17/08/2014

Poetisa natalense




PALMIRA WANDERLEY

Jurandyr Navarro
Do Conselho Estadual de Cultura

Habitou em Natal do nascimento à morte - 06/08/1894 a 19/11/1978, uma moça loira, olhos verdes, de alegria contagiante, descontraída e inteligente. Pertenceu a um ramo familiar de senhoril nobreza cultural. Em plena adolescência uma fada cingiu-lhe a fronte rosada com uma grinalda de flores - a coroa da Poesia, por ela ostentada a vida inteira.

O seu verso mereceu elogio entusiasta do "Príncipe dos Poetas Brasileiros" - Olavo Bilac. E Tristão de Atayde reconheceu nela:



"O maior poeta feminino do Nordeste".



O seu livro, “Roseira Brava”, editado no Recife, em 1929, recebeu o "Prêmio de Poesia" da Academia Brasileira de Letras.

Foi a sua consagração literária.

Projetou-se, também, na imprensa, sendo a primeira jornalista do Estado, colabo­rando em jornais de Natal - "A República"; 'Tribuna do Norte"; "Diário de Natal (da Diocese); "Diário de Natal"; Rio de Janeiro: "A Imprensa", "A República"; "A União"; em São Paulo, nas Revistas "Feminina" e "Moderna"; na Bahia: Revista "Paladina do Lar"e em Fortale­za na Revista "Estrela".

Das poetisas da terra que lhe deu berço é a sua Prosa a mais abundante e elo­quente, na expressão, de nossa literatura. O seu escrito datado de 1925, intitulado, "De Joelhos", sobre ser um verdadeiro poema em prosa.

A sua poética foi outrossim elogiada por Câmara Cascudo, Olegário Mariano e Múcio Leão.

Dedicou-se, também a outro cenário cultural - o Teatro. Para ele produziu peças e operetas.

Foi, Palmyra Wanderley, na sua época, considerada uma espécie de "poetisa ofi­cial" de Natal. (Duarte e Cunha - 2001).

Autora de peças teatrais, conferências, era declamadora em festas fechadas, ani­versários e em solenidades públicas.

A sua primeira obra, intitulou-a – “Esmeraldas”.

Inéditos deixou: “Neblina na Vidraça” (versos); “Minha Canção Auriverde” (versos); “Panorama Histórico” (prosa e verso); “O Sonho da Menina sem Sonho” (teatro); “Vidro de muitas Cores” (crônicas); “Rosa Mística” (versos); “Contos e Lendas de Tia Nenen”; Dis­cursos e Conferências”; “Madame Laiseus”; “A Dama do Século” (conferência); “Sutilezas Femininas”. (Duarte, Cunha -2001).

Palmyra Wanderley foi Sócia fundadora da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, por convite pessoal de Luís da Câmara Cascudo, o seu idealizador.

Os dotes intelectuais, não eram somente eles, as qualidades eleitas da sua perso­nalidade altiva. A alma sensível ao encanto da Arte, fora atraída, desde a infância, pela chama da Fé; iluminadora chama da sua inspiração poética. E católica fervorosa, que foi, uma vida inteira, espargia afetos, cordialidade e entusiasmo, sendo afável e dotada de altruísmo, dando conselhos de esperança, a bela virtude teologal.

Teve ela uma existência cheia de simplicidade, ornamento maior do seu espírito cristão.

O seu encanto, como pessoa humana, tornou-a querida e conceituada em nossa sociedade.

Tendo sido considerada das mais cultas do Brasil, em seu tempo, a poetisa, Palmyra Wanderley França, afirmou-se como uma das proeminentes mulheres intelec­tuais do Rio Grande do Norte.

Em 1944, com o falecimento, aos 39 anos de idade, do nosso santo e sábio, devotou-lhe o soneto abaixo:





“NO CAMPO SANTO



À memória de Padre Monte





Aqui repousa o sacerdote angélico

De consciência pura e alma serena...

Aqui sossega o sábio no evangélico,

Tão grande em sepultura tão pequena



Aqui descansa o padre humilde, o célico,

O manso e bom. Pastor de doce avena...

