03/07/2016



O QUE UMA ESCRITORA HOLANDESA FALOU DO BRASIL

LEIA COM BASTANTE ATENÇÃO:



Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil, realmente parece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos. Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado.

Só existe uma companhia telefônica e pasmem!: Se você ligar reclamando do serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado.

Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o sanduíche em um guardanapo – ou de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne.

Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas enroladas em folhas de jornal – e tem fila na porta.

Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de não-fumante, o garçom ri na sua cara, porque não existe. Fumam até em elevador.

Em Paris, os garçons são conhecidos por seu mau humor e grosseria e qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir pra lá dar aulas de ‘Como conquistar o Cliente’.

Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e cultura. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos emotivos.

Vocês têm uma língua que, apesar de não se parecer quase nada com a língua portuguesa, é chamada de língua portuguesa, enquanto que as empresas de software a chamam de português brasileiro, porque não conseguem se comunicar com os seus usuários brasileiros através da língua Portuguesa.

Os brasileiros são vitimas de vários crimes contra a pátria, crenças, cultura, língua, etc… Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar suas raízes culturais.

Os dados são da Antropos Consulting:

1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.

2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma.

3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária.

4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo.

5.. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina.

6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.

7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando.

8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês.

9. Na telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas.

10. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO- 9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México, são apenas 300 empresas e 265 na Argentina.

11. O Brasil é 1º maior mercado de jatos e helicópteros executivos do mundo.

Por que vocês têm esse vício de só falar mal do Brasil?

1. Por que não se orgulham em dizer que o mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano?

2. Que têm o mais moderno sistema bancário do planeta?

3. Que suas agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais?

4. Por que não falam que são o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?

5. Por que não dizem que são hoje a terceira maior democracia do mundo?

6. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?

7. Por que não se lembram que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem?

Por que não se orgulham de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando..

É! O Brasil é um país abençoado de fato. Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos.

Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques.
Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente.
Bendita seja, querida pátria chamada
Brasil!!

Divulgue esta mensagem para o máximo de pessoas que você puder. Com essa atitude, talvez 
não consigamos mudar o modo de pensar de cada brasileiro, mas ao ler estas palavras irá, pelo menos, por alguns momentos, refletir e se orgulhar de ser brasileiro…

______________________
Colaboração de Odúlio Botelho

02/07/2016



A GRANDEZA DO MAR

Você sabe por que o mar é tão grande?
Tão imenso? Tão poderoso?
É porque teve a humildade de colocar-se alguns centímetros
abaixo de todos os rios.
Sabendo receber, tornou-se grande.
Se quisesse ser o primeiro, centímetros acima de todos os rios,
não seria mar, mas sim uma ilha.
Toda sua água iria para os outros e estaria isolado.
A perda faz parte.
A queda faz parte.
A morte faz parte.
É impossível vivermos satisfatoriamente.
Precisamos aprender a perder, a cair, a errar e a morrer.
Impossível ganhar sem saber perder.
Impossível andar sem saber cair.
Impossível acertar sem saber errar.
Impossível viver sem saber viver.
Se aprenderes a perder, a cair, a errar, ninguém mais o controlará.
Porque o máximo que poderá acontecer a você é cair, errar e perder.
E isto você já sabe.


Bem aventurado aquele que já consegue receber com a mesma naturalidade
o ganho e a perda, o acerto e o erro, o triunfo e a queda, a vida e a morte.
Paulo Roberto Gaefke

01/07/2016


30/06/2016

REUNIÃO DA UBE-RN HOJE


Comunicado nº 05/2016
O Presidente da União Brasileira de Escritores – UBE-RN convida a Diretoria Executiva, Conselho Fiscal, Conselho Consultivo e interessados para participarem da Reunião Ordinária, cuja pauta segue:
PAUTA
I – leitura da Ata anterior
II – Informes
. Cartório
.finanças: situação da UBE
. recadastramento
. audiências e reivindicações
. Dia do Escritor (25 de julho)
. Aniversário da UBE (14 de Agosto= 57 anos) 
. Jornal O GALO 
. Dia Estadual e Municipal do livro infanto-juvenil (08 de setembro)
- lei municipal nº
- lei estadual nº 
-
III – Avaliação do semestre e perspectivas para o segund
Eduardo Gosson
Presidente
ONDE  -  QUANDO
Data: 30.06.2016 - HOJE
Hora: 16h
Local: (sala do Conselho Estadual de Cultura na ANRL) 
Lembrete: os confrades que ainda não quitaram a anuidade/2016
poderão fazê-lo neste dia. A Tesouraria estará funcionando durante 
A reunião
UBE-RN: 57 ANOS DE LUTAS EM PROL DO ESCRITOR POTIGUAR
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O legislador espartano

