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04/02/2016
03/02/2016
O IHGRN REINICIA SUAS ATIVIDADES
O INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE REINICIA SUAS ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS, FUNCIONANDO NO ANEXO "MEMORIAL ORIANO DE ALMEIDA".
Neste início de 2016 estão chegando as estantes deslizantes adquiridas para reordenamento do seu acervo documental e, igualmente, estão sendo ultimados os termos do Convênio com a Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte para o início da recuperação e catalogação do seu acervo.
Também estão sendo ultimados os procedimentos para funcionamento do nosso estacionamento da Praça André de Albuquerque.
É pretensão do Presidente Valério Mesquita, antes do término do seu mandado (29 de março vindouro), que já seja possível utilizar o acervo para pesquisas.
A posse da nova Diretoria será mesmo no dia 29 de março próximo, em local que será previamente anunciado.
No entanto, é fundamental que os nossos associados quitem a primeira parcela da anuidade 2016, no valor de R$ 100,00, através da nossa Tesouraria ou de depósito em nossa conta corrente do Banco do Brasil S/A nº 34283-1, Agência 022-1.
ESTAMOS PRECISANDO DA SUA AJUDA!
ESTAMOS PRECISANDO DA SUA AJUDA!
02/02/2016
EM DIA COM A
ACADEMIA Nº 02 1/2/2016
Cuidando da Memória Acadêmica.
Aniversariante do mês de fevereiro:
Parabéns Dorian Gray - Cadeira 9 dia 16/02
Posse Marcelo Navarro – Cadeira 39 - Dia 20/01/2016
.
Mesa de Abertura
Presença de 20 Acadêmicos
Comissão de Recepção : Acadêmicos Vicente Serejo, José Augusto
Delgado
e o Cônego José Mário.
Comissão de Vestes Acadêmicas: Carlos Gomes, Elder
Heronildes e Paulo de Tarso
z
Orador: Acadêmico Jurandyr Navarro.
Presença
Acadêmica
CADEIRA 2 –
ERNANI ROSADO
CADEIRA 5
- MANOEL
CADEIRA 6 -
JOÃO BATISTA CABRAL
CADEIRA 10 - PAULO
MACEDO
CADEIRA 11-
PAULO DE TARSO
CADEIRA 14 -
ARMANDO NEGREIROS
CADEIRA 18 - JOÃO MEDEIROS (PADRE)
CADEIRA 19 - MURILO
MELO
CADEIRA 21- VALÉRIO MESQUITA
CADEIRA 22 -
JOSÉ MÁRIO (CÔNEGO)
CADEIRA 23 - IAPERI ARAÚJO
CADEIRA 24- SÔNIA FAUSTINO
CADEIRA26-
DIOGENES DA CUNHA LIMA
CADEIRA 27 -
VICENTE SEREJO
CADEIRA 28 -JURANDYR NAVARRO
CADEIRA 31- LEIDE
CÂMARA
CADEIRA 33- CARLOS GOMES
CADEIRA 36 - JOSÉ
DELGADO
CADEIRA 37 - ELDER
HERONILDES
CADEIRA 39 - MARCELO NAVARRO
Eleitos
(falta tomar posse)
CADEIRA
13- EULÁLIA BARROS
CADEIRA
20- JARBAS MARTINS
Fotos
AMIGOS E RECEPÇÃO
COM A CÚPULA DA ANRL
COM AMIGOS
DISCURSO
A MESA EM SINAL DE RESPEITO CANTA O HINO NACIONAL
Outros
Assuntos:
Lembrar aos Acadêmicos (as) Doação de Livros para
Biblioteca da Escola Augusto Severo (Deixar na Academia).
Memória
Acadêmica
Na Biblioteca
da ANRL “ Padre Luiz Monte”, (Diretor Jurandyr Navarro)
Tem todos os seus livros publicados?
Revista da
ANRL (Manoel Onofre Júnior, Diretor )
Mandar material para Revista, até o dia 15 de fevereiro.
Acadêmica Leide Câmara
Secretária
CNPJ: 08.343.279/0001-18
Rua: Mipibu, 443 – Petrópolis – Natal/RN CEP 59020-250
- Telefone: 84- 3221.1143
E-mail: academianrl@gmail.com
30/01/2016
CRÔNICA DAS VELHAS FIGURAS II
Valério Mesquita*
Retorno ao resgate dos antigos vultos que permearam a vida política,
social, comercial, abrangendo profissionais diversos que habitaram nos anos
quarenta, cinqüenta, sessenta, a pacata e simplória Macaíba. No primeiro
artigo, de memória, fixei quase cem figuras representativas que os olhos do
coração não esqueceram. O objetivo dessa relembrança não é apenas emocional ou
sentimental, mas visa, também, restituir um universo de personagens esquecidos
e conflitantes com os costumes, a teluricidade e a falta de amor dos habitantes
de hoje, pela própria terra, fenômeno progressivo e desagregador. Até parece
que Macaíba perdeu a sua cidadania, a sua identidade, a sua bússola, o norte e
a sorte.