Aflorava em seu riso triste e mélico,

A indiferença à sedução terrena.



Da vida amarga espinhos dissipava,

Jardineiro das almas procurava

De perfumes celestes embebê-las...



Mãe desolada, enxuga o pranto aflito

Que o teu filho, nas dobras do Infinito,

Foi celebrar a missa das estrelas.”


16/08/2014


NÃO CHORES POR MIM, ARGENTINA
Por: GILENO GUANABARA, sócio efetivo do IHGRN

As televisões transmitem para o mundo a crise financeira da Argentina. A roda-viva me devolveu alguns fios da memória, quando, para mim, Buenos Aires era a imagem de um mundo romântico que cantava as dores esquisitas pela morte de Carlos Gardel. Visitei Buenos Aires depois, um pouco de suas ruas, o burburinho de sua gente elegante, a grandiosidade da Avenida 9 de julho e o Obelisco, centro e símbolo da capital portenha. Conheci livrarias, o cemitério que agasalha os restos mortais de Evita, o recanto boêmio “Camenito”, suas praças e o Bairro do Boca. Foi assim, como sói ocorrer com outros visitantes. A Argentina para mim deixou de ser tão somente o ritmo malevolente de um tango, ou o som plangente de um bandoneon executado por Piazzola, sem menoscabo de outras facetas de sua musicalidade. A par do enlevo da visita fui tomado por um sentimento de tristeza. Surpreendi-me ao ver pessoas postadas indiferentes nas calçadas. Eram os descamisados, inúmeros, de cabelos loiros e olhos azuis, dirigindo uma súplica, em troca de um agradecimento antecipado, rabiscado num papel: Estoy a pedir su ayuda. Gracias.

A História recente dos países da América Latina é bastante significativa face a trajetória no que tinha de assemelhado com a Argentina. A pujança de sua economia se retratava na robustez de sua escolaridade, cultura e de suas transações mercantis. O potencial econômico do Mar del Plata e as exportações de carne e trigo a fizeram a sexta economia mundial, passando ao largo de crises periódicas do capitalismo industrial. Tempo em que, na cidade de Buenos Aires, o número de livrarias e de escolas em funcionamento era superior às existentes em todo o território do Brasil. Ao se iniciar o século passado, Buenos Aires já tinha em funcionamento o seu Metrô de passageiros, serviço só compatível em cidades como Moscou, Londres, Paris e Nova York.

O declínio intermitente da Argentina perpassa obrigatoriamente pelo Peronismo que dominou inconteste o país durante a primeira metade do século XX. Como lá, o populismo político se alastrou nos demais países da América do Sul, gerando líderes carismáticos e um modelo conservador, em tudo assemelhados, tais as diferenças regionais. Peculiar no Brasil, o trabalhismo de Getúlio Vargas caminhou para substituir a fórmula até então hegemônica da economia ruralista, cooptando lideranças regionais, impondo uma economia urbana pré-industrial e revisando a economia artesanal. A partir dos anos de 1950, consagrou-se um parque industrial na Região Sudeste, mais especificamente em São Paulo, que se tornou polo da indústria metalúrgico/automotiva e se impôs com reflexo nas demais regiões do Brasil. O setor agropecuário permaneceu ativo, embora fragilizado diante das crises, submetido às vacilações do mercado e ao amparo crescente de recursos governamentais.

O ciclo populista na Argentina foi mais perverso, exatamente por não ter incorporado com rigor novas vias de desenvolvimento, a par do seu potencial, ao final da Segunda Grande Guerra. Se a economia mundial se reciclara, a nova política de exportação de comodities exigia novos influxos econômicos, que não foram viabilizados convenientemente. De herança mais consistente ao populismo, a incapacidade política do modelo consagrou, fortalecendo o vínculo mais fácil de convencer a massa trabalhista, que, em sua maioria, mesmo sendo politizada, se partidarizou, favorecida com a concessão dos pleitos salariais, exatamente quando o aguçamento da crise vez por outra a atingia. A abundante riqueza oriunda da fase áurea da exportação serviu para abastecer por muito tempo a máquina estatal, a corrução e a engrenagem dos burocratas, o partido peronista e o sistema policial/militar repressivo, apto contra as turbas assalariadas, desenganadas nas horas de crise.