Na semana passada, como alguns de vocês devem lembrar, conversamos aqui sobre Sólon (638-558 a.C., aproximadamente), o grande estadista e magistrado ateniense que, no ano de 595 a.C., forjou um novo e perene direito para essa cidade-estado grega. 

Hoje trataremos de uma outra personagem da Grécia antiga, desta feita quase lendária, mas também fundamental para a construção, ao menos mitológica, do direito de então: Licurgo de Esparta. 

Atenas e Esparta, como sabemos, rivalizaram, durante um bom período da história antiga, como as duas principais cidades-estados da Grécia. Dessa rivalidade até resultou a famosa “Guerra do Peloponeso”, que durou de 431 a 404 a.C. (intercalada com intervalos de paz), tão bem retratada por Tucídides (430-355 a.C.) e Xenofonte (430-355 a.C.), na “História da Guerra do Peloponeso” e nas “Helênicas”, respectivamente. E Licurgo está para Esparta, em termos de importância, sobretudo para o seu direito, como Sólon está para Atenas. 

Pouquíssimo se sabe com segurança sobre a vida Licurgo de Esparta. Segundo reza a lenda – e aqui me fio apenas no que li em Plutarco (45-120), em “Vida de Licurgo”, que faz parte das clássicas “Vidas Paralelas” –, ele nasceu antes da “Primeira Olimpíada”, que, por sua vez, segundo aponta a história, se deu em 756 a.C. Mas o próprio Plutarco confessa, para além da incerteza sobre se Licurgo de fato existiu ou é uma criação mitológica, a existência de muitas versões contraditórias sobre a “vida” dessa personalidade. Diz-se que Ligurgo – partindo do pressuposto de que ele tenha de fato existido – chegou ao trono de Esparta com o falecimento do seu irmão mais velho, o rei Polidectes, mas espontaneamente renunciou ao poder em prol do seu sobrinho, Carilau, quando do nascimento deste, que ainda estava na barriga da mãe quando do falecimento do rei/seu pai. Isso fez a fama de Licurgo como homem justo, ao mesmo tempo que guardião do pequeno rei de Esparta (Carilau), o que, por outro lado, causou a inveja e oposição de alguns. Com tempo, temendo ser acusado de traição, Licurgo partiu em autoexílio. Viajou muito, alegadamente por Creta, pela Jônia e até pelo Egito. Aprendeu outro tanto. Até que foi chamando de volta pelos espartanos, que enxergavam nele a realeza (de fato) e o dom para governar e ser obedecido, assim como um ponto de equilíbrio entre os reis de Esparta e a população em geral. 

No que toca ao direito, deve ser primeiramente registrado que a legislação forjada por Licurgo para Esparta não era, segundo reza a lenda, de sua própria autoria. Pelo contrário, essa legislação teria lhe sido entregue/revelada pelo famoso “Oráculo de Delfos”, como destinada a reger a vida do povo de Esparta. Em geral, são leis que revelam costumes antigos do povo da região. E, para além do caráter místico de algumas delas, as “leis de Licurgo” revelam o desejo de retorno, com a exigência do seu estrito cumprimento, à disciplina civil e à segurança de saudosos tempos passados. 

Boa parte do direito forjado/revelado por Ligurgo chegou até nós fragmentado e por meio de aforismos. Nos seus provérbios, Licurgo combate a desigualdade social de então. Ele reprime a avidez. Combate ferozmente a luxuria. Enaltece a liberdade. Prega o respeito aos mais velhos. Venera a tradição do seu povo, respeitando o que lhe é sagrado. E, sobretudo, reafirma constantemente a necessidade de se cumprirem as leis. 

