25/07/2015

JUSTOS PARABÉNS DOS AMIGOS DO 
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE - IHGRN 



 E DO INSTITUTO NORTERIOGRANDENSE DE GENEALOGIA - INRG


24/07/2015

Fotos de registro do encontro do dia 24/7/2015, para celebração de Convênio entre a SEEC e o IHGRN, visando a aquisição de estantes deslizantes, bem como fotos recentes da sede do Instituto.




Créditos: Scilla Gabel
(99688-3884 / 99414-2235)


Educação do RN firma convênio com o Instituto Histórico e Geográfico
SEEC/ASSECOM25 jul 2015 08:54
SEEC/ASSECOM
Educação do RN firma convênio com o Instituto Histórico e Geográfico do RN
Secretaria da Educação do RN firma convênio com o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN). A reunião que tratou do convênio aconteceu na tarde da quinta-feira (23) nas dependências do gabinete da Secretaria da Educação, no Centro Administrativo do Governo do RN, em Natal.
O convênio visa oferecer ao estudante da rede estadual de ensino o contato com o acervo histórico do Estado, desde o período colonial aos dias atuais, através da visitação ou em sala de aula. O prédio do Instituto Histórico e Geográfico do RN faz parte do centro histórico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Pela Secretaria da Educação do RN estiveram presentes o subsecretário Domingos Sávio e a chefe de gabinete, Rute Regis; pelo Instituto Histórico e Geográfico do RN, o presidente Valério Alfredo e a assessora de Projetos Scilla Gabel.
O Instituto Histórico e Geográfico está localizado na  R. da Conceição, 622, Cidade Alta, em Natal.


23/07/2015

A DESTINAÇÃO DOS SEUS ESPAÇOS                                                                                                                                                                
 
 
      Públio José – jornalista
 
 
 
                     Na vida do apóstolo Pedro inúmeras passagens relatam sua rica convivência com Jesus. Entretanto, uma das mais significativas diz respeito ao início da caminhada do apóstolo com Jesus. Jesus chegara à praia e estava sem condição de falar à multidão porque “esta o apertava”. Olhando de um lado para outro, Ele divisou o barco de Pedro, naquelas circunstâncias a tribuna ideal, o púlpito perfeito. O texto bíblico não relata, mas Jesus deve ter pedido licença, permissão a Pedro para utilizar o seu barco como palanque. Naquele momento o espaço que pertencia a Pedro – o seu barco – era um elemento importantíssimo para o discurso que Jesus pretendia proferir. Pedro era tido como uma figura explosiva, sanguínea, e era de se esperar, pelo seu agir natural, que ele negasse a Jesus o seu espaço. Além do mais porque acabara de chegar de uma pescaria – pescaria, por sinal, totalmente infrutífera.
                     A lógica, portanto, indicaria uma recusa total de Pedro às pretensões do Mestre. A história nos informa que o futuro apóstolo estava passando por momentos empresariais dificílimos. Pedro devia impostos a Roma e o faturamento advindo da pesca, naquele tempo ainda feita em condições extremamente precárias, não vinha correspondendo às suas expectativas. Entretanto, Pedro acedeu. Abriu seu espaço físico para a pregação da palavra de Jesus. Este foi um momento importante, demarcatório na sua vida. No primeiro contato com Jesus ele aceitou interagir, colaborar. A narração está contida na Bíblia, em Lucas 5, do versículo 1 ao 13. Mas, o mais importante não foi somente Pedro emprestar seu barco a Jesus – foi também abrir coração e mente para o conteúdo do que Jesus falava e, conseqüentemente, aceitar, na sua lógica, a essência do discurso proferido.
                        Depois de ouvir a Jesus pela primeira vez Pedro nunca mais foi o mesmo. De início foi testemunha e alvo principal de um milagre promovido pelo Mestre. Após emitir a sua fala, Jesus – sabedor das extremas dificuldades empresariais que ele enfrentava – se volta para Pedro e lhe ordena que se faça ao largo e lance as redes ao mar. Ainda impactado pelo discurso que ouvira minutos atrás, Pedro faz uma declaração de fé ao afirmar: “Mestre, havendo trabalhado toda à noite, nada apanhamos, mas sob a tua palavra lançarei as redes”. O resultado é por demais conhecido. As redes ao serem trazidas à tona estavam abarrotadas de peixe, e, de tão pesadas, quase que se romperam, necessitando da ajuda de outros pescadores que estavam próximos. Foi um caso típico de superprodução inesperada.... Pedro, assim, sentiu na própria pele o resultado da abertura de seus espaços para Jesus.
                        Em nossas vidas nós também temos nossos espaços a administrar, a preencher. A questão é saber com que tipo de proposta, de discurso nossos espaços estão sendo preenchidos. A nossa residência é um espaço importantíssimo; nossa mente, a família, ambiente de trabalho, o ambiente social que habitamos – enfim, as áreas ao nosso redor que influenciamos, mas também os espaços, sob nossa responsabilidade, que sofrem influências externas, influências de outrem. Pedro poderia ter negado seu espaço a Jesus. E aí, o que teria acontecido? A pesca tão frutífera, que quase afunda o barco e quase rasga as redes, teria ocorrido? Certamente o Evangelho de Jesus teria de ter uma outra redação, um outro desfecho. Pedro cedeu seu espaço físico e mental para Jesus. É hora, então, de se perguntar: com que tipo de conteúdo nós estamos preenchendo nossos espaços físicos, mentais e espirituais?
                         Em certos ambientes só se fala em dinheiro; em outros é a ascensão social, política e empresarial que ocupa todos os momentos. Para certas pessoas o importante é curtir futilidades, superficialidades. Um grupo, extremamente numeroso, é integrado por gente que não pensa em outra coisa que não tenha um forte peso material. E a salvação? Poucos se preocupam em buscar uma explicação para esse fenômeno espiritual que irá marcar nossas vidas para a eternidade. Para a grande maioria o imediatismo é que importa, com a vantagem correspondente. Outros estão ocupando seus espaços com crimes, mortes, seqüestros, corrução. Para alguns o se prostituir é a atividade ideal, compensadora. Pedro destinou todos os seus espaços a Jesus. Deu-se bem, fez história. Resta saber, a essas alturas, se é positiva ou não a destinação que estamos dando aos nossos espaços. Não já está na hora de refletir?    

