06/04/2016

O LANÇAMENTO DA REVISTA Nº 46 - ANRL


CELEBRAÇÃO DO LANÇAMENTO (Diogenes, Thomaz Gonzaga, Manoel Onofre Jr., Leide Câmara, Diva Cunha e Iaperi Araújo), fora da foto Isaura Rosado, Jurandyr Navarro, Carlos Gomes, Ormuz Simonetti, Paulo de Tarso, Manoel Martins, Sônia Faustino, Lívio Oliveira, Nelson Patriota, Eulália Barros, Rizolete, David Leite e servidores da Casa.



Lançamento da Revista da  ANRL  Nº 46

Dia:  5 de abril ( terça-feira)
Loca:l  Academia Norte Rio-Grandense de Letras


Hora: 17 h




EDITAL Nº 02, DE 01/04/2016.

Assembleia Geral - Sessão Solene de Posse 
O Presidente da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, de conformidade com seu Estatuto Social e Regimento Interno, Convida os Srs. Acadêmicos e Acadêmicas, para a Assembleia Geral - Sessão Solene de Posse, do escritor,Nelson Patriota, como  terceiro  sucessor da cadeira Nº 8, eleito em 22 de março de 2011,  que tem como  Patrona Isabel Gondim,  Fundador  - Matias Maciel, sucessor 1 Walter Wanderley e  sucessor 2 Nilson Patriota.
Orador:
Acadêmico, Manoel Onofre Júnior.

Comissão de Recepção:
Acadêmico, João Batista Pinheiro Cabral,
Acadêmico, Jurandyr Navarro
Acadêmico, Paulo de Tarso.
Data: 15 de abril de 2016 (sexta-feira)
Horário: ás 20 horas
Salão Nobre da Academia

Diogenes da Cunha Linha
Presidente


04/04/2016



A CHÁCARA DO SOLAR DA MADALENA
*Jansen leiros

Lembro-me de que eu ainda era um infante, quando, para encantamento de todos, surgiu a rainha da comunicação: a televisão - fascinando o mundo moderno, por inteiro, como um todo.
Meu pai, homem de percepção acurada,  havia comprado um belo aparelho transmissor, da marca PHILCO, para nosso contentamento familiar e o Solar da Madalena, em Macaíba,  construção mesclada  de variados estilos arquitetônicos, tornou-se a DEUSA do lugar, para fascínio e atração da meninada ribeirinha, principalmente nos finais de semana,  na cidade-Princesa do Rio Jundiaí, mostrando, através das películas ou vídeos projetadas na televisão, alguns belos exemplares de aves e animais de pelagem e plumagem brancas, condições que, no momento daquele relato não eram comuns em nosso pais, tendo em vista a temperatura ambiental desta faixa tórrida do Brasil - pais continente -essencialmente  tropical.
Meus pais eram espiritualistas, adeptos da doutrina de Kardec e, tal conjuntura, ensejava a criação dos filhos, embasada na ética bem estruturada nos valores morais, aplicada com  respeito aos seres vivos, quer fossem eles racionais ou irracionais.
O lema de meus pais era, então: “respeitar a todos, de maneira incondicional, considerando todos os seres como iguais a nós, bem assim merecedores de profundo respeito.”
Com base nesses princípios, fui incentivado a iniciar a implantação daquela  Chácara, com ares de certo requinte.
Assim estávamos sendo criados, Eu, Natércia e Daphne, nos preparando para uma vida mais aprimorada em ambiente de melhor nível de cultura.
Então, pusemos mãos à obra.
Ali, começava a nascer a Chácara do Solar da Madalena, na ribeira do Jundiaí, para contentamento deste articulista ou cronista, como queiram.
Nela, já eram encontradas galinhas da raça Legorne Branca – raça americana - as quais seriam usadas, certamente, para os cruzamentos programados com exemplares brancos, portadores de pescoço pelado, raça de origem (até então ignorada), mas bonita e atraente pelo porte esbelto e viril,  chamando a atenção dos  visitantes e dos apreciadores daquelas aves.
Havia sido dado o ponta pé inicial e a
Chácara começara a programar  seus
acasalamentos.
Na medida em que o tempo ia passando, a chácara foi aumentando seu plantel e o trabalho de seleção se
aprimorando, em razão das pesquisas, o que me encheu de orgulho, tal a performance que foi adquirindo, até tornar-se um ponto turístico, como chegou a ser.
Eis, ai, a razão de meu justificável contentamento e certo orulho.
Dois anos se passaram e a Chácara havia aumentado seu plantel, quer em quantidade de aves e de animais de várias espécimes, quer quanto a importância econômica para Macaíba e para o Estado do Rio Grande do Norte.


