|
12/02/2018
Madre Alves
11/02/2018
| ||||
|
09/02/2018
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RN IHGRN <ihgrn.comunicacao2017@gmail.com>
Caros sócios,
O palestrante da quinta-feira (15/02), será o escritor HONÓRIO DE MEDEIROS e não como consta no texto do e-mail.
17h00
|
Coronelismo e Cangaço no Rio Grande do Norte.
Ministrada pelo escritor Honório Medeiros
|
No Calendário Cultural 2018.1, o nome do referido palestrante está grafado corretamente.
Pedimos desculpas pelo erro de digitação.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
CALENDÁRIO CULTURAL – 2018.1
EVENTOS
25/01
|
17h00
|
Abertura
dos trabalhos de 2018
Lançamento
do sítio do IHGRN
|
|
22/02
|
17h00
|
Lançamento
“Catálogo do IHGRN"
|
|
28/03
|
19h00
|
Sessão
Solene de aniversário
Lançamento
da Revista do IHGRN
|
PALESTRAS – QUINTA CULTURAL
22/02
|
17h00
|
Coronelismo
e Cangaço no Rio Grande do Norte.
Ministrada
pelo escritor Honório Medeiros
|
08/03
|
17h00
|
O
Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte
Ministrada
pelo professor e pesquisador Cláudio Galvão
|
05/04
|
17h00
|
Câmara
Cascudo e o Símbolo Jurídico do Pelourinho
Ministrada
pelo jornalista Vicente Serejo
|
19/04
|
17h00
|
O
Atol das Rocas
Ministrada
pela professora Zélia Sena
|
17/05
|
17h00
|
História
do Rio Grande do Norte
Ministrada
pelo historiador Luiz Eduardo B Suassuna (Coquinho)
|
14/06
|
17h00
|
O
Arquipélago de São Pedro e São Paulo
Ministrada
pelo professor José Lins
|
EXPOSIÇÕES
25/01
|
17h00
|
Nossas
Velhas Figuras – ENCERRADA
Acervo
do IHGRN
|
15/02
|
17h00
|
Nordeste
de São Sebastião
Telas
do acervo particular do médico, escritor e artista plástico Iaperi Araújo
|
15/03
|
17h00
|
Minérios
do Rio Grande do Norte
Mostra
da coleção particular de Pedro Simões Neto Segundo, com explicação e
distribuição de catálogo sobre o assunto.
|
DOIS ASSUNTOS
Valério Mesquita*
O
teatro brasileiro é mesmo uma usina de criatividade e recursos ficcionais
surpreendentes. Tem de tudo. Realismo social, realismo fantástico, histórico,
vazados em linguagem que transita do sarcasmo ao sacana. Por exemplo, anos
atrás, Natal assistiu a estréia da peça “Monólogos da Vagina” que foi sucesso
de bilheteria em todo o Brasil. Se assim não fosse o país seria uma pátria de
boiolas. Na minha ignorância teatral não sabia que elas falam. Lembro que, na
ocasião, procurei ouvir especialistas e críticos sobre os mistérios das
cavidades abissais femininas. Pesquisadores e práticos que pudessem questionar
o fastidioso monólogo em diálogo franco e direto. Bem sei, que peças teatrais,
desde o tempo do velho bardo William Shakespeare tem audácias e sutilezas
verbais inusitadas, muito mais do que sonham as nossas vãs penetrações
temáticas. E eu pensava que as vaginas eram como as rosas de Cartola que não
falam jamais, nem perdem o viço. Disse, na ocasião, que, do jeito que vai, o
falo e o cedenho irão esperar a vez de serem reconhecidos pela arte teatral e
entrarem em cena.
Todavia
a minha expectativa não durou muito. A temporada chegou a Natal, com desembarque
no teatro Alberto Maranhão, na Ribeira velha de guerra, com a peça de Carlos
Eduardo Novaes “Diálogo dos Pênis” para a alegria da galera que aprecia
equipamentos de fornicação. A peça se propõe a desnudar o lado oculto do homem.
Confidências nada mais. Aqueles momentos confessionais de utilização e método
de abordagem com o dúctil instrumento oposto. Abre o verbo e a braguilha para
refletirem sobre o corpo feminino no embate e debate eterno com a mulher,
conflito, alias, hoje, tão consensual e menos litigioso.
A
frase do poeta e escritor português Fernando Pessoa foi invertida: “A vida é breve e a arte é longa”.
