12/11/2017
10/11/2017
POSSE DE DALADIER NA ANRL
Acadêmicos: Jarbas Martins, Sônia Faustino, Diva Cunha, Diogenes da Cunha Lima, Daladier Pessoa Cunha Lima, Leide Câmara, João Batista Pinheiro Cabral, Lívio Oliveira, Ivan Maciel, Itamar de Souza, Paulo de Tarso Correia, Elder Heronildes, Iaperi Araújo, Carlos de Miranda Gomes, Humberto Hermenegildo, Eulália Duarte, Cassiano Arruda, Valério Mesquita, Padre João Medeiros Filho, Nelson Patriota, Armando Negreiros, Roberto Lima e Jurandyr Navarro.
Presença Acadêmica:
ORDEM DOS NOMES POR CADEIRA
Cadeira 2: Humberto Hermenegildo
Cadeira 4: Cassiano Arruda
Cadeira 6 João Batista Pinheiro Cabral
Cadeira 8 Nelson Patriota
Cadeira 9 Roberto Lima
Cadeira: 10 Paulo Macedo
Cadeira 11 Paulo de Tarso
Cadeira 13 Eulália Duarte
Cadeira 14: Armando Negreiros
Cadeira 15 Lívio Oliveira
Cadeira 17 Ivan Maciel
Cadeira 18 Padre João Medeiros Filho
Cadeira 20 Jarbas Martins
Cadeira 21 Valério Mesquita
Cadeira 23: Iaperi Araújo
Cadeira 24 Sônia Faustino
Cadeira 26: Diogenes da Cunha Lima
Cadeira 28: Jurandyr Navarro
Cadeira 29 Itamar de Souza
Cadeira 30: Diva Cunha
Cadeira 31: Leide Câmara
Cadeira 33: Carlos Gomes
Cadeira 37 Elder Heronildes
Fotos: Evaldo Gomes
Acadêmica Leide Câmara
Secretária Geral
e-mail: academianrl@gmail.com
e-mail: leide.camara@live.com
Fone 9.9982-2438
09/11/2017
08/11/2017
07/11/2017
06/11/2017
LUTAS DE VALÉRIO
LUTAS E ADVERSIDADES
Valério Mesquita*
Outubro se despediu em
meio à efemérides, tormentos e mistérios. Nele foi celebrada a canonização dos
mártires de Cunhaú e Uruaçu. Provou-se que a alma é divina e a obra humana
imperfeita. As formas imprecisas e os rostos invisíveis dos martirizados não
foram abstratos. Mas reconhecidos na história e nos altares. Lembro o infante
arcebispo Nivaldo Monte pugnando e estabelecendo o rumo e o prumo da longa
jornada. Nada pode ficar encoberto. Tudo teve que ser revelado. Monsenhor
Francisco de Assis e o padre Pio empreenderam viagem de circunavegação flamenga
que antes Mauricio de Nassau fizera em 1630 de lá para cá. Em Haia, o silêncio,
a névoa do tempo e o assombro da hecatombe dos cristãos não esmoreceram o ânimo
dos dois pesquisadores.
Nesse anfiteatro de
ressurreição de ambientes, lembro ter feito o meu dever de casa ao tempo em que
presidi a Fundação José Augusto. Dom Nivaldo foi o entusiasta maior no sonho de
desvendar as ruínas de Cunhaú. Tudo era escombro. Apenas tijolos, monturos e
entulhos. O projeto de restauração elaborado pelos arquitetos Paulo Heide Feijó
e Orígenes Monte sofreu ingentes resistências no IPHAN em Recife, exigindo viagens
em meio às turbulências e dúvidas. A última nau saída do cais da Tavares de
Lyra em Natal conseguiu convencer os técnicos pernambucanos que a densidade
histórica do solo e do genocídio de Cunhaú não poderiam ficar à margem. Afinal,
foi restituída a capela de Cunhaú, com recursos do Programa Pró-Memória do
governo federal e da Fundação Roberto Marinho sob as lágrimas de dom Nivaldo, quando
revivia em palavras o sofrimento do martírio.
A restauração de ruínas
históricas são possibilidades técnicas cosagradas e aceitas no sentido de
resguardar e/ou recompor as origens, a memória, as raízes, em qualquer sentido,
apurados os fundamentos, o legado e a importância no contexto cultural de
qualquer local, cidade ou povo. Assim ocorreu também com as ruínas do Solar do
Ferreiro Torto em Macaíba. Em 1974, como prefeito, desapropriei o velho casarão
e toda a área adjacente que pertencia aos herdeiros de dona Amélia Machado. Houve
contenda cartorial (que era de se esperar), mas, por sentença judicial, meses
depois, o município tomou posse do imóvel em ruínas. Ano seguinte, convidado
pelo então governador Tarcísio Maia, assumi a presidência da Empresa de Turismo
do Rio Grande do Norte, renunciando um ano do mandato de prefeito. Com recursos
obtidos junto ao governo federal para a restauração de monumentos históricos
para fins turísticos, foi celebrado convênio com a Fundação José Augusto e
repassados os recursos recebidos, visto que, ela é a instituição responsável
pelo patrimônio memorialístico do Rio Grande do Norte. Essa decisão,
corroborada pelos colegas da diretoria Valmir Targino e Francisco Revoredo,
custou a minha saída do cargo de presidente da EMPROTURN. O governador desejava
que o recurso federal fosse aplicado na recuperação da cadeia pública de
Mossoró. Mas, o Solar do Ferreiro Torto felizmente foi restaurado com luta e
adversidade. Paguei caro por uma obstinação que muitos esqueceram.
Sobre esse episódio
cabe uma reflexão: por que o atual governo recusou a dotação federal de quase
hum milhão de reais para restaurar o empório dos Guarapes? Ademais, a área
desapropriada é propriedade do Rio Grande do Norte, tombado pelo patrimônio
histórico, já com o projeto técnico pronto e o dinheiro na Caixa Econômica
Federal “ouvindo” a omissão, conforme atestou a Procuradoria da Defesa do Patrimônio
e do Meio Ambiente. Chegaram até a informar que a verba havia retornado a
Brasília. Depreende-se que o governo do Estado procura convencer
permanentemente as pessoas com aquilo que elas não precisam.
Com a palavra os
responsáveis.
(*) Escritor.
Assinar:
Postagens (Atom)