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01/02/2017
e-TURISMO (Tribuna do Norte)
por Antonio Roberto Rocha
Museu da Rampa renasce e conclusão está prevista para este ano
30 de janeiro de 2017 por antoniorobertoA ideia é que o Museu da Rampa, como já se tornou conhecido mesmo antes de funcionar, seja também uma atração turística, sobretudo para o visitante norte-americano, já que a história da Segunda Guerra Mundial está intimamente relacionada ao local. A rampa para hidroaviões no rio Potengi foi ponto obrigatório para aviadores que atravessaram o Atlântico Sul entre 1920 e 1940.
A posição estratégica de Natal, no “cotovelo” da América do Sul, também serviu como referência durante a Segunda Guerra Mundial, sendo o ponto para pouso de aterrissagem de aeroplanos e hidroaviões norte-americanos.
As obras do complexo foram iniciadas em 2013 e se encontravam paradas desde 2014, o que sempre foi bastante criticado pela imprensa de Natal. O motivo alegado foi o fato de a construtora responsável pela execução do projeto garantir que havia erro de cálculo nas vigas que sustentariam o Memorial do Aviador.
Foi necessário um longo período para reelaboração da estrutura e de toda a burocracia para reavaliação do projeto e liberação dos recursos junto à Secretaria Estadual de Infraestrutura e à Caixa Econômica Federal.
As obras serão retomadas com 30% do projeto concluído. São, ao todo, 28 projetos independentes, desde paisagismo, concepção visual e acústica, até questões de patrimônio histórico, museologia e restauração.
A área construída corresponde a 13 mil m², com destaque para o Memorial do Aviador, dotado de recepção, bilheteria, auditório para 126 pessoas, espaço em homenagem aos aviadores e área para promoção de eventos culturais.
No espaço total do complexo constará ainda área de exposição temporária e de exposição permanente (acervo ligado à história da aviação e da 2ª Guerra Mundial), bar temático (American Bar) e loja de souvenir.
Haverá também espaço externo com área de contemplação do Rio Potengi, estacionamento para 85 carros, serviços de táxis e de guias, locais para ônibus de turismo, píer à beira-rio e outros equipamentos.
Por ser o ponto das Américas mais próximo à África, Natal sediou filiais das principais companhias áreas do mundo, tendo nas margens do rio Potengi algumas rampas (daí o nome do museu) de hidroaviões de empresas da Alemanha, França, Itália e Estados Unidos.
Há uma foto célebre do então presidente do Brasil, Getúlio Vargas, com o presidente norte-americano Franklin Roosevelt, em passagem pela Rampa durante a Segunda Guerra Mundial. Certamente, será um dos destaques no acervo do museu.
29/01/2017
COMUNICADO Nº 01/2017
O
presidente da UBE/RN convida os membros da Diretoria, do Conselho
Consultivo para participar da 1ª Reunião do ano de 2017, oportunidade em
que faremos uma avaliação do ano passado e o Planejamento Estratégico
de 2017.
1º REUNIÃO DA UBE-RN
DATA: 02.02.2017 - QUINTA-FEIRA
HORA: 17h
Local: Sede provisória da UBE/RN
Av. Xavier da Silveira, 1175 - 1º andar - Nova Descoberta
Em cima da loja de material de Construção O DEGRAU e próximo ao Centro de Saúde.
EDUARDO GOSSON
Presidente
28/01/2017
Opinião importante
DO
LEGALISMO À MISERICÓRDIA
PADRE
JOÃO MEDEIROS FILHO (pe.medeiros@hotmail.com)
Louvável o zelo pastoral dos
bispos de Malta, publicando recentemente um documento (“Criteria for the
Application of Chapter VIII of Amoris Laetitia”. Cfr.
Osservatore Romano, edição de 14.01.2017, p. 7), que contém orientações sobre a autorização da
comunhão aos recasados, de acordo com o capítulo VIII (cfr. Nº 336-351) da
Exortação Apostólica “Alegria do Amor”. Cumpre informar que Dom Carlos
Scicluma, arcebispo daquele país, perito em Direito Canônico, trabalhou
durante dezessete anos na Congregação para a Doutrina da Fé. Neste dicastério, atuou
como promotor de justiça sob o comando do Cardeal Ratzinger, que o manteve no cargo, quando se tornou Bento XVI.
