Série de reportagens de Tomislav R. Femenick sobre o Esperança Palace Hotel publicada em jornais do RN, PE e CE:
MOSSORÓ: HOTEL ABANDONADO TRANSFORMADO EM ALBERGUE MOSSORÓ,
2 – A história do Esperança Palace Hotel, de Mossoró, construído pelo governo passado, tem muito de curioso e cômico. Obra iniciada pela administração municipal, por volta de 1959, foi depois paralisada por falta de recursos para sua continuação. Em 1961, depois de muita querela entre o prefeito mossoroense e o governador do Estado, a construção passou para a alçada da administração estadual. CAVALO-DE-BATALHA – Consumada a transação, ficou a população de Mossoró há espera da continuação das obras. Da demora valeram-se as forças oposicionistas para usar o arcabouço do hotel como cavalo de batalha em arremetidas contra o então governador. Dizia-se que a promessa de construção era apenas “uma a mais do governador”. Finalmente, depois de servir como ponto de referência política, a obra foi dada como construída. INAUGURAÇÃO QUE NÃO VEM – A batalha seguinte – e a mais importante – ainda não foi terminada. Prende-se à inauguração do prédio e seu consequente funcionamento, a fim de que se possa dizer que Mossoró, realmente, possui um hotel de luxo. Infelizmente para que isso aconteça muita coisa terá que ser feita, incluindo entre outras, alguns serviços de acabamento e que é mais importante, o mobiliário que ainda não existe. E enquanto os mossoroenses esperam a inauguração, passam a banda e o tempo, e os móveis não chegam. ESTADO E CONSERVAÇÃO – Todos quantos vêm a imponente obra, que custou aos cofres do Estado agora um milhão de cruzeiros, com suas portas fechadas, sentem que o prédio tão importante esteja condenado ao abandono, sem prestar os serviços para os quais foi construído. E o pior é o mal estado de conservação em que o mesmo se encontra, sem ter quem o olhe por dentro, porque por fora todos os olham e lamentam o abandono a que foi renegado. Suas paredes já sentem o efeito da poeira mossoroense, os vidros de suas janelas já começam a se partir e por dentro, nas partes que se podem ver através dos vidros das lojas térreas, acumula-se a poeira numa mostra patente de sua solidão. Acreditamos, e conosco toda a população de Mossoró, que construção de igual porte não se faz apenas para servir de ornamento à cidade. Os milhões gastos no Esperança Palace Hotel, transformaram-se em capital ocioso, nada rendendo para o estado. O QUE FALTA – Afora pequenas obras de acabamento e os móveis, somente falta para o funcionamento do hotel, boa vontade por parte do governo estadual, a quem cabe tomar as providências no sentido de fazer funcionar a obra que constitui em aspiração do povo mossoroense. Enquanto o governador Walfredo Gurgel não toma essas medidas necessárias, a cidade e o povo de Mossoró assistem penalizados a deterioração do prédio que enfeita a Praça Vigário Antônio Joaquim. Lamenta-se mais ainda a falta que ele faz à cidade. Privando-a de uma hospedaria condigna com sua condição de cidade líder do Oeste. Diário de Natal – 02.02.1967
Odisseia de uma obra inaugurada antes do tempo – I HOTEL DE MOSSORÓ TEM APELIDO: BELO ANTÔNIO MOSSORÓ, 17 – Muito embora tenha sido inaugurado há quase dois anos. Esperança Palace Hotel, aqui construído continua fechado sem servir a cidade e ao seu povo. Sonho de muitos, exigência de todos, aquela obra é ainda um problema que parece ter difícil solução. GOVERNO CALA – Enquanto Mossoró reclama deste benefício, o governador, único responsável pelo estado em que se encontra o prédio, cala e nenhuma explicação oferece. Não diz quais as razões de não funcionamento do mesmo. Não dá ao povo mossoroense, qualquer satisfação. E ele continua sem servir aos seus fins, e o que é pior, estraga-se dia a dia sob a ação do tempo. APENAS PARA EXPOSIÇÃO – Quando se esperava que o governo estadual resolvesse por em funcionamento o hotel, abrem-se algumas portas de seu andar térreo e uma exposição ocupa uma loja. Ante a evidência do fato, ficamos cada vez mais descrentes que atitudes de envergadura capazes de resolver o problema, venham a ser tomadas por quem de direito. Não somos contra o fim para o qual está sendo utilizado o hotel. Achamos que as exposições devem se repetir. Seria bom que muitas e muitas delas se instalassem ali. Isto porque as salas que elas ocupariam não mais ficariam de sujeira e poeira. Infelizmente não se constrói tamanho prédio apenas com este fim. Ele tem outro destino. Pelo menos tinha. E não acreditamos que queiram, agora, mudá-lo. A CIDADE PERDE – Enquanto o problema continua sem solução, a cidade sente a carência de hotéis que acomodem seus hóspedes. Os que a visitam a negócios ou a passeios, não gostam das acomodações necessárias durante sua permanência entre nós. Os hotéis que possuímos não dispõem das condições do conforto desejadas além de serem em número insuficiente. O BELO ANTÔNIO – O tempo passa e vai exercendo sua ação deletéria no grande Esperança Palace Hotel que não obstante sua imponente presença assemelha-se à figura do BELO ANTÔNIO. Isto porque de nada vale sua colossal estrutura, suas modernas e belas linhas arquitetônicas. Ele é inoperante, sem nenhuma validade. Apenas um ornamento caro na Praça Vigário Antônio Joaquim. Diário de Natal – 17.03.1967
Odisseia de uma obra inaugurada antes do tempo – II COMÉRCIO PEDE A ABERTURA DO ESPERANÇA PALACE HOTEL MOSSORÓ, 18 – “A inatividade do Esperança Palace Hotel não é um problema restrito apenas às classes dirigentes da cidade, é um problema da cidade. Muito já se tem falado sobre o assunto. O que pretendemos, nós mossoroenses, é que o prédio tenha alguma utilidade e funcione para o que foi construído” – disse ao Diário de Natal o Sr. José Amadeu Vale, presidente do Clube de Diretores Lojistas de Mossoró. PREJUÍZOS PARA A CIDADE – “A permanência das portas fechadas do Esperança Palace Hotel provoca prejuízos para Mossoró – continuou. Com a sua edificação, a indústria hoteleira teve uma natural retratação aqui, pois que outros empreendimentos não seriam economicamente recomendáveis. Assim somente o hotel do Estado é que foi iniciado. Não houve empreendimentos privados nesse sentido, o que e explicável, como já disse. Agora, a construção foi terminada, o prédio foi inaugurado e a cidade continua sem o hotel de luxo que esperava. Por outro lado, ficamos privados de um local realmente apropriado para hospedar as pessoas que vem a Mossoró, como turistas, a trato de negócios ou simplesmente como visitantes”. MATERIAL ELÉTRICO – Prosseguindo, disse o Sr. José Amadeu Vale: “Extraoficialmente, sabe-se que houve um empecilho para o pronto funcionamento do hotel; a empresa que estaria interessada na exploração do mesmo teria divergido do governo do Estado, quanto a quem caberiam as despesas com aquisição da subestação elétrica e demais equipamento elétricos que seriam instalados no prédio. O governo seria de opinião de que esses gastos devem ser por conta dos arrendatários: por sua vez, eles acham que o Estado é que deve arcar com a despesa. Quanto aos demais materiais de eletricidade, estão instalados, faltando apenas as lâmpadas, o que é o mais fácil”. LOJAS – Indagado qual seria o interesse do comércio local pelas lojas que ficam no andar térreo do prédio do Esperança Palace Hotel, declarou-nos o entrevistado: “Vários comerciantes estão somente esperando que as lojas do hotel sejam colocadas à disposição para concorrerem à sua compra ou locação. Mossoró sofre de carência de locais comerciais, quando o comércio se expande é tolhido por carência de pontos comerciais condignos”. PORTAS JÁ QUEBRADA – “O que lamentamos é o abandono a que está relegado aquele bonito prédio. Suas portas de vidro já sentem o descaso a que estão entregues e muitas delas encontram-se quebradas por falta de vigilância o que facilita a ação de maus elementos. Ante essa situação, resta-nos somente apelar ao governador Walfredo Gurgel para que tome as providências cabíveis ao caso. Sabemos a atenção que o governador devota a Mossoró. Por isso, esperamos que esse problema do hotel será resolvido o mais breve possível” – conclui o entrevistado. Diário de Natal – 18.03.1967