Além das galinhas do pescoço pelado,
carro chefe, do projeto em comento, a Chácara contava com outras variedades de aves, usadas na composição daquele trabalho empreendedor.
Raças Ornamentais:
Galinhas (gigantes) Rhode Island Red, Plymout Rock Barrada e Branca;  Gigante Negro de Jérsey, Conchinchina, Garnizé, Wyandotte,  Buckeyes; Lamonas, Brhama Dark, Brhama Light, New Hampshire; e Delaware;


 (miniaturas):Existiam mais quatro variedades de miniaturas de raças distintas;
Galinhas de Angola de dois tipos diferentes, inclusive uma variedade francesa e outra de plumagem branca.
Existia o Pavão Branco, o Verde,o Azul, Ombros Negros  e , o Arlequim;

PALMIPEDES:
Marrecos de Pequim; Marrecos de Ruão; Marrecos Nativos do Brasil; Marrecos Mandarim; Marrecos Canadenses; Marrecos Indianos; Gansos Sinaleiros; Gansos Europeus;
Gansos Alemães; Gansos Africanos
e o Cisne Real, com toda realeza que essa ave nobre pode ter.
Ao longo do caminhar do projeto, duas viagens  ao exterior foram feitas, especificamente para a Holanda, objetivando a obtenção do conhecimento técnico específico para a criação de cada espécie,  bem  assim a aprendizagem mais adequada dos respectivos  manejos. Porém, a política brasileira foi mudando por várias injunções e tudo se foi tornando de difícil execução que muitas coisas se foram tornando inexequíveis. 
Por essas razões especiais, inclusive mudanças na administração da política nacional, me trasladaram para outra cidade do pais e o projeto da Chácara do Solar da Madalena foi-se esvaindo, até findar-se.
Eis a história desse empreendimento que ficou no arquivo de minha memória e, assim guardo aqui as lembranças dos bons dias em que convivi com minhas aves e animais, naquela vivenda tão maravilhosa, da qual me restam boas lembranças e muitas saudades.

03/04/2016


Lançamento da Revista da  ANRL  Nº 46
,
Dia:  5 de abril ( terça-feira)
Loca:l  Academia Norte Rio-Grandense de Letras
Hora: 17 h

02/04/2016

O PRESIDENTE ORMUZ BARBALHO SIMONETTI CONVOCOU UMA REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA PARA CUIDAR DE ASSUNTOS DE NATUREZA JURÍDICA E ADMINISTRATIVA, PELAS 9H EM SUA SEDE.

01/04/2016


DISCURSO DE POSSE DOS NOVOS SÓCIOS DO IHGRN – 29/03/2016

Senhor Presidente,
Senhores Diretores,
Cidadãos e cidadãs presentes a esta solenidade.

                        Várias são as linguagens do aprendizado existencial. E algumas frases trazem o efeito dessa ilustração: “A história é a mestra da vida” (Cícero); “A filosofia é uma preparação para a morte” (Sócrates); “A arte justifica o sofrimento da vida” (Schopenhauer).

                        Ocorre que fui designado para falar, neste evento, em nome dos onze novos sócios deste importante, tradicional e secular Instituto  -  “Casa da Memória” de nosso Estado.

                        Missão honrosa, pois tratam-se de pessoas de alto valor e muito queridas em nosso meio social.