Retiro do baú das recordações o bote e a figura de João Lau, dos
comerciantes: Euclides Leite, José Baltazar Marinho, José de Lima, João Batista
do Nascimento (o João Manteiga), Alberto Silva, José Maria Magalhães, José
Felix e Graziela Mesquita, Luís Marinho de Carvalho, Joaquim de Souza, João de
Melo, Júlio Marcelino, Aguinaldo Ferreira, Severino Ramalho, Euclides Ribeiro,
José Augusto Costa, além do tabelião Raimundo Barros Cavalcanti, de João Santiago
de Oliveira, Amâncio Leite Ramalho, Pedro e Joca Simplício, Lourival da Silva
Santos, menino pobre de Macaíba que se tornou juiz de Direito, Dona Luizinha de
Seu Baltazar, Iáiá Mesquita, Sérgio Quirino, Raimundo Aureliano, João Meira
Lima, intendente municipal e pai de Nadir Garcia e Zuleide Maciel, José Inácio
Neto e os irmãos Neif e Nássaro Nasser, Luís de Cassimiro, Clóvis do Correio e
o irmão Geraldo Correia, Miguel e Zé Pelado, José Mumbaça, Filadelfo de Araújo,
Heronides e os seus irmãos da família Mangabeira. Como não lembrar de Dozinho,
Bedé, Candu, Nestor Lima e o seu irmão Gustavo, Antônio Lacerda e Venâncio
Alves, dupla de área da Prefeitura, Leonel e Chiquito Pessoa, Juvêncio Nunes, o
circunspecto motorista de Olimpio Maciel, além de Rufino eletricista e Zé
Batata; de Jundiaí o professor Nilo Albuquerque, Rivaldo D’Oliveira, Seu
Moisés, David Damasceno, José Florentino Damasceno, Aldo e Magno Tinoco, o
sapateiro Napoleão Feitosa, o famoso “Napole”, bispo de Braga, Seu Joca Leiros,
João Fagundes Almeida, Tapeorá, o enfermeiro, e Miguel Ferreira de Lima o
goleiro do Cruzeiro e do Vasco da Gama do Rio, o tenente Cordeiro, a esposa Iná
e Consuelo (irmã), Quino Alves de Japecanga, Geraldo Pinheiro, João Raimundo da
fazenda Abrasamundo, os irmãos Luís Gia e Tibúrcio, filhos de Ritinha da rua do
Cajueiro que pilava e torrava o mais forte e saboroso café de Macaíba, Alberto
Vitalino, Passarinho e o seu irmão Tota, Margarida e o esposo Seu Velhinho, Dão
vendedor de pão do Barro Vermelho, os garçons Luiz Bicho Feio e Antônio
Paulino, os músicos Perequeté, Pereira, Banga, Geraldo Paixão, Bodete, Rei,
Tião, Bastinho, Zé Jeep, Ronaldo, o barbeiro Zé Franco e o engraxate Manoel,
Maceira, João Cabeção, Sabiá e Maria Cabral, expressões inesquecíveis do
folclore. E ainda, Ailton Feitosa, Sebastião Melo e Chicozinho, o trio de
violão e cavaquinho, Pedro e Manoel Pixilinga, Zezito da banca de jogo,
Otacílio Duarte e Pedro Américo da rua do Vintém e Charuto da bodega.
Todos formam um rio caudaloso tão forte que transborda da memória, saindo
do leito ordenado e ganhando espaços outros que não consigo captar e restituir
mais nomes. O certo é que hoje, neste espaço, grande parte do passado de minha
terra ganhou vida através da ressurreição nominal dos seus protagonistas,
grandes ou simples, ricos ou pobres, mas cópias fiéis de uma fisionomia humana
que Macaíba não tem mais.
(*) Escritor.
28/01/2016
Valério Mesquita
CRÔNICA DAS VELHAS FIGURAS I
Valério Mesquita*
Um escriba oficial da prefeitura com a
consciência presa no cofre municipal, escreveu que “Macaíba de antigamente, era
uma cidade sem rosto e sem voz”. Com esse título, ele se exibe como um
vitorioso mas de alma deserta e de artista sem memória. A sabedoria do papagaio
é a imitação. Ele é o papagaio pendurado no ombro do pirata só para falar
aquilo que o dono manda. Não aprenderam que “o povo que não tem passado não tem
futuro”.