Concretamente, talvez a mais importante contribuição de Licurgo para o direito, especialmente para o direito constitucional, tenha sido a criação da “Gerúsia”, o conselho de anciãos espartano, composto de 28 homens sábios maiores de 60 anos e dos dois reis de Esparta. A Gerúsia rivalizava em poder com os reis espartanos e era, além do órgão responsável por direcionar/avalizar as políticas públicas necessárias, a suprema corte da cidade-estado. De uma Esparta que oscilava entre a democracia e a tirania, a anarquia e a ditadura, chegou-se, por intermédio de Licurgo, à aristocracia, ou seja, ao “governo dos melhores” (que muitos opõem à democracia ateniense). 

Muito famosa também é a severa (e, talvez por isso mesmo, controvertida) educação dos jovens em tenra idade, com internato e progressivo preparo para servir ao exército de Esparta, empreendida por Licurgo. E atribui-se a Licurgo, em grandíssima medida, parcialmente em virtude da sua “lei da educação”, não só o enorme desenvolvimento jurídico e político de Esparta, mas também, dado a excelência e os frutos dessa legislação, o crescimento econômico e, sobretudo, bélico dessa cidade-estado, que se tornou uma das mais poderosas do Peloponeso. 

No mais, para se ter uma ideia do legado desse lendário legislador, a Esparta de Licurgo, como anota Robert Hockett (em “Little Book of Big Ideas – Law”, A & C Black Publishers Ltd., 2009), “tornou-se objeto de fascínio para muitos pensadores políticos e filósofos utopistas subsequentes, incluindo Platão, cuja 'República' foi parcialmente modelada com base nela. O mesmo pode ser dito sobre muitos pensadores romanos e subsequentes líderes de nações militarizadas”. 

Por fim, reza a lenda sobre a vida de Licurgo que, ao finalizar a sua “fundante” revolução legislativa, conhecedor das inconstâncias dos homens e da política, ele pediu aos reis de Esparta que qualquer posterior alteração de sua legislação só fosse empreendida com o seu aval pessoal. Obtendo o assentimento real, Licurgo pediu (e novamente foi atendido) para ser condenado ao ostracismo/exílio, na esperança de que sua legislação sobrevivesse, a partir da invenção dessa inusitada “cláusula pétrea”, tanto aos outros homens como a ele mesmo. Enxergando as inconstâncias jurídicas de hoje – no Brasil, na Terra da Rainha e mundo afora –, achei muito sábio esse tal de Licurgo. 

Marcelo Alves Dias de Souza 
Procurador Regional da República 
Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL 
Mestre em Direito pela PUC/SP

29/06/2016

HOJE É O DIA CONSAGRADO A SÃO PEDRO

... DE JACAREI - SP - BRASIL: 29 DE JUNHO - DIA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO

São Pedro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

São Pedro Apóstolo
1º papa
Nome de nascimentoSimão Pedro
NascimentoBetsaidaPalestina
ca. 1 a.C.
Eleição30 d.C.
Fim do pontificadoca. 67 d.C. (ca.37 anos)
MorteRomaItália
ca. 67 (67 anos)
SucessorSão Lino
Dia consagrado29 de junho
Listas dos papas: cronológica · alfabética
São Pedro (Papa)
São Pedro e as Chaves do Reino dos Céus
PapaPrincípe dos Apóstolos, Kepha (que quer dizer Rocha) e Pescador de Homens
Nascimento ? 1 ano a.C em BetsaidaPalestina
Mortec67 d.C em Roma
Veneração porToda a Cristandade
Principal temploBasílica de São PedroVaticano
Festa litúrgica29 de junho
Atribuiçõesduas chavescruz invertida, rede de pescador
Padroeirodos Papas e dos pescadores
Gloriole.svg Portal dos Santos
São Pedro ou São Pedro Apóstolo, em hebraico:כיפא, em grego koinéΠέτροςPetros, "Rocha", segundo a interpretação católica e ortodoxafragmento (de pedra), "pedrinha", segundo a interpretação protestante[nota 1] (Betsaidaséculo I a.C., — Romacerca de 67 d.C.)[nota 2] [2] foi um dos doze apóstolos de Jesus Cristo, segundo o Novo Testamento e, mais especificamente, os quatro Evangelhos.
Igreja Católica considera Pedro como o primeiro bispo de Roma[3] [4] e, por isso, o seu primeiro papa. Ele seria, até hoje segundo o catolicismo, o detentor do mais longo pontificado da história: cerca de trinta e sete anos.