22/07/2015

AINDA BRITO VELHO


CONSELHOS E APELIDOS

Valério Mesquita*

01) Educado, simples, comunicativo, assim é o ex-conselheiro do TCE e ex-deputado Manoel de Medeiros Brito. Conheci-o no antigo prédio da Assembléia Legislativa, hoje sede do Tribunal de Contas do Estado, usando gravata borboleta e defendendo as cores da UDN. A sua inteligência e perspicácia produzem causos que não podem se perder na poeira do tempo. E o jornalista Machadinho, que ele apelida “Machado Lopes”, me proporciona a cortesia especial de relatá-los, para o deleite dos leitores.
02) Numa conversa descontraída, perguntaram a Brito qual a sua definição sobre o casamento. De bate pronto, fulmina: “uma ilusão gratulatória”. De outra feita, Afonso, um dos seus motoristas da atividade oficial, recebeu dele um apelido que exprimia fielmente o significado de suas proezas de paquerador. Afonso era baixinho, entroncado, mas era querido do mulheril funcional que beirava a menopausa. E Afonso “passava” as gordinhas, mal-amadas, pernetas, num comovente “ofício de caridade”. Sabedor de suas façanhas, Brito desfechou-lhe um apelido definitivo: “Areia de Cemitério”. Come tudo.
03) Certa vez, um colega de governo, foi lhe pedir um conselho. Já se casara duas vezes e estava na iminência da terceira mulher. Brito cofia o bigode e alerta: “Cuidado Totó, você já é reincidente!”.
04) Outro secretário de estado estava apaixonado fora do casamento. Num almoço, sapecou-lhe a pergunta: “como está de arrumação?”. Silêncio. Insiste Brito: “Deu no aro?”. Resposta tímida do interlocutor: “Deu”. “Então é separação consumada”, vaticina Brito Velho de Guerra.
05) O Dr. Tarcísio Maia, seu grande amigo, recebeu o apelido de “Sebastião” e ninguém sabia a razão. É que o ex-governador gostava de vestir um terno branco. E lá pelos idos de 50, outro político também era conhecido bastante por esse hábito: o vereador natalense Sebastião Malaquías, muito popular à época. E num comício em Natal, Tarcísio Maia havia se postado de pé, entre os circunstantes. De vez em quando, chegava um eleitor, batia-lhe no ombro e perguntava: “É seu Sebastião?”. “Não”, respondia secamente Tarcísio. Veio o segundo, o terceiro, o quarto, o quinto: “É seu Sebastião?”. “Não”, sempre a mesma resposta dietética. Observador de tudo, Brito não resistiu ao epíteto: “Sebastião”.
06) Raul, foi um dos seus últimos motoristas. Em Mossoró, na residência do casal Edith/Soutinho foi servido um lauto jantar a comitiva política que visitava Mossoró. Raul, muito displicente e acanhado, perdeu o jantar que D. Edith, mulher política e sensível, fazia questão de estender aos motoristas as mesmas iguarias que eram servidas aos convidados. Às 11 da noite, Brito dá o sinal de largada com retorno à Natal. No caminho, impressionado com o lauto rega-bofe, ao lado de Machadinho, indaga a Raul: “Jantou bem?”. “Não senhor”, reponde o tímido motorista. “O quê? Um belo jantar desse você perdeu?”. Já em Natal, Manoel de Brito não conteve o comentário: “Raul, amigo velho, pomba mole nem no céu entra!!”. Raul aprendeu a lição.


