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10/10/2017
BLOG DE MOSSORÓ
sexta-feira, 6 de outubro de 2017
Aniversário do ICOP
Foi bastante prestigiada a sessão solene da Câmara Municipal de Mossoró para homenagear os sessenta anos do ICOP - Instituto Cultural do Oeste Potiguar - na manhã de sexta-feira, dia 6 de outubro de 2017.
O evento se deu no plenário do legislativo mossoroense e foram homenageados - em memória - com a Medalha do Mérito Cultural Vingt-un Rosado, os treze intelectuais fundadores e com a Medalha do Mérito Dix-sept Rosado, os seis ex-presidentes do ICOP, além do prefeito à época da fundação desta instituição, Joaquim Felício de Moura, o Quinca Moura.
O Presidente do ICOP, professor e escritor Benedito Vasconcelos Mendes, agradeceu aos vereadores, especialmente à presidente Izabel Montenegro e ao vereador Francisco Carlos pela excelente homenagem prestada a cultura mossoroense.
Fazendo uso da palavra, o presidente do ICOP disse: "As instituições culturais mossoroenses, agora contam com uma importante parceira para os eventos culturais, que é a Câmara de Vereadores ".
Fazendo uso da palavra, o presidente do ICOP disse: "As instituições culturais mossoroenses, agora contam com uma importante parceira para os eventos culturais, que é a Câmara de Vereadores ".
O ICOP concedeu o diploma de Sócio Honorário aos vereadores Izabel Montenegro e Francisco Carlos, por suas atuações e pleitos na área da cultura.
Presentes ao evento, a ex-prefeita de Mossoró, Fafá Rosado, o reitor da UERN, Pedro Fernandes; ex-reitor da UERN, padre Sátiro Dantas; Isaura Ester Fernandes Rosado, filha de Vingt-un Rosado, ex-vereador Vingt-un Neto, Joana D'arc Fernandes Coelho, presidente da AFLAM - Academia Feminina de Letras de Mossoró, além de escritores, professores, empresários, estudantes e familiares dos homenageados.
Presentes ao evento, a ex-prefeita de Mossoró, Fafá Rosado, o reitor da UERN, Pedro Fernandes; ex-reitor da UERN, padre Sátiro Dantas; Isaura Ester Fernandes Rosado, filha de Vingt-un Rosado, ex-vereador Vingt-un Neto, Joana D'arc Fernandes Coelho, presidente da AFLAM - Academia Feminina de Letras de Mossoró, além de escritores, professores, empresários, estudantes e familiares dos homenageados.
Professor Benedito Vasconcelos Mendes preside a solenidade |
Wellington Barreto, Suzana Goreth e Benedito Vasconcelos Mendes |
Benedito Vasconcelos, Fafá Rosado, Vingt-un Neto e Isaura Ester |
Benedito Vasconcelos, Izabel Montenegro e padre Sátiro Dantas |
Lairinho Rosado, Benedito Vasconcelos e Sandra Rosado |
Convite da homenagem |
Selo dos 60 anos do ICOP |
07/10/2017
José Lins do Rego, o
menino do Engenho Corredor (Pilar-Paraíba-1901-1957). É patrono da
Academia Paraibana de Letras. Foi eleito membro da Academia Brasileira de
Letras, para a cadeira 25, cujo Patrono é Junqueira Freire, sendo o quarto ocupante, eleito em 15 de
setembro de 1955, na sucessão de Ataulfo de Paiva e recebido pelo Acadêmico
Austregésilo de Athayde em 15 de dezembro de 1956. Morreu no Rio de Janeiro, no dia 12 de setembro de 1957.
Obras de José Lins do Rego:
Menino de Engenho, romance, 1932; Doidinho, romance, 1933; Banguê,
romance, 1934; O Moleque; Ricardo, romance, 1934; Usina, romance, 1936;
Histórias da Velha Totonia, literatura; infantil, 1936; Pureza, romance, 1937;
Pedra Bonita romance, 1938; Riacho Doce, romance, 1939; Água Mãe, romance,
1941; Gordos e Magros, 1942; Fogo Morto, romance, 1943; Pedro Américo, 1943;
Poesia e Vida, 1945; Conferências no Prata, 1946; Eurídice, romance, 1947;
Homens, Seres e Coisas, 1952; Cangaceiros, romance, 1953; A casa e o Homem,
1954; Roteiro de Israel, 1954; Meus Verdes Anos, memória, 1956; Presença do
Nordeste na Literatura Brasileira, 1957; O Vulcão e a Fonte, 1958.
“O ESCRITOR E A OBRA”
É
o título da palestra do Professor ANTENOR
LAURENTINO RAMOS
Data:
11 de outubro de 2017
Local:
Salão Nobre do IHGRN (Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte)
Rua
da Conceição, 622 – Cidade Alta (vizinho à Catedral velha)
Horário:
16h.