Em a História não se repetir, salvo como tragédia, o retorno político de Peron ao governo, sem novidade, na segunda metade do século passado, aprofundou ainda mais a crise que corroía a Argentina. Repetiu-se a tragédia anunciada, quando da morte de Evita, em 1950. O Peronismo sozinho não tinha mais forças para governar e, afinal, com a morte do líder, restou associar-se a milongueiros carreiristas. Em consequência da morte de Peron, uma nova Evita ascendeu ao poder, sem forças políticas de apoio, sem envergadura e a economia encolhendo em pedaços. O populismo na Argentina deu seus últimos suspiros. A ditadura dos generais resultou o final do ciclo da decadência. Eis a fase pós-peronista, de truculência fascista contra os jovens, de inoperância governamental, de revolta popular e do desespero pela retomada das Malvinas.

 Os demais países da América do Sul tiveram com o final da experiência populista a implementação de ditaduras militares. Restaurado o regime democrático, raríssimas foram as economias regionais que tinham fôlego para se restabelecer por si. A Argentina não tinha líderes nem projetos de futuro. As Mães de Maio invadiram as praças à procura de seus filhos perdidos e por explicações do passado que não esquecem. A inflação instigou os panelaços. Nascia o simulacro de um novo peronismo.

O lamento/canção Don’t cry for me Argentina, na voz de Madonna, no início da trilha sonora do filme de igual nome, não nos conforta: Será difícil de compreender?.. É fidelíssimo à realidade da vida. Confirma-se a conjunção maldosa de política e família, carisma e populismo de Estado, militarismo, corrução e inflação, em passos de jabuti, e na direção da derrocada do país, até o quadro grave a que chegou.

Desde Adolfo Rodrigues Saa (2001), até o contorcionismo do atual ministro da Economia; de Carlos Menen e outros, aos governos da família Kistchner, diante de credores impolutos, pouco nada resta a contratar, tantas foram os débitos, até a submissão às garras insensíveis dos fundos abutres. Não há Peron, não há outra Evita, a mãe dos pobres, nem Isabelita, para aplacar os rigores do frio que atravessam os Andes e pairam avassaladores sobre sua gente. A Argentina irá se redimir, mais cedo ou mais tarde.  