(*) Escritor.

Academia Norte Rio-Grandense de Letras

Sessão Conjunta de Assembleia Plenária e Conselho de Cultura
Nesta terça-feira 21 foi realizada uma sessão conjunta da ANRL e o Conselho de Cultura do Estado para apreciar alguns assuntos de grande relevância, conforme convocação feita pelo Edital nº 04, de 14 de julho de 2015.
Na hora aprazada, com as presenças dos Presidentes Diógenes da Cunha Lima e Iaperi Araújo foram desenvolvidos os assuntos da seguinte pauta:
        1. Programação para os  80 anos da Academia de Letras (14/ 11 / 2016) já em elaboração.
        2. Projeto das Insígnias e Vestes Acadêmicas - por Iaperi Araújo (Brasão, Bandeira e a logomarca dos 80 anos da Academia), que está em final de elaboração. 

     3. Orçamentos e Ações para instalação da plataforma elevatória. Foram realizados encontros dos dois presidentes com a Secretaria de Estado da Educação e Cultura, havendo confirmada a possibilidade de solução a curto prazo. O Acadêmico Carlos Gomes solicitou a uma empresa orçamento para esse equipamento, que esteve fazendo medições e dará a cotação ainda esta semana, como também estão sendo esperados outros orçamentos. 
     4.Proposta de alteração de artigo do Estatuto. Autoria: Acadêmico Armando Negreiros, presidente da Comissão de Revisão do Estatuto e Regimento Interno, juntamente com os Acadêmicos Carlos Gomes, Leide Câmara, Sônia Faustino e Jurandyr Navarro. O assunto ficou remarcado com a apresentação do esboço do que já foi elaborado até o presente momento, já na próxima reunião. 
5. Indicação de Acadêmicos para saudação "In memoriam" dos Imortais falecidos, tendo ficado acertado convidar o Acadêmico Sanderson Negreiros para a saudação de louvor ao Professor Hermógenes (cadeira 20 e Ticiano Duarte para o Acadêmico Agnelo Alves, cadeira 4. 
6. Continuidade da Série Memorialística  (Sugestão do Acadêmico Ticiano Duarte, que foi aprovada por unanimidade). Já foram concluídos os trabalhos sobre Anna Maria Cascudo Barreto,  Sonia Maria Fernandes Faustino e Iaperi Araújo. O Acadêmico Carlos Gomes informou que o seu trabalho também está concluído, em colaboração com o escritor Manoel Onofre Júnior.
7. A Acadêmica Sônia Faustino deu conta da bela solenidade de inauguração do novo prédio da UNIFACEX, onde foi feita uma homenagem in memoriam ao Professor João Fatustino. 
Sem mais assuntos a tratar foi encerrada a reunião, sendo os diversos temas registrados pela Secretária Leide Câmara.
Natal, 21 de julho de 2015 (terça-feira)
Sala do Conselho de Cultura
Diógenes da Cunha Lima
Presidente da ANRL
Iaperi Araújo
Presidente do Conselho de Cultura