Leia-se que a arte não é mais longa. A arte como o sexo, no dizer de Madonna “é esporte”. Uma pelada qualquer
banalizada, vulgarizada por qualquer autor teatral inteligente que quer ganhar
dinheiro. A pergunta é: quem lotou mais o teatro “O Monólogo da Vagina” ou o “O
Diálogo dos Pênis”. Aí dá para aferir
bem o moral e a moral da cidade. Até por elipse. Mas, quando chegará a terrinha
o “Monólogo do Frinfa”, porque, na verdade é o único mesmo que emite uma
linguagem universal: o flato.
Por
outro lado, a vida é uma rotina. Frase comum, chula, mas verdadeira. Como pôde
um espirro noturno ingressar na monotonia dos meus hábitos? Ora, pela força da
repetição. De um apartamento, do bloco de três andares, ao lado de minha casa,
ressoa e assoa sonoro um espirro soturno, notívago, após as nove da noite que
me arremete as madrugadas silenciosas de Macaíba. Naquele tempo, a cidade era
uma aldeia globalizada. Nos quintais os galos se repetiam brincando de código
morse. Nas ruas a guarda noturna soprava apitos, distintos e indistintos. Aqui,
o espirro do meu vizinho vem do alto. Desce e entra em minha casa como um som
costumeiro da TV, do rádio, da descarga ou do chuveiro.
Quantas
vezes não me quedei silencioso, refletindo aquela contração súbita e
cronometrada dos músculos expiratórios? Do meu quarto, fito, vez em quando, a
janela acesa e misteriosa do meu vizinho. E me questiono com a exatidão
repetitiva do ar expulso pela boca e pelo nariz que não me parece gripal,
talvez alérgico, talvez ritual de arremesso de alguma olimpíada esquisita do
fluxo e refluxo da noite.
Não
conheço até hoje o homem do espirro. Seria gordo, magro, alto ou baixo? Não
sei. Algumas vezes, procurei descobrir na saída matinal para o trabalho ou no
retorno, à noitinha. Tenho suspeitos. A ninguém indaguei sobre a investigação.
Poderiam me achar bobo ou intrometido. “Ora,
querer saber quem espirra no bloco”, talvez pudessem comentar.
São
21:45h. Ouvi, há pouco, o último atchim. Explosivo, arrastado como se quisesse
absorver o que expeliu. Parece que sente um gozo inexprimível. Um alívio nas
mucosas ensandecidas repentinamente para
deleite de uma platéia invisível mas participante. Na verdade, como acontece
todas as noites, aquele fora a expiração final. O sossego voltou a reinar.
Ainda espiei a sua janela. A luz se apagara. O repouso do dragão havia
começado. Terminei essas linhas pensando
que amanhã a rotina voltará.
(*) Escritor.
BIBLIOTECA ITINERANTE
Ao Srº Diógenes da Cunha Lima
Venho por meio deste apresentar e solicitar ao Sr° Diógenes da Cunha Lima e aos acadêmicos da Academia Norte-rio-grandense de Letras a colaboração e parceria com o projeto Caminho da Leitura. O Projeto destina-se à população de Parnamirim, especialmente ao público infantil e jovem, e tem como principal foco o estímulo à leitura, através da facilitação ao acesso e a redução da distância entre o leitor e o livro. Apresentado de forma lúdica, a leitura será feita no próprio ônibus, que atenderá toda a comunidade local. O atendimento é gratuito. Somente em Parnamirim, são mais de 27 mil alunos na rede pública.
Os objetivos do projeto são promover a leitura através da ampliação das condições de acesso ao livro na cidade de Parnamirim; formar leitores e possibilitar a melhoria da qualidade de vida por meio do acesso à informação; despertar o desejo por novas leituras e diferentes gêneros literários; e possibilitar a vivência de emoções, o exercício da fantasia, da imaginação e da criação, entre os alunos.
Sendo assim, propomos aos senhores, a doação de um exemplares de suas obras literárias para fazer parte do acervo da biblioteca.
Certo de termos firmado grande parceria em prol da educação de nossa cidade, ficamos no aguardo de resposta positiva e agradecemos a atenção.
Parnamirim/RN, 05 de fevereiro de 2018.
Abidene Salustiano
Coordenador do Projeto
(84) 9.8843-2576
Coordenador do Projeto
(84) 9.8843-2576
07/02/2018
Notícias do IHGRN
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RN IHGRN <ihgrn.comunicacao2017@gmail.com>
Caro sócio,
O instituto agora tem um site,
moderno, atual, informativo.