15/08/2014

JF

João de Deus Gonçalves, do Reino de Portugal para Angicos

João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor da UFRN, membro do IHGRN e do INRG
João de Deus Gonçalves deixou grande descendência em Angicos e outras localidades deste Rio Grande do Norte. Para começar, vamos ao registro de batismo de um filho, onde aparece a sua naturalidade: Antonio, filho legítimo de João de Deus Gonçalves e Francisca das Chagas de Azevedo, naturais: ele, do Reino de Portugal, e ela, desta Freguesia, onde são moradores, nasceu a dezessete de março de 1853, e foi por mim batizado com os santos óleos, nesta Matriz de São José de Angicos, aos vinte e nove de junho do mesmo ano. Foram padrinhos José Joaquim Fernandes, casado, e sua filha Maria Petronilla Fernandes, solteira, por seus procuradores João Teixeira de Sousa, casado, e Francisca Joaquina de Deus Gonçalves, solteira, todos moradores nesta Freguesia. Felis Alves de Souza. 
Antonio faleceu, no ano seguinte, de sarampo. O padrinho, José Joaquim Fernandes, era português, casado com Maria Martins Ferreira, minha tia-trisavó, filha do capitão João Martins Ferreira, ambos fundadores de Macau. Maria Petronilla, sua filha, foi casada com o português Balthazar de Moura e Silva.
Outros filhos encontrados foram: Anna Florência de Deus Gonçalves, que nasceu aos dezesseis de março, de 1836, e foi batizada, aos 4 de abril do mesmo anos, na capela de São José de Angicos, sendo padrinhos Antonio Lopes de Azevedo Viegas, casado, e Maria Josefa da Conceição. Anna casou, em 21 de novembro de 1870, com Francisco Alexandre Pereira Pinto, filho de Alexandre Francisco Pereira Pinto e Damásia Francisca dos Santos Leal; João Evangelista de Deus Gonçalves, que nasceu aos 26 de dezembro de 1839, e foi batizado aos 6 de janeiro de 1840, sendo padrinhos Francisco Antonio Teixeira, por procuração que apresentou de José Brandão da Rocha, de Pernambuco, e Ignácia Maria da Conceição, por procuração de Anna Martins Ferreira, casada. João Evangelista foi sepultado aos 6 de abril, de 1870, tendo falecido em consequência de uma espinha carnal, com a idade de 31 anos incompletos; José Gorgônio de Deus Gonçalves que nasceu aos 9 de setembro de 1841, e foi batizado, em artigo de morte, por Francisco Antonio Teixeira,aos 15 de outubro do mesmo ano. Casou, em 22 de novembro de 1885, com Rita Xavier da Costa.
Joaquim Firmino de Deus Gonçalves, outro filho de João de Deus e Francisca das Chagas, nasceu aos 10 de janeiro de 1845, e foi batizado, na Matriz de São José de Angicos, aos 19 de março do mesmo ano, sendo padrinhos Cláudio Mendes Brandão, por procuração de Jerônimo Cabral Pereira de Macedo, e Ignácia Maria da Conceição.  Joaquim Firmino casou, em 23 de agosto de 1874, com Maria Pinheiro de Vasconcellos Costa, filha de Miguel Pinheiro de Vasconcellos Costa e de Antonia Egina Francelina de Vasconcelos, na presença de José Gorgônio de Deus Gonçalves. Joaquim Firmino e Maria Pinheiro geraram Joaquim Firmino de Deus Gonçalves Filho, que nasceu aos treze de novembro de 1881, e foi batizado, na Matriz, no primeiro de janeiro de 1882, sendo padrinhos Bacharel Amaro Carneiro Cavalcanti Bezerra (pernambucano) e Maria Fortunata Carneiro, e Maria Magdalena de Deus Gonçalves. Joaquim Firmino Filho casou, primeiramente, com Francisca das Chagas Gonçalves, e quando enviuvou dela, casou com tia Crináura Martins Trindade, irmã de meu pai. Desse último casal nasceu outro Joaquim Firmino, e, também Francisca (Fanny), que faleceu este ano e morava no Recife, mãe de Zelita Faro.
Outra filha de João de Deus e Francisca das Chagas, Quitéria Olímpia de Deus Gonçalves, casou, em 29 de setembro de 1861, com João Felippe Teixeira de Sousa, viúvo, por falecimento de parto, de sua esposa Josefa Carolinda Maria Rosalinda (aos 23 anos de idade, em 24 de junho de 1860). Ele era filho de José Teixeira de Sousa e Maria Manoela da Conceição. Quitéria faleceu de febre, em 27 de março de 1878, com a idade de 40 anos.
Um dos filhos de João Felippe e Quitéria Olímpia foi João de Deus Gonçalves (Janjão), mesmo nome do avô, que casou com minha tia-avó Maria Jovelina da Costa Torres. Deste último casal nasceu Maria Gonçalves, avó de João Felipe de Medeiros, e do senador Carlos Alberto.
Outro filho de João Felippe e Quitéria foi José Tito Teixeira de Souza, que casou em 1887, com Maria Ignácia Xavier de Carvalho, filha de Cosme Teixeira Xavier de Carvalho (meu tio-bisavô) e Francisca Bella Carneiro de Mello. De José Tito e Maria Ignácia nasceram, entre outros: Maria Francisca, mãe de Antonio Xavier (ex-padre); Francisco Tito, pai de Hildebrando (ex-prefeito de Santa Cruz); e José Tito Filho, pai do professor José Tito Junior.
No inventário de Marianna Lopes, esposa de Francisco Antonio Teixeira de Souza, está escrito: Aí foi por ele, juiz, nomeado curador dos órfãos deste inventário, ao tio dos mesmos, João de Deus Gonçalves. A princípio pensei que João de Deus fosse irmão de Francisco Antonio, mas depois concluí que era tio afim, e, portanto, Dona Francisca das Chagas de Azevedo era quem era irmã de Dona Marianna Lopes Viegas, ambas filhas do capitão Francisco Lopes Viegas e  Anna Joaquina de Azevedo. 
Aos 17 de dezembro de 1877, foi sepultado no cemitério público desta Vila, em Catacumba, o cadáver do tenente-coronel, João de Deus Gonçalves, morador nesta Freguesia, casado que era com Francisca de Deus Gonçalves, e falecido de hidropisia, aos dezesseis do dito mês e ano, com todos os sacramentos na idade de 75 anos. Felis Alves de Souza.
Joaquim Firmino Filho

