Marjorie Madruga adicionou
CASARÃO GUARAPES
Foi com imensa surpresa que li as notícias sobre o Casarão Guarapes,
visto que as últimas informações prestadas pela Fundação José Augusto no
processo de acompanhamento que tramita na Procuradoria Geral do Estado,
mais precisamente na Procuradoria do Patrimônio e da Defesa Ambiental,
tudo transcorria normalmente, já em fase de licença ambiental.
Também há Inquérito Civil instaurado por Dra. Rachel Germano, da 3º
Promotoria de Justiça da Comarca de Macaíba, com o mesmo fim.
Em
nome do princípio da transparência, relato os passos dados nos últimos 2
anos pela FJA visando a recuperação do importante Casarão.
O
Casarão Guarapes, localizado às margens da BR-226, próxima á margem
direita do Rio Jundiaí, Macaíba/RN, com área de 99.680,00m2, é de
propriedade do Estado do Rio Grande do Norte desde 2002, quando foi
desapropriado.
Em 2015, a Procuradoria expediu o Ofício nº
206/2015-PPDA/PGE à Fundação José Augusto-FJA para esta dizer: (i) se
havia algum projeto elaborado ou em fase de elaboração, visando dá
destinação ao Casarão Guarapes; e (ii) informar qual o resultado dos
diálogos mantidos com o SEST/SENAT e da reunião com o Sistema S sobre o
referido casarão.
Em resposta, a FJA informou que: (i) encaminhou
o Projeto de Restauração e Revitalização do Casarão Guarapes ao
Ministério do Turismo, via SINCONV, no valor de R$ 1.094.108,46
(Proposta nº 038487/2015), com o objetivo de reaver a história local,
bem como ofertar a população norte riograndense e turistíca um
equipamento cultural dotado de condições de uso e visitação; (ii)
aguarda análise do contrato; e (iii) enviou plantas, orçamentos e
extratos de propostas.
Em março de 2016, a Procuradoria enviou
novo ofício ( Ofício nº 61/2016-PPDA/PGE) à FJA requerendo que esta
detalhasse o andamento do Projeto Casarão Guarapes.
No mesmo mês,
a FJA (Ofício nº 129/2016) informou que: (i) havia recebido da Caixa
Econômica Federal-CEF o Convênio nº 822266/2015, cujo objeto é a
restauração do Casarão Guarapes, mas que este ainda não havia sido
assinado; e (ii) que tão logo assinasse, remeteria a cópia assinada para
a Procuradoria.
Em 03 de junho de 2016, esta Procuradora
solicitou à FJA
(Oficio nº 181/2016-PPDA/PGE): (i) cópia do Projeto
de Restauração; (ii) informações atualizadas do processo junto à CEF.
Em 16 de junho de 2016, a FJA responde dizendo que (Ofício nº
409/2016) : ( i) houve algumas alterações no Projeto, tendo a proposta
recebido novo número (nova Proposta nº 049669/2015); e (ii) o projeto
encontrava-se “ em fase de solicitação de licença ambiental simplificada
para liberação da Claúsula Suspensiva.”
Considerando que a
Cláusula Décima Oitava, do Contrato de Repasse com a CEF, prevê a
possibilidade de aditamento no “ caso da necessidade de ajustamento da
sua programação de execução física e financeira, inclusive alteração do
prazo de vigência fixado no Contrato de Repasse...”, estou oficiando a
FJA para que informe se de fato ocorreu o que está sendo veiculado e, em
caso positivo, qual o motivo.
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