Nome e importância


Segundo a Bíblia, seu nome original não era Pedro, mas Simão. Aparece ainda uma variante do seu nome original, Simão Pedro, no livro dos Atos dos Apóstolos (Atos 10:18) e na II Epístola de Pedro (II Pedro 1:1).
No Evangelho de João (João 1:42), Cristo muda seu nome para כיפאKepha (Cefas em português), que em aramaico significa "pedra", "rocha", nome este que foi traduzido para o grego como ΠέτροςPetros, "Rocha" segundo a interpretação católicafragmento (de pedra), "pedrinha" segundo a interpretação protestante, a qual sustenta que a palavra grega que significa "rocha", "pedra" é πέτραpetra e que, posteriormente, passou para o latim como Petrus. Ocorre que o aramaico de "fragmento de pedra" ou ''pedrinha" é a palavra évna e não Képha, a qual foi traduzida para o grego bíblico para Petros, que realmente significa "Rocha".

Na interpretação da Igreja Católica para a razão de Jesus ter mudado o nome do apóstolo, bem como seu significado na citação bíblica «Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja; e as portas do Hades não prevalecerão contra ela.» (Mateus 16:18), a chamada Confissão de Pedro, Jesus estava comparando Simão a uma rocha. Desta forma, Cristo seria o fundador da Igreja Católica, fundada sobre Simão Pedro e sendo-lhe concedido, por este motivo, o título de "Príncipe dos Apóstolos". Esse título é um tanto tardio, visto que tal designação só começaria a ser usada cerca de um século mais tarde, suplementando o de Patriarca (agora destinado a outro uso). Pedro teria sido o primeiro Bispo de Roma. Essa circunstância é importante, pois daí provém a primazia do Papa e da diocese de Roma sobre toda a Igreja Católica; posteriormente esse evento originaria os títulos "Apostólica" e "Romana".
Já para os cristãos protestantes, protestantismo histórico ou ainda pentencostais e neopentecostais a "pedra" referida por Jesus é a confissão de fé de Pedro. O assunto que estava sendo abordado e tratado por Jesus não era sobre a pessoa do discípulo Pedro; mas sim "quem era Jesus", na opinião dos discípulos. Na pergunta de Jesus aos discípulos: «Quem diz o povo ser o filho do homem?» (Mateus 16:13), estes Lhe responderam: "Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias, ou algum dos profetas." e Jesus novamente pergunta: "Mas vós, quem dizeis que sou eu?" e Pedro responde: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo", isto é, que Cristo seria o Messias.[5] De acordo com estes textos da pergunta feita por Jesus aos seus discípulos, entende-se que a pedra seria o próprio Jesus. No grego, a palavra para pedra é petra, que significa uma "rocha grande e maciça", a palavra usada como nome para Simão, por sua vez, é petros, que significa uma "pedra pequena" ou "pedrinha".
No entanto, os eruditos católicos, entre os quais se destacam Leonel FrancaScott Hann e muitos outros, acreditam que, em grego, inicialmente as palavras petros e petra seriam sinônimos no primeiro século. A língua vernácula nos tempos de Jesus e dos apóstolos era o grego koiné, devido à influência helênica na região desde mais de dois séculos antes de Cristo. Ademais, é sabido que os judeus do primeiro século falavam principalmente o aramaico, mesma língua em que teria sido escrito originalmente o Evangelho de Mateus. Em aramaico a palavra para fragmento de pedra ou pedrinha seria a palavra évna e não kepha. Logo. o mais provável é que o a palavra "Képha" ou "Céfas" traduzida para o grego Petros nos EvangelhosAtos dos Apóstolos e escritos paulinos, todos escritos nesta mesma língua, realmente signifique Rocha. Jesus parece ter usado um trocadilho com o nome dado por Ele a Simão com base na Igreja de Jesus estar firmada na confissão de Pedro de que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e não apenas um profeta.

