19/11/2016

Bandeira do Brasil

 Dia 19 de novembro marca o DIA DA BANDEIRA, consagrando o nosso símbolo nacional, pavilhão sagrado e marcante da nossa nacionalidade




História

A bandeira do Brasil foi instituída a 19 de novembro de 1889, ou seja, 4 dias depois da Proclamação da República. É o resultado de uma adaptação na tradicional Bandeira do Império Brasileiro. Neste contexto, em vez do escudo Imperial português dentro do losango amarelo, foi adicionado o círculo azul com estrelas na cor branca.


Normas 

    Existem normas específicas nas dimensões e proporções do desenho da Bandeira Brasileira. Ela tem o formato retangular, com um losango amarelo em fundo verde, sendo que no centro a esfera azul celeste, atravessada pela faixa branca com as palavras Ordem e Progresso em letras maiúsculas verdes. Essa faixa é oblíqua,  inclinada da esquerda para direita. No círculo azul estão 27 estrelas, que retratam o céu do Rio de Janeiro, incluindo várias constelações, como, por exemplo, o Cruzeiro do Sul. As estrelas representam simbolicamente os 26 Estados e o Distrito Federal. A única estrela que fica na parte superior do círculo representa o estado do Pará.

      A Bandeira Nacional é hasteada de manhã e recolhida na parte da tarde. Ela não pode ficar exposta à noite, a não ser que esteja bem iluminada. É obrigatório o seu hasteamento em órgãos públicos (escolas, ministérios, secretarias de governo, repartições públicas) em dias de festa ou de luto nacional. Nos edifícios do governo, ela é hasteada todos os dias. Também é exposta em situações em que o Brasil é representado diante de outros países como, por exemplo, em congressos internacionais e encontros de governos.


      Dia da Bandeira 

      O dia 19 de Novembro é comemorado, em todo o território nacional, como o Dia da Bandeira. Nesta data ocorrem comemorações cívicas, acompanhadas do Hino à Bandeira.


      Bandeiras presidencial e vice-presidencial

      Além da Bandeira Nacional do Brasil que todos conhecemos muito bem, existem duas outras bandeiras brasileiras oficiais: a bandeira presidencial e a bandeira vice-presidencial.

       Bandeira Presidencial                       


      Curiosidades: 

      - As quatro cores da Bandeira Nacional representam simbolicamente as famílias reais de que descende D.Pedro I, idealizador da Bandeira do Império. Com o passar do tempo esta informação foi sendo substituída por uma adaptação feita pelo povo brasileiro. Dentro deste contexto,  o verde passou a representar as matas, o amarelo as riquezas do Brasil, o azul o seu céu e o branco a paz que deve reinar no Brasil.

      - A versão atual da Bandeira Nacional Brasileira com 27 estrelas entrou em vigor em 11 de maio de 1992, com a inclusão de mais quatro estrelas (antes eram 23 estrelas) representando os estados do Amapá, Tocantins, Roraima e Rondônia.

      - A maior bandeira do Brasil hasteada fica na capital brasileira, na Praça dos Três Poderes. Ela tem 20 metros por 14,30 metros. O mastro em que ela fica hasteada possui 110 metros de altura. Quando ela fica velha, rasgada ou desbotada deve ser substituída por uma nova. A antiga é entregue a uma unidade militar para ser incinerada no dia 19 de novembro (Dia da Bandeira).

      FONTE: site "SUA PESQUISA".



      Hino à Bandeira

      Informações gerais 


      A letra do Hino à Bandeira  foi escrito por Olavo Bilac e a música composta por Franciso Braga. Ele foi apresentando pela primeira vez em 9 de novembro de 1906.

      HINO À BANDEIRA

      Salve lindo pendão da esperança!
      Salve símbolo augusto da paz!
      Tua nobre presença à lembrança
      A grandeza da Pátria nos traz. Recebe o afeto que se encerra
      em nosso peito juvenil,
      Querido símbolo da terra,
      Da amada terra do Brasil! 

      Em teu seio formoso retratas
      Este céu de puríssimo azul,
      A verdura sem par destas matas,
      E o esplendor do Cruzeiro do Sul. Recebe o afeto que se encerra
      Em nosso peito juvenil,
      Querido símbolo da terra,
      Da amada terra do Brasil! 

      Contemplando o teu vulto sagrado,
      Compreendemos o nosso dever,
      E o Brasil por seus filhos amados,
      poderoso e feliz há de ser! Recebe o afeto que se encerra
      Em nosso peito juvenil,
      Querido símbolo da terra,
      Da amada terra do Brasil! 

      Sobre a imensa Nação Brasileira,
      Nos momentos de festa ou de dor,
      Paira sempre sagrada bandeira
      Pavilhão da justiça e do amor!Recebe o afeto que se encerra
      Em nosso peito juvenil,
      Querido símbolo da terra,
      Da amada terra do Brasil!Da amada terra do Brasil!