No
entanto, há poucas semanas, quatros cardeais (os alemães
Walter Brandmüller e Joachim Meisner, o italiano Carlo Caffarra e o americano
Raymond Burke) tornaram
públicas suas divergências com o Papa, em especial sobre o citado documento
pontifício. Ali, o Santo Padre pede aos bispos de cada país que interpretem,
segundo a cultura e a realidade local a situação dos recasados e analisem cada
caso, à luz do Evangelho, perscrutando a consciência, não apenas sob a ótica da
Cúria Romana. O Papa Francisco afirma: “Quero
reiterar que nem todas as discussões doutrinais, morais ou pastorais devem ser
resolvidas através de intervenções magisteriais. Em cada país ou região, é
possível buscar soluções mais inculturadas, atentas às tradições e aos desafios
locais” (AL. nº. 3). Em entrevista (cfr.
Avvenire, 17/11/2016), declarou que segue a linha do Vaticano II, de diálogo
com o mundo.
Boa parte das discussões em torno
dos ensinamentos eclesiásticos, especialmente em se tratando de assuntos
disciplinares, origina-se da concepção de uma Igreja impositiva e não
propositiva. A mensagem de Cristo é um convite ou proposição e não uma
imposição. “Se queres ser perfeito”
(cfr. Mt 19, 21ss), assim Cristo se dirigiu ao jovem rico do evangelho. Os
quatro cardeais, em sua carta-aberta, manifestam ainda resquícios de uma visão
da Igreja do Concílio Vaticano I (1869-1870). De acordo com seu enfoque juridicista,
vertical e uniformizada da mesma, a moral católica reduzia-se a meros códigos
disciplinares e mandamentos que deveriam ser aplicados a todas as esferas da
existência humana, resultando num controle absoluto sobre o agir e as
consciências dos cristãos.
No Concílio Vaticano II
(1962-1965), a Igreja passou de uma instituição identificada com a hierarquia a
uma comunidade peregrina e servidora da humanidade. Ela é o Povo de Deus (não
apenas o clero), Corpo de Cristo e Templo do Espírito Santo. Dela fazem parte
todos os fiéis, que acolhem o dom da fé. O Evangelho deve ser a primeira referência
para o ensino moral e doutrinário. A Bíblia não deve ser interpretada como um
manual de moral, ditada por um Deus juiz, que ordena e proíbe, sem olhar a
condição humana. Mais dialogal, o Sumo Pontífice reconhece que “nem sempre a Igreja tem respostas para todos
os problemas. Os leigos (...) não
devem julgar seus pastores sempre tão competentes que possam ter de imediato
uma solução concreta para todas as questões, mesmo as mais graves”. (Gaudium et Spes, nos. 33 e
43).
O Papa Francisco tem insistido
que os problemas sociais e morais não se resolvem com decisões irrevogáveis,
tomadas de cima para baixo, de forma unilateral e dispostas em decretos. O seu pontificado
vai libertando a Igreja da obsessão com questões secundárias e disciplinares
para priorizar a opção pelos sofridos, carentes, pobres de alma, chamando a
atenção, em especial, para os pecados sociais: a idolatria do dinheiro, do
poder, do prazer e uma economia que escraviza e mata, os problemas ecológicos, o
terrorismo, o desemprego, a fome etc. O Santo Padre afirma “que não existe pecado que a misericórdia de
Deus não possa perdoar, quando encontra um coração arrependido, que pede para
se reconciliar com o Pai”. Eis uma resposta serena, sábia e cristã. E
acrescenta ainda, citando o apóstolo Paulo: “Tudo isso vem de Deus... que nos confiou o ministério da reconciliação”
(2Cor 5,18). Ninguém pode pôr condições à misericórdia de Deus, muito menos um
cristão ou sacerdote.
27/01/2017
Dorian Gray Caldas doou a sua
vida a Arte e honrou a nossa Academia.
Diogenes da
Cunha Lima
CONVITE
MISSA de 7º dia
Celebrante: Acadêmico Padre José Mário
Missa: Paróquia do Bom
Jesus das Dores
Dia: 30/1/2017 (2ª feira)
Hora: 19
Endereço: Praça Capitão José da
Penha, 135 - Ribeira, Natal - RN, 59012-080.