Crinaura Trindade

Francisca (Fany)
99  ANOS DO TIME "PERIQUITO"
ALECRIM FUTEBOL CLUBE
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Escudo usado até 2003
Fundação 15 de Agosto de 1915
Endereço Sede Social - Av Hermes da Fonseca 687 Lj 3 - Tirol - Natal
                Sede Campestre: Estrada BR 304 Km 17
                CEP 59280-000 Macaíba/RN
Telefone (84) 206 6800
Estádio Claúdio Vasconcelos Machado (Machadão) (52000)
Títulos 
Campeão Estadual 1925
           Bicampeão Estadual 1963 1964
           Campeão invicto Estadual 1968 (único no Rio Grande do Norte)
           Bicampeão Estadual 1985/1986
Internet 
Site Não Oficial

Alecrim: Em busca das glórias do passado
2005 No Alecrim, o técnico Francisco de Assis (Diá) aposta na tradição da camisa para um bom campeonato. 
2004 - O Alecrim FC de Natal, fundado em 1915, se renova e depois de organizar as finanças, o clube quer entrar 2004 de cara nova. O presidente reeleito para o próximo quadriênio, Marcos Vinícios revelou a novo escudo do clube. O tradicional emblema em forma de círculo deu lugar a um design mais moderno, que segundo o dirigente, representa o Alecrim do século 21. O dirigente achava que estava na hora de mudar, pois não queira continuar usando o escudo igual ao do America, mudando so na cor que é e continua verde.  Para o Estadual 2004 o clube terá como base os "prata-da-casa", tanto no elenco, quanto na comissão técnica. O tecnico será , Andrey Valério, ex- tecnico da seleção Brasileira de Beach Soccer.
2003 - O novo do Alecrim promete dar muito trabalho sob o comando técnico do professor Francisco de Assis - Diá. A juventude é a essência do "Verdão".
2002 - Em crise, o Alecrim fechou uma parceria com o Cruzeiro de Macaíba(cidade da Grande Natal) e usará vários jogadores do clube da cidade vizinha. Além deles, trouxe ainda alguns jogadores experientes, casos de Joelson e Carlinhos. EB: Ânderson, Eduardo, Alexandre, Ivonaldo e Silvan; Roberto, Joelson, Vágner e João Paulo; Carlinhos e Fabinho. Tec. Arian
2001 - O Alecrim Futebol Clube já foi a terceira força do futebol do RN, hoje o clube encontrou a fórmula de terceirização para continuar representando as suas cores. A dificuldade financeira é muito grande e aliada aos desentendimentos entre Diretoria do Clube e Conselho Deliberativo por muito pouco não deixou o time fora da competição este ano.O departamento de futebol profissional foi entregue ao empresário e alecrinense Edilson Meneses e a prefeitura de Ceará Mirim, cujo Secretario de Esporte é o ex-presidente do América, Jerônimo Melo. O comando técnico é de Baéca, ex-jogador do Alecrim. O time será formado por jogadores vindo do futebol amador da região do Vale do Ceará Mirim. Os destaque do time são: o goleiro Júnior, o lateral esquerda Célio, os volantes Canindé e Edmilson e o atacante Netinho. Daniel, Junior, Edvaldo (Alemão), Binha e Reginaldo; Canindé, Baéca, Marcos (Liliu) e Catatau; Denilson (Cherlis) e Fabinho. Técnico: Reginaldo
H- Único clube de futebol do Brasil a ter contado com um jogador que                 chegou à presidência da República - Café Filho, o Verdão une as suas forças, agora, visando apagar a má fama de desunido, e parte para a revitalização do clube. O primeiro passo foi o acerto da parte administrativa acabando com o comando paralelo que vinha acontecendo.

