31/10/2014

HOMENAGEM RECEBIDA
DO
INSTITUTO BRASILEIRO DE ESTUDOS DO DIREITO - IBED


O blog do IHGRN registra a homenagem recebida pelo seu Diretor Secretário-Geral Carlos Roberto de Miranda Gomes, com a outorga da Comenda Jurista Tobias Barreto, outorgada pelo IBED.
A solenidade aconteceu durante a realização do VI Congresso Nacional de Ciências Criminais, no dia 30 de outubro, no auditório do Hotel Pirâmide.
O agraciado declarou que a homenagem ficará marcada em sua história de vida.

TERMINA HOJE



VI ENCONTRO POTIGUAR DE ESCRITORES –
VI EPE 

Sexta-feira, 31.10.2014 
MANHÃ 9h –
Porque sou Poeta Carlos Morais dos Santos,
 Roberto Lima de Souza e Diulinda
Garcia Moderador: Alexandre Abrantes
10h - Recital Poético Roberto Lima,
voz e violão; Alexandre Abrantes
e Eduardo Gosson, declamações 
10h30 -
O Máximo com o Mínimo: Poetrix, Haicai e
Aldravia Gilvânia Machado, Aluizio Matias
dos Santos e José de Castro Moderadora:
Valdenides Dias 12h -
 INTERVALO 
TARDE 15h -– Ariano Suassuna
 no Contexto Cultural brasileiro Carlos
Newton Júnior – Recife/PE 16h30 - Sarau
Lítero-Musical de encerramento Grupo
Poesia Potiguar e Cia (Currais Novos-RN)
 Sociedade dos Poetas Vivos e Afins -
SPVARN 18h - Sessão de autógrafos
do livro JORNAL DA SAUDADE: NATAL
NO MEU TEMPO DE MENINA,
comemorativo do Centenário da Escritora
Nati Cortez (in memoriam).
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Ignácio Zacharias de Miranda, primeiro povoador de Barreiras

João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)

Professor da UFRN, sócio do IHGRN e do INRG

Para se encontrar alguns laços familiares, necessário se faz descobrir onde as pessoas viviam e com quem conviviam. As cartas de datas e sesmarias são ótimos instrumentos para essas descobertas e para reavivar personagens que povoam a tradição oral. Por isso, vamos escrever um pouco sobre as pessoas que viviam nas “salinas” e adjacências, através, principalmente, dos documentos citados acima.

Em 1791, Caetano da Silva Sanches, sargento-mor de Infantaria e Governador interino da cidade do Natal, capitania do Rio Grande do Norte, concedeu carta de data e sesmaria, nas salinas, a partir da petição cujo trecho inicial era o seguinte: Diz Ignácio Zacharias de Miranda, que ele foi o primeiro que povoou, e situou o lugar chamado Barreiras, nas salinas do Norte desta capitania, sobras das datas e sesmarias do defunto Francisco Carvalho Valcácer, hoje de sua mulher Joanna Maria da Fonseca, e sua filha Francisca Rosa da Fonseca, uma da Camboa dos Barcos, e outra da Camboa do Sal, e porque necessita de terras para criar seus gados vacuns e cavalares requer a Vossa Mercê lhe conceda, em nome de Sua Majestade Fidelíssima, três léguas de comprido e uma de largo, pegando donde findarem as ditas datas correndo para o Norte, chamadas de Aroeira, e Amargoso, que se acham devolutas e desaproveitadas.

Esse ajudante, Francisco Carvalho Valcácer, morador em Pernambuco, foi contemplado com três datas e sesmarias, aqui no Rio Grande. Essas terras foram vendidas, posteriormente, em 1797, para Domingos Affonso Ferreira e o genro, tenente-coronel Bento José da Costa, por Dona Francisca, filha do dito ajudante. Tendo como pião a Ilha de Manoel Gonçalves, meu tetravô, João Martins Ferreira, administrou, por certo tempo, todas as localidades que faziam parte desse legado.

