25/08/2016


25 de Agosto – Dia do Soldado


O Dia do Soldado é comemorado, no Brasil, em 25 de agosto porque foi nesse dia que nasceu o patrono do exército brasileiro, Duque de Caxias.


No Brasil, aos 25 dias do mês de agosto, comemora-se o Dia do Soldado. Essa comemoração faz referência à data de nascimento de Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, nascido em 1803. O renomado oficial foi considerado o patrono do Exército Brasileiro e, pela honra desse título, o Dia do Soldado constitui-se como uma homenagem ao seu nascimento.
Luís Alves nasceu em uma fazenda da então Capitania do Rio de Janeiro. Era herdeiro de uma família da aristocracia militar portuguesa. Seu pai serviu ao exército português no Brasil, que, à época do nascimento do futuro duque, em 1803, estava na iminência de um choque contra as forças napoleônicas na Europa, o que resultaria na mudança da família real portuguesa para o Brasil. A vinda da família real para o Brasil, a elevação do país à categoria de Reino Unido e a futura independência, em 1822, transformaram a vida de Luís Alves.
Quando o Brasil tornou-se independente e adotou o modelo imperial de governo, sob a liderança de D. Pedro I, as forças militares também começaram a passar por uma transformação e associaram-se à figura do imperador brasileiro e às novas instituições criadas sob a égide da Constituição Imperial de 1824. Anos mais tarde, sobretudo no Período Regencial, quando, a partir do ano de 1838, começaram a estourar várias revoltas de teor separatista no Brasil, o Duque de Caxias já era um oficial respeitado e conseguiu uma enorme projeção por comandar exitosamente a dissipação de várias dessas revoltas.
Nesse período, especificamente no ano de 1841, Caxias recebeu seu primeiro título nobiliárquico, o de Barão de Caxias, que faz referência à cidade maranhense de Caxias, onde o exército imperial conseguiu uma de suas mais célebres vitórias. Ao longo do Segundo Reinado, Caxias teve a sua posição de nobre elevada para conde, marquês e, por fim, duque.
Além disso, Caxias foi senador do Império pelo Rio Grande do Sul, província para a qual também foi nomeado por Dom Pedro II comandante-em-chefe do Exército em operações. Nas fronteiras do Sul do país, a partir de 1852, Caxias esteve à frente das represálias contra as investidas de Argentina e Uruguai ao Brasil. Ao lado de outros comandantes célebres, como o general Osório, o Duque conseguiu grandes vitórias sobre as tropas do ditador paraguaio Solano Lopez entre os anos de 1866 e 1868, naquela que foi a maior guerra já vista na América do Sul, a Guerra do Paraguai.
Caxias faleceu em 1878 e até hoje sua memória é lembrada não apenas no Dia do Soldado, mas também em vários rituais e cerimônias do Exército Brasileiro, com o uso de uma réplica do seu espadim pelos oficiais formados na Academia Militar das Agulhas Negras.


*Créditos da imagem: Shutterstock e Georgios Kollidas


FONTE: Brasil ESCOLA

Aluísio Azevedo Júnior convidou você para o evento de Quinta literária

Quinta Literária sobre o Folclore Brasileiro
Quinta, 25 de agosto às 19:00
Livraria Nobel Salgado Filho em Natal (Rio Grande do Norte)
Agosto é o mês em que se comemora o Folclore, e suas manifestações. A Quinta Literária aproveita para tratar do assunto com Daliana Cascudo e Gutenberg Costa.

24/08/2016



quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Hoje, 62 anos atrás, suicidava-se o presidente Getúlio Vargas. O Brasil ainda segue vivendo sob o signo de sua morte.


Nesta noite de 24 de agosto, há 62 anos (em 1954), suicidava-se no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, o presidente Getúlio Vargas, acossado pela República do Galeão, o inquérito que havia sido aberto pela Aeronáutica para investigar o assassinato de um major em atentado contra o político o jornalista e político Carlos Lacerda.