O Alecrim teve a honra que ter contado com Garrincha que por uma partida, que no dia 04/02/68  jogou no Juvenal Lamartine com a camisa 7 do Alecrim num amistoso contra o Sport de Recife, que venceu por 1x0, gol de Duda.  Público de mais de 6 mil pagantes, renda de Cr$21.980,00. Alecrim formou com Augusto, Pirangi,Gaspar, Cândido e Luizinho, Estorlando e João Paulo, Garrincha (Zezé), Icário, Capiba (Elson) e Burunga. Nesse amistoso, o Sport lançou, para testes, Garcia (RAC) e Evaldo (América), formando com Delcio, Baixa, Bibiu, Ticarlos e Altair, Valter e Soares, Bife, Cici, Duda (autor do gol) e Canhoto.






O GLORIOSO ALECRIM FUTEBOL CLUBE
É O TIME QUE TODOS OS TORCEDORES 
ESCOLHERAM COMO SEGUNDA OPÇÃO.
ENTRE OS SEUS FERVOROSOS 
ASSOCIADOS 
REGISTRAMOS O DEPUTADO FEDERAL 
CLOVIS MOTTA, O MONSENHOR
WALFREDO GURGEL, 
O CORONEL PINHEIRO VEIGA E O COMERCIANTE
BASTOS SANTANA.

14/08/2014

MORTE TRÁGICA DE EDUARDO CAMPOS
 
O Brasil perde uma das suas grandes promessas políticas. Jovem, vibrante, com ideias modernas e sustentáveis era candidato à Presidência da República ao lado de Marina Silva.
Nada mais a dizer e tudo a lamentar.
NOSSOS SENTIMENTOS À SUA FAMÍLIA E AO BRASIL.


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13/08/2014 12h54 - Atualizado em 13/08/2014 22h34

Eduardo Campos morre em Santos após queda do avião em que viajava

Jato caiu sobre casas em um bairro residencial da cidade, no litoral paulista.
Presidenciável do PSB tinha viajado para cumprir agenda de campanha.

Do G1, em Brasília

 
Eduardo Campos conversa com jornalistas no estúdio do G1 na segunda-feira (11) (Foto: Caio Kenji/G1)O candidato Eduardo Campos no estúdio do G1 durante entrevista na última segunda (11) (Foto: Caio Kenji/G1)
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1909 – A Estrada de Ferro Central do RN

Elísio Augusto de Medeiros e Silva


Empresário, escritor e membro da AEILIJ


Em 1909, a Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte contava com 56 quilômetros, que foram colocados no tráfego das locomotivas em trechos sucessivos – 34, 11 e 11 quilômetros. O primeiro deles em 1 de junho de 1906, o segundo em novembro do mesmo ano e o terceiro em novembro de 1907.

A inauguração do primeiro trecho deu-se pelo então Eng. Chefe Eugenio Ramos Carneiro da Rocha, sucessor do Dr. Sampaio Correia, o iniciador das obras das linhas férreas da estrada de ferro central. Os outros dois trechos foram inaugurados pelo Eng. José Luiz Baptista, que sucedia o Dr. Carneiro da Rocha.

Em todo o percurso existiam três estações de passageiros/ cargas - Estações de Natal, Ceará-Mirim e Taipu, e três paradas: Igapó, Extremoz e Itapassaroca.

Na margem esquerda do Rio Potengi ficava a estação inicial, cujo cais possuía um trapiche de 110 mts de comprimento, que permitia atracar qualquer tipo de embarcação.

