957669293206"><span style="color: #196ad4;">mesquita.valerio@gmail.com</span></a></span><span face=""Helvetica",sans-serif" style="color: #1d2228; font-size: 10pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm 28.3pt 0cm 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: black; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span><span face=""Helvetica",sans-serif" style="color: #1d2228; font-size: 10pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm 28.3pt 0cm 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm 28.3pt 0cm 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: black; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Nestor Lima era um macaibense da gema
que foi “cônsul honorário” do município de Parnamirim. Era a quem recorria
quando consultava a bússola do tempo, da tradição, das vertentes e das
nascentes de nossa Macaíba. Revisito Nestor Lima para, através dele, penetrar
na máquina de sua memória. A nossa cidade, nas artes, conheceu o clássico e o
popular. Macaíba foi cidade aristocrática nos anos 20, 30, das bandas de
músicas José da Penha e a do Grêmio, pontificados nas figuras dos chefes
políticos Neco Freire e Major Andrade. A fina flor da sociedade exercitava a
música, o teatro e o canto, o que conferia a Macaíba a fama de cidade cultural.
Vicente Andrade no trompete, violino e piano; Orlando Ubirajara e Rosalvo ao
violino e piano; Euclides Ribeiro, saxofonista; Abílio Monteiro, trombonista;
João Leiros no contrabaixo; Luiz Marinho de Carvalho, grande trompetista e
pianista; João Lins e Luiz Martins, violonistas inexcedíveis; Valdemar Barros,
virtuoso pianista Era a época, onde em cada rua do centro da cidade, existiam
um ou dois pianos. </span><span face=""Helvetica",sans-serif" style="color: #1d2228; font-size: 10pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm 28.3pt 0cm 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm 28.3pt 0cm 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: black; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Nos dias de hoje, não existem um
sequer. Nos anos 40 e 50, se destacaram em todo o município os famosos
conjuntos regionais que interpretavam a música popular brasileira.
Celebrizaram-se Nestor Lima, Cornélio Mangabeira, José Alves, José Cabral, Luiz
Marinho, Manoel Domingos, Chicozinho, Carlito, Nizário Máximo, José Leiros,
Sebastião Melo, Airton Feitoza. Todos formavam uma escola de batutas que hoje
não se vê mais. Como também jamais se reeditarão os conjuntos teatrais que tanto
sucesso fizeram em Natal, começando pela figura maior de Joca Leiros, seus
filhos Zé Leiros, Wilson, Nozinha, Luiz Marinho e os filhos Gutemberg e Aidée,
Antônio Coelho, Alice Lima, Hiran e Célia Lima, José Muniz, e Aguinaldo
Ferreira. E para fechar o leque cultural, uma plêiade de cantores que enchiam
de canto e encanto as noites macaibenses, do quilate de Salvador Galvão,
Joanete Ribeiro, Edson Silva, Dorothy Moura, Aliete Muniz, Luiz Vieira, Cecília
Marinho e Laíde Máximo. </span><span face=""Helvetica",sans-serif" style="color: #1d2228; font-size: 10pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm 28.3pt 0cm 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm 28.3pt 0cm 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: black; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mas o carnaval macaibense nos anos
prefalados, era o desaguadouro natural dos afluentes culturais da época. Não se
pode esquecer os clubes de cordão: "Os Remadores", os
"Vassourinhas", o “Coco-Zambê” do caboclo velho e as madrugadeiras
"Maxixeiras", anunciadoras primeiras do carnaval, comandadas por Lula
Ramos. Dos blocos, o Zé Ludovico que caminhava à frente pelas ruas, nos seus
1,80 de altura impertigável, imperturbável e inabordável, apesar de toda a
folia ao redor. O de Pedro Pixilinga, que anos passados resistiu, no mesmo passo
e compasso como há 40 anos atrás, a Escola de Samba de Zé de Papo, sambista
incorrigível. As tribos de índios, bagunças, troças, tudo faz sentido hoje
relembrar, abrindo alas para todos passarem na sempre comovida recomposição de
um tempo que nunca mais se repetirá.</span><span face=""Helvetica",sans-serif" style="color: #1d2228; font-size: 10pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm 28.3pt 0cm 0cm;"><span face=""Helvetica",sans-serif" style="color: #1d2228; font-size: 10pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm 28.3pt 0cm 0cm;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: black; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">(*) Escritor</span><span face=""Helvetica",sans-serif" style="color: #1d2228; font-size: 10pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-right: 28.3pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> <o:p></o:p></span></p>IHGRNhttp://www.blogger.com/profile/02522483343389444846noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5522742543199065609.post-57274412733442454182022-02-28T14:53:00.005-03:002022-02-28T14:53:38.157-03:00<p> </p><div style="font-family: inherit;"><div class="ll8tlv6m j83agx80 btwxx1t3 n851cfcs hv4rvrfc dati1w0a pybr56ya" style="align-items: flex-start; display: flex; flex-direction: row; font-family: inherit; margin-bottom: 12px; padding-left: 16px; padding-right: 16px; padding-top: 12px;"><div class="buofh1pr" style="flex-grow: 1; font-family: inherit;"><div class="j83agx80 cbu4d94t ew0dbk1b irj2b8pg" style="display: flex; flex-direction: column; font-family: inherit; margin-bottom: -5px; margin-top: -5px;"><div class="qzhwtbm6 knvmm38d" style="font-family: inherit; margin-bottom: 5px; margin-top: 5px;"><span class="d2edcug0 hpfvmrgz qv66sw1b c1et5uql lr9zc1uh a8c37x1j fe6kdd0r mau55g9w c8b282yb keod5gw0 nxhoafnm aigsh9s9 d3f4x2em iv3no6db jq4qci2q a3bd9o3v b1v8xokw m9osqain hzawbc8m" dir="auto" style="color: var(--secondary-text); display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; line-height: 1.3333; max-width: 100%; min-width: 0px; overflow-wrap: break-word; word-break: break-word;"><h2 class="gmql0nx0 l94mrbxd p1ri9a11 lzcic4wl aahdfvyu hzawbc8m" id="jsc_c_t" style="color: inherit; font-family: inherit; font-size: inherit; font-weight: inherit; margin: 4px 0px 0px; outline: none; padding: 0px;"><span class="" style="font-family: inherit;"><span class="nc684nl6" style="display: inline; font-family: inherit;"><a class="oajrlxb2 g5ia77u1 qu0x051f esr5mh6w e9989ue4 r7d6kgcz rq0escxv nhd2j8a9 nc684nl6 p7hjln8o kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x jb3vyjys rz4wbd8a qt6c0cv9 a8nywdso i1ao9s8h esuyzwwr f1sip0of lzcic4wl gpro0wi8 oo9gr5id lrazzd5p" href="https://www.facebook.com/groups/125410147561349/user/1039626426/?__cft__[0]=AZXCBpia_16esTzxHzfY8tRnYd6FUfjwPCApfSeusfjWPAfSZ2m96K6jkX77uGIw1FnBZaT9g9OJRQ6ESqgVQvwsE44eS3nP7mFj3yR_0sMTS1_lOO-JWNri3MNF6oOmyS8&__tn__=-UC%2CP-R" role="link" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; border-color: initial; border-style: initial; border-width: 0px; box-sizing: border-box; cursor: pointer; display: inline; font-family: inherit; font-weight: 600; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: inherit; text-decoration-line: none; touch-action: manipulation;" tabindex="0"><span style="font-family: inherit;">Marcelo Alves</span></a></span></span></h2></span></div></div></div></div></div><div style="font-family: inherit;"><div class="" dir="auto" style="font-family: inherit;"><div class="ecm0bbzt hv4rvrfc dati1w0a e5nlhep0" data-ad-comet-preview="message" data-ad-preview="message" id="jsc_c_v" style="font-family: inherit; padding: 4px 16px;"><div class="j83agx80 cbu4d94t ew0dbk1b irj2b8pg" style="display: flex; flex-direction: column; font-family: inherit; margin-bottom: -5px; margin-top: -5px;"><div class="qzhwtbm6 knvmm38d" style="font-family: inherit; margin-bottom: 5px; margin-top: 5px;"><span class="d2edcug0 hpfvmrgz qv66sw1b c1et5uql lr9zc1uh a8c37x1j fe6kdd0r mau55g9w c8b282yb keod5gw0 nxhoafnm aigsh9s9 d3f4x2em iv3no6db jq4qci2q a3bd9o3v b1v8xokw oo9gr5id hzawbc8m" dir="auto" style="color: var(--primary-text); display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; line-height: 1.3333; max-width: 100%; min-width: 0px; overflow-wrap: break-word; word-break: break-word;"><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><b>A terceira via</b></div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;">Quando fui fazer doutorado (PhD) no Reino Unido, em 2008, o jusfilósofo Ronald Dworkin (1931-2013) andava por lá. Era professor no University College London – UCL. Era muito badalado. Recordo-me de haver ido xeretar uma de suas palestras. Ele faleceu na amada Londres, de complicações de uma leucemia, não muito tempo depois. Uma pena.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;">Dworkin nasceu em Worcester, Massachusetts, nos EUA. Estudou nas universidades de Harvard (bacharelado e doutorado) e de Oxford. Coisa de primeira qualidade. Foi assessor no Judiciário americano. Advogou em Nova York. Foi professor na Yale University. Sucedeu a H. L. A. Hart (1907-1992) na cátedra de filosofia do direito da Oxford University. Pontificou lá por 30 anos. Foi finalmente professor na New York University e no University College London, além de ter dado cursos em outras universidades mundo afora.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;">Filósofo, jurista e constitucionalista, Dworkin foi muito atuante no debate público no mundo anglo-saxão, em jornais e em publicações especializadas. Mas Dworkin é sobretudo o autor de alguns clássicos da ciência do direito. “Taking Rights Seriously” (1977), “A Matter of Principle” (1985), “Law’s Empire” (1986), “Sovereign Virtue: The Theory and Practice of Equality” (2000) e “Justice for Hedgehogs” (2011) são os mais célebres. É fácil encontrá-los, com os títulos “Levando os direitos a sério”, “Uma questão de princípio”, “O império do direito”, “A virtude soberana: a teoria e a prática da igualdade” e “A raposa e o porco-espinho: justiça e valor”, em edições honestas da Martins Fontes.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;">A obra de Dworkin é variada. É até difícil de compreendê-la e, muito mais, de resumi-la. Mas podemos apontar dois núcleos.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;">O primeiro está na sua defesa de uma justiça distributiva, materialmente igualitária, desenvolvendo um veio que vinha de Aristóteles (384-322 a.C.) e chegava no seu conterrâneo John Rawls (1921-2002). Vai longe Dworkin nessa busca de uma igualdade material. De fato, o princípio da igualdade perante a lei, como um dogma político e jurídico, é ouro. Mas ele não pode ficar apenas no plano normativo. Tem seu lugar, talvez o de maior destaque, na solução materialmente igualitária de casos concretos na vida em sociedade.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;">E assim chegamos ao segundo aspecto da filosofia de Dworkin. Um jusnaturalismo moderado. Ou, como li em “Little Book of Big Ideas – Law” (A & C Black Publishers Ltd., 2009), de Robert Hockett, “uma terceira via”, entre as visões positivistas e jusnaturalistas.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;">Metodologicamente, Dworkin trabalha sua teoria do direito “como uma teoria acerca de como os juízes decidem os casos concretos”. Para decidir, os juízes devem considerar o que está na lei e nos precedentes judiciais. Parece óbvio e assim o diz Dwokin em “Levando os direitos a sério” (Martins Fontes, 2002): “as teorias da decisão judicial tornaram-se mais sofisticadas, mas as mais conhecidas ainda colocam o julgamento à sombra da legislação. Os contornos principais dessa história são familiares. Os juízes devem aplicar o direito criado por outras instituições; não devem criar um novo direito”. E aqui temos uma visão positivista do direito.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;">Se o dito acima é o ideal, ele nem sempre é possível. Dworkin afirma que as regras do direito “são quase sempre vagas e devem ser interpretadas antes de se poder aplicá-las aos novos casos. Além disso, alguns desses casos colocam problemas tão novos que não podem ser decididos nem mesmo se ampliarmos ou reinterpretarmos as regras existentes. Portanto, os juízes devem, às vezes, criar um novo direito, seja essa criação dissimulada ou explícita”. Dwokin fala em buscar a “melhor interpretação moral”, o “melhor para a comunidade” e, ao fazê-lo, os juízes devem agir estabelecendo normas que, “em sua opinião, os legisladores promulgariam caso se vissem diante do problema”. E aí está o seu viés jusnaturalista.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;">Todavia, para Dwokin (e temos o semipositivista), “é muito comum que o legislador se preocupe apenas com questões fundamentais de moralidade ou de política fundamental ao decidir como vai votar alguma questão específica. Ele não precisa mostrar que seu voto é coerente com os votos de seus colegas do poder legislativo, ou com os de legislaturas passadas”. Um juiz não deve mostrar esse tipo de independência total. Ele deve associar sua decisão às decisões que outros juízes tomaram no passado. A força da sua decisão deve estar baseada não só na sua “sabedoria”, mas, também, na “equidade” de tratar casos semelhantes do mesmo modo.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">E, dito tudo isso, temos um Dworkin tanto terceira via como igualitário. Grande nome.