26/06/2015

POSSE DO GOVERNADOR DO ROTARY CLUBE - DISTRITO 4500

governador eleito do distrito 4500 do rotary international para a ...
Acontecerá no próximo dia 04 de julho, sábado, em Natal, Rio Grande do Norte, a cerimônia de posse de Francisco Jadir Farias Pereira, que assume a governadoria  do Distrito 4500 do Rotary International, nos Estados da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
Associado do Rotary Club Natal Sul, advogado, o Governador Jadir Farias é o 9º Potiguar a ocupar o cargo máximo da organização mundial, no Distrito 4500 do Rotary International. “Sinto-me honrado em poder dedicar parte de minha vida no desenvolvimento dos trabalhos rotários na região”.
Advogado, Sociólogo, Contabilista e Auditor Federal de Controle externo do Tribunal de Contas da União, Jadir foi eleito Governador do Distrito 4500 do Rotary International em 2012. Tem três filhas e três netos: Janaína, Julyana  e Sarah, três netos, Enzo, Maria Letícia e Cecília. É natural de Santa Cruz/RN e Ingressou no Rotary Club de Natal Sul em 1995. É casado com Ídia Lopes Vila, também rotariana e ex-presidente do Rotary Club de Natal-Sul.
Dentro da comunidade rotária da região, esteve na presidência do Rotary Club de Natal-Sul, foi Governador Assistente, Tesoureiro Distrital, Secretário Distrital Adjunto, membro da comissão de Comissões Distrital, Presidente e Tesoureiro da Associação dos Rotarianos  e da Casa da Amizade de Natal – ASROCAN, membro da Comissão Organizadora do Instituto Rotary em Natal, (2014),  é  autor do caderno “Noções Básicas de Rotary” . e Companheiro Paul Harris com uma safira.

Como Governador do Distrito 4500 do Rotary International, Francisco Jadir Farias Pereira terá como lema rotário: “Seja um presente para o Mundo”, sob a liderança do Presidente do Rotary International KR Ravindran, do Siri Lanka. “Meu trabalho, junto com toda a Equipe, será pautado na continuidade das boas e produtivas ações  colaborando para o desenvolvimento do distrito e com os programas da Fundação Rotária”, disse ao reunir os 93 presidentes de clube para treinamento específico, bem como os 33 Governadores Assistentes com que trabalhará nos próximos 12 meses, a partir de julho. “Já temos o nosso calendário definido, as metas conhecidas e a equipe preparada”, disse. Iremos aproveitar essa oportunidade que o Rotary International nos oferece e, em conjunto com todos os rotarianos do distrito, como preceitua o Presidente Ravindran, procuraremos e lutaremos para  cumprir o lema e os objetivos propostos para o ano rotário 2015/2016. “Sejamos um presente para o Mundo!”  conclamou  o dirigente .
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JADIR é sócio do IHGRN.

25/06/2015

Aluísio Azevedo Júnior convidou você para o evento de Nobel Salgado Filho   QUINTA LITERÁRIA (A COISA MAIS CERTA DE TODA QUINTA!!!) Quinta, 25 de junho às 19:00 Livraria Nobel Salgado Filho em Natal (Rio Grande do Norte)   Participar     Não sei     Recusar   Pode ser que chova ou faça lua... Mas, a certeza é que essa QUINTA LITERÁRIA vai brilhar, vai respingar poesia, prosa; e vai até fazer um pouco de cena... Pois, teremos atrizes-escritoras no palco da... Nobel Salgado Filho e outras 26 pessoas também estão na lista de convidados.             Convites pendentes (4) Bloquear convites de Aluísio?    
   
