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06/02/2017
03/02/2017
MÚSICA POTIGUAR BRASILEIRA
Valério
Mesquita*
Não é pretensão ou entusiasmo pueril. Não é uma
constatação baseada em suposto direito. Antes de tudo é uma conquista. Existe,
sim, hoje, uma música potiguar brasileira formada por expressões que nada ficam
a dever aos compositores e intérpretes do Ceará ou Pernambuco. Nesses estados o
poder público, a iniciativa privada e a mídia atuam financeiramente e divulgam
os seus artistas. No Rio Grande do Norte o apoio é tímido e, até parece, que
não acreditam no potencial do talento do musicista, na sua criatividade e na
beleza de sua poesia.
A característica hereditária da cultura musical potiguar
vem de um Otoniel Menezes, Eduardo Medeiros, Tonheca Dantas, Felinto Lúcio, das
modinhas de Auta de Souza, da inspiração de K-Ximbinho e Hianto de Almeida, um
dos precursores da bossa nova. O tempo e o vento, o sol e as águas do Potengi
esculpiram uma nova constelação musical no Rio Grande do Norte que me
entusiasma e me induz a aplaudir a todos quantos prestigiam os compositores e
intérpretes – alguns deles - somente comecei a ouvi-los através dos programas
da Rádio FM Universitária. Ao ouvir “O Poema Nordestino”, “Forró Prá Valer” de
Galvão Filho e Chico Morais cheguei ao CD e ao autor, que é filho do saudoso
Severino Galvão. Trata-se de uma “família musical”, a começar de D. Elvira
Galvão, no seu reinado da avenida 10, ensinou aos filhos a “arte milenar do
rabequeiro e do sanfoneiro”: Erinalda, Erineide, Eri, João Galvão e o grande
Babal. O CD contém treze composições da mais fina poética nordestina, sem o
lugar-comum dos apeladores do erotismo e da imoralidade que corrompem o
sentimento da alma sertaneja. “Não, na minha rede”, “A energia dos Cristais”,
“Tem dez no forró”, “Saudade D’ocê”, são versos que relembram Gonzagão,
Humberto Teixeira e tantos outros reis do baião e da arte popular.
O Rio Grande do Norte tem a sua música popular genuína
nascida das raízes, da gente e do folclore. Esse plantel notável inclui Elino
Julião, Enoch Domingos, Chico Morais, Cezar e Zé Fontes, Almir Padilha,
Dozinho, Tarcísio Flor, Lane Cardoso, Marina Elali, Carlinhos Zens, Glorinha
Oliveira, Rejane Luna, Valério Oliveira, Zé Dias (animador cultural), Lucinha
Lira, Regional Sonoroso, Paulo Tito, Liz Nôga, em nome de quem saúdo os grandes
cantores da música seresteira do Rio Grande do Norte. Não cabem aqui nestas
linhas mencionar todos. Mas, uma coisa se torna importante: a conscientização
de que temos uma música potiguar brasileira e que precisa ser valorizada o
quanto antes.
(*) Escritor.
01/02/2017
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e-TURISMO (Tribuna do Norte)
por Antonio Roberto Rocha
Museu da Rampa renasce e conclusão está prevista para este ano
30 de janeiro de 2017 por antoniorobertoA ideia é que o Museu da Rampa, como já se tornou conhecido mesmo antes de funcionar, seja também uma atração turística, sobretudo para o visitante norte-americano, já que a história da Segunda Guerra Mundial está intimamente relacionada ao local. A rampa para hidroaviões no rio Potengi foi ponto obrigatório para aviadores que atravessaram o Atlântico Sul entre 1920 e 1940.
A posição estratégica de Natal, no “cotovelo” da América do Sul, também serviu como referência durante a Segunda Guerra Mundial, sendo o ponto para pouso de aterrissagem de aeroplanos e hidroaviões norte-americanos.
As obras do complexo foram iniciadas em 2013 e se encontravam paradas desde 2014, o que sempre foi bastante criticado pela imprensa de Natal. O motivo alegado foi o fato de a construtora responsável pela execução do projeto garantir que havia erro de cálculo nas vigas que sustentariam o Memorial do Aviador.
Foi necessário um longo período para reelaboração da estrutura e de toda a burocracia para reavaliação do projeto e liberação dos recursos junto à Secretaria Estadual de Infraestrutura e à Caixa Econômica Federal.
As obras serão retomadas com 30% do projeto concluído. São, ao todo, 28 projetos independentes, desde paisagismo, concepção visual e acústica, até questões de patrimônio histórico, museologia e restauração.
A área construída corresponde a 13 mil m², com destaque para o Memorial do Aviador, dotado de recepção, bilheteria, auditório para 126 pessoas, espaço em homenagem aos aviadores e área para promoção de eventos culturais.
No espaço total do complexo constará ainda área de exposição temporária e de exposição permanente (acervo ligado à história da aviação e da 2ª Guerra Mundial), bar temático (American Bar) e loja de souvenir.
Haverá também espaço externo com área de contemplação do Rio Potengi, estacionamento para 85 carros, serviços de táxis e de guias, locais para ônibus de turismo, píer à beira-rio e outros equipamentos.
Por ser o ponto das Américas mais próximo à África, Natal sediou filiais das principais companhias áreas do mundo, tendo nas margens do rio Potengi algumas rampas (daí o nome do museu) de hidroaviões de empresas da Alemanha, França, Itália e Estados Unidos.
Há uma foto célebre do então presidente do Brasil, Getúlio Vargas, com o presidente norte-americano Franklin Roosevelt, em passagem pela Rampa durante a Segunda Guerra Mundial. Certamente, será um dos destaques no acervo do museu.