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Marcelo Alves Dias de Souza</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Procurador Regional da República</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL</div></div></span></div></div></div></div></div><div style="font-family: inherit;"><div class="stjgntxs ni8dbmo4 l82x9zwi uo3d90p7 h905i5nu monazrh9" data-visualcompletion="ignore-dynamic" style="border-radius: 0px 0px 8px 8px; font-family: inherit; overflow: hidden;"><div style="font-family: inherit;"><div style="font-family: inherit;"><div style="font-family: inherit;"><div class="tvfksri0 ozuftl9m jmbispl3 olo4ujb6" style="border-top: 1px solid var(--divider); font-family: inherit; margin-left: 12px; margin-right: 12px; margin-top: 12px;"><div class="rq0escxv l9j0dhe7 du4w35lb j83agx80 pfnyh3mw i1fnvgqd gs1a9yip owycx6da btwxx1t3 ph5uu5jm b3onmgus e5nlhep0 ecm0bbzt nkwizq5d roh60bw9 mysgfdmx hddg9phg" style="align-items: stretch; box-sizing: border-box; display: flex; flex-flow: row nowrap; flex-shrink: 0; font-family: inherit; justify-content: space-between; margin: -6px -2px; padding: 4px; position: relative; z-index: 0;"><div class="rq0escxv l9j0dhe7 du4w35lb j83agx80 cbu4d94t d2edcug0 hpfvmrgz rj1gh0hx buofh1pr g5gj957u n8tt0mok hyh9befq iuny7tx3 ipjc6fyt" style="box-sizing: border-box; display: flex; flex-direction: column; flex: 1 1 0px; font-family: inherit; max-width: 100%; min-width: 0px; padding: 6px 2px; position: relative; z-index: 0;"><div aria-label="Curtir" class="oajrlxb2 gs1a9yip g5ia77u1 mtkw9kbi tlpljxtp qensuy8j ppp5ayq2 goun2846 ccm00jje s44p3ltw mk2mc5f4 rt8b4zig n8ej3o3l agehan2d sk4xxmp2 rq0escxv nhd2j8a9 mg4g778l pfnyh3mw p7hjln8o kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x tgvbjcpo hpfvmrgz jb3vyjys rz4wbd8a qt6c0cv9 a8nywdso l9j0dhe7 i1ao9s8h esuyzwwr du4w35lb n00je7tq arfg74bv qs9ysxi8 k77z8yql pq6dq46d btwxx1t3 abiwlrkh p8dawk7l lzcic4wl gokke00a" role="button" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; 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display: flex; flex-direction: column; flex-shrink: 0; font-family: inherit; max-width: 100%; min-width: 0px; padding: 6px 4px; position: relative; z-index: 0;"><span class="d2edcug0 hpfvmrgz qv66sw1b c1et5uql lr9zc1uh a8c37x1j fe6kdd0r mau55g9w c8b282yb keod5gw0 nxhoafnm aigsh9s9 d3f4x2em iv3no6db jq4qci2q a3bd9o3v lrazzd5p m9osqain" dir="auto" style="color: var(--secondary-text); display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; font-weight: 600; line-height: 1.3333; max-width: 100%; min-width: 0px; overflow-wrap: break-word; word-break: break-word;"><span style="font-family: inherit;">Curtir</span></span></div></div><div class="n00je7tq arfg74bv qs9ysxi8 k77z8yql i09qtzwb n7fi1qx3 b5wmifdl hzruof5a pmk7jnqg j9ispegn kr520xx4 c5ndavph art1omkt ot9fgl3s" data-visualcompletion="ignore" style="border-radius: 4px; font-family: inherit; inset: 0px; opacity: 0; pointer-events: none; position: absolute; transition-duration: var(--fds-duration-extra-extra-short-out); transition-property: opacity; 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min-width: 0px; padding-left: 12px; padding-right: 12px; padding-top: 0px; position: relative; white-space: nowrap; z-index: 0;"><div class="rq0escxv l9j0dhe7 du4w35lb j83agx80 cbu4d94t pfnyh3mw d2edcug0 hpfvmrgz ph5uu5jm b3onmgus iuny7tx3 ipjc6fyt" style="box-sizing: border-box; display: flex; flex-direction: column; flex-shrink: 0; font-family: inherit; max-width: 100%; min-width: 0px; padding: 6px 4px; position: relative; z-index: 0;"><i class="hu5pjgll m6k467ps" data-visualcompletion="css-img" style="background-image: url("https://static.xx.fbcdn.net/rsrc.php/v3/yb/r/WoFe9hr-AEY.png?_nc_eui2=AeE6i-LV655RdZb_QNf4x4a026l61TNmWzXbqXrVM2ZbNaEATHpyjHLPK-scX-OQKhc"); background-position: 0px -230px; background-repeat: no-repeat; background-size: auto; display: inline-block; filter: var(--filter-secondary-icon); height: 18px; vertical-align: -0.25em; width: 18px;"></i></div><div class="rq0escxv l9j0dhe7 du4w35lb j83agx80 cbu4d94t pfnyh3mw d2edcug0 hpfvmrgz ph5uu5jm b3onmgus iuny7tx3 ipjc6fyt" style="box-sizing: border-box; display: flex; flex-direction: column; flex-shrink: 0; font-family: inherit; max-width: 100%; min-width: 0px; padding: 6px 4px; position: relative; z-index: 0;"><span class="d2edcug0 hpfvmrgz qv66sw1b c1et5uql lr9zc1uh a8c37x1j fe6kdd0r mau55g9w c8b282yb keod5gw0 nxhoafnm aigsh9s9 d3f4x2em iv3no6db jq4qci2q a3bd9o3v lrazzd5p m9osqain" dir="auto" style="color: var(--secondary-text); display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; font-weight: 600; line-height: 1.3333; max-width: 100%; min-width: 0px; overflow-wrap: break-word; word-break: break-word;">Comentar</span></div></div><div class="n00je7tq arfg74bv qs9ysxi8 k77z8yql i09qtzwb n7fi1qx3 b5wmifdl hzruof5a pmk7jnqg j9ispegn kr520xx4 c5ndavph art1omkt ot9fgl3s" data-visualcompletion="ignore" style="border-radius: 4px; font-family: inherit; inset: 0px; opacity: 0; pointer-events: none; position: absolute; transition-duration: var(--fds-duration-extra-extra-short-out); transition-property: opacity; transition-timing-function: var(--fds-animation-fade-out);"></div></div></div><div class="rq0escxv l9j0dhe7 du4w35lb j83agx80 cbu4d94t d2edcug0 hpfvmrgz rj1gh0hx buofh1pr g5gj957u n8tt0mok hyh9befq iuny7tx3 ipjc6fyt" style="box-sizing: border-box; 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flex-direction: column; flex-shrink: 0; font-family: inherit; max-width: 100%; min-width: 0px; padding: 6px 4px; position: relative; z-index: 0;"><i class="hu5pjgll m6k467ps" data-visualcompletion="css-img" style="background-image: url("https://static.xx.fbcdn.net/rsrc.php/v3/yb/r/WoFe9hr-AEY.png?_nc_eui2=AeE6i-LV655RdZb_QNf4x4a026l61TNmWzXbqXrVM2ZbNaEATHpyjHLPK-scX-OQKhc"); background-position: 0px -287px; background-repeat: no-repeat; background-size: auto; display: inline-block; filter: var(--filter-secondary-icon); height: 18px; vertical-align: -0.25em; width: 18px;"></i></div><div class="rq0escxv l9j0dhe7 du4w35lb j83agx80 cbu4d94t pfnyh3mw d2edcug0 hpfvmrgz ph5uu5jm b3onmgus iuny7tx3 ipjc6fyt" style="box-sizing: border-box; display: flex; flex-direction: column; flex-shrink: 0; font-family: inherit; max-width: 100%; min-width: 0px; padding: 6px 4px; position: relative; z-index: 0;"><span class="d2edcug0 hpfvmrgz qv66sw1b c1et5uql lr9zc1uh a8c37x1j fe6kdd0r mau55g9w c8b282yb keod5gw0 nxhoafnm aigsh9s9 d3f4x2em iv3no6db jq4qci2q a3bd9o3v lrazzd5p m9osqain" dir="auto" style="color: var(--secondary-text); display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; font-weight: 600; line-height: 1.3333; max-width: 100%; min-width: 0px; overflow-wrap: break-word; word-break: break-word;">Compartilhar</span></div></div><div class="n00je7tq arfg74bv qs9ysxi8 k77z8yql i09qtzwb n7fi1qx3 b5wmifdl hzruof5a pmk7jnqg j9ispegn kr520xx4 c5ndavph art1omkt ot9fgl3s" data-visualcompletion="ignore" style="border-radius: 4px; font-family: inherit; inset: 0px; opacity: 0; pointer-events: none; position: absolute; transition-duration: var(--fds-duration-extra-extra-short-out); transition-property: opacity; transition-timing-function: var(--fds-animation-fade-out);"></div></div></div></div></div></div></div><div class="cwj9ozl2 tvmbv18p" style="font-family: inherit; margin-bottom: 4px;"><h3 class="gmql0nx0 l94mrbxd p1ri9a11 lzcic4wl q45zohi1 ema1e40h ay7djpcl ni8dbmo4 stjgntxs pmk7jnqg rfua0xdk" dir="auto" style="clip-path: inset(50%); clip: rect(0px, 0px, 0px, 0px); color: #1c1e21; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: inherit; font-weight: inherit; height: 1px; margin: 0px; outline: none; overflow: hidden; padding: 0px; position: absolute; width: 1px;">0 comentário</h3><div class="l6v480f0 kvgmc6g5 wkznzc2l oygrvhab dhix69tm ecm0bbzt" style="border-top: 1px solid var(--divider); color: #1c1e21; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 16px; padding-top: 4px;"></div><div class="j83agx80 bkfpd7mw jb3vyjys hv4rvrfc qt6c0cv9 dati1w0a l9j0dhe7" style="color: #1c1e21; display: flex; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; justify-content: flex-end; padding: 0px 16px; position: relative;"></div><div class="j83agx80 bkfpd7mw jb3vyjys hv4rvrfc qt6c0cv9 dati1w0a l9j0dhe7" style="color: #1c1e21; display: flex; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; justify-content: flex-end; padding: 0px 16px; position: relative;"></div><div class="stjgntxs ni8dbmo4" style="color: #1c1e21; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; overflow: hidden;"></div></div></div></div></div>IHGRNhttp://www.blogger.com/profile/02522483343389444846noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5522742543199065609.post-22683983079668481772022-02-24T09:51:00.001-03:002022-02-24T09:51:19.848-03:00<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj1iM1A1JzmwudIdmUTt1mbs6H67kGNUUPPPk7ITqgwUJd9zu7ZZ3w-ROy5Za4ygi4pWkg18aRnzulbzoThYjJ1H-qjgJVEk_JnKSU9chKlDHMjyvhK-z_JahyxJDqhfIU6hU1NgTEBvoYvV7qIlI3fhuEq_C5brJEklQeLv5KGj5HvhY1XOsbDLWMeFQ=s201" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="201" data-original-width="158" height="201" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj1iM1A1JzmwudIdmUTt1mbs6H67kGNUUPPPk7ITqgwUJd9zu7ZZ3w-ROy5Za4ygi4pWkg18aRnzulbzoThYjJ1H-qjgJVEk_JnKSU9chKlDHMjyvhK-z_JahyxJDqhfIU6hU1NgTEBvoYvV7qIlI3fhuEq_C5brJEklQeLv5KGj5HvhY1XOsbDLWMeFQ" width="158" /></a></div><br /> <b style="text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;">JOSÉ VASCONCELOS DA ROCHA</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Comic Sans MS"; line-height: 17.12px;"><o:p><span style="font-size: 12pt;"> </span><b><span style="font-size: x-small;">Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes (Conselheiro do América F.C.)</span></b></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12pt; line-height: 17.12px;">José Vasconcelos da Rocha foi uma criatura com uma história singular. Natural de Guarabira-PB, nascido a 23 de dezembro de 1935, filho de Adauto Ferreira da Rocha e de Marluce de Vasconcelos da Rocha, buscou vencer na vida por vários caminhos, a política onde foi Deputado Estadual (PTN), eleito no período de 1959 a 1967, onde alcançou a condição de Presidente da Assembleia e 2º Vice Presidente. Fez parte do grupo de deputados que criou a “Assembleia do Museu”, quando da dissidência dos correligionários de Dinarte Mariz contra o Governo Aluízio Alves. Foi vice-prefeito de Goianinha, de 1958/1959.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12pt; line-height: 17.12px;">Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de Alagoas, tendo colado grau em 2 de dezembro de 1963, tornou-se advogado militante e depois Ingressou no cargo de Juiz do trabalho de 2ª Instância, ocupante de vaga destinada a representante da OAB/RNN, nomeado através do decreto Presidencial de 14 de novembro de 1991, tomando posse em 15 de junho de 1992, sendo eleito o 1º Presidente do Tribunal Regional do Trabalho – TRT da 21ª Região.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12pt; line-height: 17.12px;">Em sua vida encontrou algumas pedras no caminho, a teor da época do movimento militar que derrubou o Presidente João Goulart em 1964, quando, por força de um discurso em defesa da manutenção do governante constitucional logrou a indignação de alguns militares e foi procurado para prestar justificativas, quando então foi obrigado a fugir de um cerco à sua casa, fugindo para sua terra natal, acompanhado do advogado Hélio Vasconcelos e dos acadêmicos de direito Danilo Bessa e Berenice Freitas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12pt; line-height: 17.12px;">Retorna a Natal, mas antes fez contatos importantes com figuras proeminentes do Estado, como Dinarte Mariz, Odilon Ribeiro Coutinho e com militares conhecidos - general Omar Emir Chaves, o coronel Mendonça Lima, foi até ao IV Exército, em Recife. Lá, conhecia o coronel Valmir Alves da Nóbrega, que o informou “aqui não há nada contra você”. Com Odilon contatou com o general Terra Ururahí, e tudo terminou bem.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12pt; line-height: 17.12px;">Aposentado como desembargador federal, retornou à advocacia e passou a atuar com grande fervor ao esporte, mais exatamente ao seu América Futebol Clube, de onde foi Presidente e Presidente do Conselho Deliberativo até os dias presentes. Ergueu o a Arena América, que recebeu o seu nome, repetindo sua ação de construção, como o fez com a sede da Justiça Trabalhista em Natal, quando integrante daquela Corte.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12pt; line-height: 17.12px;">Com ele, eu tive convivência no América e retornei aos quadros de sócio, apagando uma grande deselegância contra mim praticada e que me levou a abandonar o clube. Na nova fase fui convidado para minutar um projeto de novo Estatuto do Clube, aprovado por uma Comissão e depois aprovado pelo Conselho Deliberativo, com emendas oferecidas por outros associados.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12pt; line-height: 17.12px;">Soube do seu problema de saúde e falecimento hoje, pelo meu filho Rocco José, em seguida confirmado pelo Conselheiro do América Odúlio Botelho, posto que ando um tanto desligado do noticiário, uma vez que estou dividindo a minha residência entre Natal e Cotovelo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12pt; line-height: 17.12px;">Fiquei muito abalado e, de imediato, no calor da emoção, resolvi fazer esta homenagem ao companheiro americano e amigo Zé Rocha. Deus o receba em sua Casa Celestial.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12pt; line-height: 17.12px;">Olhe, lá estará lhe esperando outro americano, meu pai José Gomes da Costa (Zé Gomes), que foi quem adquiriu o terreno onde hoje está plantada a sede do América.</span></p>IHGRNhttp://www.blogger.com/profile/02522483343389444846noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5522742543199065609.post-49058803320762841602022-02-23T16:56:00.003-03:002022-02-23T16:56:33.224-03:00<p> </p><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">ORIANO: ÚLTIMA ESTROFE</span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="151" src="https://www.youtube.com/embed/FEV1Jw510vU" width="182" youtube-src-id="FEV1Jw510vU"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: right;"><span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Valério Mesquita(**)<o:p></o:p></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: right;"><span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><a href="mailto:mesquita.valerio@gmail.com" target="_blank"><span style="color: #1155cc;">mesquita.valerio@gmail.com</span></a><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;"><span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Direi pouco sobre
Oriano de Almeida. Outros falarão melhor porque conviveram de perto com o seu
talento e a sua vida. Cláudio Galvão, Diógenes da Cunha Lima, por exemplo,
Maria Luiza Dantas, Sanderson Negreiros, Enélio Lima Petrovich (que inaugurou o
Memorial Oriano Almeida no anexo do IHGRN em 2001), se já não dissertaram, o
farão, com certeza, com brilho e propriedade. Resolvi pronunciar-me porque
gosto de pontuar atitudes e assumir gestos quando vejo algo que me desagrada.