Leide Câmara
Secretária da sessão

21/07/2015

Os Trindades de Papary



João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Matemático, sócio do IHGRN e do INRG.
Câmara Cascudo, escrevendo sobre o Sítio Floresta, que pertenceu aos pais da escritora Nísia Floresta, conta que D. Antônia Clara, viajando para o Rio de Janeiro e aí morando, resolveu vender Floresta e, a 9 de junho de 1853, passou procuração bastante ao seu parente coronel Bonifácio Câmara. Não assinou por não saber escrever. A 8 de maio de 1857, Floresta era vendida a Luiz Bezerra Augusto da Trindade, por 400$. D. Antônia Clara já falecera (1855) e em 1853 se dissera possuidora única de Floresta, pela morte da filha Maria Izabel e do neto Camilo Augustos. Luiz Bezerra Augusto da Trindade morreu em 1881 e seus filhos e netos ficaram arrendando o sítio, com Floresta (sic). O maior proprietário era Francisco Teófilo Bezerra da Trindade (falecido a 3 de outubro de 1938).
Procurei os livros da paróquia de Papari em busca de informações maiores sobre os Trindades de lá. Os registros não eram bem conservados e obtive menos informações do que procurava. Mas Genealogia se faz com o que se tem. Com a ajuda da Hemeroteca Nacional complementei algumas informações.
 O primeiro registro que encontro é o batismo de José: Aos oito de agosto de mil oitocentos e cinquenta e oito, nesta Matriz de Papari, batizei solenemente, a José, nascido a 6 desta mês, filho legítimo de Luiz Bezerra Augusto da Trindade e de Jozina Cabral de Vasconcellos, moradores nesta Vila; foram padrinhos  Alberto  Cabral de Vasconcelos e Thereza Genuína de Vasconcellos, do que para constar mandei fazer este assento em que assino. O vigário José Alexandre Gomes de Mello.
Posteriormente, encontro registros de batismos de dois filhos com o mesmo nome. Observe que o nome da mãe é escrito de forma diferente nos dois documentos.
Aos quatro de dezembro de mil oitocentos e cinquenta e nove, nesta Matriz de Papari, batizei solenemente a Augusto, nascido aos vinte e seis de novembro do dito ano, filho legítimo de Luiz Bezerra Augusto da Trindade e de Jozina Rosalina Cabral de Vasconcellos Galvão, moradores nesta Vila; foram padrinhos Amaro Carneiro Bezerra Cavalcante, por seu procurador José Coelho de Vasconcellos Galvão e Joanna Cândida Pinheiro da Câmara, por seu procurador Francisco Lopes Galvão, do que para constar mandei fazer este assento em que assino, o vigário José Alexandre Gomes de Mello.
Pelo jornal “O Rio Grandense do Norte”, datado de 1856, encontrei a informação que esse Francisco Lopes Galvão era sogro de Luiz Bezerra, portanto, pai de Jozina. Vejamos o registro do outro Augusto.
Aos dezenove de março de 1861, nesta Matriz de Papari, batizei solenemente a Augusto nascido a quinze de janeiro deste ano, filho legítimo de Luiz Bezerra Augusto da Trindade e de Jozina Rozalina Cabral, moradores nesta Vila. Foram padrinhos Francisco José Pereira Cavalcante de Albuquerque e Otília Olímpia Galvão. Do que para constar mandei fazer este assento em que assino. José Alexandre Gomes de Mello.
Depois dos dois Augustos, o próximo registro que encontrei foi do ano de 1875: Aos vinte e nove de agosto de mil oitocentos e setenta e cinco, nesta Matriz de Papari, batizei solenemente a Luiz, nascido a vinte e três do mês próximo passado, filho legítimo de Luiz Bezerra Augusto da Trindade e de Jozina Rozalina Cabral, moradores nesta Vila, sendo padrinhos José Coelho de Vasconcellos Galvão e Luzia Olímpia Cabral de Vasconcellos, do que fiz este. Vigário Manoel Ferreira  Lustosa Lima.