      17/11/2016

      H O J E



      Ivan Lira de Carvalho 
      Em importante postagem, o historiador e Cel-PM Angelo Mario DE Azevedo Dantas, meu confrade no Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, apoiado em cartão postal do acervo do pesquisador André Madureira, relembra que o imóvel sito à esquina da Rua Frei Miguelinho com a Esplanada Silva Jardim, na Ribeira, foi erguido para sediar o Comando da Polícia Militar do RN, em 1896. Acostou foto da sua autoria, datada de 2007. Agora aqui publico imagem mais recente do prédio, servindo de painel de arte de rua, mas conservando a placa de mármore fixada em 1906, registrando que ali nasceu, a 17.09.1768, Miguel Joaquim de Almeida e Castro, herói por atos de bravura libertária do Brasil, por participar ativamente da Revolução de 1817, ano em que foi preso, condenado e morto, a 12 de julho. Só não foi absolvido porque reconheceu como sua a assinatura posta nos documentos da Revolução Pernambucana. Com isso recusou-se a delatar os companheiros de ideal. Àquela época já existia a tal da "delação premiada". Em História é tratado como Frei Miguelinho ou Padre Miguelinho. Foi os dois. Primeiro frade carmelita e depois padre, aos trinta e dois anos. / É reverenciado dando o nome a uma cidade em Pernambuco e a diversas ruas e praças país afora, além de patronear um colégio estadual no bairro do Alecrim, em Natal.

      O COMEÇO DO NOSSO FUTEBOL


      .

         
      Fred Rossiter Pinheiro

      No tempo que ATHENEU era time de futebol..

      A prática, com alguma organização, do futebol em Natal começou por volta de 1910. Os campos eram chamados “grounds” e se localizavam nas principais praças da cidade: André de Albuquerque, Pio X e Pedro Velho. Os campos não eram gramados contínuos, a denominação “futebol de poeira” caracterizava bem as condições da prática desse esporte na época. Em 1910 foram fundados os primeiros times: Natal Football, Potiguar Football e Atheneu Football Club. Todos eram times de elite. 
      Só em 1915 seriam fundados o ABC e América. Segundo o jornalista Everaldo Lopes, o governador Juvenal Lamartine foi convidado em fevereiro de 1928 para dar o “pontapé inicial” de uma partida na Praça Pedro Velho e ficou penalizado com a pobreza das instalações do campo. Daí surgiu a decisão de construir um estádio. 
      A área que viria se transformar no estádio Juvenal Lamartine pertencia a Romualdo Galvão e foi descoberta como adequada para prática do futebol através de informações de “pegadores de passarinhos”. 
      1. Resultado de imagem para estadio juvenal lamartine NATAL
      (Extraído do livro "Dos Bondes ao Hippie Drive In")
      ________________
      OBS.: O ALECRIM F.C. também, foi o 3º.
      A foto e os folder's não são do artigo.

      16/11/2016

         
       
      Marcelo Alves publicou no grupo Leitura de domingo.
       
         
      Marcelo Alves

       
       
      Sobre “O vento será a tua herança” (I)

      A justiça – o direito, em sentido mais amplo –, como lembra Bruno Dayez (em “Justice & cinéma”, editora Anthemis, 2007), “é um dos temas favoritos do cinema”. Sempre foi, podemos dizer, muito embora possamos apontar algumas eras de ouro desse gênero de filmes, que, na sua caracterização mais estrita, são classificados como “filmes de tribunal”. 

      As razões para tanto são muitas. As questões judiciais muitas vezes envolvem dinheiro, violência, sexo, o que, sabemos, é sempre algo interessante de se explorar no cinema. O crime em si, do mais banal ao mais grave, normalmente chama a nossa atenção. Muitas vezes, a própria perversidade do crime praticado ou o envolvimento de pessoas ilustres no fato, por exemplo, já são o suficiente para, sem o acréscimo de qualquer recurso dramático, emprestar qualidade e interesse a um filme. A personalidade do criminoso, assim como a sua conduta antes e depois do crime, constitui-se geralmente em excelente matéria prima para a ficção. A competência e a teatralidade dos operadores do direito – policiais, juízes, jurados, promotores e, sobretudo, advogados – é fascinante. A atmosfera de uma corte de justiça em pleno funcionamento é tensa e ao mesmo tempo encantadora. A “mise em scèce” do processo penal, em alguns casos, se assemelha a uma tragédia grega. A busca pela justiça, que é uma busca pela verdade, sempre envolve um suspense. Até mesmo a execução da pena, na trágica realidade carcerária existente mundo afora, é marcadamente perversa para invariavelmente prender nossa atenção. E por aí vai. 