Fui à Academia de Letras me despedir do seu corpo, na sua tarde derradeira e
melancólica. Não apenas movido pelo dever de colega acadêmico ou por solidariedade
cristã, mas porque efetivamente ele foi um compositor e intérprete maravilhoso
para a honra e orgulho do Rio Grande do Norte, cujo povo não “está nem aí”. No
recinto, durante os discursos de despedida, pouquíssimos presentes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;"><span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Aí começou a nascer
em mim a necessidade de protestar, de me indignar, de não me calar. Comentei
com Genibaldo Barros, Armando Negreiros e Ernani Rosado que ali estavam: é o
menor público da vida de Oriano, quando deveria ser o maior. Ele que havia
conquistado as plateias milionárias, exigentes e refinadas do mundo inteiro não
conseguia reunir para o último adeus a intelectualidade de sua terra. Quanta
ironia, quanto paradoxo a vida nos ensina. O maior intérprete do mundo da obra
de Chopin, que encantou os palcos da arte musical, gênio da música, compositor,
ocupante da cadeira nº 13 que pertenceu a Câmara Cascudo, estava finalmente
esquecido. Havia atingido a “verdadeira imortalidade”. Já escrevi que Natal
sofre de ataraxia, indiferença. É pobre de sentimentos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;"><span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Chegou um momento,
no velório, que Diógenes preocupou-se com os circunstantes para conduzir o
esquife do salão ao veículo funerário. A maioria era mulheres entre reduzido
grupo de sexagenários em débito com o teste ergométrico. Afirmo, sem qualquer
preconceito, que talvez tenha faltado a Oriano a passagem por uma banda de
forró. Resta a esperança de que o nome, a importância do que fez como
musicista, intérprete, compositor e escritor não desapareça. Não tenho dúvidas
de que Oriano Almeida é maior do que os ausentes. A sua obra tem abrangência
nacional e internacional. Simples, não buscava os refletores da fama. Ela vinha
até ele. Nem o elogio fácil.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;"><span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Já disse que na
vida quando se passa dos 60 ou 70 anos, torna-se estatística. Diferente dos
países mais civilizados. E Oriano se foi com 83. Fica para os pesquisadores,
memorialistas e estudiosos da música e da obra que ele nos lega, a tarefa
permanente de afirmar que Oriano Almeida vive. Na frase, que não é minha e nem
sei de quem, mas que eu gosto de lembrar: “Não se acaba o homem. Constrói-se a
cada dia sua performance”. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;"><span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: right; text-indent: 3.0cm;"><span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">(*) Artigo publicado no livro “Inquietudes”<o:p></o:p></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: right; text-indent: 3.0cm;"><span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">(**) Escritor<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><br /><p></p>IHGRNhttp://www.blogger.com/profile/02522483343389444846noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5522742543199065609.post-85243369175319794492022-02-13T12:12:00.001-03:002022-02-13T12:12:32.013-03:00<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhFrLk3KkWFVG24iluR-Mc75VdXkQ06tydiUVst4urtZzI9lCW5AZfEVKk9p62XyPYhyaiqarNKUZGKaKF4k7wstDPZnhrdvZGNmoosU-Mh6mO77wh2JhYgE6Hot6FoJ8MtzsFyiBecS2t2NuD09u4_3SoPge-TBZaXi0mUULzVN0SIkEdscYh_s7CmYA=s1080" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="810" data-original-width="1080" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhFrLk3KkWFVG24iluR-Mc75VdXkQ06tydiUVst4urtZzI9lCW5AZfEVKk9p62XyPYhyaiqarNKUZGKaKF4k7wstDPZnhrdvZGNmoosU-Mh6mO77wh2JhYgE6Hot6FoJ8MtzsFyiBecS2t2NuD09u4_3SoPge-TBZaXi0mUULzVN0SIkEdscYh_s7CmYA=s320" width="320" /></a></div><br /><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;"><br /></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black; font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Novas Cartas de Cotovelo – verão de
2022-06</span></b><span style="color: black; font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><b><span style="color: black; font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes<o:p></o:p></span></b></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black; font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">UM DOMINGO DE PAZ E SOL<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><b><span style="color: black; font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-tab-count: 2;"> </span>Depois
de uma sexta-feira diferenciada, que trovejou e alagou o primeiro andar da
minha casa, com uma chuva diferente, o que nunca havia acontecido desde que a
construí, Cotovelo (há mais de 30 anos), tudo volta à sua normalidade,
permitindo retomada das atividades quase 100%, embora registrando alguns
pequenos danos em ruas sem calçamento, um início de incêndio numa mercearia em
frente ao Posto de Gasolina que, segundo comentam, teria sido o resultado de um
raio.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><b><span style="color: black; font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-tab-count: 2;"> </span>No
sábado fui ao vale do Pium (já no território de Nísia Floresta), com Carlinhos
para abastecimento da casa com frutas e legumes – tudo legal.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><b><span style="color: black; font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-tab-count: 2;"> </span>Eis
que chega o domingo e com ele a Paz e a claridade do Deus Sol, em toda a sua
exuberância. Levantei-me cedo e deixei Carlos Neto hibernando no ar condicionado.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><b><span style="color: black; font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-tab-count: 2;"> </span>Na
varanda da casa tive a oportunidade de assistir a Missa na Igreja de Santa
Luzia, celebrada pelo Padre Sidney, transmitida pela rádio web Mar e Campo, do
nosso estimado amigo Octávio Lamartine. Em seguida, ainda emocionado com as
mensagens recebidas fiz minhas comunicações, por celular, com o filho e filhas
que momentaneamente não estão nesta querida praia, e o fiz com muita emoção,
porque a religião nos oferece milagres espirituais.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><b><span style="color: black; font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-tab-count: 2;"> </span>Um
café farto feito por Carlinhos e Valéria, sem faltarem as costumeiras vitaminas
de mamão com abacate, leite vegetal e fibras, depois um cafezinho feito na hora
com fruta-pão e com o olhar pidão de Luma (nossa bulldog francês).<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><b><span style="color: black; font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-tab-count: 2;"> </span>Dando
continuidade às minhas meditações, vislumbrei a minha mesa santuário, com os Santos
da devoção da minha sempre saudosa Therezinha, cujo retrato ornamenta esse
recanto sagrado, que tem em destaque uma pintura de Jesus orando e outra do
Padre Pio e, em minha cadeira de balanço herdada da saudosa companheira, dei
uma vista ao pequeno jardim e logo me deparo com o fiel beija-flor, cuja
descendência há mais de 30 anos faz parte da geografia emocional do lugar e as
cadeiras desarrumadamente dispostas, juntamente com as redes enroladas nos
armadores, algumas bolas dispersas pelo chão e o sentir da brisa que nos premia
neste recanto da casa. Em seguida fui beijar o mar, que estava com sargaço –
coisas da fase da lua.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><b><span style="color: black; font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-tab-count: 2;"> </span>Lembrei-me,
então, daquela conhecida música – “Minha casa é tão bonita, que dá gosto a gente
ver, tem varanda, tem jardim... minha casa que tem tudo, tanta coisa de valor,
minha casa não tem nada [vivo só sem meu amor]”. Fiz adaptações à letra
original de Minha Casa, de Joubert de Carvalho. <o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><b><span style="color: black; font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-tab-count: 2;"> </span>Mas,
domingo é dia de alegria – VIVA A VIDA.</span></b><span style="color: black; font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>-<o:p></o:p></p>IHGRNhttp://www.blogger.com/profile/02522483343389444846noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5522742543199065609.post-291633188410680582022-02-08T20:51:00.000-03:002022-02-08T20:51:34.273-03:00<p> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiYTNg7t9sRcbfa5reg4WMt9nZJUGUgqJOSSYk5VJjnobTu1aZQIpRbhqrgiUHq3d3RyBVwshsgcHl9a2NeHOQve-rIL2MO8k7JX3djW2SjBTlbbXogRbCQmECJoOrjOKTvA_IcCm6eh2FZ4iYDL13Ujh3RZrggoFUxqkrdbKZS7ckvEkMF-kgClfdV=s1599" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="738" data-original-width="1599" height="148" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiYTNg7t9sRcbfa5reg4WMt9nZJUGUgqJOSSYk5VJjnobTu1aZQIpRbhqrgiUHq3d3RyBVwshsgcHl9a2NeHOQve-rIL2MO8k7JX3djW2SjBTlbbXogRbCQmECJoOrjOKTvA_IcCm6eh2FZ4iYDL13Ujh3RZrggoFUxqkrdbKZS7ckvEkMF-kgClfdV=s320" width="320" /></a></p><br /> <p></p><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 1cm; margin-right: 28.3pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black; font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 13pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Novas Cartas de Cotovelo – verão de 2022-05</span></b><span style="color: black; font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 13pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 1cm; margin-right: 28.3pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><b><span style="color: black; font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes</span></b><span style="color: black; font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 1cm; margin-right: 28.3pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black; font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">REVISITANDO A CASA DE PEDRA DE PIUM</span></b><span style="color: black; font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 1cm; margin-right: 28.3pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><b><span style="color: black; font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> Neste último sábado resolvi revisitar a Casa de Pedra de Pium, equipamento histórico que tantas vezes mereceu crônicas e entrevistas minhas ao longo dos últimos anos.<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 1cm; margin-right: 28.3pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 7.05pt;"><b><span style="color: black; font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Minha primeira decepção foi constatar que, apesar dos apelos e até da celebração de uma missa no final do ano passado diretamente daquelas ruínas históricas, com a presença do arcebispo Don Jaime, o acesso piorou muito, agora mais do que nunca o pequeno trecho não passa de um caminho de animais, com a pior qualidade que se possa pensar, sem nenhuma possibilidade de manobra quando alguém se arrisca a ter acesso por veículo com alguma calibragem, pois será dificílimo algum dos veículos recuar.<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 1cm; margin-right: 28.3pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 7.05pt;"><b><span style="color: black; font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Essa agora “aventura” que fiz, com familiares, permitiu que reexaminasse o sítio histórico e agora fizesse algumas retificações: primeiro, houve plantação de árvores frondosas que retiraram a visão que existia para o mar, como anteriormente anunciei, qual seja, a visão da costa desde o contorno de Pirangi para Cotovelo quanto desta praia para o contorno de Ponta Negra, tirando o sentimento de que aquela construção secular daria uma visão da enseada capaz de avistar qualquer possível inimigo; segundo, em meu sentir, houve o agravamento da movimentação de algumas pedras que fazem parte daquele complexo; houve o aterramento, na marra, da passagem de fios de nascentes de água de um lado para o outro da estrada de acesso – essa que considero própria para animais.<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 1cm; margin-right: 28.3pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 7.05pt;"><b><span style="color: black; font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O lado positivo é que o vale está preservado com criação de gado, coqueirais, plantações de verduras, frutas e hortaliças, ainda longe do agrotóxico.