22/08/2014
Santiago discípulo de Jesus
José
Eduardo Vilar Cunha
Jornalista e escritor
Em Santiago de Compostela tive a oportunidade
de observar nos peregrinos, após longas e exaustivas caminhadas, a emoção que
eles demonstravam, ao avistar na entrada da “Plaza do Obradoiro” a gloriosa catedral de Santiago. A nitidez
resplandecente em suas faces sinalizava um sentimento de fé, de esperança, que
fluía de uma maneira sublime, irradiando luz e iluminando todos nós, cristãos.
A história nos reporta que Santiago Maior, um
dos doze discípulos de Jesus, após a
sua crucificação, viajou para a
região da Galícia, península Ibérica, cujo intuito era divulgar as mensagens do
Mestre. Passaram-se anos e ao retornar a Palestina, o apóstolo foi decapitado,
por ordem do rei Herodes Agripa e, em seguida, o seu corpo foi lançado às
feras, dilacerado foi piedosamente recolhido pelos discípulos Teodoro e
Atanásio.
Conta à lenda que Santiago foi colocado em um ataúde de pedra e transportado em um navio de volta às terras ibéricas sendo sepultado na cidade de Iria Flavia.
Um monge denominado Pelayo, por volta do ano 813, isolou-se em um bosque para viver como eremita. Certo dia, ele vislumbrou uma chuva de estrelas cadentes e seguindo aquele fenômeno, deparou-se com um antigo cemitério. Para aquele fenômeno denominou de "campo de estrelas", que em latim chama-se campus stellae, daí a origem da palavra Compostela, todavia, existem muitas outras versões para o nome Compostela.
O bispo galego Teodomiro informado do ocorrido, dirigiu-se ao local e verificou que havia um sepulcro de pedra com inscrições e as identificou como sendo de Santiago Maior e dos discípulos, Teodoro e Atanásio.
O rei de Astúrias, Alfonso II, o Casto, ao tomar conhecimento da descoberta, ordenou a construção de uma capela de pedra sobre o sepulcro, no ano 829. A notícia da descoberta do túmulo espalhou-se rapidamente por toda parte, fazendo com que Compostela se tornasse um novo lugar de peregrinação da cristandade.
A invasão islâmica da península Ibérica iniciou a partir de 711 e nos séculos seguintes, os muçulmanos foram aumentando as suas conquistas na península, chegando a Santiago no ano 997. No combate contra os galegos o antigo templo sobre o túmulo de Santiago foi destruído e incendiado pelos mouros sob o comando de Abu Amir al-Mansur, conhecido como Almanzor.
Muitos acontecimentos ocorreram naquela
época, e, somente, entre os anos de 1075 a 1128 é que uma nova catedral de
Compostela foi construída, justamente durante a reconquista cristã e é a que perdura
até dias de hoje.
Em Compostela, participei da missa do peregrino que, normalmente é realizada ao meio dia. A catedral estava repleta de peregrinos em busca de uma benção, de uma proteção divina. Durante a celebração, realiza-se o ritual do “Botafumeiro” que é um turíbulo com muita fumaça e incenso que balança como pêndulo purificando o ambiente.
21/08/2014
O GRITO DO IPIRANGA E O BRASIL
POLÍTICO
Por: GILENO GUANABARA, sócio efetivo do IHGRN
Pelos idos
de 1826, foi divulgada e posta à venda nas lojas do Rio de Janeiro, sem autoria
anotada, a obra cujo título era O grito
do Ipiranga e o Brasil Político. Foi escrito em partes, as quais relatavam os momentos e atos que
precederam a proclamação da independência; a constituinte de 1823; a influência
de Domitila de Castro, amante do imperador Pedro I; a figura e os negócios
escusos atribuídos a Francisco Gomes da Silva, O Chalaça; e a fartura da distribuição de títulos de nobreza a
gente inculta e amoral nos negócios.
Dada a força dos relatos que continha,
por ordem do imperador, a edição foi apreendida e proibida a sua leitura, sob
pena de prisão. Poucos volumes salvaram-se do index e tornou-se uma das obras mais
rara entre os bibliógrafos nacionais e estrangeiros. O periódico carioca A malagueta (1827) atribuía sua autoria aos três irmãos Andradas
(Bonifácio, Martim e Antônio Carlos), na época em que estiveram exilados na
Europa.