 
   
   
Aluísio Azevedo Júnior convidou você para o evento de Nobel Salgado Filho
 
QUINTA LITERÁRIA (A COISA MAIS CERTA DE TODA QUINTA!!!)
Quinta, 25 de junho às 19:00
Livraria Nobel Salgado Filho em Natal (Rio Grande do Norte)

24/06/2015

São João do Carneirinho - Comidas Típicas Juninas

Anunciemos como João

Cardeal Orani Tempesta
A festa do nascimento de São João Batista, além de se inserir nas tradicionais festas juninas com seu folclore e tradição, deve ser um momento de aprofundamento para nossa vida de chamados a anunciar Jesus Cristo, e, assim, preparar os caminhos do Senhor nos corações das pessoas. Para mim é uma data muito especial, em que celebro a origem de meu segundo nome, que também me envia a essa missão. É uma festa alegre e simpática, que traz consigo uma mensagem muito importante e uma vida compromissada com o Reino de Deus até o martírio.
A celebração da natividade de João Batista evoca a manifestação da graça e bondade de Deus. O lema é a frase de Zacarias, seu pai, no evangelho dessa solenidade: “Seu nome é João”. Essa locução é uma mensagem da gratuidade e bondade divinas. O próprio nome – Yohanan – significa “Deus se mostrou misericordioso”. É importante lembrar que seus pais, Zacarias e Isabel, eram idosos, sendo que a mãe, estéril. Portanto, o nascimento de João revela o poder e a bondade de Deus e é um sinal claro da importante missão que a ele é confiada.
Ele é o “profeta do Altíssimo” e seu modo de viver lembra Elias, o profeta que vivia no deserto, impelido pelo Espírito. Aliás, no evangelho de Lucas, o anjo anuncia que João andará no espírito de Elias, o mais típico “homem de Deus” do Antigo Testamento.
João é testemunha da Luz, sobretudo por ter apontado Cristo no meio da humanidade. Ele encarna a plenitude do Antigo Testamento e a preparação para o Evangelho. E teve a graça de batizar o próprio Cristo, marcando o início da missão do divino Salvador. 
“Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e resgatou o seu povo”. Assim o evangelho de Lucas inicia o canto de Zacarias, que louva a Deus pelo nascimento do filho João Batista. E mais adiante ele proclama: “E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo porque irás adiante da face do Senhor a preparar os seus caminhos” (Lc 1, 68.76).
Esse privilégio litúrgico se deve à grandeza da missão do Batista. Ele é o precursor do Messias, aquele que foi enviado para preparar os caminhos do Senhor. É testemunha da luz por ter apontado Cristo no meio da humanidade: “Eis o Cordeiro de Deus, eis O que tira o pecado do mundo” (Jo 1, 29).
Nos evangelhos, várias passagens ressaltam a pessoa e a missão do Batista. O evangelista João afirma que “houve um homem enviado por Deus que se chamava João. Este veio para dar testemunho da luz, para que todos cressem por meio dele. (Jo 1, 6) Em outra passagem, o mesmo evangelista narra que, interrogado pelos judeus se ele era o Messias esperado, João Batista testemunhou: “Eu não sou o Cristo. Eu batizo em água, mas no meio de vós está quem vós não conheceis. Este é o que há de vir depois de mim, ao qual eu não sou digno de desatar a correia das sandálias” (Jo 1, 20. 26-27).
Marcos inicia seu evangelho apresentando João Batista que “pregava o batismo de penitência para remissão dos pecados” (Mc 1, 4). O evangelho de Mateus conta que João começou a pregar no deserto da Judéia, dizendo: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus. Porque este é aquele de quem falou o profeta Isaías quando disse: Voz do que clama no deserto. Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas” (Mt 3, 2-3).
Na celebração deste grande santo ecoa em nossos ouvidos João Batista conclamando o povo à conversão: “Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas. E todo homem verá a salvação de Deus” (Lc 3, 4-6).
João Batista nos convida a mudarmos de vida, a levarmos a virtude da esperança cristã a todos os que vivem desesperançados, a direcioná-la conforme os valores do Reino de Deus: “Quem tem duas túnicas, dê uma ao que não tem; e o que tem que comer, faça o mesmo” (Lc 3, 11). A salvação divina se concretiza na medida em que o Reino de Deus se realiza: na vivência da fraternidade, na prática da justiça, na defesa da vida, na promoção da dignidade humana, no resgate dos direitos dos pobres e excluídos e no anúncio de que a esperança em Cristo vence todas as mazelas do mundo atual.
Por isso, a mensagem de São João Batista se faz atual e contundente. Ela convida todos a se empenharem na construção de uma nova sociedade, sem violência, sem miséria, uma sociedade que ofereça condições de vida digna para todos. Pois, como proclama Zacarias em seu canto, João veio ao mundo “para dar ao povo o conhecimento da salvação, para alumiar os que jazem nas trevas e na sombra da morte, para dirigir nossos pés no caminho da paz” (Lc 1, 77-79).
Neste Ano da Esperança e às vésperas do grande envio missionário arquidiocesano, esta festa nos remete à grande missão evangelizadora da Igreja e, consequentemente, à nossa missão nesta grande cidade. Tem muita presença de Deus que aqui habita e que necessitamos que venha à tona e contagie as pessoas na caminhada para o bem. É o nosso compromisso deste ano abençoado com tantas e significativas datas. Abramos o nosso coração do chamado à missão e, como João, apontemos Jesus Cristo que está entre nós, ao povo que caminha procurando uma luz.
Celebrando a festa de São João Batista, rogamos que sua proteção se faça constante e sua mensagem sempre nos interpele para a construção de uma sociedade cada vez mais alegre e bonita. Para a construção de uma sociedade cada vez mais cheia de vida e de esperança cristã, marcada pelos valores do Evangelho de Jesus Cristo, de quem João Batista foi o precursor!
Orani João, Cardeal Tempesta, O. Cist. - Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ
ENGENHO FERREIRO TORTO EM MACAÍBA - RN
MACAÍBA: CIDADE DOS MIGRANTES