Escrevi dois artigos, intitulados
“Crônicas das Velhas Figuras I e II”, para mostrar ao desmemoriado
“historiador” do “Informativo Atitude” que antigamente Macaíba tinha rosto,
voz, vergonha e honestidade.
“Agrada-me
discorrer sobre as pessoas que conheci, estimei e admirei ao longo de minha
vida. Figuras marcantes que, mesmo simples e humildes, enchiam de humanidade o
cotidiano de Macaíba. As paginas do
livro imaginário da historia estão repletas dos seus exemplos, de suas fotos,
dos seus gestos e até dos seus sofrimentos. Hoje, na cidade, vultos dessa
estirpe vão se rarificando, como se Macaíba tivesse se despovoando de sua
dignidade, do seu glamour, de sua inteireza ou de sua própria fisionomia. O
aspecto urbano descaracterizou-se. Macaíba é uma legião estrangeira onde os
seus reduzidos remanescentes são apenas sombras, nada mais.
Deixando de lado a
negra pintura das vestes da cidadela, restituo nessa correspondência
sentimental parte dos nomes que fizeram Macaíba nos seus múltiplos aspectos,
correndo o risco da omissão, mas o leitor haverá de me perdoar. No comércio, os
olhos da minha memória revêem Alfredo de Almeida, Antônio Assis e Severino
Aleixo no grande ponto das Cinco Bocas; José Ribeiro em frente ao enchimento de
Diógenes Correia de Almeida, na plácida Rua Pedro Velho; no mercado público
Pedro Gomes de Souza e Odilon Benício, além de Nil, Nivaldo Lima e Zuleide
Azedo; na Rua da Conceição, a minha juventude não pode olvidar os armazéns de
Oscar Pinheiro de Souza, Carlos Marinho de Carvalho, Pedro Álvares (Pedoca), de
Romão Bezerra, o bar de Zé Distinto, a loja de Cícero Luís e Silva, a loja de Agripino Bandeira e a Casa Gomes, onde Edmilson Dias
negociava.
Antes
de descer a rua João Pessoa registro a loja de Seu Estevam Alves, gerenciada
por Ranilson Costa; as farmácias de Bridenor Trigueiro Costa e Antônio Lucas de
Lima, a mercearia de Dedinho (José Leite da Costa), José Mafra, o bar de Jorge
Leite da Costa, a sorveteria e a torrefação de Alcides Lucena, além do armazém
de Seu Azevedo, a bomba
de gasolina de
João Antônio de Lima e as lojas
de D. Áurea Pinheiro e José Lucas, pai de Nobre Pinheiro. E por fim, o bar de
Seu Emídio Pereira, sem esquecer, contudo, a casa de jogo de Samuel Araújo e a
loja de peças de Cornélio Leite Filho e sua cigarreira. Seu José Benevides
Campos, Zé Deca, Antônio Natalense, Né Macena, Adelfo Oliveira, Francisco
Canindé de Moura, Tácito Rocha Pegado, Chico de Aprígio, Antônio Aureliano,
José Paulo do Nascimento, Venâncio Alves, Waldemar Peixoto, Chico Bento, José
Amâncio, Eustáquio Alves de Farias, Benedito Pinheiro Borges, Manoel Firmino de
Medeiros, Edgar Dantas, Francisco Saraiva Maia, Augusto Duarte, José Campina,
Severino Tavares, José Solon, Anfrisio motorista, Manoel Alves da Costa (Neco
Alves), D. Beleza, D. Nazaré Madruga e seu filho Vinicius Madruga Pereira, Luís
Tomaz e Carmelita, Paulo Baltazar, todos, como numa procissão de relembranças
restituem a minha infância e adolescência e tiveram o privilegio de terem
vivido num universo diferente, mais limpo e mais nobre. Evoco, ainda, nas
páginas do livro da saudade: Francisco Falcão Freire, Enock Garcia, José
Maciel, Alcides Varela, Manoel Guedes da Fonseca Filho, Leonel Mesquita,
Gutenberg Marinho de Carvalho, Geraldo Cavalcanti, Olimpio Maciel, Iolanda
Lucena, Alice de Lima e Melo, José e João Muniz, Luís Curcio Marinho, Raimundo
e Francisquinha Gomes, Lupiscinio Araújo, Lúcia Araújo (Pitôco), Constância
Freire, Padre Chacon, Tota Pessoa e Cícero, seu irmão, Adelino Moreira
(sacristão), Avelino Pinheiro, Isbelo Vieira, Ieda Mesquita, Cícero Almeida,
José Almeida e tantos outros que poderia citar mas o espaço não me faculta. Os
esquecidos hoje serão lembrados na próxima crônica das velhas figuras, pois
todos ajudaram a fazer a verdadeira e autêntica Macaíba.