<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 1cm; margin-right: 28.3pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 7.05pt;"><b><span style="color: black; font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Existem resquícios de algumas construções não concluídas de possíveis espigões ou condomínios fechados, ou mesmo mansões inadequadas para a paisagem bucólica a ser preservada, estes/estas depredados, já sem telhados, portas e janelas, enfim abandonados.<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 1cm; margin-right: 28.3pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 7.05pt;"><b><span style="color: black; font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Desconheço qualquer intervenção da Prefeitura de Nísia Floresta no sentido de regulamentação do uso do solo naquela localidade.<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 1cm; margin-right: 28.3pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 7.05pt;"><b><span style="color: black; font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Assim, convoco os interessados para resolvermos essa pendenga, entrando em contato com os possíveis proprietários (família Galvão) e depois com a Fundação José Augusto e com a Prefeitura de Nísia Floresta, aproveitando o momento político de breves eleições, sempre no intuito único de preservação da história.<o:p></o:p></span></b></p><div><b><span style="color: black; font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></b></div>IHGRNhttp://www.blogger.com/profile/02522483343389444846noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5522742543199065609.post-53851487818990468472022-02-08T20:44:00.002-03:002022-02-08T20:44:15.519-03:00<p> </p><div style="font-family: inherit;"><div class="ll8tlv6m j83agx80 btwxx1t3 n851cfcs hv4rvrfc dati1w0a pybr56ya" style="align-items: flex-start; display: flex; flex-direction: row; font-family: inherit; margin-bottom: 12px; padding-left: 16px; padding-right: 16px; padding-top: 12px;"><div class="buofh1pr" style="flex-grow: 1; font-family: inherit;"><div class="j83agx80 cbu4d94t ew0dbk1b irj2b8pg" style="display: flex; flex-direction: column; font-family: inherit; margin-bottom: -5px; margin-top: -5px;"><div class="qzhwtbm6 knvmm38d" style="font-family: inherit; margin-bottom: 5px; margin-top: 5px;"><span class="d2edcug0 hpfvmrgz qv66sw1b c1et5uql lr9zc1uh a8c37x1j fe6kdd0r mau55g9w c8b282yb keod5gw0 nxhoafnm aigsh9s9 d3f4x2em iv3no6db jq4qci2q a3bd9o3v b1v8xokw m9osqain hzawbc8m" color="var(--secondary-text)" dir="auto" style="display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; line-height: 1.3333; max-width: 100%; min-width: 0px; overflow-wrap: break-word; word-break: break-word;"><h2 class="gmql0nx0 l94mrbxd p1ri9a11 lzcic4wl aahdfvyu hzawbc8m" id="jsc_c_v" style="color: inherit; font-family: inherit; font-size: inherit; font-weight: inherit; margin: 4px 0px 0px; outline: none; padding: 0px;"><span style="font-family: inherit;"><span class="nc684nl6" style="display: inline; font-family: inherit;"><a class="oajrlxb2 g5ia77u1 qu0x051f esr5mh6w e9989ue4 r7d6kgcz rq0escxv nhd2j8a9 nc684nl6 p7hjln8o kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x jb3vyjys rz4wbd8a qt6c0cv9 a8nywdso i1ao9s8h esuyzwwr f1sip0of lzcic4wl gpro0wi8 oo9gr5id lrazzd5p" href="https://www.facebook.com/groups/662868350445915/user/1039626426/?__cft__[0]=AZUzmBAwJTtcc7FQTkqXICoFftL6ff9Ke2SyXU1weQAIgyneNZlm0vxGOJQLWLCn3QYxtx3ZMTcD4QE4yIiOxEXl49zBOoxgjrNkaXZyrJzzzzuyiiCXhIwit17wMZlsYys&__tn__=-UC%2CP-R" role="link" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; border-color: initial; border-style: initial; border-width: 0px; box-sizing: border-box; cursor: pointer; display: inline; font-family: inherit; font-weight: 600; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: inherit; text-decoration-line: none; touch-action: manipulation;" tabindex="0"><span style="font-family: inherit;">Marcelo Alves</span></a></span></span></h2></span></div><div class="qzhwtbm6 knvmm38d" style="font-family: inherit; margin-bottom: 5px; margin-top: 5px;"><span class="d2edcug0 hpfvmrgz qv66sw1b c1et5uql lr9zc1uh a8c37x1j fe6kdd0r mau55g9w c8b282yb keod5gw0 nxhoafnm aigsh9s9 d9wwppkn mdeji52x e9vueds3 j5wam9gi b1v8xokw m9osqain hzawbc8m" color="var(--secondary-text)" dir="auto" style="display: block; font-family: inherit; font-size: 0.8125rem; line-height: 1.2308; max-width: 100%; min-width: 0px; overflow-wrap: break-word; word-break: break-word;"><b style="color: var(--primary-text); font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; white-space: pre-wrap;">Qual a finalidade?</b></span></div></div></div></div></div><div style="font-family: inherit;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><div class="ecm0bbzt hv4rvrfc dati1w0a e5nlhep0" data-ad-comet-preview="message" data-ad-preview="message" id="jsc_c_x" style="font-family: inherit; padding: 4px 16px;"><div class="j83agx80 cbu4d94t ew0dbk1b irj2b8pg" style="display: flex; flex-direction: column; font-family: inherit; margin-bottom: -5px; margin-top: -5px;"><div class="qzhwtbm6 knvmm38d" style="font-family: inherit; margin-bottom: 5px; margin-top: 5px;"><span class="d2edcug0 hpfvmrgz qv66sw1b c1et5uql lr9zc1uh a8c37x1j fe6kdd0r mau55g9w c8b282yb keod5gw0 nxhoafnm aigsh9s9 d3f4x2em iv3no6db jq4qci2q a3bd9o3v b1v8xokw oo9gr5id hzawbc8m" color="var(--primary-text)" dir="auto" style="display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; line-height: 1.3333; max-width: 100%; min-width: 0px; overflow-wrap: break-word; word-break: break-word;"><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"> O grande penalista Basileu Garcia (1905-1986), em suas “Instituições de Direito Penal” (vol. I, tomo I, editora Saraiva, 2010), certa vez anotou: “Castigar ou punir, expiar, eliminar, intimidar, educar, corrigir ou regenerar, readaptar, proteger ou defender – eis verdadeiros verbos que, na diversidade das opiniões, indicam as finalidades possíveis do Direito Penal e, através destas, as raízes da sua existência. Para precisar essas finalidades, elaboram-se doutrinas, reunindo maior ou menor número de adeptos. E algumas tiveram irradiação tão ampla, que passaram a constituir escolas, as quais intentaram delimitar-se pela fixação de toda uma série de ideias centrais sobre as mais graves questões da nossa matéria”.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"> Mas qual é mesmo a finalidade do direito penal?</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"> Especificamente, qual é a finalidade da pena ou sanção, já que a ratio do direito penal gira muito em torno desta, que é a resposta do Estado na sua labuta contra a criminalidade?</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"> A pena já foi “encarada” de diversas maneiras, é claro. Basicamente, há os absolutistas (“pune-se porque pecou”, segundo Basileu Garcia), os utilitaristas (“pune-se para que não peque”) e os adeptos de uma teoria mista (“pune-se porque pecou e para que não peque”). E aqui já me afasto de gente como Claus Roxin (1931-), que sugere “excluir” a retribuição da teoria penal contemporânea em prol de uma quase exclusividade da prevenção/ressocialização como finalidade da pena. Embora eu também registre aqui que sou fã, em grande medida, de Roxin e do seu princípio da insignificância ou bagatela.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"> Pondo de lado considerações pouco ortodoxas, quase nada jurídicas, do tipo “bandido bom é bandido morto” (e aqui a finalidade do direito penal seria apenas “apagar um CPF”, como se diz estupidamente por aí), acredito que podemos sistematizar as finalidades da pena, sem as complicações artificialmente criadas pelos juristas, em quatro grandes eixos.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"> Para tanto, farei primeiramente uso do direito italiano, como homenagem ao país que nos deu as duas primeiras grandes escolas do direito penal, a clássica e a positiva. Segundo registra a “Enciclopedia del Diritto” (Editora De Agostini, 1994), à luz do Código Penal Italiano, a pena tem múltiplas finalidades, das quais as principais são: “(a) preventiva [geral]: visa prevenir o cometimento de crimes, visto que a previsão da sanção criminal representa um contraestímulo ao crime; a pena, portanto, tem uma função dissuasora, pois o potencial delinquente sabe que, se você cometer um determinado crime, corre o risco de uma determinada punição; (b) punitiva: a punição tem a função de punir o autor do crime; a este respeito, se fala de uma função retributiva, visto que constitui uma contraprestação pelo crime cometido, e é de fato proporcional à sua gravidade; (c) reeducativa ou ressocializante: a pena visa reeducar o autor do crime e favorecer sua reinserção social; para este fim, muitos institutos operam como semidetenção, liberdade condicional para serviço social, trabalho dentro da prisão etc”.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"> Faço apenas mais algumas considerações. A primeira é que devemos acrescentar, à finalidade preventiva geral, que é dissuasora para todos os potenciais delinquentes (assim pedagógica para todos), uma (d) finalidade preventiva especial, para aquele que cometeu o crime específico, que, além de supostamente dissuadido de cometer novos crimes (afinal, foi razoavelmente penalizado quando o cometeu), estará impedido de cometer esses crimes, uma vez que estará detido e afastado da sociedade (partindo aqui do pressuposto de que lhe foi aplicada uma pena ou medida privativa de liberdade).</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"> A segunda consideração é que minha sistematização está de acordo com o nosso direito criminal. Afinal, determina o Código Penal brasileiro, no seu art. 59, in fine, que o juiz aplicará a pena “conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime”. E a Lei de Execuções Penais, logo no art. 1º, complementa dizendo que a execução penal “tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado”. Bom, nada melhor do que seguir a lei para não sofrermos uma sanção ou pena.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Marcelo Alves Dias de Souza</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Procurador Regional da República</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL</div></div></span></div></div></div></div></div><div style="font-family: inherit;"><div class="stjgntxs ni8dbmo4 l82x9zwi uo3d90p7 h905i5nu monazrh9" data-visualcompletion="ignore-dynamic" style="border-radius: 0px 0px 8px 8px; font-family: inherit; overflow: hidden;"><div style="font-family: inherit;"><div style="font-family: inherit;"><div style="font-family: inherit;"><div class="l9j0dhe7" style="font-family: inherit; position: relative;"><div class="bp9cbjyn m9osqain j83agx80 jq4qci2q bkfpd7mw a3bd9o3v kvgmc6g5 wkznzc2l oygrvhab dhix69tm jktsbyx5 rz4wbd8a osnr6wyh a8nywdso s1tcr66n" style="align-items: center; border-bottom: 1px solid var(--divider); color: var(--secondary-text); display: flex; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; justify-content: flex-end; line-height: 1.3333; margin: 0px 16px; padding: 10px 0px;"><div class="bp9cbjyn j83agx80 buofh1pr ni8dbmo4 stjgntxs" style="align-items: center; background-color: white; color: #65676b; display: flex; flex-grow: 1; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; overflow: hidden;"><span aria-label="Veja quem reagiu a isso" class="du4w35lb" role="toolbar" style="font-family: inherit; z-index: 0;"><span class="bp9cbjyn j83agx80 b3onmgus" id="jsc_c_10" style="align-items: center; display: flex; font-family: inherit; padding-left: 4px;"><span class="np69z8it et4y5ytx j7g94pet b74d5cxt qw6c0r16 kb8x4rkr ed597pkb omcyoz59 goun2846 ccm00jje s44p3ltw mk2mc5f4 qxh1up0x qtyiw8t4 tpcyxxvw k0bpgpbk hm271qws rl04r1d5 l9j0dhe7 ov9facns kavbgo14" style="border-bottom-color: var(--card-background); border-left-color: var(--card-background); border-radius: 11px; border-right-color: var(--card-background); border-style: solid; border-top-color: var(--card-background); border-width: 2px; font-family: inherit; height: 18px; margin-left: -4px; position: relative; width: 18px; z-index: 2;"><span class="t0qjyqq4 jos75b7i j6sty90h kv0toi1t q9uorilb hm271qws ov9facns" style="border-radius: 9px; display: inline-block; font-family: inherit; height: 18px; width: 18px;"><span class="tojvnm2t a6sixzi8 abs2jz4q a8s20v7p t1p8iaqh k5wvi7nf q3lfd5jv pk4s997a bipmatt0 cebpdrjk qowsmv63 owwhemhu dp1hu0rb dhp61c6y iyyx5f41" style="align-items: inherit; align-self: inherit; display: inherit; flex-direction: inherit; flex: inherit; font-family: inherit; height: inherit; max-height: inherit; max-width: inherit; min-height: inherit; min-width: inherit; place-content: inherit; width: inherit;"><div aria-label="Curtir: 1 pessoa" class="oajrlxb2 gs1a9yip g5ia77u1 mtkw9kbi tlpljxtp qensuy8j ppp5ayq2 goun2846 ccm00jje s44p3ltw mk2mc5f4 rt8b4zig n8ej3o3l agehan2d sk4xxmp2 rq0escxv nhd2j8a9 mg4g778l pfnyh3mw p7hjln8o kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x tgvbjcpo hpfvmrgz jb3vyjys rz4wbd8a qt6c0cv9 a8nywdso l9j0dhe7 i1ao9s8h esuyzwwr f1sip0of du4w35lb n00je7tq arfg74bv qs9ysxi8 k77z8yql pq6dq46d btwxx1t3 abiwlrkh p8dawk7l lzcic4wl" role="button" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; 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O silêncio vespertino de Lagoa Nova me envolvia de surda espera. O quadro das ruas desabitadas se acostumou ao olhar vergado de tantas rotinas. O que mais devo repartir além da fadiga? Quantas pedras deverei ainda remover do caminho, como no verso de Carlos Drummond de Andrade? Cansaço físico e mental é muito comum. Diante de tudo que passei confesso que sobrevivi. Nordestino de Macaíba sobrevive – só Pablo Neruda confessou que viveu. Quem faz a travessia política durante mais de três décadas pode dizer que combateu e não perdeu a lâmina da alma.