Anos depois,
o padre Belchior Pinheiro de Oliveira assumiu a autoria do livro, na parte relativa
aos fatos da proclamação da independência. Houve também a confirmação de José
Joaquim da Rocha, para quem o livro fora impresso em Paris e tivera a
participação dos exilados de 1823, dentre eles os irmãos Andradas.
Preciosa testemunha
ocular dos fatos que presenciou quando da declaração da independência, o padre
Belchior fez constar que, na época, era confessor e confidente de D. Pedro I, exatamente
quando do percurso de volta de Santos. Encontrava-se ao seu lado, na hora em
que lhe foram entregues diversas cartas: uma, das Cortes Portuguesas, que
exigiam a volta imediata do soberano e a prisão de José Bonifácio; outra, do
seu pai, D. João, que aconselhava obediência às leis portuguesas; outra, da Princesa
que aconselhava cautela e recomendava a oitiva do seu Ministro; outra, de José
Bonifácio que orientava o príncipe dos caminhos a seguir (ou a prisão ou a
proclamação da independência); e uma de Chamberlain, informante do príncipe,
que lhe prevenia da vitória do partido de D. Miguel em Portugal, cujos interesses
eram contrários a D. Pedro I.
Relata o
padre Belchior que o Príncipe, após ler as missivas, foi tomado de súbita contrariedade,
arrebatando-lhe as cartas, amarrotando-as e lançando-as ao chão. Dirigiu-se ao
mato próximo, a fim de quebrar o corpo à
margem do riacho Ipiranga, por força da disenteria cujas dores o agonizava
desde Santos. Ao retornar do mato, compondo a fardeta, dirigiu-se ao padre
relator: E agora, padre ? A resposta
imediata que ouviu: Se V. Alteza não se
faz Rei do Brasil será prisioneiro e talvez seja deserdado pelas Côrtes.
Taciturno, o futuro imperador do Brasil caminhou em direção aos cavalos,
acompanhado do séquito de que compunha o Padre Belchior e outros, quando fez a
revelação: Padre Belchior, eles o querem,
terão a sua conta. As Cortes nos perseguem, chamam-me, com desprezo, de
rapazinho e de brasileiro. Pois verão agora quanto vale o rapazinho. De hoje em
diante estão quebradas as nossas relações, nada quero mais do Govêrno
Português. Está feita a liberdade do Brasil. Todos os presentes gritaram
imediatamente Viva a liberdade do Brasil
! Viva D. Pedro.
O recém proclamado Imperador dirigiu-se a sua ordenança e ordenou que a
guarda fosse informada que acabara de proclamar a independência e a separação do
Brasil de Portugal. Cumprindo a ordem, vieram os dragões em direção ao
Príncipe, dando vivas ao Brasil independente, a D. Pedro e à Religião. Reunidos
e do monarca ouviram o juramento: De hoje
em diante nossas relações estão quebradas. Nenhum laço nos une mais ! O Príncipe arrancou do chapéu o distintivo
com as cores de Portugal. Desembainhou a espada, gesto que foi acompanhado pelos
demais e proclamou: - Pelo meu sangue,
pela minha honra, por Deus, juro defender a liberdade do Brasil. E
prosseguiu: - Brasileiros: a nossa divisa
de hoje em diante será o dístico Independência ou Morte, e as nossas cores
serão verde e amarelo, em substituição às das Côrtes.
O Príncipe e a comitiva dirigiram-se para a cidade de São Paulo, onde
hospedou-se na residência do capitão Antônio Silva Prado. Imediatamente, ao
chegar, deu ordens a sua guarda, para ir ao ourives Lessa e confeccionar um distintivo
em ouro, com as palavras Independência ou
Morte. À noite, com o distintivo preso ao braço, compareceu à Casa da Ópera, vizinho ao largo do
Palácio, a primeira casa de espetáculos de São Paulo. No camarote nº 11, que
lhe foi reservado, o Príncipe ouviu do padre Ildefonso Xavier Ferreira a conclamação
de D. Pedro ser O Rei do Brasil, com
manifestação favorável do público presente.