Desse Luiz, encontrei o seu casamento, aqui na cidade do Natal, com uma sobrinha, pois o pai da noiva era irmão do noivo e as mães tinham algum parentesco: Aos trinta de julho de mil novecentos e quatorze, na Igreja Catedral, feitas as proclamações sem impedimento, impetrado dispensa de segundo atingente ao primeiro e terceiro atingente ao segundo grau simples de consanguinidade e observadas as demais formalidade prescritas, assisti com as testemunhas Doutor Joaquim Ferreira Chaves, Governador do Estado e Francisco Herôncio de Mello, ao recebimento matrimonial do Bacharel Luis Segundo Bezerra da Trindade e Esther Bezerra da Trindade, ele filho legítimo de Luiz Augusto Bezerra da Trindade e Jozina Rosalinda Cabral de Vasconcellos, solteiro, com trinta e nove anos de idade  natural da Freguesia de Papary e residente na cidade do Rio de Janeiro, ela filha legítima de Francisco Theóphilo Bezerra da Trindade, e Domitilla Galvão Bezerra da Trindade, solteira com 23 anos, natural desta Freguesia e nela moradora; do que fiz este termo que assino. O Vigário, Cônego Estevam José Dantas.
Havia outro filho de Luiz Augusto e Jozina com o nome de Luiz: era o Bacharel Luiz Augusto Bezerra da Trindade Junior, que morreu no Paraná, em 1890.
Outro Trindade que encontro é José Rutio Bezerra da Trindade. Segundo o jornal Jaguarary, datado de 1851, ele era irmão de Luiz Augusto Bezerra da Trindade. Vejamos os registros encontrados dos filhos de José Rutio e sua esposa, Dona Maria Federalina, todos na Matriz de Papari.
Joaquim nasceu aos 21 de janeiro de 1854, e, foi batizado aos 31 do mesmo mês e ano, tendo como padrinhos Luiz Bezerra Augusto da Trindade e Delfina Maria da Encarnação; Joana nasceu aos 13 de fevereiro de 1859, e, foi batizada aos vinte e sete do mesmo mês e ano, tendo como padrinhos Luiz José da Silva e Antonia Joaquina de Oliveira; Antonio nasceu a 16 de março de 1860, e, foi batizado ao 1 de abril do mesmo anos, tendo como padrinhos Manoel José de Moura e Maria Ignácia de Carvalho; Luiz nasceu aos 20 de agosto de 1868, e, foi batizado aos 24 do mesmo mês e ano, tendo como padrinhos João Freire de Amorim e Maria Francelina Freire, por sua procuradora Francelina Freire de Oliveira; José nasceu aos 27 de agosto de 1876, e, foi batizado ao 1 de janeiro de 1877, tendo como padrinhos o cônego Gregório Ferreira Lustosa, com procuração de Luiz Bezerra Augusto da Trindade e Joanna Cerqueira de Carvalho Souto.
Dessa família era Virgilio Galvão Bezerra da Trindade. Vejamos o batismo dele, aqui em Natal: Aos trinta e um de julho de mil oitocentos e oitenta e sete na igreja de Santo Antonio, batizei solenemente o párvulo Virgílio, nascido a cinco de abril do mesmo ano, filho legítimo de José Cândido Bezerra da Trindade e dona Ubaldina Leopoldina Bezerra da Trindade, sendo padrinhos Joaquim José de Magalhães e dona Coralina Machado Magalhães; do que  para constar mandei fazer este assento, que assino. O padre João Maria de Brito.
O registro de óbito de José Cândido, pai de Virgílio, tem uns trechos ilegíveis por conta da tinta usada, mas segue o que conseguimos ler: Aos sete de abril de mil oitocentos e noventa e um, nesta cidade, faleceu da vida presente e sepultado no Cemitério Público, José Cândido Bezerra da Trindade, oficial do Exercito, idade vinte e sete anos, natural de Papary, casado com Ubaldina Elycina de Vasconcellos Galvão, recebeu os sacramentos da Igreja. Padre João Maria.
Esse José Cândido, acredito era filho de  Luiz Augusto, mas a idade, no óbito,  não bate com o batismo de José, filho do dito Luiz.
Não localizei o casamento de Virgílio, que foi em 31 de dezembro de 1919, mas encontrei no livro de dispensa, que Virgílio Bezerra da Trindade e Diva Ferreira de Andrade tiveram dispensa de 3º grau atingente aos segundo de consanguinidade.
Em Papari encontrei um Francisco Antonio da Trindade, mas não localizai a relação dele com Luiz Augusto e José Rutio. Vamos ver se com a publicação deste artigo, mas luz surja para completar a genealogia desses Trindades, da terra de Nísia Floresta.