Valério Mesquita*

Marcadamente, desde o século XIX, Macaíba, antes Coité, recebeu caudalosas correntes migratórias de dois pólos emissores do Nordeste: Paraíba e Pernambuco. Recentemente a TV Globo esteve lá e em Parnamirim a fim de pesquisar e registrar esse fenômeno que ocorre na área metropolitana de Natal. O fato de chegar a preocupar uma emissora desse porte ao ponto de incluir no “JN no Ar” os dois municípios no nível de uma investigação social reveste-se se singular importância: saber a razão e o porquê do que está atraindo brasileiros de outras regiões para cá. A reportagem apurou que hoje, nas “vizinhanças de Natal condomínios brotam mais rápido do que o mandacaru no sertão”.
Vê-se que a expansão imobiliária é um dos motivos para isso, somado a estatística de que, nos arredores de Natal, quatro cidades recebem em média vinte e oito novos moradores por dia. Investimentos públicos e privados têm abastecido a locomotiva de aumento da população. Até a indústria petrolífera, segundo a reportagem global, que gera trinta e sete mil empregos no estado, muitos escolhem as proximidades da capital para residir, apesar do engarrafamento do transito e a superpopulação da região metropolitana. Macaíba – vocacionada há dois séculos para o comércio e a indústria – as ruas centrais mais parecem um “mercado persa” ou uma Babilônia de transeuntes, automóveis e motos. As residências que conheci em um passado recente, foram transformadas em pontos de comércio, até nas calçadas, impondo-se aí a descaracterização física de sessenta, cinquenta anos atrás.
Quando visito a minha terra eu não me revejo mais. O “capitalismo” emergente transformou-a numa legião estrangeira. Ninguém conhece ninguém. São raras as fisionomias e olhos que refletem a cidade que vivi. Daí me preocupar com a preservação de sua memória histórica para que não venha perder a sua identidade. Todavia, entendo que é o preço alto da proximidade das cidades com a capital. Progresso desgovernado. Tudo começou, assinaladamente, com Fabrício Gomes Pedroza, fundador da cidade de Macaíba, em 27 de outubro de 1877. Antes, se chamava Coité (outra palmeira). Era o reduto da aristocracia rural fincada pelo coronel Estevão Moura no Engenho do Ferreiro Torto. Ocorreu aí o choque inevitável da atividade comercial chantada pelo pernambucano Fabrício no monte dos Guarapes e o latifúndio rural dos Moura que abrangia São Gonçalo e Macaíba.  Comércio levou a melhor. Estava decretada a sua vocação econômica.
Daí para frente, todas famílias que escreveram a sua história na vida municipal, os pioneiros vieram da Paraíba e de Pernambuco. Os Albuquerque Maranhão, os Castriciano de Souza, os Freire, os Mesquita, os Tavares de Lyra, os Chaves, os Garcia, os Maciel, os Alecrim, os Leiros, os Curcio, os Meira Lima, os Andrade e por aí, centenas delas que ingressaram na lide comercial, industrial, cultural, política e jurídica. Todos os macaibenses que se tornaram ilustres depois provieram dessas origens migratórias patriarcais. No século XX, da segunda metade em diante, dezenas de macaibenses originários dos citados troncos hereditários, igualmente geraram filhos ilustres, principalmente, no ramo do comércio. Até na política, Macaíba é um eldorado de correntes migratórias. Quem souber, pode, de per si, declinar quantos prefeitos e vereadores oriundos de outras plagas já comandaram o poder público local, o que reflete o caráter volúvel e também migratório do seu eleitorado.