25/01/2017
DE FERIADO,
DIDEROT E CHICO DE BRITO
Valério
Mesquita*
01) Os feriados estão acabando com esse país. O
Brasil é uma nação intestinal. Consumista. Carnavalesca. País do ponto
facultativo. Se você somar os feriados brasileiros em cada ano e o que se deixa de produzir no comércio, na
indústria, na agricultura, na administração pública, enfim, em todos os setores
de trabalho da vida nacional, vai achar um prejuízo abissal incalculável e
irrecuperável. Com tanta perdularidade até parece que somos uma pátria rica. Só
vou acreditar nas mudanças se ocorrer também uma reforma no calendário
extinguindo alguns feriados, estaduais, federais e municipais. Cada país tem
uma única data nacional. Qual a data nacional do Brasil? A Independência,
Tiradentes ou a Proclamação da República? Escolha-se a mais importante e se dê
o feriado. Feriar os três eventos é subcultura, subdesenvolvimento. Celebrar
sim, feriar nunca. Isso porque, quem comemora o 15 de novembro, o 21 de abril?
Ah, sim, as praias, o ócio porque as escolas, os governos, são os primeiros a
fugirem e a esquecerem. Feriado religioso, por exemplo: praias cheias e igrejas
vazias. O Brasil tem a sua santa padroeira. Tudo bem. Mas, milhares de
municípios têm padroeiros e padroeiras. Alguns têm até dois ou três padroeiros
de uma só vez. E pegue feriado. Negócio de português. De mameluco. De
aristocracia politíco-religiosa decadente de tempos inquisitórios. Que se
celebre o dia do padroeiro(a) mas, pra quê vadiar? O melhor lema é: viva o
santo, viva a santa mas, viva também o trabalho e a produtividade. É preciso
acabar com essa concepção consuetudinária e chula dos portugueses
colonizadores. O mundo é outro. Estamos no final de um milênio e ainda adotamos
as mesmas práticas de trezentos, quatrocentos anos atrás. Se você comparar o
número de feriados nas nações do primeiro mundo com o do Brasil fica
estarrecido. Não me venha com esse negócio de tradição, da índole do povo etc.
E se for a índole a culpada, é índole ruim, caráter preguiçoso, embromador,
cuja lei da vantagem deve ter nascido num feriado. O único feriado que o
brasileiro obedece é o do carnaval. Aí sim, você olha o calendário e o povo, e
acha a sintonia, a harmonia, a simbiose da data com a mentalidade. O único
presidente que levou o país a sério foi Humberto de Alencar Castelo Branco.
Enfrentou o preconceito dos medíocres, extinguindo vários feriados fanfarrões.
Mas, ainda falta. Um dia esse país cria vergonha. Aleluia!
02) Diderot, o irreverente enciclopedista francês,
ateu anticlerical e opositor ferrenho da monarquia, gostava de repetir que “só
haverá paz e sossego no mundo quando o último rei for enforcado com as tripas
do último padre”. Radicalismo nefasto igual a esse só se encontra semelhança em
alguns políticos potiguares quando tratam da própria sobrevivência eleitoral.
Dir-se-ia que a antropofagia virou Estado de Direito. E quando se trata das
coligações políticas, “chapões” e alijamentos, a humanidade se prodigaliza no
exercício do mal ao próximo e até ao distante. À propósito, a lei eleitoral é
tão confusa, infusa e difusa que, em vez de inovar, restaurou um malefício de há muito banido da
legislação: a reeleição, o bicho papão retrógado, devorador de candidatos e deformador
da representatividade política. Essa excrescência me devolve a lembrança
enodoada da legislação discriminatória dos tempos do bipartidarismo, das
legendas, sublegendas e do voto vinculado. Com a nova legislação eleitoral, os
partidos se tornam presas fáceis de manobras casuísticas ao bel prazer de
“igrejinhas” de candidatos cativos, nativos e muitos nocivos. Ou aplaudir e ser
cúmplice ou protestar e ser vítima. Semana passada protestei e ouvi em defesa
desse imblógrio, a declaração astuta mas fajuta de que para entrar na disputa o
candidato tinha que apresentar densidade eleitoral. Perguntei de imediato, onde
conseguir tal atestado. E isso me fez novamente recorrer ao rabugento Diderot
quando, moribundo, no leito de morte, recebeu a visita de um padre trazido por
amigos como misericórdia diante do último momento. Disse-lhe o sacerdote: “Vim
confessá-lo em nome de Deus!!”. Diderot abriu um olho e num último esforço de
maledicência, balbuciou: “Mostre-me as credenciais!!”. Do mesmo modo, na
bendita lei de Chico de Brito, para ser candidato a qualquer posto, o
postulante não se submete mais ao vestibular da ficha suja. Do contrário, quem
está fora não entra e quem está dentro não quer sair. É a lei de Chico de
Brito. O Diderot das Caatingas.
(*) Escritor.
24/01/2017
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