(*) Escritor”
26/01/2016
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25/01/2016
CONHEÇA UM POUCO DA NOSSA HISTÓRIA
O Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN) situa-se no bairro da Cidade Alta, em Natal, no estado brasileiro do Rio Grande do Norte.
O IHGRN localiza-se ao lado da antiga Catedral de Natal e do Palácio da
Cultura (antiga sede do governo estadual), possuindo um rico acervo
colonial histórico do estado. A História Colonial, especialmente a
História da Capitania do Rio Grande, pode ser pesquisada pelo menos em
duas ordens de documentos pertencentes ao Instituto Histórico e
Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN): os documentos publicados na
Revista do IHGRN e os do acervo de manuscritos.
A inserção exploratória nessa documentação preciosa proporciona tanto
um conhecimento multiforme da história do Rio Grande do Norte dos
tempos coloniais quanto possibilita, a posteriori, uma interação entre
um antigo passado e um presente em constante mutação. É a partir da
possibilidade de uma interação como essa, envolvendo uma instituição
cultural ─ o IHGRN e o seu expressivo acervo de documentos escritos
provenientes do contexto colonial, especialmente da Capitania do Rio
Grande ─, que se visa explicitar pelo ângulo da leitura interpretativa
de fontes documentais uma conjugação de manifestações políticas,
religiosas, sociais, e também individuais, consoante a (e até mesmo
dissonante) da vigência das tradições da cultura portuguesa.
Na cidade de Natal, quem caminha entre a Praça Padre João Maria e a
Igreja de Santo Antônio (Igreja do Galo) aprecia um conjunto
arquitetônico representado pela Igreja de Nossa Senhora da Apresentação,
o Memorial Câmara Cascudo, o Palácio da Cultura (antigo Palácio do
Governo), o Palacete da Prefeitura Municipal, o Museu Café Filho, a
Coluna Capitolina e o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do
Norte (IHGRN).
A Casa do IHGRN, na Rua da Conceição, nº 622, foi construída em 1906,
numa época em que se vivia a euforia do remodelamento e do
embelezamento das cidades, um projeto das elites republicanas para
modernizar a sociedade e as instituições brasileiras. O seu prédio
expressa uma arquitetura neoclássica, típica da européia da segunda
metade do século 2XIX, revelada por seu desenho geométrico, pelas
colunas, pelo entablamento, bem como pelo modo de acesso pelas laterais
(valorizado pelas escadarias) e fachada monumental.
Na fachada, destacam-se os frontões curvos triangulares, as
balaustradas arrematadas com o coroamento das paredes, as esquadrias em
madeira e vidro e os vãos de vergas retas. Esse prédio foi tombado como
patrimônio estadual, em 30 de novembro de 1984.
Os Institutos Históricos e Geográficos são instituições responsáveis
pelos acervos documentais que guardam grande parte das fontes da
história colonial, imperial e republicana brasileira. Sua importância em
levantar, metodizar e sistematizar um conhecimento histórico foi
tamanha a ponto de o historiador José Honório Rodrigues (1978) afirmar
que a pesquisa histórica nasceu com a fundação do Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro (IHGB), em 1838, no Rio de Janeiro.
Do ponto de vista dessa missão, o IHGB auxiliou o governo imperial na
definição de um projeto de nação e de uma identidade nacional. O IHGB,
que se espelhou em agremiações congêneres européias, especialmente o
Instituto Histórico de Paris, incentivou a fundação de institutos locais
em cada Província, objetivo que, à exceção do Instituto de Pernambuco
(fundado em 1862) e o de São Paulo (fundado em 1894), somente foi
atingido no início do século XX, a exemplo da criação do Instituto
Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN).
O IHGRN, uma das entidades culturais mais antigas do Estado foi
fundado, em Natal, sob a inspiração do IHGB, a 29 de março de 1902,
durante o primeiro Governo de Alberto Frederico de Albuquerque Maranhão,
num momento enfático de preocupação com a preservação do patrimônio
histórico-documental, que possibilitaria a escrita da história de acordo
com os parâmetros da ciência positivista, do encontro da história
nacional com a memória social e do testemunho documental.
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