À direita do rio, na Ribeira, havia sido construído um prédio que servia de estação central para melhor satisfazer os passageiros dos dois trechos ferroviários do Estado.

Durante mais de trezentos anos, o intercâmbio de Natal com a população, que habitava a margem esquerda do Potengi, se fazia através de barcos.

O transporte de passageiros, de uma à outra margem – travessia do Rio Potengi, era feito por uma lancha a vapor, movida a hélice, com capacidade para cerca de quarenta pessoas. A balsa chamada “Progresso” transportava pessoas e mercadorias do Passo da Pátria para o Porto do Padre, que ficava na margem esquerda do Potengi.

Apenas quatro quilômetros separavam a estação inicial da 1ª parada, denominada Igapó; a 2ª ficava a 17 quilômetros (Extremoz); a de Ceará-Mirim, a 34 quilômetros; a de Itapassaroca, a 45 quilômetros; e a 56 quilômetros ficava a Estação de Taipu.

O custo das passagens era de 70 réis por quilômetro para a primeira classe e de 40 réis para a segunda classe. Todas sujeitas ao imposto vigente na época, que era de 20%.

As idas das locomotivas até Taipu eram nas segundas, quartas e sextas, com saída às 8:30 horas e chegada prevista às 10:40 horas. As voltas eram nas terças, quintas e sábados, com retorno a Natal às 14 horas e chegada prevista às 16 horas e 10 minutos.

O movimento da estrada de ferro central acelerou a necessidade de uma ponte sobre o Rio Potengi – um projeto antigo do governo local (desde 1870).

Em 26 de agosto de 1912, a Ponte de Igapó iniciou a sua construção e a inauguração ocorreu em 20 de abril de 1916, com a presença do Governador do Estado Joaquim Ferreira Chaves e várias autoridades. Na época era a maior obra de engenharia do Estado.

13/08/2014


A   R E V O L U Ç Ã O   L I B E R A L   M I N E I R A
Por: GILENO GUANABARA, sócio efetivo do IHGRN

                        Os anos que sucedem a década de 1840, superado o decênio conturbado da Regência, já durante o Segundo Reinado, foi época de intensa agitação política, no Brasil. Enquanto na província do Sul os planos de paz não vingavam, a dissolução do primeiro ministério da maioridade apartou o campo entre liberais e conservadores. De um lado, que se denominou liberal, apeado do poder, com Limpo Abreu, Martim Francisco, os irmãos Holanda Cavalcanti, Diogo Feijó, para quem o rei reina, mas não governa. De outro lado, os conservadores Itaborary, Vasconcelos, Paraná, Abaeté, Paulo Souza, o marquês de Olinda e Paulino de Souza, dentre outros, que opunham: o rei reina, governa e administra. Para os últimos, era de maior valia o papel do Poder Moderador, encartado na Constituição de 1824, apostado acima dos demais poderes. Época liberal, apesar da virulência dos embates. Com mais veemência do que Antônio Carlos: - Quem for brasileiro, siga-me para o Senado -, Limpo de Abreu conclamava o povo à rebeldia, à mão armada, justificando o direito do cidadão reagir pelas armas, pela revolução. Criara um clube liberal, através do qual projetava sua fala nas províncias, aclamando não serem acatadas as leis aprovadas pelos conservadores no Senado.

                        O que acirrou tamanha agitação no Senado foram três projetos oriundos do ministério conservador, a serem convertido em lei, questões fechadas para o governo, desde 1841. Primeiro, o que transferia para o governo o direito de nomear os vice-presidentes das províncias e não mais eleitos pelas assembleias; segundo, o que alterava o código de processo criminal; por fim, o que criara o Conselho de Estado.

            Com a nova legislatura, exatamente no ano de 1842, os presidentes provinciais liberais, após serem exonerados, foram substituídos pelos conservadores. Os liberais, no entanto, articulados e com maioria, na primeira sessão legislativa, elegeram Martim Francisco presidente da Câmara. Em represália, o imperador dissolveu a Câmara, convocou outra, a ser eleita no prazo de seis meses. Intensificaram-se os preparativos sediciosos. Em maio, rebentou a revolução liberal em São Paulo e, um mês depois, eclodiu em Barbacena a revolução liberal mineira.