Na madrugada de 5 de agosto de 1954, um atentado a tiros de revólver, em frente ao edifício onde residia Carlos Lacerda, em Copacabana, no Rio de Janeiro, matou o major Rubens Florentino Vaz, da Força Aérea Brasileira (FAB), e feriu, no pé, Carlos Lacerda, jornalista e futuro deputado federal e governador da Guanabara e membro da UDN, que fazia forte oposição a Getúlio. O atentado foi atribuído a Alcino João Nascimento e seu auxiliar Climério Euribes de Almeida, membros da guarda pessoal de Getúlio, chamada pelo povo de "Guarda Negra". Esta guarda fora criada para a segurança de Getúlio Vargas, em maio de 1938, logo após um ataque de partidários do integralismo ao Palácio do Catete. Ao tomar conhecimento do atentado contra Carlos Lacerda na rua Tonelero, Getúlio disse: "Carlos Lacerda levou um tiro no pé. Eu levei dois tiros nas costas"! A crise política que se instalou foi muito grave porque, além da importância de Carlos Lacerda, a FAB, à qual o major Vaz pertencia, tinha como grande herói o brigadeiro Eduardo Gomes, da UDN, que Getúlio derrotara nas eleições de 1950. A FAB criou uma investigação paralela do crime que recebeu o apelido de "República do Galeão". No dia 8 de agosto, foi extinta a "Guarda Negra". Os jornais e as rádios davam em manchetes, todos os dias, a perseguição aos suspeitos. Alcino foi capturado no dia 13 de agosto. Climério foi finalmente capturado no dia 17 de agosto, pelo coronel da Aeronáutica Délio Jardim de Matos que, posteriormente, chegaria a ser ministro da Aeronáutica. Na caçada aos suspeitos, chegou-se a utilizar uma novidade para a época, o helicóptero. Existem várias versões para o crime. Há versões que divergem daquela que foi dada por Carlos Lacerda. O Jornal do Brasil entrevistou o pistoleiro Alcino João do Nascimento, aos 82 anos, em 2004, o qual garantiu que o primeiro tiro que atingiu o major Rubens Vaz partiu do revólver de Carlos Lacerda. Existe também um depoimento de um morador da rua Tonelero, dado à TV Record, em 24 de agosto de 2004, que garante que Carlos Lacerda não foi ferido a bala. Os documentos, laudos e exames médicos de Carlos Lacerda, no Hospital Miguel Couto, onde ele foi levado para ser medicado, simplesmente desapareceram. Gregório Fortunato, chefe da guarda pessoal do presidente Getúlio Vargas, chamado pelo povo simplesmente de Gregório, foi acusado de ser o mandante do atentado contra Lacerda. Gregório admitiria mais tarde perante à justiça ter sido o mandante. Em 1956, os acusados do crime foram levados a um primeiro julgamento: Gregório Fortunato foi condenado a 25 anos de prisão como mandante, pena reduzida a vinte anos por Juscelino Kubitschek e a quinze anos por João Goulart. Gregório foi assassinado em 1962, no Rio de Janeiro, dentro da penitenciária do Complexo Lemos de Brito, pelo também detento Feliciano Emiliano Damas.


Por causa do crime da rua Tonelero, Getúlio foi pressionado, pela imprensa e por militares, a renunciar ou, ao menos, licenciar-se da presidência. O Manifesto dos Generais, de 22 de agosto de 1954, pede a renúncia de Getúlio. Foi assinado por 19 generais de exército, entre eles, Castelo Branco, Juarez Távora e Henrique Lott e dizia: "Os abaixo-assinados, oficiais generais do Exército... solidarizando com o pensamento dos camaradas da Aeronáutica e da Marinha, declaram julgar, como melhor caminho para tranquilizar o povo e manter unidas as forças armadas, a renúncia do atual presidente da República, processando sua substituição de acordo com os preceitos constitucionais". Esta crise levou Getúlio Vargas ao suicídio na madrugada de 23 para 24 de agosto de 1954, logo depois de sua última reunião ministerial, na qual fora aconselhado, por ministros, a se licenciar da presidência. O Brasil vive sob o signo dessa noite desde 1954. Tudo o que aconteceu no País de lá para cá, está cravado na crise política que vinha se desenvolvendo no País e que resultou no suicídio de Getúlio Vargas. Ele era um homem que estava predestinado para se matar, porque não admitia a humilhação. Depois dele, não houve político de igual altura no Brasil. Só anões políticos, projetos de políticos. 