O HOTEL DE MOSSORÓ Este jornal tem publicado reportagens seguidas sobre o fenômeno do Esperança Palace Hotel de Mossoró. Construído e ainda inaugurado no fim do governo Aluísio Alves, não foi posto a funcionar. É um belo edifício, de linhas modernas e se destinava, como é costume dizer-se em tais circunstâncias, a preencher uma grande lacuna: Mossoró, a capital do oeste, não possui um hotel merecedor desse nome, capaz de receber condignamente. Pois bem: o hotel foi feito e está fechado. Naturalmente, eis uma contradição que não se justifica. Sobretudo porque o hotel, uma vez aberto não valerá como, atualmente, um simples ornamento urbano, um simples detalhe da paisagem. Um hotel tem sempre um sentido econômico, comercial, e é fora de qualquer dúvida que o hotel de Mossoró contará com rendimento líquido e certo. Em tais condições, deixá-lo fechado mais tempo é não só um descaso ou desinteresse pelo desenvolvimentos e pelo bom nome da terra mossoroense, como relegar ao desgaste um apreciável patrimônio. Acontece, até, sob este último prisma, que o desgaste, em Mossoró, dos edifícios em geral, é por demais acentuado e constante: trata-se de uma cidade situada em plena zona salineira, a respirar salitre por todos os seus poros. Não há parede que aguente muito tempo essa ação deteriorante; torna-se indispensável o contrapeso de um permanente trabalho de conservação. O governo estadual prometeu empenho na solução do problema, mas é necessário que esse empenho se objetive, o mais cedo possível, em providências concretas. Ninguém desconhece as inúmeras dificuldades financeiras com que tem lutado a administração do Padre. Mas o caso do hotel de Mossoró exige e impõe uma atenção especial: já está pronto; o que resta é colocá-lo em serviço. Se acontecesse com hotel o que acontece com corpo teleférico, que só existe nos planos, ainda vá lá. Mas não. O hotel está lá, erguido, sólido, concreto. Numa terra que, a semelhança da paulista, não gosta de parar, o Esperança Palace Hotel fechado é um contrassenso. Diário de Natal – 21.03.1967
Odisseia de uma obra inaugurada antes do tempo – IV PREFEITURA PODERÁ RETOMAR O HOTEL QUE GOVERNO ESQUECEU MOSSORÓ, 22 – Diversos são os fatores existentes que tornam premente o funcionamento do Esperança Palace Hotel, de Mossoró. Motivos de lutas políticas, com ataques entre ambas as facções partidárias locais; motivo e alegria, quando da construção do seu edifício, é agora o Hotel de Mossoró causa de cepticismo de alguns e “ainda” de esperança de outros. No entanto, é unanime a opinião de que o Esperança Palace Hotel deve funcionar. É já. RAZÕES JURÍDICAS – Segundo fomos informados pelo prefeito Raimundo Soares de Souza, o instrumento legal de doação do terreno e das obras iniciais do prédio que eram da municipalidade, possuiria uma cláusula que determinaria prazo para funcionamento do hotel. Não obstante esta clausula já teria sido desrespeitada pelo governo do Estado, o que daria à Prefeitura condições de requerer judicialmente a retomada posse do prédio do Esperança Palace Hotel. A Prefeitura de Mossoró assim não procede porque a ela não interessa entrar em choque com o governo Walfredo Gurgel e mesmo porque o prefeito mossoroense acredita que o funcionamento do hotel dar-se-á tão logo o