Dados biográficos

Mais informações: Primeiros discípulos de Jesus
Antes de se tornar um dos doze discípulos de Cristo, Simão era pescador. Teria nascido em Betsaida e morava em Cafarnaum. Era filho de um homem chamado João ou Jonas e tinha por irmão o também apóstolo André. Simão e André eram "empresários" da pesca e tinham sua própria frota de barcos, em sociedade com TiagoJoão e o pai destes, Zebedeu.[6]
Possivelmente Pedro era casado e tinha pelo menos um filho.[7] Sua esposa era de uma família rica e moravam numa casa própria, cuja descrição é muito semelhante a uma vila romana.[8] na cidade "romana" de Cafarnaum.[9]
Segundo o relato em Lucas 5:1-11, no episódio conhecido como "Pesca milagrosa", Pedro teria conhecido Jesus quando este lhe pediu que utilizasse uma das suas barcas, de forma a poder pregar a uma multidão que o queria ouvir. Pedro, que estava a lavar redes com Tiago e João, seus sócios e filhos de Zebedeu, concedeu-lhe o lugar na barca, que foi afastada um pouco da margem.
No final da pregação, Jesus disse a Simão que fosse pescar de novo com as redes em águas mais profundas. Pedro disse-lhe que tentara em vão pescar durante toda a noite e nada conseguira mas, em atenção ao seu pedido, fá-lo-ia. O resultado foi uma pescaria de tal monta que as redes iam rebentando, sendo necessária a ajuda da barca dos seus dois sócios, que também quase se afundava puxando os peixes. Numa atitude de humildade e espanto Pedro prostrou-se perante Jesus e disse para que se afastasse dele, já que era um pecador. Jesus encorajou-o, então, a segui-lo, dizendo que o tornaria "pescador de homens".
Nos evangelhos sinóticos, o nome de Pedro sempre encabeça a lista dos discípulos de Jesus, o que na interpretação da Igreja Católica Romana deixa transparecer um lugar de primazia sobre o Colégio Apostólico. Não se descarta que Pedro, assim como seu irmão André, antes de seguir Jesus, tenha sido discípulo de João Batista.
Outro dado interessante era a estreita amizade entre Pedro e João Evangelista, fato atestado em todos os evangelhos, como por exemplo, na Última Ceia, quando pergunta ao Mestre, através do Discípulo amado (João), quem o haveria de trair ou quando ambos encontram o sepulcro de Cristo vazio no Domingo de Páscoa. Fato é que tal amizade perdurou até mesmo após a Ascensão de Jesus, como podemos constatar em Atos dos apóstolos, na cena da cura de um paralítico posto nas portas do Templo de Jerusalém.[10]
Segundo a tradição defendida pela Igreja Católica Romana e pela Igreja Ortodoxa, o apóstolo Pedro, depois de ter exercido o episcopado em Antioquia, teria se tornado o primeiro Bispo de Roma. Segundo esta tradição, depois de ser milagrosamente solto da prisão em Jerusalém, o apóstolo teria viajado até Roma e ali permanecido até ser expulso com os judeus e cristãos pelo imperador Cláudio, época em que haveria voltado a Jerusalém para participar da reunião de apóstolos sobre os rituais judeus no chamado Concílio de Jerusalém.[11] Após esta reunião, Pedro ficou em Jerusalém. Paulo, Barnabé, Judas (Barsabás) e Silas foram para Antioquia.[12]
Depois de três anos, Paulo volta a Jerusalem para visitar Pedro e com ele fica quinze dias.[13] Quatorze anos depois, Paulo retorna a Jerusalém e lá se encontra com Tiago, Pedro e João.[14]
Tempos depois, por volta da metade do século I d.C, Pedro vai a Antioquia, onde ocorre uma discussão entre ele e Paulo, conhecida como o Incidente em Antioquia.[15]
A tradição da Igreja Católica Romana afirma que depois de passar por várias cidades, Pedro haveria sido martirizado em Roma entre 64 e 67 d.C. Desde a Reformateólogos e historiadores protestantes afirmaram que Pedro não teria ido a Roma; esta tese foi defendida mais proeminentemente por Ferdinand Christian Baur, da Escola de Tübingen. Outros, como Heinrich Dressel, em 1872, declararam que Pedro teria sido enterrado em Alexandria, no Egito ou em Antioquia.[3] Hoje, porém, os historiadores concordam que Pedro realmente viveu e morreu em Roma. O historiador luterano Adolf Harnack afirmou que as teses anteriores foram tendenciosas e prejudicaram o estudo sobre a vida de Pedro em Roma.[3] Sua vida continua sendo objeto de investigação, mas o seu túmulo está localizado na Basílica de São Pedro, no Vaticano, o qual foi descoberto em 1950 após anos de meticulosa investigação.[4]
Alguns pesquisadores acreditam que, assim como Judas Iscariotes, Pedro tenha sido um zelota, grupo que teria surgido dos fariseus e constituía-se de pequenos camponeses e membros das camadas mais pobres da sociedade. Este supostamente estaria comprovado em Marcos 3:18, assim como em Atos 1:13, no entanto, o certo "Simão, o Zelote" é na realidade uma pessoa distinta dentre as nomeações descritas nas referidas citações.