06/10/2017
Entrevista:
Professora Iris Alvares do Labim/UFRN, responsável pela
digitalização de documentos do IHGRN
Natal/RN. Setembro, 2017. A
diretoria de Biblioteca, Arquivo e Museu conversou com a professora Iris
Alvares, do Labim, responsável pela digitalização de diversos documentos
históricos do Rio Grande do Norte disponíveis no repositório institucional do
laboratório para consulta e pesquisa. A entrevista foi realizada por email, o
entrevistador é o diretor da Biblioteca, Arquivo e Museu, o jornalista Gustavo
Sobral.
IHGRN: Professora, nos conte um pouco da sua
trajetória e formação profissional?
Iris
Alvares: Sou formada em História Licenciatura e Bacharel em Direito.
Trabalhei no ensino médio, na disciplina de História. Trabalhei no Labre,
Laboratório de Restauração, no qual auxiliei em muitos trabalhos com
restauração de jornais, inclusive do Instituto Histórico e Geográfico como a
“Gazeta do Commercio” de 1902, 1903 e 1904. Dentre outros jornais e documentos.
IHGRN: Quando surgiu o seu interesse pela
digitalização de documentos históricos?
Iris
Alvares: Em fins de 2011, o Labim foi criado e fui convidada pela
chefia do Departamento de História para coordena-lo. Daí fiz cursos sobre
digitalização de documentos nos primeiros anos do seu funcionamento.
IHGRN:
Quando foi criado e qual o
papel do Laboratório de Imagens?
Iris
Alvares: A ideia partiu dos próprios professores do curso de
História. Eu aceitei pela minha experiência com documentos históricos e também
como professora de História, pela preocupação e interesse nos documentos e na
sua divulgação.
IHGRN:
Como o trabalho é realizado no
laboratório, quais os equipamentos utilizados e qual a equipe disponível?
Iris
Alvares: Bem, nossos maiores “clientes” são o Instituto e o Arquivo
Público Estadual. Trabalhamos em parceira com o Departamento de Políticas
Públicas. Já tivemos parceira com o Professor Herculano do Departamento de
Psicologia, quando iniciamos a digitalização de documentos do SOS Criança; com
a Semurb/Seharp; com a empresa jornalística Tribuna do Norte.
IHGRN: Quando surgiu a ideia e na necessidade de um
repositório, qual seu objetivo e como se estrutura?
Iris
Alvares: Quando iniciamos os trabalhos de digitalização, nem
computadores para pesquisa nós tínhamos. Com o passar do tempo conseguimos uma
sala contígua para pesquisa. Pouco tempo depois percebi a necessidade de
ampliarmos o acesso através de um repositório virtual. Daí, através de um
projeto de Extensão, conseguimos financiamento para iniciarmos a criação do
Repositório Labim.
IHGRN: Em que formato os documentos são
disponibilizados e por que?
Iris
Alvares: Digitalizamos no formato Tiff, com 300 dpi (pontos por
polegada), como sugere o Conarq. As imagens são convertidas em pdf (formato
portátil de documento), um formato mais acessível ao uso na internet.
IHGRN: O que é preciso para acessa-lo?
Iris
Alvares: O acervo digital pode ser acessado por um computador em
rede como também a consulta pode ser feita nas dependências do Labim. Temos
coleções de documentos que não estão em domínio público, mas que também podem
ser consultados no laboratório.
IHGRN: Quais os documentos do IHGRN hoje
disponíveis?
Iris
Alvares: As Revistas do Instituto de 1903 a 1950; os
Termos de Vereações (1672-1823); Livros de Registro do Senado da Câmara 1659-1754; são os maiores acervos. Correspondências imperiais, provinciais do senado da câmara.
Termos de Vereações (1672-1823); Livros de Registro do Senado da Câmara 1659-1754; são os maiores acervos. Correspondências imperiais, provinciais do senado da câmara.
IHGRN: Por que a escolha deste material do IHGRN?
Iris
Alvares: Os termos e os livros de registro foram projetos
coordenados pela professora Fátima Martins, do qual eu colaborei digitalizando.
As revistas foram digitalizadas (demos continuidade recentemente) através de
projetos de extensão, coordenados por mim. Considerava e considero as revistas
um acervo fantástico. A história do RN através dos artigos publicados nestas
revistas...
IHGRN:
Há perspectiva de continuidade
do trabalho?
Iris
Alvares: Sim. Nós paramos devido a suspensão das atividades do
próprio instituto em razão da reforma. Estamos reiniciando a digitalização das
revistas.