                        E de repente, não uma frase, mas versos vêm ilustrar essa unidade paradoxalmente plural e que, por ação do imaginário em nosso inconsciente, faz-nos pressentir, em determinados momentos, que somos mais que um. E os versos, belos versos de nosso Mário de Andrade, que julgava sepultados na estância da memória de meus vinte anos, eclodem sem licença e quase sem aparente explicação:

                        “Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cincoenta,
                        Mas um dia afinal eu toparei comigo...
                        Tenhamos paciência, andorinhas curtas,
                        Só o esquecimento é que condensa,
                        E então minha alma servirá de abrigo.”

                        Talvez porque hoje condensados na memória de quem avança na idade, de quem se desprende e abre o coração além de sua própria individualidade e compreende o outro  -  o semelhante, o próximo  -  em sua essencialidade de igual, de amigo, de irmão. Como os trezentos do imaginário de Mário de Andrade, ou como os trezentos espartanos históricos de Leônidas.

                        Dessa forma, e neste sentido de união e irmandade, a minha voz faz-se voz e saudação destes doze novos sócios do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, que chegam com o propósito de integração, de solidariedade, de ajuda na preservação e ampliação de tão importante acervo de nossa memória coletiva.

                        Portanto, aqui nos fazemos presentes, eu, 
HORÁCIO DE PAIVA OLIVEIRA, e meus colegas e amigos 
ALBERTO GONDIM DE FREITAS
ANTONIA ALVES DE AMORIM MORAIS
EULÁLIA DUARTE BARROS
FRANCISCO DE SALES FELIPE
HÉLIO FERNANDES SILVA
HENRIQUE EDUARDO DE OLIVEIRA
JOSÉ CLAUDINO LEITE FILHO
LUIZ GONZAGA DE MEDEIROS BEZERRA DA CUNHA DE ALBUQUERQUE
                                                                                                         MESQUITA
MARCOS ANTONIO CAMPOS
RENAN II DE PINHEIRO E PEREIRA
OSWALDO JOSÉ DE PAULA BARBOSA

                        Nesta oportunidade, queremos demonstrar a nossa gratidão àqueles que nos convidaram ao honroso convívio associativo nesta egrégia entidade.

                        E dizemos de nosso agrado, de nosso olhar elogioso e afirmativo que se dirige à administração que hoje encerra seu mandato, responsável não apenas pelas obras físicas de conservação, restauração e reformulação da Casa, mas ainda  -  e quiçá, sobretudo  -  pelo chamamento à participação daqueles que em nosso Estado amam a história e guardam, em profundidade, o sentimento de sua importância e de seus ensinamentos, como templários da memória.

                        E podemos dizer-nos também felizes porque, conhecendo os componentes da nova diretoria  -  a quem expressamos nossos parabéns, porquanto hoje empossados  -  e seu inegável potencial de  criatividade, temos a clara expectativa da magnitude do trabalho que desenvolverão.

                        Finalmente, seguindo o otimismo que anima o trabalho desenvolvido nesta Casa, não encerrarei minhas palavras com o desespero expresso naqueles trágicos e belos versos de Camões no final d’Os Lusíadas, quando lamentava o declínio de Portugal (“No mais, Musa, no mais, que a Lira tenho/ Destemperada e a voz enrouquecida (...)”, não obstante também viver nossa Pátria momentos de grande turbulência econômica e política.   

                        Ao contrário, formulo o convite da esperança, aquela esperança que jorra e corre da eterna fonte, de Deus e do amor, nunca esquecida ou desprezada, e com sensibilidade celebrada pelo santo e grande poeta espanhol San Juan de la Cruz, em versos inolvidáveis, de beleza excelsa e pureza visionária, aqui destacados:

“Que bien sé yo la fuente que mana y corre
                        aunque es de noche.

Aquella eterna fuente está ascondida,
que bien sé yo do tiene su manida,
                        aunque es de noche.”
(...)

“Aquesta viva fuente que deseo,
en este pan de vida yo la veo,
                        aunque es de noche.”

                        Façamos, pois, deste momento de integração e fraternidade, nesta Casa onde se preservam a memória e o passado, um compromisso com o futuro e com a esperança!

                        Horácio Paiva

                        E-mail: horacio_oliveira@uol.com.br