AUDIÊNCIA PÚBLICA - HOJE




Marjorie Madruga convidou você para o evento de O Juvenal Lamartine é nosso

AUDIÊNCIA PÚBLICA

Quarta, 24 de agosto às 18:30
Auditório da UNI-RN (antiga FARN)


O ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, em parceria com o DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA e DE POLÍTICAS PÚBLICAS DA UFRN, o INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL-IAB/RN e o UNI-RN, convidam todos os moradores desta cidade para participar da AUDIÊNCIA PÚBLICA sobre o antigo Estádio JUVENAL LAMARTINE, importante patrimônio histórico, cultural, esportivo e arquitetônico da cidade de NATAL, que pertence a toda a sociedade.
[ENTENDA A QUESTÃO]
Através de decisão judicial do TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RN-TJRN, o Estádio Juvenal Lamartine foi reconhecido como patrimônio histórico, cultural, esportivo e arquitetônico da cidade de Natal, estando o Estado proibido de vendê-lo e devendo preservá-lo e conservá-lo, dando-lhe destinação que não seja contrária ou incompatível com as razões que justificaram seu tombamento. Ou seja, sua destinação não pode desviar-se do caráter esportivo e cultural. Do lazer em seu sentido mais amplo.
O Juvenal Lamartine é um BEM PÚBLICO que há anos é irregularmente ocupado pela FEDERAÇÃO NORTE RIOGRANDENSE DE FUTEBOL-FNF, que ainda hoje se recusa a desocupá-lo e devolvê-lo à coletividade, tendo obrigado o Estado a promover a desocupação judicialmente.
[O FUTURO]
O objetivo do Estado é devolver o Juvenal Lamartine à sociedade, criando um ESPAÇO PÚBLICO DE CONVIVÊNCIA E LAZER para a cidade e, principalmente para os bairros do entorno.
Assim, o Estado promoverá CONCURSO PÚBLICO NACIONAL para a escolha do Projeto de Restauração e Requalificação do Juvenal Lamartine e, para tanto, apresentará à sociedade, para discussão e recebimento de propostas e sugestões, o Termo de Referência-TR que subsidiará o EDITAL DO CONCURSO.
Este projeto será construído coletivamente e nós queremos ouvir você.
Participe da Audiência Pública e diga: O JL É NOSSO!



23/08/2016

 
Aluísio Azevedo Júnior convidou você para o evento de Quinta literária

Quinta Literária sobre o Folclore Brasileiro
Quinta, 25 de agosto às 19:00
Livraria Nobel Salgado Filho em Natal (Rio Grande do Norte)
 
Agosto é o mês em que se comemora o Folclore, e suas manifestações. A Quinta Literária aproveita para tratar do assunto com Daliana Cascudo e Gutenberg Costa.

22/08/2016

   
Marcelo Alves

 

A mais bela biblioteca

Já escrevi aqui, em mais de uma oportunidade, sobre algumas bibliotecas que, mundo à fora, visitei ou mesmo frequentei, vasculhando seus acervos, na qualidade de estudante curioso. Recordo-me haver tratado da Biblioteca Pública da Cidade de Boston (www.bpl.org), da Bodleian Library (www.bodleian.ox.ac.uk/bodley), a biblioteca da Universidade de Oxford, das parisienses Bibliothèque nationale de France – BnF (www.bnf.fr) e Bibliothèque publique d'information – Bpi (www.bpi.fr) e, em mais de uma oportunidade, da gigantesca British Library (www.bl.uk), que fica em Londres, onde fiz o meu PhD em direito. 

Hoje, em especial, vou escrever sobre aquela que considero a mais bela biblioteca da capital do Reino Unido: a queridíssima – pelo menos para mim – Maughan Library (www.kcl.ac.uk/library/visiting/maughan.aspx), localizada na Chancery Lane, rua bastante conhecida da “Central London” (estação de metrô Chancery Lane). 