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Eles compraram o Sítio Floresta, onde nasceu Nísia Floresta, a grande escritora do  Brasil.

João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Matemático, sócio do IHGRN e do INRG.
Câmara Cascudo, escrevendo sobre o Sítio Floresta, que pertenceu aos pais da escritora Nísia Floresta, conta que D. Antônia Clara, viajando para o Rio de Janeiro e aí morando, resolveu vender Floresta e, a 9 de junho de 1853, passou procuração bastante ao seu parente coronel Bonifácio Câmara. Não assinou por não saber escrever. A 8 de maio de 1857, Floresta era vendida a Luiz Bezerra Augusto da Trindade, por 400$. D. Antônia Clara já falecera (1855) e em 1853 se dissera possuidora única de Floresta, pela morte da filha Maria Izabel e do neto Camilo Augustos. Luiz Bezerra Augusto da Trindade morreu em 1881 e seus filhos e netos ficaram arrendando o sítio, com Floresta (sic). O maior proprietário era Francisco Teófilo Bezerra da Trindade (falecido a 3 de outubro de 1938).
Procurei os livros da paróquia de Papari em busca de informações maiores sobre os Trindades de lá. Os registros não eram bem conservados e obtive menos informações do que procurava. Mas Genealogia se faz com o que se tem. Com a ajuda da Hemeroteca Nacional complementei algumas informações.
 O primeiro registro que encontro é o batismo de José: Aos oito de agosto de mil oitocentos e cinquenta e oito, nesta Matriz de Papari, batizei solenemente, a José, nascido a 6 desta mês, filho legítimo de Luiz Bezerra Augusto da Trindade e de Jozina Cabral de Vasconcellos, moradores nesta Vila; foram padrinhos  Alberto  Cabral de Vasconcelos e Thereza Genuína de Vasconcellos, do que para constar mandei fazer este assento em que assino. O vigário José Alexandre Gomes de Mello.
Posteriormente, encontro registros de batismos de dois filhos com o mesmo nome. Observe que o nome da mãe é escrito de forma diferente nos dois documentos.
Aos quatro de dezembro de mil oitocentos e cinquenta e nove, nesta Matriz de Papari, batizei solenemente a Augusto, nascido aos vinte e seis de novembro do dito ano, filho legítimo de Luiz Bezerra Augusto da Trindade e de Jozina Rosalina Cabral de Vasconcellos Galvão, moradores nesta Vila; foram padrinhos Amaro Carneiro Bezerra Cavalcante, por seu procurador José Coelho de Vasconcellos Galvão e Joanna Cândida Pinheiro da Câmara, por seu procurador Francisco Lopes Galvão, do que para constar mandei fazer este assento em que assino, o vigário José Alexandre Gomes de Mello.
Pelo jornal “O Rio Grandense do Norte”, datado de 1856, encontrei a informação que esse Francisco Lopes Galvão era sogro de Luiz Bezerra, portanto, pai de Jozina. Vejamos o registro do outro Augusto.
Aos dezenove de março de 1861, nesta Matriz de Papari, batizei solenemente a Augusto nascido a quinze de janeiro deste ano, filho legítimo de Luiz Bezerra Augusto da Trindade e de Jozina Rozalina Cabral, moradores nesta Vila. Foram padrinhos Francisco José Pereira Cavalcante de Albuquerque e Otília Olimpia Galvão. Do que para constar mandei fazer este assento em que assino. José Alexandre Gomes de Mello.
Depois dos dois Augustos, o próximo registro que encontrei foi do ano de 1875: Aos vinte e nove de agosto de mil oitocentos e setenta e cinco, nesta Matriz de Papari, batizei solenemente a Luiz, nascido a vinte e três do mês próximo passado, filho legítimo de Luiz Bezerra Augusto da Trindade e de Jozina Rozalina Cabral, moradores nesta Vila, sendo padrinhos José Coelho de Vasconcellos Galvão e Luzia Olímpia Cabral de Vasconcellos, do que fiz este. Vigário Manoel Ferreira  Lustosa Lima.