O primado de Pedro segundo a Igreja Católica


Cristo entrega as chaves do céu a Pedro

Ver artigo principal: Confissão de Pedro
Toda a primeira parte do Evangelho gira em torno da identidade de Jesus. Quando perguntado, Simão foi o primeiro dos discípulos a responder essa pergunta: Jesus é o filho de Deus. É esse acontecimento que leva Jesus a chamá-lo de Pedro e é conhecido como Confissão de Pedro.
Encontramos o relato do evento em Mateus 16:13-19: Jesus pergunta aos seus discípulos (depois de se informar do que sobre ele corria entre o povo): "E vós, quem pensais que sou eu?".
Simão Pedro, respondendo, disse: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Jesus respondeu-lhe: "Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne ou sangue que te revelaram isso, e sim Meu Pai que está nos céus. Também Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei Minha Igreja[16] e as portas do Hades[17] nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus e o que ligares na terra será ligado nos céus. E o que desligares na terra será desligado[18] nos céus".
João 21:15-17 e Lucas 22:31 também falam a respeito do primado de Pedro dever ser exercido particularmente na ordem da Fé, e que Cristo o torna chefe:
Jesus disse a Simão (Pedro): "Simão, filho de João, tu Me amas mais do que estes?" Ele lhe respondeu: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo". Jesus lhe disse: "Apascenta Meus cordeiros". Segunda vez disse-lhe: "Simão filho de João, tu Me amas?" - "Sim, Senhor", disse ele, "tu sabes que te amo". Disse-lhe Jesus: "Apascenta Minhas ovelhas". Pela terceira vez lhe disse: "Simão filho de João, tu Me amas?" Entristeceu-se Pedro porque pela terceira vez lhe perguntara 'Tu Me amas?' e lhe disse: "Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo". Jesus lhe disse: "Apascenta Minhas ovelhas." (João 21:15-17).
«Simão, Simão, eis que Satanás pediu insistentemente para vos peneirar como trigo; Eu, porém, orei por ti, a fim de que tua fé não desfaleça. Quando, porém, te converteres, confirma teus irmãos.» (Lucas 22:31-32)

O apóstolo Pedro, o primeiro Bispo de Roma


A comunidade de Roma foi fundada pelos apóstolos Pedro e Paulo e é considerada a única comunidade cristã do mundo fundada por mais de um apóstolo e a única do Ocidente instituída por um deles. Por esta razão desde a antiguidade a comunidade de Roma (chamada atualmente de Santa Sé pelos católicos) teve o primado sobre todas as outras comunidades locais (dioceses); nessa visão o ministério de Pedro continua sendo exercido até hoje pelo Bispo de Roma (segundo o catolicismo romano), assim como o ministério dos outros apóstolos é cumprido pelos outros Bispos unidos a ele, que é a cabeça do colégio apostólico, do colégio episcopal. A sucessão papal (de Pedro) começou com São Lino (67 d.C.) e, atualmente é exercida pelo Papa Francisco, eleito em 13 de março de 2013. Segundo essa visão, o próprio apóstolo Pedro atestou que exerceu o seu ministério em Roma ao concluir a sua primeira epístola: "A [Igreja] que está em Babilônia, eleita como vós, vos saúda, como também Marcos, meu filho."[19] . Trata-se da Igreja de Roma[20] . Assim também o interpretaram todos os autores desde a Antiguidade, como abaixo, como sendo a Roma Imperial (decadente). O termo não pode referir-se a Babilônia sobre o Eufrates, que jazia em ruínas ou à Nova Babilônia (Selêucia) sobre o rio Tigre, ou à Babilônia Egípcia cerca de Mênfis, tampouco a Jerusalém; deve, portanto referir-se a Roma, a única cidade que é chamada Babilônia pela antiga literatura cristã[21] .