             Pela madrugada do dia 10 de junho, ao repicarem os sinos, o movimento aclamou presidente da província o revolucionário José Feliciano Pinto Coelho, futuro barão de Cocaes, o qual conclamou o povo a aderir. Theophilo Ottoni se fez presente e, diante da tropa, com a sua autoridade, prestou solidariedade aos revoltosos. Caíram sucessivamente, à força de bala, as cidades de S. João d’El Rey, Queluz, Sabará e Santa Luzia. Restava Ouro Preto. Então, todos a Ouro Preto, a capital das Minas, foi a ordem dada, onde o presidente Bernardo Jacyntho da Veiga organizara a resistência. A vitória sobre Ouro Preto corresponderia à vitória completa e final.

                        Mas o líder revolucionário recém aclamado ponderou suas responsabilidades, as consequências que teriam os seus atos, e amarelou. Propôs secretamente acordo de paz, através de emissários, ao futuro barão de Caxias, chefe das tropas legalistas. Em vez de, pela vantagem que lhe era favorável, avançar suas tropas contra Ouro Preto, ao contrário, liberou os soldados, desencorajando-os.

 Numa noite, Theophilo Ottoni recebeu a visita de líderes da revolta, incomodados com as vacilações do chefe: - O senhor vae ser aclamado vice-presidente e tem de dirigir o movimento. Ottoni percebeu o imbróglio que, caso aceitasse, poderia resultar na divisão dos revolucionários. Decidiu forçar José Feliciano a assumir seu posto.

                        Acampados em Santa Luzia, os revoltosos, sob a chefia do vacilante José Feliciano, formularam a estratégia para os combates que não tardariam a ocorrer, haja vista as tropas de Caxias terem acampado na cidade de Sabará que lhe era próxima. Um fato abateu ainda mais o ânimo da revolução: Após planejar os ataques, José Feliciano desapareceu na madrugada, fugira, sem deixar notícia. Ao saber, furioso, Ottoni ameaçou: Ninguém deve saber que Feliciano nos deixou. Metto uma bala na cabeça de quem der curso à notícia.

                        Entretanto, a notícia correra de boquirroto, desestimulando ainda mais a tropa. No dia 20 de agosto, Luiz Alves de Lima e Silva, vencedor quando da revolução liberal em São Paulo, chefiada por Diogo Antônio Feijó, se deslocou de Sabará em direção à Santa Luzia. Dividiu sua tropa em duas colunas, uma sob seu comando, outra que confiou ao irmão, coronel José Joaquim de Lima, depois conde de Tocantins, a quem foi ordenado aquartelar suas tropas na Lapa.

                        Apesar do abalo sentido na moral das hostes revolucionárias, o comandante Antônio Nunes Galvão resolveu encarar o adversário, iniciando os combates. Seus soldados se lançaram sobre os legalistas com alvoroço, tal como fizeram os fanáticos de Canudos, na Bahia, meio século depois, acuando as forças do Exército republicano. Tamanha fora a insurgência que a sorte vacilou em se inclinar para o seu lado. José Joaquim, ao sentir a gravidade dos fatos, atiçou sua coluna em socorro a do irmão. Os revoltosos não esperavam a iniciativa do reforço. Surpreendendo as tropas insurretas, sob o fogo cerrado das duas colunas, com facilidade as tropas de Caxias destruíram Santa Luzia, abateram os sediciosos e fizeram prisioneiro Theophilo Ottoni.

                        De regresso ao Rio de Janeiro, abafada a revolução liberal mineira, ao passar por Ouro Preto, rumo ao Rio de Janeiro, Caxias foi convidado a assistir a te-deum, oficiado pelo bispo local, em ação de graça pela vitória. Surpreso com o convite, sem ser grosseiro, Caxias respondeu: O officio do clero é rezar pelos mortos. Não é congratular-se pelos resultados de uma luta fraticida que dividiu irmãos e devia entristecer todos os corações brasileiros. Caxias não compareceu ao ato.