      E muitas vezes os filmes de tribunal são baseados ou inspirados (com maior ou menor fidelidade) em fatos reais, com é o caso de “O vento será a tua herança” (“Inherit the Wind”), de 1960, direção de Stanley Kramer, que é também um dos mais antigos exemplos desse tipo de relação – “cinema jurídico” e fatos reais. 

      No caso de “O vento será a tua herança” (“Inherit the Wind”), tudo começa com o processo judicial – que restou conhecido como o “Julgamento do Macaco” – acontecido em 1925, na pequena cidade de Dayton, no estado norte-americano do Tennessee, no coração do chamado “Bible Belt” (“Cinturão Bíblico”), região assim apelidada pelo grande jornalista e iconoclasta americano (de Baltimore) H. L. Mencken (1880-1956), onde o pensamento religioso é dominado por uma interpretação estritamente literal da Bíblia. Mencken, aliás, é retratado nas obras de ficção que se seguiram ao julgamento de fato acontecido, no personagem E. K. Hornbeck, jornalista do Baltimore Herald, e que, no filme de 1960, é interpretado por Gene Kelly (1912-1966). 

      Nessa cidadezinha, John Thomas Scope (1900-1970), professor local, foi criminalmente processado por haver infringido uma lei estadual que proibia o ensinamento da teoria da evolução da Charles Darwin (1809-1882) nas escolas. Em sua defesa atuou, “pro bono”, o grande advogado norte-americano Clarence Darrow (1857-1938), sobre quem já escrevi aqui (vide a crônica “Sobre Clarence Darrow”). Do outro lado, na acusação, estava o também célebre William Jennings Bryan (1860-1925), advogado e político norte-americano, que chegou a ser Secretário de Estado dos Estados Unidos da América (1913-1915) e três vezes candidato derrotado à presidência do país (1896, 1900 e 1908). No final, após muitas peripécias jurídicas e retóricas (sobretudo estas), que agitaram todo o país, Scope foi considerado culpado e condenado a uma multa (certamente simbólica) de 100 dólares, sendo esse julgamento posteriormente anulado, por razões processuais, e nunca mais retomado. 

      De tão célebre, em 1955, em pleno período do “macarthismo”, o “Julgamento do Macaco”, tido como “a batalha legal do século”, virou peça de teatro nas penas de Jerome Lawrence (1915-2004) e Robert E. Lee (1918-1994), com o título “O vento será a tua herança” (“Inherit the Wind”), que é uma alusão à passagem bíblica, constante de Provérbios 11:29, que diz: “quem causa problemas à sua família herdará somente vento...”. E o enredo da dita cuja, para os amantes ou não do direito, é, de fato, apaixonante. Como se pode ler numa edição que possuo dessa peça (de 1960, da Bantam Books, em formato de bolso e em papel jornal, adquirida dia desses em um sebo da Mercer Street, em Greenwich Village, Nova Iorque), autoqualificada como “o maior drama legal do século”: “dia após dia, no calor de um tribunal lotado, os dois mais famosos oradores norte-americanos de então lutaram com os seus sólidos argumentos e os seus tremendos discursos. Drama como esse a América nunca tinha visto. Os espectadores ficaram encantados. Jornalistas cínicos tomaram lado e entraram também na luta. O juiz, o júri e o réu foram esquecidos enquanto os dois grandes oradores, outrora até amigos, explodiam e lutavam para destruir um ao outro. E a audiência ficou horrorizada quando um deles caiu morto no momento do seu discurso”. 

      É preciso lembrar, entretanto, como fazem os próprios autores (Jerome Lawrence e Robert E. Lee), que “Inherit the Wind”, a peça – e também o filme de 1960, que nela se baseia –, não é história. De fato, os eventos que tiveram lugar em Dayton, no Tennessee, em julho de 1925, estão claramente na gênesis na peça. Há, todavia, uma enorme distância entre as duas coisas. Apenas um punhado de frases foram realmente retiradas das transcrições do “Julgamento do Macaco”, reconhecem os autores. E, sobretudo, “alguns dos personagens da peça estão relacionados com as coloridas figuras da batalha de gigantes; mas eles têm vida e linguagem própria e, consequentemente, nomes próprios”. 

      Daí, uma vez a história/estória já contada em forma de teatro, foi um pulo para a sua adaptação à grande tela, o que se deu mais de uma vez, sendo que o filme “O vento será a tua herança” (“Inherit the Wind”) de 1960, dirigido por Stanley Kramer, é simplesmente fantástico. 

      E é especificamente sobre ele, o filme de 1960, que conversaremos mais detidamente, cinematográfica e juridicamente, nas próximas duas semanas. Portanto, peço apenas um pouquinho de paciência. 

      Marcelo Alves Dias de Souza
      Procurador Regional da República
      Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL
      Mestre em Direito pela PUC/SP