(*) Escritor.

23/06/2015



   
Acla Pedro Simões Neto
23 de junho às 05:24
 
A Academia de Letras e Artes Pedro Simões Neto (ACLA) brinda seus leitores contando as origens dos festejos juninos (Santo Antônio, São João e São Pedro): as quadrilhas, os fogos de artifícios, as comidas típicas, as fogueiras, o vestuário, as músicas.

ORIGEM DA FESTA JUNINA

Apesar de muito comemorada no Brasil, a Festa Junina tem origem nos países católicos da Europa, que prestavam a sua homenagem a São João, mas lá ela era chamada de Festa Joanina. Aqui no Brasil, a festa tem forte influência indígena e negra. Isso pode ser percebido nas músicas, que são as mesmas que foram cultuadas pelos negros, nos quilombos e nas senzalas, como o xaxado, o coco, o maxixe e até mesmo o próprio forró. Na alimentação, a presença forte do milho, canjica, pamonha, bolo de milho, milho cozido, pé de moleque, entre outras. As comidas típicas também são símbolos juninos, como forma de agradecimento pela fartura nas colheitas, principalmente do milho, a festa se tornou farta em seus deliciosos quitutes
No Brasil, a festa de São João é celebrada desde 1583. As tradições juninas, a Quadrilha, os fogos de artifício, o vestuário e a fogueira, têm origem diversa, conforme veremos a seguir:
- A QUADRILHA veio da França. Era uma dança com passos inspirados nos bailes da nobreza europeia, surgida nos salões da corte francesa. Era chamada de “quadrille”. Na época da colonização do Brasil, os portugueses trouxeram essa dança, onde os participantes obedecem a um marcador, que usa palavras afrancesadas para indicar o movimento que devem fazer, tais como: “anavantur” (en avant tout), “anarriê” (en derrière), “avancê” (avancer), “balancê” (balancer), etc.). A mistura do linguajar matuto com o francês deu origem ao “matutês”, com humor e sotaque do interior nordestino. Nesta dança, é preciso seguir os comandos todos e no c’est fini das apresentações os casais se despedem acenando ao público.
- OS FOGOS DE ARTIFÍCIO foram trazidos dos chineses, onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Há também quem diga que é uma forma de agradecer aos deuses pelas boas colheitas. São elementos de proteção, pois espantam os maus espíritos, além de servir para acordar São João com o barulho.
- OS VESTIDOS RENDADOS e a DANÇA DE FITAS, são uma característica da Península Ibérica, bastante usados em Portugal e na Espanha.
Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.
As festas juninas são comemoradas em todo o Brasil, entretanto na região Nordeste – onde chegou através dos padres Jesuítas – estas festas ganham uma grande expressão. Como é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas na região, que servem para manter a agricultura.
- A FOGUEIRA é o maior símbolo das festas juninas. A história conta que as suas raízes são católicas. Se deriva de um trato feito entre as primas Isabel e Maria. Isabel acendeu uma fogueira sobre o monte para avisar a Maria do nascimento de São João Batista e assim pedir a sua ajuda. Aqui no Brasil teve o integral apoio dos índios, que já adoravam dançar ao pé do fogo.
Outros dizem que as fogueiras eram acesas na festa de São João para lembrar que foi ele quem anunciou a vinda de Cristo, o símbolo da luz divina.
Há ainda quem considere a fogueira uma proteção contra os maus espíritos, que atrapalhavam a prosperidade das plantações.
Por fim, há aqueles que utilizam a fogueira apenas para se aquecer e unir as pessoas ao seu redor, já que a festa é realizada num mês frio.
As brasas da fogueira também são um exemplo dessas tradições: assim que se apagam, devem ser guardadas. Conservam, desse modo, um poder de talismã que garante uma vida longa a quem segue o ritual. Talvez por isso algumas superstições dizem que faz mal brincar com fogo, urinar ou cuspir nas brasas ou arrumar a fogueira com os pés.
Em Ceará-Mirim, no sítio Ilha Grande, o seu proprietário, que se chamava João, saudava o santo do seu nome, soltando dezenas de foguetões, dizendo que era pra acordar São João, que dormira o ano inteiro. Ainda nesse sítio costumava-se acender fogueiras, a cada ano maiores. Quando as labaredas da fogueira se apagavam, sobrando as brasas, que eram abanadas para ficar mais acesas, o seu filho, Paulo da Cruz, descalço, passava sobre o braseiro e nunca queimou seus pés.
Também nesse sítio, em homenagem ao São João, adultos e crianças, amigos e filhos dos amigos, moradores e seus filhos também realizavam o culto do batismo, do parentesco (primos) e até casamentos à beira da fogueira.