Estado tenha condições de fazê-lo. RAZÕES DO COMÉRCIO – Além da própria circulação monetária causado por um hotel do porte que se espera seja o Esperança Palace Hotel, o comércio mossoroense tem outros motivos para desejar a atividade do mesmo. Uma delas é relacionada com as lojas existentes no andar térreo do prédio. Há carência de pontos comerciais em Mossoró e há lojas sem utilização no prédio do hotel. AS RAZÕES DA RAZÃO – Não se pode e nem se deve aplicar um milhão de cruzeiros antigos na construção de um prédio dinheiro do povo apenas para que este edifício fique a embelezar uma praça. Este ainda não é o caso do Esperança Palace Hotel, com vidros quebrados, a poeira e sujeira acumuladas, os pedintes e desocupados sentados e suas calçadas. Por outro lado, o dinheiro aplicado na edificação hoje representa capital ocioso para o Estado, quando poderia estar lhe dando lucro. TRIBUNAL DE CONTAS – Comenta-se em Mossoró, que o processo de arrendamento do esperança Palace Hotel parou no Tribunal de Contas do estado. A concorrência teria sido ganha pela REALTUR, porém por motivos que se desconhece ela não teria sido aprovada pelos ministros. Agora é o caso de se perguntar se vamos ficar nisso? O hotel parado e o governo a esperar que o problema seja resolvido por si só. Diário de Natal – 22.03.1967
Odisseia de uma obra inaugurada antes do tempo – III HOTEL DE MOSSORÓ CONTINUA COM SUAS PORTAS FECHADAS MOSSORÓ – “Esta cidade continua esperando pelo se Esperança Palace Hotel, que não teve ainda oportunidade de prestar os serviços que o progresso está dele a exigir. Inaugurado simbolicamente, precisa ser instalado, de acordo com seu gabarito arquitetônico” – declarou ao Diário de Natal o Sr. Jorge Ivan Rodrigues, presidente do Rotary Clube de Mossoró. – “Sabemos que a REALTUR está interessada em dotar o moderno hotel de Mossoró com instalações à sua altura. Até hoje, entretanto, tudo não passou da estaca a zero e nossa cidade continua sem o hotel de luxo que esperava. Urge que o governo do Estado resolva o problema, com REALTUR, com Monte Hotéis, ou com qualquer outra empresa do ramo. É o que desejamos, é o que Mossoró precisa e exige”. E O PADRE? – Outra pessoa a ser ouvida pela reportagem, foi o Sr. Manoel Leonardo Nogueira, presidente o Lions Clube Mossoró Centro e da Liga Desportiva Mossoroense. – “Fomos dos que bateram palmas enaltecendo a atitude acertada do Governador Aluísio Alves, quando decidiu construir o Hotel de Mossoró, cujo contentamento mais se acentuou, por ocasião de sua inauguração simbólica, em fins de 1965. Todavia, o seu não funcionamento não se justifica acarretando prejuízos incalculáveis à cidade e à região que aguardavam ansiosamente a existência de um hotel condigno, de há muito reclamado pela nossa população e pelos que nos visitam”. “E o que é pior ainda – exclamou – é que, como está o hotel vai se deteriorando e, a persistir a demora de seu funcionamento, talvez já não mais atenda às finalidades para que foi construído. Muito esperamos da ação do Monsenhor Walfredo Gurgel, o qual vem realizando uma administração moralizadora à frente dos destinos do Estado”. Diário de Natal – 30.03.1967
TC NÃO TEM CULPA SE HOTEL DE MOSSORÓ NÃO FUNCIONA Não é verdade que o Hotel de Mossoró não esteja ainda funcionando por culpa do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte. Estas foram as declarações prestadas à reportagem pelo Ministro Romildo Gurgel, presidente daquela Corte, a respeito de notícia divulgada por correspondentes jornalísticos de Mossoró, a respeito do impasse que vem impedindo a inauguração daquele Hotel. Esclareceu que a publicação mencionou que o Tribunal não havia permitido o registro do contrato para exploração do hotel. Mas adiantou: o Processo de Nº 698/66 – Gabinete, referente à proposta e contrato de