Testemunhos históricos de Pedro em Roma

Os historiadores atualmente acreditam que a tradição católica esteja correta; igualmente, muitas tradições antigas corroboram a versão de que Pedro esteve em Roma e que ali teria sido martirizado.
  • Clemente, terceiro bispo de Roma e discípulo de Pedro, por volta de (96 d.C.), em sua Epístola aos Coríntios, faz clara alusão ao martírio deste e de Paulo em Roma:
Todavia, deixando os exemplos antigos, examinemos os atletas que viveram mais próximos de nós. Tomemos os nobres exemplos de nossa geração. Foi por causa do ciúme e da inveja que as colunas mais altas e justas foram perseguidas e lutaram até a morte. Consideremos os bons apóstolos. Pedro, pela inveja injusta, suportou não uma ou duas, mas muitas tribulações e, depois de ter prestado testemunho, foi para o lugar glorioso que lhe era devido. Por causa da inveja e da discórdia, Paulo mostrou o preço reservado à perseverança. Sete vezes carregando cadeias, exilado, apedrejado, tornando-se arauto no Oriente e no Ocidente, ele deu testemunho diante das autoridades, deixou o mundo e se foi para o lugar santo, tornando-se o maior modelo de perseverança. .[22]
  • Inácio de Antioquiabispomártir e também discípulo de Pedro, em cerca de (107 d.C.), em sua Epístola aos Romanos, a qual fora dirigida à comunidade cristã lá situada, refere-se nos seguintes termos ao martírio de Pedro e Paulo em Roma:
"Não vos dou ordens como Pedro e Paulo; eles eram apóstolos, eu sou um condenado. Eles eram livres, e eu até agora sou um escravo".[23]
Papias, bispo de Hierápolis, atesta a atribuição do segundo evangelho a Marcos, “intérprete” de Pedro em Roma. O livro teria sido composto em Roma, depois da morte de Pedro (prólogo antimarcionita de século II, Ireneu) ou ainda durante sua vida (segundo Clemente de Alexandria). Quanto a Marcos, foi identificado como João Marcos, originário de Jerusalém (At 12,12), companheiro de Paulo e Barnabé (At 12,25; 13,5.13; 15,37-39; Cl 4,10) e, a seguir, de Pedro em “Babilônia” (isto é, provavelmente, em Roma) segundo 1Pd 5,13.[24]
Tendo vindo ambos a Corinto, os dois apóstolos Pedro e Paulo nos formaram na doutrina do Evangelho. A seguir, indo para a Itália, eles vos transmitiram os mesmos ensinamentos e, por fim, sofreram o martírio simultaneamente.[25]
  • Gaio, presbítero romano, em 199 d.C.:
Nós aqui em Roma temos algo melhor do que o túmulo de Filipe. Possuímos os troféus dos apóstolos fundadores desta Igreja local. Ide à Via Ostiense e lá encontrareis o troféu de Paulo; ide ao Vaticano e lá vereis o troféu de Pedro.

São Pedro

Gaio dirigiu-se nos seguintes termos a um grupo de hereges: Posso mostrar-vos os troféus (túmulos) dos Apóstolos. Caso queirais ir ao Vaticano ou à Via Ostiense, lá encontrareis os troféus daqueles que fundaram esta Igreja.[26]
Pedro, ao ser martirizado em Roma, pediu e obteve que fosse crucificado de cabeça para baixo[27]
Pedro, finalmente tendo ido para Roma, lá foi crucificado de cabeça para baixo.[28]