Vamos reencontrar Ignácio Zacharias de Miranda, em 1809, fazendo doação de esmola para as obras da capela do Senhor Bom Jesus dos Navegantes, de Porto de Touros. Nessa mesma data, foram também doadores: o comandante de Guamaré, José de Brito Macedo, e o brasileiro, Jacinto João Ora, que é um dos fundadores de Macau, e que morou na Ilha de Manoel Gonçalves. 

O alferes José de Brito Macedo, que posteriormente foi comandante de Guamaré, onde morava, fez registro de uma carta data e sesmaria, em 1785, no lugar chamado Riacho Camurupim.

Jacinto João da Ora fez registro de uma carta de data e sesmaria, no ano de 1817, de terras de sobra entre os Sítios São José e Porto de Touros. Pelos nossos registros, Jacinto João da Ora faleceu em 1853, com a idade de 70 anos. Deve ter nascido por volta de 1783. Vários dos seus filhos tinham o sobrenome Miranda, sendo que um deles tinha, exatamente, o nome do povoador de Barreiras, Ignácio Zacharias de Miranda. Suspeito por isso, e pela data em que nasceu, que Jacinto fosse filho daquele velho morador das Salinas. 

O doador das terras para construção da Capela de Nossa Senhora da Conceição de Guamaré, no ano de 1783, Francisco Xavier Torres, aparece como vendedor de 2 bois para a Capela de Porto de Touros, em 1799. O construtor dessa capela de Guamaré, João Francisco dos Santos, morador nas Salinas, Sítio Cabelo, vamos encontrá-lo fazendo o registro de uma carta de data e sesmaria, nos lugares Riacho dos Bois e Lagoa do Mel, que entestava com as terras dos herdeiros do Mangue Seco, no ano de 1793. 

João Francisco dos Santos, como Administrador da Capela de Nossa Senhora da Conceição de Guamaré, reaparece, no registro de uma carta de data e sesmaria, junto com os seguintes peticionários: Bonifácio Cabral de Mello, Leandro Gomes de Miranda, Venâncio José Rodrigues, Joaquim Álvares da Costa, por si, e como administrador dos seus filhos Francisco Álvares da Costa e Joaquina Maria da Transfiguração, no Sítio Mangue Seco, pegando o comprimento da Ponta D’Água, correndo para a costa do mar, de este para oeste, em 1815. Na sequência, Leandro Gomes de Miranda, Francisco Martins de Miranda e Antonio Gomes de Miranda, requerem registro de uma carta de data e sesmaria das sobras do Mangue Seco.

A esposa de Jacinto, natural de Extremoz, era Adrianna Pereira dos Anjos, mas em um documento, Adriana Pereira dos Santos. Outro filho de Jacinto e Adriana, de nome Francisco Ignácio de Miranda (carregando o Ignácio e o Miranda) casou em 1843, com Úrsula Maria das Virgens, filha de João Francisco dos Santos e Maria Tavares de Mattos, tendo sido dispensados do parentesco de sanguinidade e afinidade ilícita em que estavam ligados. Talvez, haja uma relação entre este João Francisco dos Santos e aquele que construiu a capela.

Não foi possível encontrar, nesses documentos, informações sobe José Vicente do Carmo, nascido por volta de 1788, pai de André de Sousa Miranda e Silva, sogro de Joaquina Maria da Transfiguração. Talvez, tivesse parentesco com Ignácio Zacharias de Miranda, o primeiro.