</p><p><br /></p><p>Estou consciente que completo mais um périplo em torno do tempo. Silente, penetro no labirinto sem recomeço. Já ingresso na fila do caixa dos supermercados reservado aos idosos. Quase octagenário não é um velho. Mas a lei generosa permite. Recuso-me. A idade é vulnerável mas navegável quando soprada pelo vento leste porque ainda tenho a memória do fogo e da rosa. Explicar a minha vida? Não há porquê. Tenho um amigo que já escreve a sua autobiografia precoce aos sessenta. Se o fizer tal coisa somente irá ocorrer quando sentir o medo de viver. Ainda acredito na aurora, no porto, no barco, nas estrelas, no pássaro, na paz, no perfume de mulher. Aliás, o dossiê biográfico pesará pouco diante da Providência. Terão mais valor as ações que deixaram de ser feitas. O pecado da omissão é assombroso. Conforta-me haver atravessado as noites escuras do tempo sem desamar os frutos. O quinhão usual de tristezas e equívocos fica por conta da difícil condição humana de ser. </p><p>Na vida pública aprendi uma amarga lição que serve para os atuais protagonistas: na política não há só amigos e inimigos, mas conspiradores que se unem.</p><p><br /></p><p>Certa vez, o saudoso poeta Sanderson Negreiros disse que “é difícil ser testemunho de crepúsculo. Ele não é apenas cores se movimentando ao sol-posto. Mas a certeza de que não são caminhos somente para a morte, mas que, de nós, muita coisa ainda restará para a vida”. Fecho com o poeta maior as reflexões do meu entardecer.</p><p><br /></p><p>(*) Escritor</p><p><br /></p><p><br /></p>IHGRNhttp://www.blogger.com/profile/02522483343389444846noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5522742543199065609.post-86741532942315859552022-02-01T11:34:00.001-03:002022-02-01T11:34:40.445-03:00
As “incelenças”
Padre João Medeiros Filho
São cânticos ou benditos fúnebres, executados por grupos de rezadores e rezadeiras (distintos das “Encomendadeiras das almas”), durante a vestição da mortalha, o velório (“fazer quarto”) e o sepultamento dos fiéis. Existem ainda em vários estados do Brasil. Discute-se a origem do termo. Evidentemente, trata-se de uma corruptela da palavra excelência. Para Oswaldo Lamartine, arrimado na Missão Abreviada, o termo provém de “orações de excelência para conduzir a alma ao Céu.” Lamartine seguia a recomendação do apóstolo Paulo: “Guardai cuidadosamente as tradições que vos foram ensinadas” (2Ts 2, 15). Segundo Théo Brandão, originalmente as incelenças eram cantadas nos funerais de criancinhas, verdadeiros anjinhos e excelências da corte celestial. De acordo com alguns historiadores, tal costume foi trazido de Portugal e enriquecido com elementos indígenas e africanos. Há vestígios de sua existência na Itália (Sicília) e na Grécia Antiga. Cabe lembrar que no sertão nordestino, urbano ou rural nem sempre existia a presença sacerdotal para presidir os funerais, nascendo formas alternativas de encomendação.
Os clérigos mostravam no passado (talvez ainda hoje) pouco apreço pela religiosidade popular. Faltava-nos uma melhor formação para perceber a riqueza cultural, integrante da identidade de nosso povo. Não fomos iniciados na verdadeira seiva da sabedoria popular que constrói as tradições de nossa gente. Em razão desse menoscabo, muita coisa se perdeu. Padres Jocy Rodrigues (Tutóia/MA) e Reginaldo Velloso (Olinda/PE) conseguiram resgatar obras primas. Houve tempos em que as incelenças eram consideradas superstições, sendo desestimuladas ou proibidas. Hoje, muitos movimentos tentam perpetuar a rica tradição religiosa e cultural. Dentre tantos, destaca-se um grupo da comunidade de Cabeceiras, em Barbalha (CE). Assevera-se que a sistematização das incelenças começou com o Padre José Antônio de Maria Ibiapina (1806-1883). Este organizava equipes de fiéis (beatos), denominados “penitentes”, para catequizar o meio rural.
Por muito tempo, tais cânticos constituíram parte fundamental dos velórios na região do semiárido, tendo sido registrados por vários estudiosos. Em “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto, a conversa entre Severino e a Comadre – na qual ela lhe pergunta se sabia rezar incelenças – sugere que estas desempenhavam papel importante na vida cotidiana das comunidades nordestinas. Assim lemos em João Cabral: “Essa vida por aqui é coisa familiar. Mas, diga-me retirante, sabe benditos rezar? Sabe cantar excelências, defuntos encomendar? Sabe tirar ladainhas? Sabe mortos enterrar?” Dorival Caymmi gravou um desses benditos com o título de “Velório”, explicitando o fato de que para o sertanejo os velórios e as incelenças são quase inseparáveis. Algumas foram gravadas por: Clementina de Jesus e Edu Lobo. Nara Leão canta a incelença da Virgem: “Oh! Mãe de Deus, rogai por ele [falecido]. Esperança nossa, fonte do amor, gênio do bem, honesta flor.”
Nessa forma popular de velório, realizada na casa do falecido – estendendo-se por toda a noite anterior ao enterro – atribui-se aos cânticos e rezas a propriedade de invocar anjos e santos, que, segundo a crença, acompanham a alma do falecido até o destino conveniente. De transmissão basicamente oral, nem sempre formam um ritual homogêneo, variando conforme a região, o grau de instrução dos presentes etc. Em tais rituais, há amálgama entre práticas oficiais da Igreja Católica e hábitos da religiosidade popular. Em muitos casos, versos lúdicos e trechos de cordel – despidos de qualquer significado místico – são enxertados para consolar os parentes do falecido.
A estrutura literária dos benditos é poética, geralmente composta de grupos de doze estrofes, suplicando misericórdia, demonstrando penitência e arrependimento pelos pecados cometidos. O número é simbólico em homenagem aos doze apóstolos de Cristo. A figura intercessora de Maria Santíssima sempre está presente. Inspiradamente, Ariano Suassuna a denomina “A Compadecida”. A musicalidade é um misto de canto gregoriano em forma de salmodia com sons e tons de aboio. São cânticos de melodia despojada, com o predomínio do estilo silábico e sonoridade repetida, proferidos diante do defunto pelos familiares, amigos e vizinhos. A vida e a morte são elementos importantes da religiosidade popular no Brasil. Revelam a espiritualidade do povo brasileiro, que vive em profunda comunhão com Deus, em quem deposita uma infinita confiança. Há consciência de que “Deus é o Senhor da vida e da morte.” (1 Sm 2, 6).
IHGRNhttp://www.blogger.com/profile/02522483343389444846noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5522742543199065609.post-59647511004778191522022-01-31T09:58:00.002-03:002022-01-31T09:58:57.446-03:00Marcelo Alves
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Vai o texto da crônica publicada hoje, 30 de janeiro de 2022, no jornal Tribuna do Norte (Natal/RN):
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O psicólogo penal
Já escrevi, embora não recorde mais onde e quando, sobre Cesare Lombroso (1835-1909) e Enrico Ferri (1856-1929). Hoje é hora de conversarmos sobre Raffaele Garofalo (1851-1934), que, ao lado dos dois vultos precitados, formou a tríade da chamada Escola Positiva (italiana) do Direito Penal.
Garofalo nasceu na belíssima Nápoles. Estudou direito na Universidade da sua terra. E foi ser muitas coisas na vida. Magistrado (promotor em Nápoles e juiz na Corte di cassazione do seu país) e senador do Reino da Itália. Foi jurista e, especificamente, criminólogo. Foi um exacerbado conservador (o que o distinguia de Ferri, notório socialista), tendo militado a favor da pena de morte, inclusive daqueles mentalmente doentes, e aderido, para o final da vida, ao fascismo de Mussolini (1883-1945).
Como registra Walter Nunes da Silva Júnior (no texto “A escola positiva e os seus precursores”, constante da Revista da Academia de Letras Jurídicas do Rio Grande Norte, ano V, nº 6, novembro de 2021): “Garofalo foi um dos arautos da Escola Positiva e produziu extensa bibliografia. O seu escrito mais completo, no qual expôs o seu pensamento jurídico da Escola Positiva, foi Criminologia, editado em 1885. Outros escritos que merecem destaque foram Rippazazione alle vittime del delitto (1887) e La superstition socialiste (1895). Atribui-se-lhe o início da elaboração jurídica da Escola Positiva, trazendo, como elemento novo aos aspectos antropológicos de Lombroso e sociológicos de Ferri, as questões de ordem psicológica”.
De fato, entre os seguidores de Lombroso, surgiram derivações que enfatizavam outros condicionamentos como causa – ou, pelo menos, concausa – da criminalidade. Segundo Antonio Padoa Schioppa (em “História do direito na Europa: da Idade Média à Idade Contemporânea”, WMF Martins Fontes, 2014), “teve particular importância a obra de Enrico Ferri (1856-1929), advogado e político de ideias socialistas – foi também deputado por muito tempo –, autor da Sociologia criminal (1884), bem como o pensamento de Garofalo, magistrado atuante na primeira fase de preparação do Código Penal de 1889. Esses criminalistas insistiam não apenas na denúncia das discriminações sociais como motivos da criminalidade, mas também e sobretudo no tema da prevenção como meio principal para a diminuição dos fenômenos criminosos”.
A meu ver (e que não me xinguem os panfletários do punitivismo radical), a “pena” de Garofalo era pesada demais. A sua defesa da pena de morte, inclusive dos mentalmente doentes, da prisão perpétua, da prisão preventiva obrigatória para determinados crimes, a sua paixão por um processo penal inquisitorial (abeberando-se no outrora adotado pela Igreja), sem publicidade ou oralidade, a desimportância dada às nulidades (inclusive a ausência de advogado para o réu), a sua quase inversão do princípio da inocência, entre outras coisas, são, para mim, demais. Embora eu também entenda que era uma tática, exagerada (deixo claro), de se opor à Escola e ao direito penal clássico, de Beccaria a Carrara. E isso sem falar no seu abominável fascismo.
Entretanto, assim como se dá com Lombroso, que “exagerou” em diversos pontos, há também muito de bom em Garofalo. Lombroso iniciou o estudo da pessoa do delinquente e foi, assim, sua antropologia criminal que primeiro jogou luz sobre a pessoa do criminoso, na busca das causas que levavam este a delinquir e de como evitar esse ato. A isso o marxista/socialista Ferri somou o seu fatalismo social. E Garofalo muito contribuiu com o seu determinismo, de ordem psicológica, que segue uma trilha antes aberta por Charles Darwin (1809-1882) e Herbert Spencer (1820-1903). Ainda hoje somos influenciados por Garofalo, entendendo que o Estado deve intervir sobre o indivíduo/criminoso que não se adapta às regras da sociedade, às exigências de convivência, segregando-o, porque psicologicamente tendente ao ilícito, prevenindo a sociedade do cometimento do crime (caráter essencialmente preventivo da pena). Tirando os exageros, que são muitos sob a lupa de hoje, há em Garofalo sobretudo o enorme ponto positivo de misturar a psiquiatria/psicologia nos estudos do direito penal.