Para a maior e mais antiga a mais famosa Igreja, fundada pelos dois mais gloriosos Apóstolos, Pedro e Paulo." e ainda "Os bem-aventurados Apóstolos portanto, fundando e instituindo a Igreja, entregaram a Lino o cargo de administrá-la como bispo; a este sucedeu Anacleto; depois dele, em terceiro lugar a partir dos Apóstolos, Clemente recebeu o episcopado.
Mateus, achando-se entre os hebreus, escreveu o Evangelho na língua deles, enquanto Pedro e Paulo evangelizavam em Roma e aí fundavam a Igreja.[29]
  • Formado como jurista Tertuliano (155-222 d.C.) falou da morte de Pedro em Roma:
A Igreja também dos romanos pública - isto é, demonstra por instrumentos públicos e provas - que Clemente foi ordenado por Pedro.
Feliz Igreja, na qual os Apóstolos verteram seu sangue por sua doutrina integral!" - e falando da Igreja Romana, "onde a paixão de Pedro se fez como a paixão do Senhor.
Nero foi o primeiro a banhar no sangue o berço da fé. Pedro então, segundo a promessa de Cristo, foi por outrem cingido quando o suspenderam na Cruz.[30]
  • Eusébio (263-340 d.C.) Bispo de Cesareia, escreveu muitas obras de teologiaexegeseapologética, mas a sua obra mais importante foi a História Eclesiástica, onde ele narra a história da Igreja das origens até 303. Refere-se ao ministério exercido por Pedro:
Pedro, de nacionalidade galileia, o primeiro pontífice dos cristãos, tendo inicialmente fundado a Igreja de Antioquia, se dirige a Roma, onde, pregando o Evangelho, continua vinte e cinco anos Bispo da mesma cidade.
A sucessão de Bispos em Roma é nesta ordem: Pedro e Paulo, Lino, CletoClemente etc...[31]
Lino foi Bispo de Roma após o seu primeiro guia, Pedro.[32]
Você não pode negar que sabe que na cidade de Roma a cadeira episcopal foi primeiro investida por Pedro, e que Pedro, cabeça dos Apóstolos, a ocupou.[33]
A cátedra de Roma é a cátedra de Pedro, a Igreja principal, de onde se origina a unidade sacerdotal.[34]
A Pedro sucedeu Lino.[35]
Logo, apesar das opiniões divergentes que surgiram a partir da Reforma Protestante, era constante, unânime e ininterrupta a tradição segundo a qual Pedro pregou o evangelho em Roma e lá encontrou o martírio, o que é robustecido pelos escritos dos Pais da Igreja e pela arqueologia.

Os textos escritos pelo apóstolo

Novo Testamento inclui duas epístolas cuja autoria é atribuída a Pedro: A Primeira epístola de São Pedro e a Segunda epístola de São Pedro.

Indícios arqueológicos

Ver artigo principal: Túmulo de São Pedro

Baldaquino da Basílica de São Pedro: O túmulo de São Pedro encontra-se diretamente abaixo desta estrutura. Bernini, 1633
A partir da década de 1950, intensificaram-se as escavações no subsolo da Basílica de São Pedro, lugar tradicionalmente reconhecido como provável túmulo do apóstolo e próximo de seu martírio no muro central do Circo de Nero. Após extenuantes e cuidadosos trabalhos, inclusive com remoção de toneladas de terra que datava do corte da Colina Vaticana para a terraplanagem da construção da primeira basílica na época de Constantino, a equipe chefiada pela arqueóloga italiana Margherita Guarducci encontrou o que seria uma necrópole atribuída a Pedro, inclusive uma parede repleta de grafitos com a expressão Petrós Ení, que, em grego, significa "Pedro está aqui".
Também foram encontrados, em um nicho, fragmentos de ossos de um homem robusto e idoso, entre 60-70 anos, envoltos em restos de tecido púrpura com fios de ouro que se acredita, com muita probabilidade, serem de Pedro. A data real do martírio, de acordo com um cruzamento de datas feito pela arqueóloga, seria 13 de outubro de 64 d.C. e não 29 de junho, data em que se comemorava o traslado dos restos mortais de Pedro e São Paulo para a estada dos mesmos nas Catacumbas de São Sebastião durante a perseguição do imperador romano Valeriano em 257 d.C.

Iconografia

A mais antiga imagem conhecida do apóstolo Pedro foi descoberta em 2010 em catacumbas sob a cidade de Roma, e data do século IV. No mesmo lugar, foram também descobertas imagens dos apóstolos PauloAndré e João. As obras fazem parte de um grupo de pinturas em torno de uma imagem de Jesus Cristo como o Bom Pastor no teto do que os estudiosos acreditam ter sido o túmulo de um nobre romano.[36]

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