14/10/2017
13/10/2017
JOSÉ LINS DO REGO EM FOCO
Como divulgado, no dia 11 próximo passado, o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte teve a satisfação de recepcionar o Professor ANTENOR LAURENTINO RAMOS, que desenvolveu excelente palestra, com o temário em seguida reproduzido:
Ao evento estiveram presentes os seus familiares, alunos e ex-alunos e amigos, numa confraternização muito agradável, cujos flagrantes foram colhidos na ocasião e vão agora reproduzidos:
O conferencista
Vista parcial da platéia
Outro flagrante, vendo-se ao fundo o seu irmão Afonso Laurentino
Ainda mais um flagrante da palestra.
Nosso aplauso
O CREDO JURÍDICO POLÍTICO DO JURISTA Clóvis Beviláqua
“Creio
no direito, porque é a organização da vida social, a garantia das
atividades individuais. Necessidade da coexistência, fora das suas
normas não se compreende a vida em sociedade. In eo vívimus et sumus.
Creio
na liberdade, porque a marcha da civilização, do ponto de vista
jurídico-político, se exprime por sucessivas emancipações do indivíduo,
das classes, dos povos, da inteligência, o que demonstra ser ela
altíssimo ideal a que somos impelidos por uma força imanente nos
agrupamentos humanos: a aspiração do melhor que a coletividade obtém
estimulando as energias psíquicas do indivíduo. Mas a liberdade há de
ser disciplinada pelo Direito para não perturbar a paz social, que por
sua vez assegura a expansão da liberdade.
Creio na moral, porque
é a utilidade de cada um e de todos transformada em Justiça e Caridade,
expunge a alma das inclinações inferiores, promove a perfeição dos
espíritos, a resistência do caráter, a bondade dos corações.
Creio
na justiça, porque é o direito iluminado pela moral protegendo os bons e
úteis contra os maus e nocivos, para facilitar o multifário
desenvolvimento da vida social.
Creio na democracia, porque é a
criação mais perfeita do Direito Político, em matéria de forma de
governo. Permite à Liberdade a dilatação máxima dentro do justo e do
honesto, e corresponde ao ideal da sociedade politicamente organizada,
como extrair das aspirações mais generalizadas de um povo determinado o
sistema de normas que o dirija.
Creio mais nos milagres do
patriotismo, porque o patriotismo é forma social do amor e, como tal, é
força irresistível e incomensurável: aos fracos dá alento, aos dúbios
decisão, aos descrentes fé, aos fortes ilumina, a todos une num feixe
indestrutível, quando é preciso agir ou resistir; não pede inspiração ao
ódio e não mede sacrifícios para alcançar o bem comum.”
11/10/2017
ENTREVISTA IMAGINÁRIA
José Saramago, não te resignes
texto Gustavo Sobral e ilustração Arthur Seabra
Um escritor que dizia que, a certa altura, dizer era repetir-se.
Dizer sempre o mesmo. Dizia como um gracejo, porque julgava que não
tinha mais nada a declarar para além do que estava dito em toda uma obra
de tantos livros em que foi dito toda a coisa. Seus romances são
ensaios. Ensaios são idéias. Suas histórias são parábolas. E de parábola
em parábola se tece a vida.
Português que via Pessoa como um Super-Camões. E costurou a tradição
portuguesa de dizer as coisas em literatura compondo a tríade que passou
por Camões, ficou em Pessoa e permanece com ele, Saramago. Homem de
muitas convicções e narrador de todas as histórias que deveriam ser
contadas. Senhor de um amor que passou dos livros e que virou a razão e a
dedicatória de todos eles: Pilar. Sua amante, sua companheira, a sua
vida. Um homem de convicções de pensamento complexo diante da
perplexidade da vida. Um cultuador da língua, porque só a palavra conta.
Décima quinta entrevista da série entrevistas imaginadas,
quando se falará de e com poetas e escritores, pelo que já disseram em
seus versos e prosa, por isso, imaginadas, mas nunca imaginárias, porque
o fundo da verdade é o que já disse e está estampado no que já
disseram. O entrevistado da vez, como se disse, é o escritor José
Saramago. Entrevistamos através de um passeio pela sua obra, romances,
crônicas, nos cadernos.
Entrevistador: O que dizemos?
José Saramago: Dizemos aos confusos, Conhece-te a ti
mesmo, como se conhecer a si mesmo não fosse a quinta e mais difícil
das aritméticas humanas.
E: E o que dizemos mais?
JS: Querer é poder, como se as realizações bestiais do mundo não se
divertissem a inverter todos os dias a posição relativa dos verbos.
E: O que resta dizer aos indecisos?
JS: Começar pelo princípio, como se esse princípio fosse a ponta
sempre visível de um fio mal enrolado que bastasse puxar e ir puxando
até chegarmos à outra ponta.
E: As entrevistas valem a pena?