(Na verdade, não podemos omitir
que os últimos governos federais deram muito incentivo à cultura, nunca
deixamos de ter projetos de extensão aprovados, pelo contrário. Hoje já temos
notícias que os servidores terão acesso restrito a publicação dos editais da
ProEx, como medida de contenção de gastos. Nossa parceria, com o IHGRN, é
precária no sentido em que dependemos da UFRN para que ela se realize. Não
basta boa vontade).
IHGRN:
Qual a sua opinião sobre a
importância do IHGRN e do seu acervo para a pesquisa no Rio Grande do Norte
hoje?
Iris
Alvares: Poxa, falar do Instituto é falar da essência dos
pesquisadores, sobretudo de História. É a alma da nossa cidade. Nossa parceria
trás orgulho para os alunos e servidores do Labim. Esperamos poder fazer mais
trabalhos com Instituto. É uma simbiose, pois traz benefícios para as duas
entidades e ao público interessado como um todo. Divulgar a ciência, o conhecimento,
nos estimula a seguir adiante. É o nosso orgulho.
Serviço
Repositório do Laboratório de Imagens -Digitalização de
Documentos Históricos (LABIM/UFRN), endereço: http://repositoriolabim.cchla.ufrn.br/jspui
Material
disponível
CORRESPONDÊNCIAS DO GOVERNO
MUNICIPAL E AS CÂMARAS MUNICIPAIS -
LIVRO DE REGISTRO DO SENADO DA
CÂMARA
Livro de registro de cartas e
provisões do Senado da Câmara de Natal 1659-1754
REVISTAS DO IHGRN 1903-1951
TERMOS DE VEREAÇÕES 1672-1823
*
Advertência
Solicitamos aos leitores e
pesquisadores e historiadores que, caso venham a se utilizar deste acervo, resguardem
o direito das fontes e respeito à lei dos direitos autorais.
Contribua para disseminação e uso responsável desta documentação, prezando pela
citação das fontes de pesquisa e referência as instituições mantenedora e
proprietária do acervo e ao laboratório responsável pela digitalização e acesso
franco e público ao material.
SOPRA UM VENTO FORTE
Valério Mesquita*
Não, não é o vento de
Geraldo Melo soprado no Rio Grande do Norte lá pelos fins e confins dos anos
oitenta. Na Espanha, o cardeal Cañizares denunciou a existência de uma
revolução social para destruir os postulados da Igreja Católica. A assertiva
cardinalícia aduz, ainda, que esse movimento oculto já atua nas escolas e na
mídia espanhola e que se alastra nos países vizinhos. Conhecemos que o mundo
ocidental é o maior herdeiro no globo terrestre da doutrina cristã. Depois da
invasão dos bárbaros, lá pelo século quinto, foram os monges nos conventos, os
verdadeiros sustentáculos da fé do Novo Testamento. A revolução social aludida
pelo alto dignitário da Igreja Católica espanhola já se estende aos países das
Américas, através da perversão dos costumes, da subversão do comportamento da
juventude na família, na mídia e nas escolas. É a crise típica de uma sociedade
que tem se afastado de Deus, elegendo o mundanismo como valor essencial de
vida, embora, passageira, fáctil, fácil, fútil e fóssil. O fato é que o vento
sopra forte. Sopra uma revolução social, no dizer do cardeal Cañizares contra a
religião católica em plena Espanha (e não somente lá, mas no mundo todo), que
já deu reis católicos e espargiu igrejas, conventos e padres em diversas partes
do mundo.
De modo geral, as
religiões católicas e evangélicas estão atentas no Brasil para o poder da mídia
e da influência poderosa que elege e deselege políticos; que manda e desmanda
apresentadores de tv para o podium do poder, fazendo a cabeça do jovem e do
pobre. Assim também faz a internet: miséria e abusos. Por isso, as igrejas
evangelizam mais na televisão do que em seus templos porque, por aqui, a
revolução de estrangular o cristianismo já começou. Vejam só: na tv a cabo,
contei quatro canais católicos privativos e três evangélicos, sem contar com os
programas diários, alugados e pagos por segmentos protestantes diversos. Tudo
isso, para conter, esbarrar, meu caro cardeal Cañizares, o vento forte que
sopra da península ibérica.
A denúncia do líder
religioso espanhol se reveste da maior importância porque foi ditada pela rede
de comunicação mundial do Vaticano. Na verdade, a revolução social a que se
refere, não parte de grupos, partidos políticos, governos ou quaisquer
instituições privadas. Ela provém da crise de caráter, de espiritualidade, do
desajuste familiar. Ela, – a revolução social contra a Igreja Católica – está
no homem. Não imaginem que vem de correntes evangélicas. Não. Porque se não
anuírem que o Deus e a Bíblia são os mesmos, todos naufragarão na praia,
vítimas do próprio cata-vento da discórdia. Que isso Deus não permita e que
sejam apenas palavras ao vento.
O abismo da destruição
iminente do mundo já foi cavado.
(*) Escritor.
04/10/2017
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