31/07/2015

Heleno  o  Extraterrestre

Jansen Leiros*

J


O tempo passara e o grupo especial, liderado por Plathus, continuou a reunir-se no topo da montanha, lugar carinhosamente chamado pelos transcendentes, como grupo de estudos:  “ Refúgio de DEUS”.

Numa bela manhã de domingo, com a presença plena do grupo habitual  e de um visitante ilustre, o coelhinho IHON, que raríssimas vezes frequentava as reuniões da montanha, após os exercícios habituais,  fizera o seguinte comentário:
“Amigos, durante a meditação de hoje, fui projetado do corpo somático e flutuei a uns cem metros de altura. Nesse momento, aproximou-se de mim um ser de aparência tranquila, o qual me convidou a segui-lo num passeio pela Via Láctea.  De tão surpreso, não cheguei a articular  nenhuma palavra, mas pensei na extensão do percurso e receei pelo tempo.  De imediato, aquele ser estranho, mas sereno e seguro no seu todo, me respondeu: 
“Plathus, estaremos fora da dimensão do tempo.  Não se aflija. Mantenha-se sereno.”
 Saímos a volitar – prosseguiu a narrativa. De princípio, começamos a contemplar aquela faixa leitosa de luminosidade difusa, que assemelhava-se a uma estrada sideral de poeira translúcida – o arroio de leite da antiga mitologia helênica. O primeiro impacto é indescritível. Um mundo de emoções nos invade o espírito e envolve – nos uma contundente sensação de pequenez.
Aquiete sua alma, Plathus. Você não sabe que fomos criados à imagem e semelhança de Deus? Relaxe e integre-se Nele!
-  Vou tentar! Respondi-lhe!
- Para acalmar-me – prosseguiu Plathus – ele começou serena e pausadamente a discorrer sobre a Via Láctea:
“Plathus! Nossa galáxia abriga bilhões de sóis. Milhões de vezes mais importantes e mais luminosos do que o nosso sol.  Imagine um gigantesco jardim de flores solares e planetários que integram e iluminam toda sua extensão.  Apreciando essa beleza, sideral, que é uma entre os bilhões de galáxias do Universo, você terá  somente uma pálida ideia da grandeza de DEUS, pela inexperiência e desconhecimento das leis siderais. Daí, se infere como é minúscula a Terra e como são inexpressivos os seres que nela habitam neste momento.   Por consequência, você terá uma relativa ideia de hierarquia, não só em razão da grandeza volumétrica dos corpos celestes, mas, principalmente, sobre o nivelamento moral dos planetas – enquanto moradia – e o conteúdo ético dos seres que lhe são comandatários.  Se quisermos aprofunda esse entendimento basta refletirmos  no fato de que  nossa Via Láctea é uma insignificante nebulosa estrela, diante do incomensurável número de outros que povoam as profundezas insondáveis do Universo.  Nosso sistema solar, é minúsculo componente deste caudal cósmico.  Milhares e milhares existem com mais importância no concerto sideral.  Hoje, nosso é fazer uma viagem corrida para lhe dar uma ideia de extensão.  Noutras oportunidades, e seguindo o planejamento para este procedimento educativo, iremos particularizar nossos estudos.  E, após essa primeira excursão, que me pareceu um século, trouxe-me de volta à Terra e retomei o corpo, despertando daquela projeção, com a mente em altíssima rotação pelo tanto que  vi e vivenciei
É interessante – disse o coelhinho IHON  como a cronologia da vida planetária parece-nos programada. Hà muito tempo, quando a humanidade ainda engatinhava pela superfície, coube a Hermes T restabelecer uma doutrina preexistente  nos primórdios do planeta , para considerar o Sol como centro do Universo.  A seguir, Nicolau Copérnico revolucionou a astronomia, formulando a célebre teoria heliocêntrica. Logo a seguir, Tycho Brahe divulgou suas observações sobre o movimento dos astros e Kepler sedimentou o caminho para que Newton anunciasse a lei da gravitação universal. 
Nesse exato momento, Plathus levantou-se e, erguendo os braços para o céu, disse a seguinte prece:

DEUS DE INFINITA BONDADE,
ABENÇOAI-NOS ESTE DIA!
PERMITI QUE OS ENSINAMENTOS HOJE RECEBIDOS
MERGULHEM FUNDO EM NOSSAS ALMAS E QUE A ESSÊNCIA UNIVERSAL QUE HABITA EM NÓS,
FAÇA MORADA EM NOSSOS CORAÇÕES E EM NOSSOS ARQUIVOS CÓSMICOS,
AD ETERNUM!

Jansen Leiros*


Da Academia Macaibense de Letras;
Da Academia Norte Rio Grandense de Trovas;
Da União Brasileira de Escritores;
Do Instituto Norte Rio Grandense de Genealogia;
Do Instituto Histórico e Geográfico do RN.   





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