30/10/2014

2º DIA DO ENCONTRO DE ESCRITORES


VI ENCONTRO POTIGUAR DE ESCRITORES – 

VI EPE , 29, 30 e 31-10/ 2014




Quinta-feira,  30.10.2014 - MANHà09h – 
A singularidade Poética de Ferreira Itajubá;  
Nelson Patriota e Lívio Oliveira 
Moderadora: Rizolete Fernandes
10h30 – O papel das Academias na 
difusão da Literatura Potiguar 
Diógenes da Cunha Lima, 
Cícero Macedo, Emmanuel Cavalcanti 
e Zelma Furtado
 Moderadora: Conceição Maciel 12h - 
INTERVALO
TARDE 
 15h – 2º Fórum Potiguar do livro, 
da leitura e das bibliotecas: Planos estadual 
e municipais Betânia Ramalho Leite – SEEC, 
Justina Iva - SME, Cláudia Santa Rosa - 
IDE e Vandilma Oliveira - SEMEC 
Moderadora : Geralda Efigênia 16h30 – 
Bartolomeu Correia de Melo no Contexto 
Literário regional e nacional 
Arnaldo Afonso, Manoel Onofre Jr.
 e Tarcísio Gurgel Moderador: Nelson Patriota 
 18h– Sessão de autógrafos do livro 
ROSA VERDE AMARELOU de
 Bartolomeu Correia de Melo (in memoriam), 
pela esposa Verônica Melo, contendo a 
obra completa do autor. Edições Bagaço,
 Recife.

Mesa que discutiu a obra de BARTOLOMEU CORREIA DE MELO, composta dos escritores Manoel Marques, Manoel Onofre Jr., Nelson Patriota e Tarcísio Gurgel

29/10/2014

COMEÇA HOJE

VI EPE , 29, 30 e 31-10/ 2014

VI ENCONTRO POTIGUAR DE ESCRITORES –
VI EPE 
 29, 30 e 31 de Outubro de 2014
 Coordenadores Gerais: Roberto Lima de Souza -
UBE Diógenes da Cunha Lima - ANL 
 Valério Alfredo Mesquita – IHGRN 
 José Willington Germano – Cooperativa
Cultural
da UFRN Secretário Executivo Eduardo
Antonio Gosson 
 Coordenadores Adjuntos: Anna Maria
Cascudo Barreto – ICC  
Angélica Vitalino - SEMEC-Parnamirim 
 Antonio Clauder Arcanjo UBE-RN
 Aluizio Matias dos Santos – UBE-RN 
 Carlos Roberto de Miranda Gomes UBE-RN 
 Geralda Efigênia – SEEC 
 Manoel Marques da Silva Filho - UBE-RN
 José Lucas de Barros - ATRN
 Maria Rizolete Fernandes - UBE-RN 
José Martins SPVA-RN 
 Jurandyr Navarro – Academia de Letras
Jurídicas - ALEJURN 
 Ormuz Barbalho Simonetti INRG
 Odúlio Botelho - IHGRN
 Rosa Ramos Régis da Silva - ANLIC 
Zelma Furtado - AFL-RN
 Comissão de Divulgação Alex Gurgel -
blog Grande Ponto 
 Cid Augusto - O Mossoroense 
 Cefas Carvalho- Potiguar Notícias 
Cinthia Lopes - TN-Caderno Viver 
 Jania Maria de Souza - Blog da SPVA
 J. Pinto Júnior - TV Bandeirantes
 Lucia Helena Pereira - Diretora de
Divulgação
 Maria Vilmaci Viana - blog Vivi Cultura
 Moura Neto - Novo Jornal Paulo 
Jorge Dumaresq - Assessor Especial de
Imprensa
 Sergio Vilar - Portalnoar.com 
Yuno Silva - Tribuna do Norte -  
Blog do MIRANDA GOMES
Blog Genealogia e História 
 Blog do IHGRN

 PROGRAMAÇÃO OFICIAL NOITE
 Quarta-feira, 29.10.2014 19h –
Credenciamento dos participantes
 20h – Abertura Solene (Roberto Lima de
Souza Presidente da UBE/RN, 
Diógenes da Cunha Lima Presidente
da ANL ; 
Valério Mesquita Presidente
do IHGRN 
 José Willington Germano Presidente
da Cooperativa Cultural- UFRN 20h30 –
Concerto de violão clássico com
Alexandre Atmarama 