E, para resumir o papel de cada um dos “grandes” da Escola Positiva italiana, podemos dizer que Cesare Lombroso foi o seu antropólogo (penal); Enrico Ferri, o seu sociólogo; e o nosso Raffaele Garofalo, com certeza, o seu psicólogo. Daí a razão do título dado a este riscado.
Marcelo Alves Dias de Souza
Procurador Regional da República
Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL
IHGRNhttp://www.blogger.com/profile/02522483343389444846noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5522742543199065609.post-30815868387451647882022-01-27T12:29:00.002-03:002022-01-27T12:29:45.842-03:00
URNAS, PRA QUE TE QUERO?
Valério Mesquita*
Mesquita.valerio@gmail.com
O grande problema do homem público brasileiro é que somente permite ao povo ver aquilo que ele quer. Há um lado oculto, insondável, obscuro dentro dele, cheio de egoísmos e ambições. Neste ano da graça de 2022, após tantas eleições passadas, já é tempo dos eleitores recusarem suas manobras inconfessáveis. Por mais rígida que seja, a cada eleição, a lei eleitoral, os mágicos das urnas aperfeiçoam os métodos e aplicativos. Existem prefeitos que compram, à preços fora do “mercado” toda a bancada de vereadores a fim de perpetuarem o comando do poder político e do erário público. O que é muito cômodo quando transformam a prefeitura em projeto familiar.
Na tragédia “Coriolano” de William Shakespeare – profundo estudioso das caracteres e perfis humanos – ele realça a intrepidez e a decepção do general romano, vítima da ingratidão do sufrágio do povo e da trama solerte dos ladrões da coroa, quando, expulso da cidade, exclamou do alto de uma colina: “Vil matilha de cães, cujo hálito eu odeio, tanto quanto um pântano empestado. Cuja simpatia eu estimo, tal qual um cadáver insepulto e podre, que deixa o ar corrompido e irrespirável. Sou eu quem vos desterro e vos deixo na vossa inconsistência!”. Quantos bons e honrados gestores públicos não foram banidos ou afastados pelo voto equivocado do povo, instrumento fácil de quadrilhas de mal feitores nos municípios brasileiros?
Certa vez, narrei um fato acontecido com um político, fazendeiro potiguar, indagado pelo seu vaqueiro, por que comprava boiadas toda semana, quando as suas propriedades já não comportavam mais cabeças de gado. Calmo, contemplando os bovinos contados em sua frente, respondeu sacando o talonário: “Dinheiro só serve para duas coisas: comprar boi magro, engordar e vender com lucro, e caráter de cabra safado em véspera de eleição”. A sabedoria do político ainda ecoa nos usos e costumes dos gabinetes parlamentares até hoje, nos períodos eleitorais e fora deles. E o pior acontece quando o gestor capadócio e caviloso, vira “brinquedo do cão”. O povo deve despertar para esses cenários de teatro baixo.
Não sei até quando abusarão da paciência do povo ou até quando o eleitor continuará no papel de “besta quadrada”? Por que um prefeito ou líder político se perpetua no abrigo do erário – persegue, ameaça e compra pessoas como se mercadorias fossem? Cadê o Ministério Público, o TRE, o TCE, que não devem se descuidar da vigilância? Todos nós, eleitores desejamos eleições limpas.
Li na imprensa a fábula de quase cinco bilhões de reais que será destinada aos partidos políticos para a eleição de 2022. Os eminentes magistrados sabem através da cultura jurídica e da observação consuetudinária, que muitas vezes, a quietude das aparências dos “donos das legendas”, engana, ilude e oculta muitos propósitos. A honra é uma essência. Muitos alegam possui-la, sem nunca tê-la tido. Daí, como ser impossível advinhar a consciência do povo, é mister fiscalizar os métodos e procedimentos partidários com tanto dinheiro no cofre. A campanha radical deste ano ficará na história face a luta fraticida que já se desenha e pela corrução sem teto dos gastos, hábitos e costumes.
Uma das razões persuasórias do meu voto é o descompromisso com a larga porta. Desejo um presidente que tenha traços de mudança dos rumos na vida pública amanhecendo dentro de nós. E não mais pesadelos. O Brasil precisa de reflexão, madureza, cultura, inteireza, de palavras vestidas da humana claridade. Que tenha cores vivas vindas de sí mesmo e não reflexo de outros. Urnas, pra que te quero?
(*) EscritorIHGRNhttp://www.blogger.com/profile/02522483343389444846noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5522742543199065609.post-89308760401977629892022-01-13T10:03:00.003-03:002022-01-13T10:12:10.298-03:00<iframe class="BLOG_video_class" allowfullscreen="" youtube-src-id="DP3jQNAeI9A" width="320" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/DP3jQNAeI9A"></iframe>
Novas Cartas de Cotovelo – verão de 2022-03
Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes
A NATUREZA COBRARÁ
Em leitura recente do livro Natal do Futuro, escrito por Arthur Dutra, por sinal meu ex-aluno, que me presenteou com um afetuoso autógrafo, registrei sua inteligente invocação do escritor potiguar consagrado desde o início do século passado Manoel Dantas, o qual proporcionou, no distante ano de 1909, o vaticínio de Natal dali a cinquenta anos (um dos anexos do livro em comento).
Desde logo oferto a minha concordância com a diretriz preconizada: Precisamos reforçar esse traço da nossa personalidade coletiva e agregar ao presente as coisas boas que nossa memória urbana, social, política etc., podem nos proporcionar.
Quais seriam os melhores caminhos? Ficou dito, entre as duas obras referidas: velar pelas nossas praças - verdadeiros pulmões da cidade; cultuar nossas artes e artistas; conservar o nosso patrimônio material e imaterial; recuperar nos rios e lagoas, da poluição que sofrem pela irresponsabilidade dos moradores comodistas, nativos e novos ricos na ocupação do solo de forma inadequada, permitindo a nefasta transformação de Selva de Pedra; incentivar a tecnologia em todos os seguimentos da vida urbana, para tornar a vida com melhor qualidade de vida.
Deixando de lado os campos da teoria e da ideologia improdutivas, vamos direto a um desses graves problemas: salvar os nossos rios, a exemplo, pelo menos agora, do nosso romântico Potengi e o Rio Doce (Redinha), verdadeiras potencialidades para o turismo, economia, comunicação e paisagística, a exemplo do Tâmisa, Reno e Tejo.
Em particular o Rio Doce, da minha infância já remota, o qual conheci puro, virgem, hoje um esgoto motivado pela incúria do poder público e descaso dos moradores ribeirinhos, quando se admite construções de conjuntos, demagogicamente com alarde social, mas nefastos por não terem proporcionado a infraestrutura essencial para um equilíbrio ecológico.
A Revista NAVEGOS, de responsabilidade do jornalista e escritor Franklin Jorge, opportuno tempore, publicou uma reportagem sobre o desastre do Rio Doce, sob o título “Agonia de um rio”, com imagens do consagrado fotógrafo Canindé Soares, retratando esse rio que habita a memória afetiva de milhares de potiguares.
Seguindo essa diretriz, denuncio, agora o perigo, pelo mesmo descaso, quanto a conservação das falésias, a teor das de Tibau do Sul, Baía Formosa, Cotovelo (onde moro), para que não se repitam as tragédias de Pipa e de Capitólio.
Em meu pensar, cabe aos governos municipais regulamentarem as áreas non aedificandi, o regramento do solo urbano através dos seus Planos Diretores, ultimação dos planos do sistema de esgoto, como é exemplo o complexo dos distritos de Pirangi, Pium e Cotovelo, com os canos enterrados há anos, mas com funcionamento discriminatório, beneficiando apenas alguns empreendimentos, em detrimento das comunidades que permanentemente dão vida à região.
Todos são cidadãos com os mesmos direitos. Este é o momento de começarem logo a agir – Prefeituras, Ministério Público, Ibama, Idema ... senão a natureza muito em breve nos cobrará!
https://www.navegos.com.br/a agonia-de-um-rio/ IHGRNhttp://www.blogger.com/profile/02522483343389444846noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5522742543199065609.post-9056847001392015002022-01-10T15:22:00.002-03:002022-01-10T15:22:32.560-03:00
DESCASO OU COMPLEXO DE INFERIORIDADE
Tomislav R. Femenick – Jornalista e historiador
A nossa tradição é fortemente perversa quando se trata de preservar a imagem dos nossos heróis, ou mesmo das personagens mais simples da história da nação. Poucos são aqueles que escapam desse verdadeiro patrulhamento histórico-ideológico. Nem os mais cultivados ícones da brasilidade escapam. Até Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, se não o maior, mas o mais importante líder da inconfidência mineira contra a dominação colonial portuguesa, tem sido atacado pela ira dos iconoclastas destruidores da imagem dos nossos ídolos. Em épocas recentes, já disseram que era uma figura menor, sem importância, que somente entrou no movimento pela independência da então colônia pela porta dos fundos. Contestaram sua liderança, apresentaram-no como um ignorante, um simplista de raciocínio lento, um “Zé vai com os outros”. Sempre o vimos representado com uma vasta barba, do tempo do seu cativeiro. Pois bem, até tiraram sua barba.
Outra vítima constante dos cultores revisores da história e pregadores da “nova história” tem sido D. João VI. Se não uma figura heroica no sentido de guerreiro, pois veio para cá fugindo das tropas de Napoleão, sua atuação foi mais do que importante, foi importantíssima para o Brasil. Chegando a Salvador, decretou a abertura dos portos (atendendo a uma reivindicação dos comerciantes locais, mas se diz que foi por pressão dos ingleses), transformou a colônia em reino, fundou a Biblioteca Nacional e o primeiro Banco do Brasil, criou a Imprensa Régia e as Escolas de Cirurgia da Bahia e do Rio de Janeiro, deu ares cosmopolitas à atrasada cidade do Rio de Janeiro, entre outros atos. Mesmo com esse cabedal de realizações, D. João VI somente é apresentado como uma figura caricata de comedor de frango assado.
Deixemos as figuras emblemáticas da história nacional. Analisemos o que acontece com os ídolos do povo. Leônidas da Silva foi um dos maiores nomes do futebol brasileiro, inventor do gol de bicicleta e titular da seleção brasileira em duas Copas do Mundo. Jogou nos times do Bonsucesso (no tempo em que o Bonsucesso era sucesso), Peñarol, Vasco, Botafogo, Flamengo e, finalmente, no São Paulo, clube que defendeu por oito anos. Foi o artilheiro da copa de 1938, marcando oito gols e deu nome (sem receber royalties) a uma famosa marca de chocolate. Quando deixou de jogar passou a ser apenas mais um ex-craque. Mesmo em São Paulo, quase não era reconhecido por ninguém e andava pela cidade como se fosse mais um dos muitos cidadãos. Talvez por isso a sua mulher não quis falar com nenhum repórter no velório. Sofria do Mal de Alzheimer e de diabetes. Morreu internado em uma casa de repouso e esquecido.
Frank Sinatra, Nat King Cole, Billie Holiday, Glenn Miller, para não falar em Elvis Presley, são ídolos da música e do povo norte-americanos que ainda hoje são venerados. E aqui? Quem houve falar em Chico Alves, Orlando Silva, Emilinha Borba? Até Vinícius de Morais já está entrando na zona de esquecimento; e pouco está faltando para o Tom, o nosso querido Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, nela também entrar. E olhe que ambos, o poetinha e o maestro, são os autores de uma das canções mais interpretadas no mundo, a famosa Garota de Ipanema.
Uma nação, um povo, sem ponto de referência, sem paradigmas históricos e culturais, simplesmente passa a ser copiador da história, dos heróis e da cultura dos outros povos. No Brasil sabe-se mais sobre os peles-vermelhas do que sobre os índios nacionais; sobre Fidel Castro do que sobre Juscelino Kubitschek; vende-se mais Coca-Cola do que guaraná; diz-se “short” e não “calção”. A pergunta é: e de quem é a culpa? Dos grandes veículos de comunicação? Das escolas? Do governo? Ou de todos eles? De um hipotético complexo de inferioridade hereditário? É um tema para reflexão.
Tribuna do Norte. Natal, 08 jan. 2022
IHGRNhttp://www.blogger.com/profile/02522483343389444846noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5522742543199065609.post-58215913558521194382022-01-06T20:02:00.002-03:002022-01-06T20:02:32.235-03:00Nossas velhas figuras
História Rio Grande do Norte
Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte prepara, para o ano de 2022, dentre as comemorações dos seus 120 anos, mais uma série de artigos para o jornal Tribuna do Norte.
Organizada por Gustavo Sobral e André Felipe Pignataro, também autores, a nova série registrará 25 nomes da história do Rio Grande do Norte e começará a ser veiculada em janeiro. Os artigos são publicados sempre aos domingos no espaço cativo do Instituto no jornal, o Quadrantes.
Entre os perfilados, nomes como o da escritora e educadora Isabel Gondim; da poeta Auta de Souza; do ex-governador do Estado e promotor do voto feminino no Brasil, Juvenal Lamartine; do advogado, jornalista e escritor Manoel Dantas; e do historiador Câmara Cascudo.