JS: O que para outros ainda lhes poderá parecer novidade, tornou-se
para mim, com o decorrer do tempo, em caldo requentado. Ou pior,
amarga-me a boca a certeza de que quantas coisas sensatas que tenha dito
durante a vida não terão, no fim das contas, nenhuma importância. E
porque haveria de tê-la? Que significado terá o zumbido das abelhas no
interior da colméia?
E: De O Livro dos Itinierários, que lição tirou?
JS: Sempre chegamos ao sítio aonde nos esperam.
E: Uma verdade, Saramago?
JS: É bem verdade que nem a juventude sabe o que pode, nem a velhice pode o que sabe.
E: O silêncio, o que é o silêncio?
JS: A fascinação de quem escreve.
E: Saber ler, o que é?
JS: saber ler (descobri-o mais tarde) equivalia a abrir portas para o
espírito, mas também em certos casos, a fechar algumas portas dele.
E: A lição do polícia amador de Edgar Poe?
JS: Boa razão tinha aquele polícia amador do Edgar Poe, que dizia não
haver melhor modo de esconder uma coisa que tê-la sempre à vista.
E: Qual o tempo do que dura?
JS: O esquecimento de tudo no fundo da garrafa, como um diamante, a embriaguez vitoriosa enquanto dura.
E: Qual o maior dos mitos, ou qual o verdadeiro mito?
JS: O mito do paraíso perdido é o da infância – não há outro. O mais
são realidades a conquistar, sonhadas no presente, guardadas no futuro
inalcançável.
E: O que é escrever para Saramago?
JS: Escrever é traduzir. Sempre o será. Mesmo quando estivermos a utilizar a própria língua.
E: Algo mais do Livro dos Conselhos?
JS: Enquanto não alcançares a verdade, não poderás corrigi-la. Porém,
se a não corrigires, não a alcançaras. Entretanto não te resignes.
10/10/2017
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BLOG DE MOSSORÓ
sexta-feira, 6 de outubro de 2017
Aniversário do ICOP
Foi bastante prestigiada a sessão solene da Câmara Municipal de Mossoró para homenagear os sessenta anos do ICOP - Instituto Cultural do Oeste Potiguar - na manhã de sexta-feira, dia 6 de outubro de 2017.
O evento se deu no plenário do legislativo mossoroense e foram homenageados - em memória - com a Medalha do Mérito Cultural Vingt-un Rosado, os treze intelectuais fundadores e com a Medalha do Mérito Dix-sept Rosado, os seis ex-presidentes do ICOP, além do prefeito à época da fundação desta instituição, Joaquim Felício de Moura, o Quinca Moura.
O Presidente do ICOP, professor e escritor Benedito Vasconcelos Mendes, agradeceu aos vereadores, especialmente à presidente Izabel Montenegro e ao vereador Francisco Carlos pela excelente homenagem prestada a cultura mossoroense.
Fazendo uso da palavra, o presidente do ICOP disse: "As instituições culturais mossoroenses, agora contam com uma importante parceira para os eventos culturais, que é a Câmara de Vereadores ".
Fazendo uso da palavra, o presidente do ICOP disse: "As instituições culturais mossoroenses, agora contam com uma importante parceira para os eventos culturais, que é a Câmara de Vereadores ".
O ICOP concedeu o diploma de Sócio Honorário aos vereadores Izabel Montenegro e Francisco Carlos, por suas atuações e pleitos na área da cultura.
Presentes ao evento, a ex-prefeita de Mossoró, Fafá Rosado, o reitor da UERN, Pedro Fernandes; ex-reitor da UERN, padre Sátiro Dantas; Isaura Ester Fernandes Rosado, filha de Vingt-un Rosado, ex-vereador Vingt-un Neto, Joana D'arc Fernandes Coelho, presidente da AFLAM - Academia Feminina de Letras de Mossoró, além de escritores, professores, empresários, estudantes e familiares dos homenageados.
Presentes ao evento, a ex-prefeita de Mossoró, Fafá Rosado, o reitor da UERN, Pedro Fernandes; ex-reitor da UERN, padre Sátiro Dantas; Isaura Ester Fernandes Rosado, filha de Vingt-un Rosado, ex-vereador Vingt-un Neto, Joana D'arc Fernandes Coelho, presidente da AFLAM - Academia Feminina de Letras de Mossoró, além de escritores, professores, empresários, estudantes e familiares dos homenageados.
Professor Benedito Vasconcelos Mendes preside a solenidade |
Wellington Barreto, Suzana Goreth e Benedito Vasconcelos Mendes |
Benedito Vasconcelos, Fafá Rosado, Vingt-un Neto e Isaura Ester |
Benedito Vasconcelos, Izabel Montenegro e padre Sátiro Dantas |
Lairinho Rosado, Benedito Vasconcelos e Sandra Rosado |
Convite da homenagem |
Selo dos 60 anos do ICOP |
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