Luciano Toscano

José Eduardo Vilar Cunha
Prof. Dr. Engenharia, Jornalista escritor.
Membro JHGRN

            Na missa de sétimo dia de Luciano Toscano estavam amigos e familiares prestando a homenagem póstuma. Durante o culto católico tive a oportunidade de dialogar com Affonso Real Nunes, que me fez revelações de sua amizade e que gostaria que as tornasse pública e sendo assim, transcrevo aqui neste artigo essa manifestação.
           A amizade entre Lucky e Affonsinho foi iniciada nos idos de 1949, quando eles tinham 15 anos de idade. Naquela época, eles e mais um grupo de amigos reuniam-se na Praça Pio X, para conversar e combinar os eventos de final de semana. Os acertos para o sábado e domingo passavam pelo crivo do grupo que decidiam o que fazer naqueles dias. As participações dos eventos normalmente iniciavam durante o dia; primeiramente eles iam à praia ou mesmo piscina de clubes e a noite, como reporta Affonsinho à “via saca” que era um passeio pelos bordéis mais famosos da cidade do Natal, entre estes estavam: Maria Boa, Francisquinha, Belinha, Ideal e Rita Loura.
            Na vida social eles costumavam frequentar as matineés e soirées do América F.C. (Rua Maxaranguape) e no Aero Clube, todavia, para a festa de final do ano, Réveillon, o lugar preferido era o Clube da Aeronáutica na Rampa, onde transcorria uma festa de alto nível, cujos participantes se vestiam com trajes a Rigor.
            Um fato triste ocorreu com Affonsinho, o falecimento de seu pai, Coronel Flaminio e por conta deste episódio, ele com sua mãe D. Nair tiveram que retornar ao Rio de Janeiro, onde tinha residência, na Rua Raul Pompeia, Bairro de Copacabana, Posto 6. Conta Afonsinho que, a sua residência passou a ser um ponto de encontro de amigos e amigas que de Natal iam ao Rio, tornando-se por assim dizer, uma verdadeira embaixada do RN. Um registro interessante é a presença do Trio Iraquitan que ensaiava na sua casa e que, embalados pela música estes ensaios geralmente terminavam em festa.
            Em 1978 Afonsinho retorna a Natal para representar seu pai numa cerimonia em homenagem a personalidades de destaque na vida social da cidade. O seu amigo Lucky é quem fez o convite que, naquela época era o Comodoro do Iate Clube, onde ocorreu o evento. Depois daquele cerimonia a saudade bateu e ele começa a retornar a Natal com mais frequência, geralmente nos períodos das férias, naquela época se hospedava na residência do seu primo Comte. Moura no Cobana e também no Hotel Samburá do saudoso Firmino Moura.
            A amizade de Affonsinho com Lucky continuava sólida, mesmo depois dele se transferir para Brasília, mas quando a saudade apertava ocasionada pela vontade de reviver as noitadas com o amigo ia ao Rio para os festejos e se hospedava na sua residência.
            Em setembro de 1991 Affonsinho resolve morar definitivamente em Natal e, assim que pode foi visitar o túmulo de seu pai, que com um gesto de carinho e consideração foi erigido por seus amigos e tendo o lote funerário doado pelo Prefeito Djalma Maranhão. Na visita a tumba ele verificou que o jazigo estava bastante deteriorado pelas intempéries e resolve refazê-lo em mármore branco, mantendo a placa alusiva à doação dos amigos.

            Para prestar uma homenagem a seu pai, após o recebimento do jazigo novo, Affonsinho desloca-se ao escritório do amigo Lucky e o convida para sair, mesmo sem saber aonde ia aceita a convocação. Era 4 horas da tarde quando eles chegam ao Cemitério do Alecrim entram e em frente ao monumento funerário de seu pai resolve inaugurá-lo. Sentaram juntos sobre a laje e com todo o requinte que a situação exigia é posto sobre a lápida um garrafa de whisky, um balde de gelo e três copos, pelos quais eram devidamente preenchidos e absorvidos com toda a dignidade que o ato requeria, sendo que, o terceiro copo era derramado sobre a lápida de mármore em homenagem ao seu pai. Todo aquele acontecimento estava sobre os olhares surpresos dos coveiros e funcionários do cemitério que, não entendendo absolutamente de nada do que se passava, imaginavam que se tratava de um ato de macumba.