Colaboraram para pesquisa e redação dos artigos, além dos organizadores já mencionados, Daliana Cascudo, Jurandyr Navarro, Armando Holanda, Pedro Simões, Igor Oliveira, Francisco Galvão, Anderson Tavares e Francisco Martins.
Confira abaixo todos os artigos da série e leia o texto na íntegra na Tribuna do Norte.
Basta clicar sobre o título do artigo.
Nossas velhas figuras
Para ler este e outros escritos, acesse: gustavosobral.com.brIHGRNhttp://www.blogger.com/profile/02522483343389444846noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5522742543199065609.post-20413294492273413172022-01-04T11:57:00.002-03:002022-01-04T11:57:15.607-03:00
ANTÔNIO SOARES DE ARAÚJO FILHO - O HUMANISTA
Valério Mesquita
mesquita.valerio@gmail.com
Antônio Soares de Araújo Filho foi o caçador de estrelas. Em que observatório lunar ficou perdida a outra face da lua? Ele via o rosto oculto dos astros na planície aérea das noites natalenses de pastoreio. Conhecedor do sol e do vento, atravessou o seu tempo pela mão das estações. Professor, Diretor da Faculdade, fui seu aluno de Direito Processual Penal. Membro da Academia Norte-Riograndense de Letras por longo tempo, pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte e ao Conselho Estadual de Cultura, onde compartilhei de sua amável companhia.
Mas, o sensível e o imaginário em Antônio Soares de Araújo Filho não estavam somente na astronomia mas na política. Nela descobriu a vocação pública de servir através do PSD, o histórico partido dos dinossauros da política do Estado. Foi deputado estadual constituinte ao lado do meu pai em 1947. No exercício do mandato revelou-se diligente, regimentalista e constitucionalista. Era o estilo e a marca do bacharel. Exerceu, em seguida, a chefia do gabinete civil do governo Dinarte Mariz. Foi aí que Toinho, carinhosamente chamado pelos mais íntimos, demonstrou possuir a consciência da fugacidade do homem e do tempo. Domou o ritmo das aspirais de súplica e oferenda ao redor, pela depuração dos assuntos e das paisagens interiores dos processos: “Os que devem ser resolvidos hoje, os que podem ficar para manhã e aqueles que só o tempo vai dizer”. Eram os mistérios gozosos da política e da administração que Antônio Soares Filho filosoficamente distinguia, adestrando e afinando os sentidos e fazendo do mundo matéria de puro aprendizado, mercê de sua inexorável mutação.
Mas, o seu lado encantatório, era a proverbial fidalguia. Tinha a magia de cerimonializar os gestos e solenizar os ditos. Na mecânica do mundo dos cumprimentos ele possuía o dom de sensibilizar as pessoas pelo cavalheirismo sem precisar torcer a coluna vertebral. A sua acuidade perceptiva na análise pictória e pitoresca dos fatos, fazia Diógenes da Cunha Lima acoimá-lo de "Guru". No Conselho de Cultura, ao lado de Américo de Oliveira Costa e Otto Guerra, formavam o nosso gurulato. Nessa pequena homenagem, tenho dele a lembrança nítida, leve e delicadamente humana que o tempo não vai desfazer. IHGRNhttp://www.blogger.com/profile/02522483343389444846noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5522742543199065609.post-800209935724385402022-01-04T11:44:00.002-03:002022-01-04T11:44:33.267-03:00“Não podemos calar”
Padre João Medeiros Filho
O profeta Miqueias preconizou um lamento de Cristo: “Meu povo, que te fiz eu, em que te molestei? Responde-me!” (Mq 6, 3). Tais palavras inspiraram um canto litúrgico da Sexta-Feira Santa. Fica-se aturdido ao ler relatos evangélicos, narrando que Herodes queria destruir a vida do Menino Deus (Mt 2, 16). Este, sendo Rei, nasceu num estábulo (Lc 2, 7). “Mutatis mutandis, a sanha herodiana continua existindo. Este texto não é apologético ou proselitista, e sim um comentário de fatos. Orquestram-se movimentos de ordem cultural e ideológica para banir Cristo e sua doutrina do mundo. Através de instrumentos legais, arquiteta-se a exclusão daquilo que lembre os valores judaico-cristãos. Questionava Santa Dulce dos Pobres: “Qual o motivo de tantos se sentirem incomodados com Cristo?” Em nome da “inclusão”, verifica-se um ódio perpetrado contra quem procurou, em toda a sua vida, transmitir amor, fraternidade e justiça.
Em dezembro último, um organismo internacional recomendou que suas mensagens oficiais das festas de fim de ano não deveriam conter a palavra Natal. “Esta exprime um sentimento cristão, enquanto o mundo é plural”, argumentaram os seus dirigentes. Trata-se de ingente contradição, em que se busca incluir alguns, excluindo outros. Que mal fez Cristo? Se o mundo é realmente pluralista, por que tanta rejeição ao cristianismo? Por que expulsá-lo, usando-se um fórceps ideológico? No final de 2021, outra entidade mundial tentou orientar os países membros a não adotar nomes como Jesus, Maria e José, pois “não fazem parte da cultura universal, sendo uma terminologia estritamente cristã.” Prega-se o pluralismo, mas procura-se negar o direito ao emprego de termos seculares, consagrados por inúmeras nações. Onde fica o respeito às diferentes crenças?
No parlamento de um estado do sudeste brasileiro apresentou-se um projeto de lei sobre assédio religioso, no qual se preveem cominações legais para quem falar de Cristo (e outros líderes espirituais) em lugares oficiais e públicos. O que Jesus fez de grave que deva ser rechaçado? A metáfora de Adão e Eva relata que eles queriam ser iguais ao Onipotente. “Vossos olhos se abrirão e sereis como Deus.” (Gn 3, 4). Este é o desejo de vários, repelindo a família tradicional. Isto equivale a pretender ser como o Criador. Não se pode confundir segurança social e jurídica com a natureza do matrimônio. Deus respeita todos. Mas, espera o mesmo para os seus planos, os quais não são propriedade de grupos, inclusive discordantes.
No Brasil, projetos e ações judiciais visam a retirar crucifixos das repartições públicas, em nome do estado laico. Desconhecendo-se a sua semântica, confunde-se o termo (constitucional) com laicismo. A partir daí, há quem pense em mudar designações seculares como São Paulo, Espírito Santo, Santa Catarina, São Luís, Natal etc. Percebe-se uma fúria impositiva, na qual se comprova a pretensão de segmentos que se arvoram donos absolutos da verdade. Quem lhes outorgou tal prerrogativa? Por vezes, chegam a contradizer a história com sofismas e engenharias políticas. E a tentativa de proibir a presença da Bíblia – um livro histórico e cultural, não só teológico – nas escolas e bibliotecas públicas? Inegavelmente, tais ideias ignoram a história de civilizações milenares. O que dizer do escárnio a símbolos religiosos em “peças cênicas travestidas de arte”? A liberdade de expressão não confere poderes para agredir.
Em palestra no Recife, Ariano Suassuna proferiu: “Querem a inclusão de alguns, discriminando-se outros e cometendo-se injustiça maior.” Os cartórios brasileiros – se aprovado um projeto de lei – irão retirar os vocábulos pai, mãe, marido e mulher do registro civil. A lei deve contemplar todas as situações. Mas, para agregar poucos não se pode coibir o direito de tantos. Cristo – a quem se pretende deletar – pregou a liberdade e o direito de escolha: “Se alguém quiser me seguir.” (Mt 16, 21-27). Atente-se ao primeiro verbo empregado pelo Mestre. Ele consagra a opção, sem obrigar. Proposição distingue-se de imposição. Talvez a doutrina cristã estorve projetos autoritários, daí o desejo de extingui-la. Condenam-se as Cruzadas medievais e a Inquisição Católica. Porém, certos movimentos desejam impor modelos radicais. Cabe-nos repetir as palavras dos apóstolos Pedro e João, perante o Sinédrio (cf. At 4, 20): “Non possumus non loqui.” (“Não podemos calar”).
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>OBRIGADO AO ESTIMADOS LEITORES QUE PROPORCIONARAM UM Total de visualizações
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>
FELIZ 2022.</b>
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LUZES QUE SE APAGAM
Valério Mesquita*
Mesquita.valerio@gmail.com
Apagaram-se as luzes dos natais de antigamente? A avenida Rio Branco era um corredor resplandecente do Baldo à Ribeira. Abraços, cantos e risos povoavam as calçadas: Boas Festas! Feliz Ano Novo! Era um planeta diferente. Foi pensando e revivendo os velhos natais que ressurgiu na memória o antigo comércio da avenida Rio Branco com suas lojas, magazines, armazéns que constituíam a força do capital da classe produtora potiguar.
Era o chamado comerciante da cidade, inscrito na Associação Comercial do Rio Grande do Norte, movido a Banco do Brasil de Otávio Ribeiro Dantas, lá da avenida Duque de Caxias, na Ribeira. Da calçada do Cinema Rex, onde Luís de Barros tocava a cigarra mandando começar o filme, contemplei, olhar acima, olhar abaixo, o mundo desaparecido de estabelecimentos comerciais fundados por natalenses e hoje substituídos por lojas de Pernambuco, Paraíba e Ceará.
De frente, onde me achava, me lembrei da Casa Costa que servia o mais saboroso sorvete; Omar Medeiros e Cia., Lojas Setas; os “estrangeiros”: o Novo Continente, CêBarros, Quatro e Quatrocentos e Lojas Paulistas; J. Resende e a Casa Régio dominavam o mercado de eletrodomésticos; Casa Hollywood e Casa Garcia além do Cine-Foto Jaecy que depois foi para a João Pessoa; a resistente e desfraldada Livraria Universitária, vizinhas a Casa Duas Américas e a Formosa Syria; a Casa Tic-Tac e a Casa Rubi sem esquecer a Nova Paris; quase de frente a Casa Rio que ainda sobrevive (Rio Center), em outros locais da cidade, pluralizada e redimensionada; Ótica Brasil, a Farmácia Barbosa e juntinho o bar Granada; a casa Letière, o Armazém Natal e antes do Banco do Brasil, a lembrança mais dolorosa do velho e trágico mercado público da cidade do Natal. Tudo sumiu. As vitrines desse tempo se apagaram e com elas um grupo de comerciantes que desapareceram, permanecendo, apenas, uma foto intacta suspensa no ar e as imagens dos natais de quarenta e cinquenta anos passados.
Ao contemplar a Rio Branco sem luz e sem alma da festa natalina, resolvi homenageá-los. Natal não pode esquecer jamais os pastores da noite que fizeram feliz o Natal de tanta gente. Chegam-me alguns que a memória reteve: Fuad Salha, Zé Garcia, Chafic Abou Chacra, Reginaldo Teófilo, Habib Challita, Zé Resende, Walter Pereira, Quim-quim da Farmácia Barbosa, Nagib Assad Salha, seu José e Abess da Formosa Syria, Raimundo Chaves, Heider Mesquita, Jaecy Emerenciano Galvão e Nemésio Moquecho, Quincola (Scope) Luís de Barros, Nivaldo Feitoza Bonifácio, Alcides Araújo e uma lembrança terna da Rádio Trairi do major Theodorico Bezerra que funcionava no alto do Novo Continente. Relembro os locutores: Gutemberg Marinho, Edmilson Andrade e Vanildo Nunes, em nome dos quais homenageio a todos.
A cidade de Natal deve um preito de reconhecimento a todos aqueles que diretamente, através do seu ofício, se conscientizaram do seu papel, se fortaleceram e daí surgiram a Federação do Comércio, o Sindicato do Comércio Varejista e o próprio CDL. Ninguém pode contestar o pioneirismo dessas conquistas aos comerciantes da avenida Rio Branco. É preciso reacender as luzes dessa avenida para a história passar.
No Grande Ponto, o olhar triste e reminiscente. A procissão de relembranças das melhores figuras de Natal, espiritualizadas no eterno bate-papo, dia e noite, como se, para mim, ali, naquele instante, tudo tivesse se reencarnado. Olhei para o chão sagrado daqueles vultos e deu-me náuseas as calçadas sujas, encardidas pela desfiguração e os pés da modernidade. Mataram o Grande Ponto pletórico e no âmbito do seu quadrilátero, rasgaram a sua história em pedaços e foram transformados os seus habitantes. Daquelas calçadas, com sol matinal batido e quente desse verão sobe as narinas um odor de sebo bovino e inhaca pestilencial. Será que o IPTU não poderia lavar aquelas calçadas onde tanta gente boa pisou antigamente? Djalma Maranhão, Alvamar Furtado, Luís Tavares, José Augusto Varela, Antonio Soares Filho, Luiz Carlos Guimarães, Newton Navarro, Veríssimo de Melo, Ticiano Duarte, Américo de Oliveira Costa, Zé Areia, Gilberto Avelino e tantos outros mortos dignos de lavarmos os pés, sem precisar nem falar nos vivos?