Concessão Remunerada de Uso dos Hotéis de Mossoró a Angicos chegou ao Tribunal de Contas em 11 de fevereiro do ano passado. No dia 8 do mês seguinte, foi julgado em sessão, tendo o Tribunal decidido baixar a matéria em diligência, em virtude de irregularidades. No dia 10 do mesmo mês, ou seja, março de 1988, o processo devolvido sob protocolo ao Gabinete do Governador, para cumprimento das exigências e regularizações dos contratos. Até hoje, o processo mencionado não foi devolvido ao Tribunal, pelo Gabinete do Governador. Deste modo, concluiu, não cabe nenhuma parcela de culpa ao Tribunal, se o contrato não está registrado, nem o Hotel funcionando. Diário de Natal – 31.03.1967
ESPERANÇA PALACE HOTEL PODERÁ ABRIR EM SETEMBRO MOSSORÓ,
22 – O “Esperança Palace Hotel” inaugurado no governo Aluísio Alves e até agora de portas fechadas, poderá ser inaugurado em setembro próximo, e se confirmar recente promessa do governador Walfredo Gurgel, que disse aguardar apenas a conclusão das obras instaladas do mobiliário e acabamento de luxo. Os móveis de luxo, que denunciam a categoria do hotel mossoroense a poder igualar-se com o Hotel Internacional dos Reis Magnos, de Natal, estão sendo feitos mesmo nesta cidade. A inauguração do novo hotel representará muito para o desenvolvimento de Mossoró, que se ressente de um hotel condigno para hospedar visitantes, principalmente nos encontros eventos. BENEMERÊNCIA – Atualmente o “Esperança Palace Hotel” vem se prestando para reuniões de campanha filantrópicas e de benemerência e coisas desse tipo. Acontecem nos salões do andar térreo, que quando da inauguração do hotel, serão ocupados com lojas comerciais. A inauguração do “Esperança”, se confirmar efetivamente para setembro, chegará quando Mossoró voltará a ser escala de aviões da VASP, com passageiros em trânsito ou pessoas que verão mais possibilidade de negócio nesta cidade, necessitando dos serviços de um hotel de categoria. Diário de Natal – 22.08.1967
RAIMUNDO SOARES: NOME DE HOTEL DE MOSSORÓ É ASSUNTO IRRELEVANTE – “Não recebi do Prefeito Raimundo Soares, verbalmente ou por ofício, pedido de mudança do nome que terá o hotel de Mossoró que irei inaugurar no fim deste mês. Posso adiantar, contudo, que o hotel será o mesmo Esperança Palace Hotel. E por vários motivos: a sua construção é devida, exclusivamente, ao governo do Estado e, portanto, e não poderia vir a chamar-se Hotel Municipal: segundo, toda a documentação do hotel, inclusive assuntos submetidos ao Tribunal de Contas, faz referência a Esperança Palace Hotel. O assunto está resolvido e não será objeto de revisão” – Essas foram as palavras do Governador Walfredo Gurgel. NADA PEDI – Falando na manhã de hoje ao Diário de Natal, o Prefeito Raimundo Soares informou: – “Nada pedi ao Monsenhor Walfredo Gurgel. Nunca reivindiquei dele a mudança do nome do hotel, assumo que considero de nenhuma relevância. Tenho preocupações maiores e mais graves. E se um emaranhado de intrigas, ela não me envolve e, consequentemente, não sou eu que dela tenho de sair. Toda a programação de festejos mossoroenses foi feito em harmonia entre a Prefeitura de Mossoró e o Governo do Estado, com convites expedidos em nome dos dois poderes. Gostaria apenas de lembrar duas coisas: no contrato Prefeitura e governo estadual, há uma cláusula (que não irei discutir) prevendo que o nome será Hotel Municipal de Mossoró e, depois, o Estado recebeu da municipalidade o prédio com suas fundações concluídas, bem como terminada a sua primeira laje. Foi a nossa contribuição, que não fica bem minimizar”. Diário de Natal – 26.09.1967 |
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Série de reportagens de Tomislav R. Femenick sobre o Esperança Palace Hotel publicada em jornais do ...
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