É o www.ihgrn.org.br.
Um presente e patrocínio da nossa
sócia e vice-presidente Betania Leite Ramalho que custeou todas as despesas
para que a página fosse criada e desenvolvida.
O instituto agradece e espera que a atitude da sócia sirva de exemplo a nós todos para construirmos um Instituto
Histórico melhor.
Nas redes sociais
Estamos nas redes sociais (facebook e
instagram), são elas:
(clique no link para acessar a página
e escolha a opção seguir para participar)
Instagram: https://www.instagram.com/_ihgrn/?hl=pt
Gostaríamos de contar com a sua
colaboração.
CURTAM, COMENTEM, COMPARTILHEM E
PARTICIPEM!
O instituto também se faz com a
presença dos seus sócios na rede.
Agradecemos o apoio e a interação.
Desejamos um bom carnaval a todos.
A Diretoria
FLAGRANTES DA ASSINATURA DE CONVÊNIO DO IHGRN COM A UFRN (6/02/2018)
_____________
FOTOS DE MARIA SIMÕES
_____________
FOTOS DE MARIA SIMÕES
03/02/2018
DE ORADORES E ASTRÔNOMOS
Valério Mesquita*
01) Natal nunca perdeu a tradição de
possuir uma plêiade de oradores circunstanciais. São as famosas patativas da
palavra facultada. Assim foi o advogado José Guará, o comerciante e desportista
José Prudêncio (o Pruda do ABC). Lembro-me do ex-comandante da Polícia Militar coronel
Marcondes. Certa vez, ia pronunciar um discurso lido num evento social da PM.
Mas o coronel Neves resolveu pregar-lhe uma peça, substituindo, sem que ele
percebesse, a peça oratória. Na hora de falar, Marcondes discursou com a maior
naturalidade e somente tomou conhecimento do ocorrido, quando tudo havia
terminado. Em orador que se preza, a emoção suplanta a razão. De outra feita,
mesmo sem estar escalado para falar, aproveitou a palavra facultada e tirou do
bolso um enorme discurso e detonou: “Tomado de surpresa, nesta hora, levo a
minha palavra a todos vocês etc., etc”. O bom orador sempre tem no bolso um discurso
certo para as horas incertas.
02) O saudoso e querido professor Antônio Soares
Filho foi um mestre na arte de dissimular e interpretar, tanto na política como
no teatro amador, no tempo áureo de sua mocidade. Numa peça teatral sobre o império
dos Césares, ele vivia o papel do prefeito de Roma. Ao entrar em cena, esqueceu
de repente o diálogo. Sem se perturbar, bateu com a mão na barriga do ator que
desempenhava Júlio César e disse: “E aí, tudo bem, César?”.
03)
O doutor Antônio Soares Filho exerceu o mandato de deputado estadual e
de chefe do gabinete civil do então governador Dinarte Mariz. Era um político
astuto da velha escola pessedista e provedor de soluções políticas para os mais
intrincados problemas. Certa vez, algumas discrepâncias afastaram-no do Palácio
Potengi. O governador Dinarte não suportou o distanciamento. Encontrou-se com o
seu filho doutor Boucinhas e, naquele sotaque caicoense, indagou: “Meu filho,
cadê Toinho? Diga a ele que venha me ver. Tô com saudades de suas cavilações”.
04) Outra atividade importante exercida pelo
professor e acadêmico Antônio Soares Filho foi a astronomia. Pesquisou e
estudou os planetas, os astros e defendeu em livro e seminários uma tese
singular: o planeta Terra tinha duas luas. O assunto foi muito discutido, não
só em Natal, mas em congressos nacionais e internacionais. Quando o russo
Gagarin deu a volta ao redor da terra e nada declarou a respeito da existência
de um segundo satélite, logo a imprensa natalense procurou ouvir o astrônomo
Antônio Soares, que se saiu com essa defesa: “E por que ele não olhou para
trás”.
05) Ainda no pique de
suas grandes interpretações teatrais, é-lhe atribuída a cena em que a atriz,
sozinha no palco, deveria acender um fósforo e queimar um papel. Como
esqueceram de deixar a caixa sobre a mesa, atônita, começou a rasgar o papel. O
ator que deveria entrar em cena exclamando sobre o cheiro do papel queimado era
Antônio Soares, que de repente, mudou o script: “Mas que cheiro de papel
rasgado!”.
(*)
Escritor.
Assinar:
Postagens (Atom)