Durante o percurso das ruas, na ida e
na volta ao teatro, D. Pedro assistiu às congratulações
da população que ostentava laços e fitas de cores verde e amarela, acenadas em
sinal de aprovação ao Príncipe. No entanto, por medida de justificada
temeridade, para com as filhas donzelas, nas ruas por onde caminhou o Príncipe,
os pais de família recolhiam as moças aos seus aposentos, para que elas não ficassem
à vista, tal a fama da impetuosa autoridade, em se tratando de meninas-moças.
Dados os
detalhes revelados dos momentos da Proclamação da Independência que testemunhou,
esteve presente e a tudo viu, a revelação do padre Belchior, quanto a autoria de
parte de O Grito do Ipiranga e o Brasis
Político, afasta as dúvidas quanto a veracidade dos fatos e a verdadeira
autoria de sua lavratura, na parte que lhe toca.
20/08/2014
Elísio Augusto de Medeiros e Silva
Empresário,
escritor e membro da AEILIJ
elisio@mercomix.com.br
Em
1906, quando Tibério chegou a São Francisco – EUA, poucos cidadãos
norte-americanos se dispunham a adquirir automóveis – a carruagem sem cavalos. Muitos
se afastavam daquelas “máquinas infernais” e parte dos que tinham adquirido
mostravam-se arrependidos da aquisição.
O
automóvel que logo depois se mostraria eficaz, na época era visto como uma
ameaça pela população. Os poucos proprietários eram alvos de advertência,
escárnio e certa dose de antipatia pública.
Despejava
fumaça nas ruas, levantava nuvens de poeira, fazia muito barulho, atrapalhava o
tráfego dos cavalos e os assustava. Os legisladores logo tomariam diversas medidas
contra ele.
Em
determinada cidade americana, as leis exigiam que os condutores de automóveis
parassem, saíssem do interior dos veículos e acendessem sinalizadores toda vez
que surgisse algum veículo à tração animal.
Em
Massachusetts, chegaram a tentar tornar obrigatório equipar os automóveis com
sinos que soariam a cada giro das rodas.
Havia
cidades em que a polícia estava autorizada a impedir a circulação de carros de
passageiros usando cordas, arames ou correntes. Podiam em caso de desobediência
até atirar, com cuidado para não ferir os condutores.
A
Cidade de São Francisco não foi exceção – oficiais locais cumpriam a lei,
proibindo os automóveis de circularem no Campus de Stanford e nas áreas
turísticas da cidade.
Além
disso, somava-se a essas proibições o alto custo de um automóvel. O modelo mais
barato era o dobro do salário anual da época de um cidadão comum. Alguns
modelos chegavam a custar mais que o triplo.
Na
época só era vendido a carcaça, o motor e as rodas do veículo – as demais peças,
como para-choques, carburadores e faróis, eram considerados “acessórios” e
cobrados à parte.
Dar
a partida do motor era tarefa exclusiva dos homens, que, num descuido, podiam
até deslocar o braço, pulso, etc.
Como
ainda não existiam postos de gasolina, os audaciosos proprietários de veículos
automotores precisavam dispor de latas com capacidade para cinco galões de
combustível, que enchiam nas drogarias a “sessenta centavos” o galão. Ainda
existia o risco de a gasolina ser “batizada” com benzeno.
As
mulheres eram orientadas para se “afastarem daquelas máquinas”, pois corriam o
risco de serem sufocadas, certamente, pelos gases venenosos que expeliam. Algumas
mulheres de espírito aventureiro começavam a usar o “chapéu para-brisa” – uns
balões de tecido, enormes, equipados com uma janela de vidro, que cobriam a
cabeça inteira, mas que permitiam usar os avantajados penteados vitorianos.
Já
começavam a ser instalados os primeiros sinais de trânsito por um agente de
seguros, que eram usados a título promocional de sua companhia.
Naquela
época, o ato de dirigir era difícil e para poucos. Exigia uma grande habilidade
e certa dose de paciência.
Os
primeiros automóveis eram tão pouco potentes que, raramente, conseguiam subir
as ladeiras mais íngremes. A título de galhofa, muitas pessoas se reuniam
nesses locais, observando o esforço da máquina diante das ladeiras.
Certa
caricatura da época mostrava um casal abastado, parado no acostamento de uma
estrada, ao lado do veículo sem funcionar. A legenda dizia: “O rico inútil”.