Antes de mais nada, devo registrar que a Maughan Library é uma das nove bibliotecas do King’s College London – KCL (no qual fiz o meu doutorado), “university college” londrino fundado em 1828/29 por iniciativa do Duque de Wellington (1769-1852), a quarta mais antiga universidade da Inglaterra e hoje ranqueada como umas da vintes melhores instituições de ensino superior do mundo. A mais tradicional e bela dessas bibliotecas, certamente, vocacionada às ciências humanas e sociais, incluindo aí línguas, literatura, cinema, história, geografia, filosofia, teologia, política, direito e muito – muitíssimo – mais. E nisso está, muito naturalmente, a razão do meu bem-querer pela Maughan Library. Nos meus quatro anos de doutorado no King’s College London – KCL, foram noites e mais noites caminhando entre aquelas estantes, muitas vezes perdido naquele labirinto de salas e corredores, lendo e escrevendo, sempre na boa companhia dos autores, de livros jurídicos ou não, de minha predileção. 

A história da Maughan Library como biblioteca é curiosa. A ocupação do sítio onde ela se acha retroage ao período medieval (século XIII, segundo se registra). A área foi adquirida pela Coroa em 1837. O imenso prédio atual (a estrutura principal, refiro-me), projeto de Sir James Pennethorne (1801-1871), foi edificado nos anos 1850 especialmente para abrigar o “Public Record Office” (“arquivo público”, em português) do Reino Unido. Nas décadas seguintes, foi várias vezes reformado e atualizado. O edifício foi adquirido pelo King’s College London – KCL em 2001. Ao custo de algumas dezenas de milhões de libras esterlinas, devidamente reformado e adaptado (é um edifício tombado, obviamente), foi reinaugurado em 2002, com a presença da própria Rainha Elizabeth II (1926-), agora como a Maughan Library (em homenagem a Sir Deryck Maughan, homem de negócios e filantropo, ex-aluno do KCL, que fez uma doação substancial à universidade). 

Para se ter uma ideia da “majestade” da Maughan Library, ela é muitas vezes tida erroneamente como o edifício principal do King’s College London – KCL (que, na verdade, fica no campus da Strand, outra famosa rua londrina). Sua fachada é lindíssima, com torres e detalhes vitorianos quase indescritíveis. Os jardins externos, usados para descanso ou para uma refeição rápida, são bastante agradáveis. A entrada principal é pela bela torre do relógio, que se destaca da fachada como principal atrativo para as fotografias dos estudantes e dos turistas. Seu gigantesco interior, antigo e austero, apesar das orientações afixadas em todo lugar, é labiríntico, embora não ao ponto, graças a Deus, da “biblioteca borgeana” de “O nome da rosa” (1980) de Umberto Eco (1932-2016). Imensas portas de madeira antiga ou de ferro fundido separam um ambiente do outro. E só as janelas enormes, algumas preenchidas com coloridos vitrais, nos roubam a sensação de isolamento. Nesse “labirinto”, entre outras coisas, sugiro dar uma espiada nas preciosidades da “Foyle Special Collections Library”, espécie de museu da biblioteca (a exemplo do que se dá com todas as grandes bibliotecas), que ocupa uma das partes mais antigas do prédio, a “Rolls Chapel/Weston Room”, cuja estrutura retroage ao Medievo. E imperdível é uma visita ao “Round Room”, sala de leitura circular (na verdade, dodecagonal), no estilo da pertencente ao British Museum, com a qual certamente rivaliza em atmosfera e beleza. Que tal realizar alguma pesquisa por ali, como fizeram Robert Langdon e Sophie Neveu, em “O código Da Vinci” (2003), de Dan Brown (1964-)? 

