POUCAS E
BOAS DE LAVÔ
Valério Mesquita
mesquita.valerio@gmail.com
Valério Mesquita
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01) Campanha de 1990, para senador e governador. Cenário: Praça Pública de João
Câmara em plena feira multifária e multifusa. Os dois candidatos Garibaldi
Filho e Lavoisier Maia iniciaram às 10 da matina o famigerado corpo a corpo.
Gari, vagaroso no andar, verdadeiro “pé de chumbo”, caminha atrasado e na
dianteira, disparado, vai Lavô, o famoso beijoqueiro. Lá na frente, Gari alcança
Lavô. Compassadamente, Gari cumprimenta: “Doutor Lavô, nunca se cansa. Parou
por quê?”. Disfarça Lavô: “Prá lhe esperar. Pois nessa pressa já beijei até um
macho!!!”.
02) Corria o bom tempo em que Lavô pontificava no Senado. Certa vez, descia
sozinho no elevador da Casa e deu em cima da simpática assessorista.
Insinuava-se aqui, bolinava ali e a moça sempre na retranca. Nisso, abre-se a
porta do 4º andar. De pé, para entrar, o senador Mário Covas e o potiguar José
Bezerra Marinho. No ar, ainda, um cheiro de assédio, quando Covas, raposa
velha, pergunta ao colega: “Crau, Lavô”!!. Resposta do nosso paquerador: “Não,
senador. Semi-crau!!”.
03) Com relação ao sexo oposto, todos sabem que Lavô era um cortejador que
nunca perdeu uma parada. Certa feita, em Brasília, uma coroa altamente
“reboculosa”, insistiu tanto, que acabou convencendo o então senador a assistir
uma apresentação de certo tenor nacional. O moço era uma cópia fiel do grande
Pavarotti. Lavô não se ligava muito nisso. Sua ligação era o olhar fixo nas
pernas da loura. O rapaz cantava: “Con te, partiró, il mondo, etc.” A companhia
quis saber sua opinião: “Não é gostoso, bem?”. O parlamentar da Alta Câmara
sugeriu: “Se você acha? Eu também acho. Agora, gostoso mesmo é um forró
pé-de-serra lá em Mossoró!”.
04) Acontecia num luxuoso hotel em São Paulo, uma recepção do alto PIB. O então
deputado federal Lavoisier Maia, levava seu bom papo para uma linda moça que
mais parecia um jumbo alçando voo. Já passava da meia noite. A garota não abria
a guarda e ele então apelou para o golpe de misericórdia: “Meu anjo”, Lavô
cochichou, “Se surgisse um homem rico, um jovem bonito e outro inteligente,
falando em casamento para você, qual escolheria?”. A linda mulher,
desesperançada, segurando o copo de um bom vinho, iluminou os olhos verdes: “Na
maré que eu estou, até você serve”.
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