29/01/2017
COMUNICADO Nº 01/2017
O
presidente da UBE/RN convida os membros da Diretoria, do Conselho
Consultivo para participar da 1ª Reunião do ano de 2017, oportunidade em
que faremos uma avaliação do ano passado e o Planejamento Estratégico
de 2017.
1º REUNIÃO DA UBE-RN
DATA: 02.02.2017 - QUINTA-FEIRA
HORA: 17h
Local: Sede provisória da UBE/RN
Av. Xavier da Silveira, 1175 - 1º andar - Nova Descoberta
Em cima da loja de material de Construção O DEGRAU e próximo ao Centro de Saúde.
EDUARDO GOSSON
Presidente
28/01/2017
Opinião importante
DO
LEGALISMO À MISERICÓRDIA
PADRE
JOÃO MEDEIROS FILHO (pe.medeiros@hotmail.com)
Louvável o zelo pastoral dos
bispos de Malta, publicando recentemente um documento (“Criteria for the
Application of Chapter VIII of Amoris Laetitia”. Cfr.
Osservatore Romano, edição de 14.01.2017, p. 7), que contém orientações sobre a autorização da
comunhão aos recasados, de acordo com o capítulo VIII (cfr. Nº 336-351) da
Exortação Apostólica “Alegria do Amor”. Cumpre informar que Dom Carlos
Scicluma, arcebispo daquele país, perito em Direito Canônico, trabalhou
durante dezessete anos na Congregação para a Doutrina da Fé. Neste dicastério, atuou
como promotor de justiça sob o comando do Cardeal Ratzinger, que o manteve no cargo, quando se tornou Bento XVI.
No
entanto, há poucas semanas, quatros cardeais (os alemães
Walter Brandmüller e Joachim Meisner, o italiano Carlo Caffarra e o americano
Raymond Burke) tornaram
públicas suas divergências com o Papa, em especial sobre o citado documento
pontifício. Ali, o Santo Padre pede aos bispos de cada país que interpretem,
segundo a cultura e a realidade local a situação dos recasados e analisem cada
caso, à luz do Evangelho, perscrutando a consciência, não apenas sob a ótica da
Cúria Romana. O Papa Francisco afirma: “Quero
reiterar que nem todas as discussões doutrinais, morais ou pastorais devem ser
resolvidas através de intervenções magisteriais. Em cada país ou região, é
possível buscar soluções mais inculturadas, atentas às tradições e aos desafios
locais” (AL. nº. 3). Em entrevista (cfr.
Avvenire, 17/11/2016), declarou que segue a linha do Vaticano II, de diálogo
com o mundo.
Boa parte das discussões em torno
dos ensinamentos eclesiásticos, especialmente em se tratando de assuntos
disciplinares, origina-se da concepção de uma Igreja impositiva e não
propositiva. A mensagem de Cristo é um convite ou proposição e não uma
imposição. “Se queres ser perfeito”
(cfr. Mt 19, 21ss), assim Cristo se dirigiu ao jovem rico do evangelho. Os
quatro cardeais, em sua carta-aberta, manifestam ainda resquícios de uma visão
da Igreja do Concílio Vaticano I (1869-1870). De acordo com seu enfoque juridicista,
vertical e uniformizada da mesma, a moral católica reduzia-se a meros códigos
disciplinares e mandamentos que deveriam ser aplicados a todas as esferas da
existência humana, resultando num controle absoluto sobre o agir e as
consciências dos cristãos.
No Concílio Vaticano II
(1962-1965), a Igreja passou de uma instituição identificada com a hierarquia a
uma comunidade peregrina e servidora da humanidade. Ela é o Povo de Deus (não
apenas o clero), Corpo de Cristo e Templo do Espírito Santo. Dela fazem parte
todos os fiéis, que acolhem o dom da fé. O Evangelho deve ser a primeira referência
para o ensino moral e doutrinário. A Bíblia não deve ser interpretada como um
manual de moral, ditada por um Deus juiz, que ordena e proíbe, sem olhar a
condição humana. Mais dialogal, o Sumo Pontífice reconhece que “nem sempre a Igreja tem respostas para todos
os problemas. Os leigos (...) não
devem julgar seus pastores sempre tão competentes que possam ter de imediato
uma solução concreta para todas as questões, mesmo as mais graves”. (Gaudium et Spes, nos. 33 e
43).
O Papa Francisco tem insistido
que os problemas sociais e morais não se resolvem com decisões irrevogáveis,
tomadas de cima para baixo, de forma unilateral e dispostas em decretos. O seu pontificado
vai libertando a Igreja da obsessão com questões secundárias e disciplinares
para priorizar a opção pelos sofridos, carentes, pobres de alma, chamando a
atenção, em especial, para os pecados sociais: a idolatria do dinheiro, do
poder, do prazer e uma economia que escraviza e mata, os problemas ecológicos, o
terrorismo, o desemprego, a fome etc. O Santo Padre afirma “que não existe pecado que a misericórdia de
Deus não possa perdoar, quando encontra um coração arrependido, que pede para
se reconciliar com o Pai”. Eis uma resposta serena, sábia e cristã. E
acrescenta ainda, citando o apóstolo Paulo: “Tudo isso vem de Deus... que nos confiou o ministério da reconciliação”
(2Cor 5,18). Ninguém pode pôr condições à misericórdia de Deus, muito menos um
cristão ou sacerdote.
27/01/2017
Dorian Gray Caldas doou a sua
vida a Arte e honrou a nossa Academia.
Diogenes da
Cunha Lima
CONVITE
MISSA de 7º dia
Celebrante: Acadêmico Padre José Mário
Missa: Paróquia do Bom
Jesus das Dores
Dia: 30/1/2017 (2ª feira)
Hora: 19
Endereço: Praça Capitão José da
Penha, 135 - Ribeira, Natal - RN, 59012-080.
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