No mais, a região onde está a Maughan Library, conhecida como a “Legal London” (“Londres jurídica”, em português), é cheia de outros pontos de interesse tanto para o “turista jurídico” como para o amante de livros em geral. Por exemplo, quase em frente ao portão de entrada da Maughan Library fica a mais bela das “Inns of Courts” de Londres, a Lincoln’s Inn. Já sob uma das arcadas de entrada da Lincoln’s Inn (a da Carey Street), fica a livraria jurídica de maior acervo em Londres, a excelente Wildy & Sons. Mais ao sul, caminhando pela Chancery Lane e chegando à famosa Fleet Street (que outrora foi a rua dos grandes jornais londrinos), ficam mais duas outras “Inns”, o Inner Temple e o Middle Temple, que valem também muito a pena ser visitadas. Na mesma Fleet Street, bem pertinho, fica o belíssimo edifício das Royal Courts of Justice (sede tanto da High Court of Justice como da Court of Appeal). Aliás, sobre a “Legal London” e as “Inns of Courts”, já escrevi aqui, com bem mais detalhes, em um conjunto de artigos intitulados “Minhas livrarias em Londres I, II e III”. 

Por fim, caro leitor, dali é muito fácil dar uma esticada pela Fleet Street em direção (leste) à gigantesca e lindíssima St. Paul Catedral, a obra-prima de Sir Christopher Wren (1632-1723), edificada entre os anos de 1675 e 1710, e que desde então domina a paisagem da “City” londrina. Coisa de cinco ou dez minutinhos caminhando. Mas, para ser sincero, recomendo – quase exijo – “pit stop” no caminho, para o devido abastecimento, no antiquíssimo Ye Olde Cheshire Cheese (número 145 da Fleet Street), talvez o mais famoso dos pubs Londrinos, construído em 1538 e reconstruído em 1667 (após destruído pelo grande incêndio de 1666), do qual, dizem, Samuel Johnson (1709-1784) e Charles Dickens (1812-1870), foram conhecidos “regulars”. E sem pressa, porque, ali, querendo ou não, o tempo de pesquisa é contado em “pints” de cerveja. 

Marcelo Alves Dias de Souza 
Procurador Regional da República 
Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL 
Mestre em Direito pela PUC/SP



22 de agosto — Dia do Folclore

Datas Comemorativas

O Dia do Folclore está relacionado com a criação do termo “Folklore” pelo inglês Willian John Thoms, grande pesquisador de tradições populares.
O Dia do Folclore é celebrado internacionalmente (incluindo no Brasil) no dia 22 de agosto. Isso porque nessa mesma data, no ano de 1846, a palavra “folklore” (em inglês) foi inventada. O autor do termo foi o arqueólogo inglês William John Thoms, que fez a junção de “folk” (povo, popular) com “lore” (cultura, saber) para definir os fenômenos culturais típicos das culturas populares tradicionais de cada nação.
Sabemos que o folclore, ou cultura popular, tem despertado grande interesse de pesquisadores de todo o mundo desde o século XIX. É fundamental para um país conhecer as raízes de suas tradições populares e cotejá-las com as de caráter erudito. Os grandes folcloristas encarregam-se de registrar contos, lendas, anedotas, músicas, danças, vestuários, comidas típicas e tudo o mais que define a cultura popular.
Muitos escritores extraem do folclore a base de sua obra. É o caso, no Brasil, do paraibano Ariano Suassuna. Entre os folcloristas brasileiros, os mais notáveis são 

                 
Mário de Andrade e Câmara Cascudo. Desse último partiu a confecção do grande Dicionário do Folclore Brasileiro, obra monumental que mantém viva a cultura popular das várias regiões do Brasil.
No Brasil, o Dia do Folclore foi oficializado em 17 de agosto de 1965 por meio do Decreto nº 56.747, assinado pelo então presidente Humberto de Alencar Castelo Branco e por seu Ministro da Educação, Flávio Suplicy de Lacerda. No texto do decreto há referência direta a William John Thoms e ao seu pioneirismo na pesquisa das culturas populares. Restrito a três artigos, o conteúdo do decreto determina o ensino do folclore como sendo de importância fundamental para a cultura do país, como pode ser visto abaixo:
Art. 1º Será celebrado anualmente, a 22 de agosto, em todo o território nacional, o Dia do Folclore.
Art. 2º A Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro do Ministério da Educação e Cultura e a Comissão Nacional do Folclore do Instituto Brasileiro da Educação, Ciência e Cultura e respectivas entidades estaduais deverão comemorar o Dia do Folclore e associarem-se a promoções de iniciativa oficial ou privada, estimulando ainda, nos estabelecimentos de curso primário, médio e superior, as celebrações que realcem a importância do folclore na formação cultural do país.
Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 17 de agôsto de 1965; 144º da Independência e 77º da República.
O ensino do folclore ainda segue sendo preservado, apesar de o contato com as tradições mais antigas, em quase todos os países ocidentais, ser paulatinamente diluído.