Quando
um daqueles automóveis quebrava era um transtorno, pois ainda não existiam
oficinas mecânicas para automóveis. Os motoristas se valiam dos curiosos e
todos os tipos de mecânicos. Eram muito procurados os mecânicos de bicicletas.
Contudo,
apesar de todas as dificuldades, logo começariam as primeiras corridas de
automóveis. Essas aventuras, não isentas de risco, provocaram muitos acidentes.
19/08/2014
GENEALOGIA
CONVERSA DE ALPENDRE
Fórum de Genealogia de Famílias do Brejo, Sertão e Seridó
Homenagem póstuma ao genealogista SEBASTIÃO DE AZEVEDO BASTOS
João Pessoa - Paraíba
Fórum de Genealogia de Famílias do Brejo, Sertão e Seridó
Homenagem póstuma ao genealogista SEBASTIÃO DE AZEVEDO BASTOS
João Pessoa - Paraíba
18/08/2014
Excelentíssimo(a) Senhor(a),
A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Rio Grande do Norte, por
seu Presidente Sérgio Eduardo da Costa Freire, tem a honra de convidar
Vossa Excelência, para abertura da VII Conferência Estadual do Advogado,
que tem como tema “Direito e Democracia: A Construção da Identidade
Brasileira”, a ser realizada no dia 20 de agosto de 2014, às 17 horas,
no auditório do Praia Mar Natal Hotel.
Aproveito a oportunidade para agradecer a Vossa Excelência pelo
tratamento especial e cortês dispensado a OAB-RN.
Sem mais para o momento, apresento votos de consideração e apreço.
Cordialmente,
Sérgio Eduardo da Costa Freire
Presidente da OAB-RN
Programação
Quarta-feira - 20 de agosto de 2014 - 16h
•Credenciamento
•17h - Solenidade de abertura
•18h - Mesa Inaugural
•"A Contribuição da Advocacia para o Quinto Constitucional."
•1. Presidente da mesa - Sérgio Eduardo da Costa Freire - Presidente da
OAB/RN
•2. Marcus Vinícius Furtado Coelho - Presidente do Conselho Federal da
OAB
•3. Conselheiro Paulo Eduardo Pinheiro Teixeira – CNJ
•Homenagem: 100 anos de Miguel Seabra Fagundes
Quinta-feira - 21 de agosto de 2014 - 14h30
•Segunda Mesa
•"Educação Jurídica: Consolidando bases sustentáveis para o futuro."
•1. Presidente da mesa - Prof. Lúcio Teixeira dos Santos – Comissão de
Ensino Jurídico /CFOAB
•2. Prof. Adilson Gurgel de Castro - Comissão de Ensino Jurídico /CFOAB
•3. Professora Solange Moura - Coordenadora Nacional dos Cursos de
Direito da Estácio
•Homenagem: 100 anos de Otto de Brito Guerra
Quinta-feira - 21 de agosto de 2014 – 17h
•Terceira Mesa
•"1964/2014, 50 anos depois - do Brasil que temos ao Brasil que
queremos."
•1. Presidente da mesa – Marcos José de Castro Guerra - OAB/RN
•2. Felipe Santa Cruz - OAB/RJ
•3. Henrique Mariano – Comissão Nacional da Verdade/CFOAB
•Homenagem: 110 anos de João Maria Furtado
Quinta-feira - 21 de agosto de 2014 – 19h30
•Quarta Mesa
•"Um projeto Sustentável de Segurança Pública."
•1. Presidente da mesa - Paulo Eduardo Pinheiro Teixeira – CNJ
•2. Marcello Lavenère Machado - ex-presidente do CFOAB
•Homenagem: Hélio Xavier de Vasconcelos
•21h às 23h – Happy Night no Peppers Hall
• Entrada gratuita para os conferencistas, depois
das 23h será reservado camarote para os participantes da Conferência da
OAB. Consumação a parte.
Sexta-feira - 22 de agosto de 2014
•9h - Direito Eleitoral
•Palestrante: Edilson França (Advogado e Coordenador do Comitê 9840)
•10h – Solenidade de entrega de carteiras
•Encerramento
*Programação sujeita à modificação
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