Desse Luiz, encontrei o seu casamento, aqui na cidade do Natal, com uma prima legítima, onde os pais eram irmãos e as mães tinham algum parentesco: Aos trinta de julho de mil novecentos e quatorze, na Igreja Catedral, feitas as proclamações sem impedimento, impetrado dispensa de segundo atigente ao primeiro e terceiro atigente ao segundo grau simples de consanguinidade e observadas as demais formalidade prescritas, assisti com as testemunhas Doutor Joaquim Ferreira Chaves, Governador do Estado e Francisco Herôncio de Mello, ao recebimento matrimonial do Bacharel Luis Segundo Bezerra da Trindade e Esther Bezerra da Trindade, ele filho legítimo de Luiz Augusto Bezerra da Trindade e Jozina Rosalinda Cabral de Vasconcellos, solteiro, com trinta e nove anos de idade  natural da Freguesia de Papary e residente na cidade do Rio de Janeiro, ela filha legítima de Francisco Theóphilo Bezerra da Trindade, e Domitilla Galvão Bezerra da Trindade, solteira com 23 anos, natural desta Freguesia e nela moradora; do que fiz este termo que assino. O Vigário, Cônego Estevam José Dantas.
Havia outro filho de Luiz Augusto e Jozina com o nome de Luiz: era o Bacharel Luiz Augusto Bezerra da Trindade Junior, que morreu no Paraná, em 1890.
Outro Trindade que encontro é José Rutio Bezerra da Trindade. Segundo o jornal Jaguarary, datado de 1851, ele era irmão de Luiz Augusto Bezerra da Trindade. Vejamos os registros encontrados dos filhos de José Rutio e sua esposa, Dona Maria Federalina, todos na Matriz de Papari.
Joaquim nasceu aos 21 de janeiro de 1854, e, foi batizado aos 31 do mesmo mês e ano, tendo como padrinhos Luiz Bezerra Augusto da Trindade e Delfina Maria da Encarnação; Joana nasceu aos 13 de fevereiro de 1859, e, foi batizada aos vinte e sete do mesmo mês e ano, tendo como padrinhos Luiz José da Silva e Antônia Joaquina de Oliveira; Antonio nasceu a 16 de março de 1860, e, foi batizado ao 1 de abril do mesmo anos, tendo como padrinhos Manoel José de Moura e Maria Ignácia de Carvalho; Luiz nasceu aos 20 de agosto de 1868, e, foi batizado aos 24 do mesmo mês e ano, tendo como padrinhos João Freire de Amorim e Maria Francelina Freire, por sua procuradora Francelina Freire de Oliveira; José nasceu aos 27 de agosto de 1876, e, foi batizado ao 1 de janeiro de 1877, tendo como padrinhos o cônego Gregório Ferreira Lustosa, com procuração de Luiz Bezerra Augusto da Trindade e Joanna Cerqueira de Carvalho Souto.
Dessa família era Virgílio Galvão Bezerra da Trindade. Vejamos o batismo dele, aqui em Natal: Aos trinta e um de julho de mil oitocentos e oitenta e sete na igreja de Santo Antonio, batizei solenemente o párvulo Virgílio, nascido a cinco de abril do mesmo ano, filho legítimo de José Cândido Bezerra da Trindade e dona Ubaldina Leopoldina Bezerra da Trindade, sendo padrinhos Joaquim José de Magalhães e dona Coralina Machado Magalhães; do que  para constar mandei fazer este assento, que assino. O padre João Maria de Brito.
O registro de óbito de José Cândido, pai de Virgílio, tem uns trechos ilegíveis por conta da tinta usada, mas segue o que conseguimos ler: Aos sete de abril de mil oitocentos e noventa e um, nesta cidade, faleceu da vida presente e sepultado no Cemitério Público, José Cândido Bezerra da Trindade, oficial do Exercito, idade vinte e sete anos, natural de Papary, casado com Ubaldina Elycina de Vasconcellos Galvão, recebeu os sacramentos da Igreja. Padre João Maria.
Esse José Cândido, acredito era filho de  Luiz Augusto, mas a idade, no óbito,  não bate com o batismo de José, filho do dito Luiz.
Não localizei o casamento de Virgílio, que foi em 31 de dezembro de 1919, mas encontrei no livro de dispensa, que Virgílio Bezerra da Trindade e Diva Ferreira de Andrade tiveram dispensa de 3º grau atingente aos segundo de consanguinidade.
Em Papari encontrei um Francisco Antonio da Trindade, mas não localizai a relação dele com Luiz Augusto e José Rutio. Vamos ver se com a publicação deste artigo, mas luz surja para completar a genealogia desses Trindades, da terra de Nísia Floresta.


Abraços 
João Felipe da Trindade
Natal, Rio Grande do Norte