Por Me. Cláudio Fernandes
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FONTE: BRASIL-ESCOLA

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Resultado de imagem para casa do estudante do rio grande do norte
60 ANOS DA CASA DO ESTUDANTE

CASA DO ESTUDANTE DO RIO GRANDE DO NORTE
Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes, escritor *

           A fundação da Casa do Estudante no RN
            No Estado do Rio Grande do Norte, a classe estudantil se estruturou a partir do “Comitê da Juventude Potiguar”, organismo vinculado à Comissão Executiva do Partido Social Democrático que, em sua sede no Edifício Bila, sala 204, no tradicional bairro da Ribeira, em reunião preliminar realizada no dia 7 de outubro de 1945, com a presença do estudante Wellington Xavier Bezerra, jornalista Romildo Fernandes Gurgel, do advogado Joanilo de Paula Rego e Antônio Barbalho, membro do Ministério Público do Estado discutiu-se o assunto, se somando a um contingente de jovens idealistas que, de imediato, buscavam do novo governo um compromisso para abrigar os estudantes pobres vindos do interior, conforme ficou registrado na ata da referida reunião.
            Contudo, a efetiva fundação da Casa somente ocorreu em 02 de junho de 1946, com a presença de sete estudantes: Wellington Xavier Bezerra, Erildo L’ Erestre Monteiro, designado ad hoc para secretário da sessão, Djalma Nunes Fernandes, Dary de Assis Dantas, Pedro Diógenes Fernandes, José Maria de Souza Luz e Pedro Xavier de Carvalho.
No dia 30 de junho do mesmo ano foi aprovado o primeiro Estatuto, já com o nome de Casa do Estudante do Rio Grande do Norte e sigla C.E.R.G.N.,  levado ao registro em Cartório, que corresponde ao 2º Ofício de Notas, sendo publicado. Em até 14 de abril de 1957, foi aprovado um novo, revisado, do qual não localizamos nenhuma averbação ou novo registro. Assim o Estatuto Oficial estipulou seis categorias de sócios: fundadores, beneméritos, honorários, efetivos, beneficiados e contribuintes (artigo 29).
            A primeira Diretoria escolhida foi composta pelos estudantes Wellington Xavier Bezerra, sucessivamente reeleito por 10 anos; Dary de Assis Dantas, Diretor de Assistência à Secretaria; Erildo L’Erestre, Diretor de Cultura e Publicidade; Djalma Nunes Fernandes, Diretor de Expediente; José Maria de Souza Luz, Diretor de Contabilidade; Pedro Xavier de Carvalho, Diretor da Biblioteca e Pedro Diógenes Fernandes, Diretor Cooperativista. Eram secundaristas, quase todos oriundos do tradicional Atheneu.
            
    Primeira sede
            À esse tempo o Estado do Rio Grande do Norte mantinha um contrato de locação do prédio da Rua Seridó, 455, pertencente à Senhora Francisca Dantas, viúva do Dr. Manoel Dantas, onde mantinha menores pobres em forma de abrigo com a denominação de Abrigo Melo Matos. Terminado o contrato em 10 de setembro de 1946 o Estado não o renovou, transferindo o referido abrigo para outro prédio na Av. Hermes da Fonseca, próximo ao estádio Juvenal Lamartine, oportunidade em que os estudantes se aproveitaram para tentar ficar no prédio, como sua primeira sede, mediante locação