(*) Escritor
IHGRNhttp://www.blogger.com/profile/02522483343389444846noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5522742543199065609.post-21064894092969204882021-12-20T01:44:00.004-03:002021-12-20T01:44:50.922-03:00Marcelo Alves
<b>Juristas balzaquianos</b>
Fiquem calmos: não vou relatar confidências de advogadas e advogados de mais de 30 anos. Embora adore essas fofocas (quem não gosta?), a conversa hoje é mais séria. Sou literal, digamos. Refiro-me aos profissionais do direito na obra de Honoré de Balzac (1799-1850).
“A Comédia humana”, herdeira do “Code Napoléon”, é pródiga em juristas.
Juristas de verdade, grandes nomes da França, alguns deles professores de Balzac na Faculdade de Direito de Paris, como Hyacinthe Blondeau (1784-1854), Louis-Barnabé Cotelle (1752-1827), Charles Toullier (1752-1835) e Raymond-Theodore Troplong (1795-1869) ou os famosos quatro “redatores” do Código, Jean-Étienne-Marie Portalis (1746-1807), François Denis Tronchet (1726-1806), Jacques de Maleville (1741-1824) e Bigot de Préameneu (1747-1825), que são citados ou aludidos pelo autor em seus romances.
E juristas imaginados pelo autor. Peirre-François Mourier, em “Balzac, L’injustice de la loi” (Michalon Editeur, 1996), teria contado mais de 50 “homens da lei”, todos com lugares especiais dentro da Comédia. Já em “Imaginar la ley: El derecho en la literatura” (Editorial Jusbaires, 2015), os organizadores Antoine Garapon e Denis Salas lembram: “Ali encontramos figuras de sujeitos de direito como os herdeiros de Ursule Mirouët, o ausente em O coronel Chabert, a falência em César Birotteau. O espelho que essa obra apresenta nos remete aos esplendores dos novos status da sociedade burguesa, como às suas sombras. O romance balzaquiano desvela um mundo de interesses e de crimes. (…). É o mundo de Esplendores e Misérias das Cortesãs, que celebra a mitologia romântica dos fora da lei”. Por outro lado, Balzac muitas vezes abre “um espaço positivo para a lei”, como no procurador-geral Granville, que encarna a nobreza da profissão do direito. Balzac crê nas instituições. Para ele, o juiz é um centro da sociedade, esta cheia de contradições, é vero. E se temos o juiz Popinot de “A interdição”, “pleno de modéstia e grandeza, homem justo e humilhado”, também encontramos o “flexível Camusot”, o juiz de instrução “destinado a uma carreira brilhante”.
São personagens tiradas ou postas – depende de olharmos pelo ângulo da inspiração ou da criação – de/em fiéis “cenas da vida jurídica” (inclusive citando decisões reais de cortes francesas). Desses personagens e cenas, tomemos o caso do juiz Popinot, de “A interdição” (1839), talvez o mais “investigado” dos juristas balzaquianos. “A interdição” é um texto seminal. Um romance curto e denso, em que o autor retrata as realidades do quotidiano e do foro. Várias de suas personagens são achadas em outros romances da Comédia, como de estilo no “mundo” de Balzac. A trama gira em torno da busca da Marquesa d’Espard para interditar o seu marido, de quem vive separada há anos. Seria o Marquês um louco pródigo, que impede uma mãe de ver os filhos e desperdiça a fortuna? Ou seria a Marquesa uma mulher inescrupulosa, disposta a qualquer coisa? É para decidir isso que são encarregados o “íntegro” juiz Popinot e o “flexível” juiz Camusot. E, sem crise de consciência, digo mais nada.
Balzac teve o seu modelo de magistrado no juiz Popinot, que José Antônio Aguirre, em “Escritores y procesos: casos reales y ficcionales del proceso penal” (Ediciones Didot, 2012), poeticamente define como “a ficção de um juiz real”. O autor retratou “este magistrado como um homem de altíssimos valores, severo, equânime, fiel à sua função judicial e de uma decência inquebrantável”. Mas, embora possuidor de numerosas virtudes, o juiz Popinot tem também defeitos (quem não tem?). O principal, embora não venal, é a sua ingenuidade. E a intromissão desse defeito nas suas qualidades faz desse juiz “uma personagem real, verossímil e crível”.
É verdade que Balzac se apropriou de muitas coisas do direito: instituições (casamento, herança, falência, crime etc.), linguagem, cenas/dramaticidade, personagens e por aí vai. Mas também nos deu muito de volta. Basta lembrar a sua contribuição para a preservação de uma história contada do direito, que procuramos inutilmente nos códigos, como lembrou Henri Lévy-Bruhl em “Sociologie du Droit” (PUF, 1981). Ou para a fixação de um vocabulário da nossa ciência. E há, claro, o exemplo do juiz Popinot. Assim, acredito ser “A comédia humana” um monumento da “ficção jurídica”, sem que dois séculos de mudanças prejudiquem a relevância das suas questões de direito. E parafraseio uma advertência constante de “Balzac, romancier du droit” (direção de Nicolas Dissaux, LexisNexis, 2012): “Todo jurista deveria ler Balzac”.
Marcelo Alves Dias de Souza
Procurador Regional da República
Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL
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Valério Mesquita
Mesquita.valerio@gmail.com
Câmara Cascudo, em sua Acta Diurna publicada em "A República", em 13 de outubro de 1945, dizia:
"Não há trecho de terra mais sagrado para nós. Foi o primeiro núcleo industrial da Capitania e a região mais revirada pela guerra e molhada de sangue. Ali viveram os filhos e descendentes do fundador da Cidade do Natal. Ali lutaram Felipe Camarão e Henrique Dias. Ali viveu na tranqüilidade André de Albuquerque.
Lutas, festas, crimes, atrocidades, riquezas, alegrias, orgulhos, poderio, tudo passou como poeira ao vento solto.
Restam as ruínas negras, guardando a lembrança sem pausa do martírio. Sem túmulo, rondam, no silêncio da noite tropical, as almas dos sacrificados.
A Capela era o cemitério aristocrático dos Albuquerque Maranhão. E um altar inteiro, devocionário de religião instintiva, como os heróis que se dedicam ao Deus do Céu e ao Rei da Terra."
Em 1985, a Capela de Cunhaú foi restaurada pela Fundação José Augusto com o apoio das Fundações Pró-Memória e Roberto Marinho. A tarde festiva do seu ressurgimento, foi a maior emoção que vivi ao longo dos cinco anos que passei na Fundação José Augusto.
Ali há o convívio equilibrado entre o místico e o humano. Território livre da fantasia, Cunhaú é o grande palco onde melhor se revela a alma de uma época e os seus valores essenciais. Numa singular procissão de lembranças, hoje, os gestos, os passos, as silhuetas dos que povoaram o templo e as cercanias se eternizam. Cunhaú exerce sobre nós um poderoso fascínio, uma paixão obscura e recôndita, nunca aplacada nem satisfeita, a conduzir a imaginação em viagens lendárias e míticas, ao universo feudal dos Albuquerque Maranhão, dos fidalgos, dos colonos, dos escravos, dos religiosos, dos índios e dos invasores, como se tudo ainda estivesse suspenso no ar, como nos versos de Manoel Bandeira. A reflexão dessas paredes da Capela de Nossa Senhora das Candeias nos conduz a essa pátria dos sonhos, terra das ilusões, de almas taladas à ferro e a fogo, como se fora um desejado e atingível Paraíso Perdido.
Enfim, evoco a Capela de Cunhaú, neste canto de página emergido do escuro nebuloso e mágico, engrandecida na reconstituição de arquitetos, engenheiros, pedreiros e serventes, todos historiadores manuais de sua magnitude esplendorosa.
Hélio Galvão, à maneira proustiana, diz que o tempo perdido pode ser procurado. Talvez até recuperado. O poder da evocação pode fazer o milagre de repassar aos nossos olhos a paisagem que desapareceu, as pessoas que já não vivem ou refluir aos ouvidos a voz emudecida e trazer de novo à memória, aos pedaços, episódios, fatos, gestos, modos que não vimos nem participamos.
A necessidade da restauração da Capela era um desejo acalentado há muito tempo. A decisão política culminou com a determinação do então presidente da SPHAN-Pró-Memória, Dr. Marcos Vinícius Villaça, através da visita à mesma conosco acompanhado, em princípio de 1985. Adotamos como critério a reincorporação dos elementos antigos constituintes da mesma, como a lápide, a pia de água benta, local do sino e finalmente a imagem de Nossa Senhora das Candeias, sua padroeira, com a finalidade de mantermos acesa, para gerações futuras, a chama que testemunha nosso passado histórico.
Ver a Capela hoje é ouvir, é sentir. Por isso, leiamos Cascudo em 1949, pedindo a sua restauração: “O Forte dos Reis Magos e a Capela de Cunhaú tem sido constantes tão vivas e permanentes na minha atividade provinciana como os dois movimentos fisiológicos da respiração. A Capela de Cunhaú é o santuário do Rio Grande do Norte. Lugar de morte pelo ódio e em louvor da fidelidade à tríade antiga consagradora, a Deus, ao Rei e à Família.”
Era a antevisão de Cascudo há 72 anos atrás. O apelo emocional depois atendido. A Fundação José Augusto, ao restaurar em 1985, aquele relicário,Es ressuscitou um desfile sonoro, a paisagem das almas, de sonhos, o chão dos túmulos que guarda os espíritos. Enfim, resgatou a memória histórica do Rio Grande do Norte.
(*) Escritor
IHGRNhttp://www.blogger.com/profile/02522483343389444846noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5522742543199065609.post-8068865734127435602021-12-15T13:59:00.001-03:002021-12-20T01:47:06.028-03:00<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhqIXNvhAw6FaAYFnFgh6-qnuagpT4nhhoAsX9dlOEdA9Zt94OQz3ssjQL5mPtFPWKhqvV5gjIxPaRVYx4LczRgkJ-u6E0bwE8dfLU-L9SoOvRKTknDdQQACeW1hC0qP70QWEw1StYl5FqDOGvoErwAKVztGe86VwHL8GD7zoU0OgNDtEUYkRlLFUNwCw=s1065" style="display: block; padding: 1em 0; text-align: center; "><img alt="" border="0" height="320" data-original-height="1065" data-original-width="689" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhqIXNvhAw6FaAYFnFgh6-qnuagpT4nhhoAsX9dlOEdA9Zt94OQz3ssjQL5mPtFPWKhqvV5gjIxPaRVYx4LczRgkJ-u6E0bwE8dfLU-L9SoOvRKTknDdQQACeW1hC0qP70QWEw1StYl5FqDOGvoErwAKVztGe86VwHL8GD7zoU0OgNDtEUYkRlLFUNwCw=s320"/></a></div>
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O VELHO COQUEIRO TORTO
Por anos e anos ofereci minha sombra, meus frutos e minha imagem que ajudava a embelezar a paisagem da praia da Pipa.
Por anos e anos fui testemunha das constantes mudanças na areia da beira mar, que entre aterros e cavações, criava lindas imagens no lugar onde nasci.
Por anos e anos protegi e defendi com meu forte tronco e minhas raízes bem fincadas no chão, a frente da casa onde cresci da força das vagas que rebentam com violência durante as grandes marés.
Por anos e anos fui envelhecendo e naturalmente perdendo minha resistência, mas não a minha vitalidade, pois ainda continuei a oferecer sombra, frutos e a beleza de minha imagem.
Um dia não consegui sustentar o peso de quem, por anos e anos, limpava minhas palhas secas, livrando-me dos fungos e insetos que me atacavam e me enfraquecia. Meus frutos, de tempos em tempos, precisavam ser colhidos, pois ao cair, podiam machucar alguém.
Foi aí que tudo aconteceu. No dia 11 de dezembro de 2021, no fim da tarde, meu belo tronco, longo e torto, que a tantos encantou, cedeu ao peso de quem queria só me ajudar a continuar sadio, belo e viçoso.
Quebrei e cai sobre a areia onde um dia fixei minhas primeiras raízes quando ainda era semente. Agora sou apenas um velho tronco apontando para o céu. Certamente vão me cortar e não restará nenhuma lembrança do que eu fui a não ser em fotos e filmagens.
O meu irmão mais velho, que nasceu a poucos metros de mim, foi criminosamente morto. Por pura maldade, colocaram óleo diesel em seu tronco e logo ele foi definhando, as palhas foram secando até que um dia alguém chegou com um machado e o libertou daquela agonia.
Prefiro que façam o mesmo comigo. Não quero ser uma lembrança triste. Prefiro que se lembre de mim como sempre fui belo e viçoso.
Minha imagem estará gravada para sempre na memória dos que me apreciavam, nos milhares de fotografias, filmagens e na lembrança daqueles que me contemplava no amanhece do dia ou no cair da tarde onde minha silhueta contrastando com o por do sol, tantas vezes filmado pelo “PASTORADOR DE CREPÚSCULO".
Minha imagem, que a tantos encantou, não pode simplesmente se resumir a um velho tronco sem vida apontando para o céu.
Não chorem por mim. Eu estarei sempre presente na lembrança de todos vocês, nas fotos e filmagens que fizeram enquanto eu estava vivo e viçoso com minhas palhas balançando ao sabor do vento.
Ormuz Barbalho Simonetti
Jornalista, escritor, Presidente do Instituto Histórico e Geográfico o RN
Morador da Praia da Pipa-RN -
Canal no Youtube - "Praia da Pipa O pastorador de Crepúsculos"
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