  A segunda e atual sede. Da ocupação na “marra” à doação legal
Em dado momento o crescimento da Casa passou a ampliar problemas de acomodação e a ideia de se buscar outro local mais amplo. Foi nesse período que a Polícia Militar desocupou o velho prédio da Rua (Praça) Coronel Lins Caldas e os estudantes foram pleitear do Governo a sua cessão, recebendo inicialmente a negativa do então Governador Sílvio Piza Pedroza, que já havia prometido o prédio para abrigar menores infratores, a pedido do Padre Eugenio Sales. Mesmo assim, os estudantes fizeram passeatas e alguns decidiram invadir o prédio “na marra”, fretando caminhões para levarem os seus pertences no dia 22/8/1956, havendo uma divisão entre os seus moradores, pois os fundadores se recusavam à invasão, mas outro grupo entrou em ação quebrando cadeados e se acomodando como fosse possível, dado que o prédio se encontrava em estado precaríssimo.
No outro dia, pelas 6 da manhã, comparece ao prédio o Coronel Luciano Veras para retirar os estudantes, cerca de 150, mas foi advertido que isso só ocorreria com violência e essa atitude iria desgastar o governo que, diante do fato consumado, aceitou a ocupação. Sabendo disso o Coronel recuou e até ofereceu carpinteiros da Polícia Militar para os serviços emergenciais na parte da cobertura do prédio.
Para evitar confronto foi então proposta a divisão do antigo quartel com a Igreja, mas sem concordância do governo. Contudo, face à situação já estabelecida, o Governador foi obrigado a mandar passar um muro dividindo espaços da moradia dos estudantes invasores com os menores do Abrigo Estevam Machado, apoiados pela Igreja, situação que nunca chegou a ser cômoda para nenhuma das partes, ocorrendo conflitos quando os menores pulavam o muro e retiravam pertences dos estudantes.
Nesse ínterim os estudantes procuram os Deputados Estaduais Patrício Neto, Israel Nunes, Joscelin Villar, Álvaro Mota e Manoel Torres, pedindo apoio e entregando uma minuta de projeto de lei que, após aperfeiçoado, foi submetido ao Plenário que a transformou em lei doando o prédio para a Casa do Estudante, que então contava com muitos oestanos (uns 50) e seridoenses (38), além de outros de regiões distintas.
Com isso o número de moradores chegou a mais de 300, exigindo uma reforma para ampliar as acomodações, que teve início mediante mutirão dos próprios moradores, com material conseguido na praça e a colaboração de pessoas para as tarefas necessárias e que requeriam mais habilidade, inclusive providenciaram a colocação de energia elétrica, obrigando o governador a também participar da apressada reforma. Em razão da existência de alguns pouco alfabetizados, o residente Otávio Pereira de Mello, “Pretinha”, assumiu o compromisso de ensinar aos mais carentes de saber para que pudessem obter o direito de inscrição em algum curso regular e assim cumprir o estatuto como residente da Casa.
         A mudança para a sua sede definitiva, prédio histórico do antigo quartel do Batalhão de Segurança do Estado (Polícia Militar), na Rua (Praça) Coronel Lins Caldas nº 678, ficou consolidada e persiste até os dias presentes, tendo acontecido no período de gestão do Governador Sílvio Pedroza, a partir de 22 de agosto de 1956.
        Infelizmente, mercê do esquecimento do poder público, o prédio está deteriorado e as determinações legais para a sua recuperação não vem merecendo atenção.
      O Ministério Público Estadual celebrou um TAC para o funcionamento da CERGN, que não vem sendo cumprido, inclusive com grandes problemas de direção da entidade, regida sem eleições regulares, com o cometimento de abusos que carecem de urgente verificação das autoridades, para que não deixem perecer uma instituição que abriga estudantes carentes, verdadeiras sementes para a grandeza do amanhã do nosso Estado.
        De qualquer forma, PARABÉNS À CASA DO ESTUDANTE DO RIO GRANDE DO NORTE, nos 60 anos de instalação do histórico quartel da Polícia Militar do Estado, cenário da luta armada nos idos de 1935 quando da Insurreição Comunista em Natal.

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* da ANRL, ALEJURN, AML, UBE-RN, IHGRN, INRG, MHV(OAB-RN).