OBRA E SÍTIOS CONSULTADOS:
Spineli, Maria da Conceição Cruz – MEMÓRIAS DO TIMBÓ, À BEIRA DA TIMBAUBA

22/06/2015

Agostinha Monteiro de Souza


João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Matemático, sócio do IHGRN e do INRG.
 
Meus trisavós, Alexandre Avelino da Costa Martins e Anna Francisca Bezerra, tinham uma filha de nome Agostinha Maria Martins Bezerra, que foi casada com Manoel Antonio da Costa Monteiro, filho de Antonio Caetano Monteiro e Olímpia Maria da Conceição. Deve ter recebido seu nome em homenagem a mãe de Anna Francisca, que se chamava Agostinha Monteiro de Souza. Esta, que foi casada com o tenente-coronel Antonio Francisco Bezerra da Costa, era filha de João Manoel da Costa e Angélica Maria da Conceição. Faleceu nova, com 33 anos, de parto, aos dois de julho de 1827.

Esse nome Agostinha Monteiro de Souza, aparentemente, não tem nada a ver com o nome dos pais. De onde surgiu, pois? Entre seus irmãos, listamos Manoel Vieira da Costa, João Manoel da Costa e Mello, e Vicente Ferreira da Costa e Mello do O’. Como de costume, esse “e Mello” denuncia junção de duas famílias, e, portanto, o Mello deve ter vindo dos pais de Angélica Maria da Conceição. Nos registros, encontrados até agora, um casal que gerou Antonio de Souza Monteiro foi José Antonio de Mello e Mathildes Quitéria Xavier da Cruz. Ela, filha de Francisco Xavier da Cruz e Lourença Dias da Rosa, e prima legítima de Agostinha. Quanto a José Antonio de Mello, na árvore genealógica desenhada do escritor Afonso Bezerra, ele aparece com filho de Thomaz e F. de Tal. Pode ser que o pai de José Antonio fosse um Thomaz Vieira de Mello.

Aqui na Freguesia de Nossa Senhora da Apresentação, encontramos uma Agostinha de Souza Monteiro. Vamos aproveitar esse problema, na minha família, que ainda não foi resolvido, para apresentar seu casamento.

Aos sete de janeiro de mil setecentos e cinquenta e dois, na Matriz de Nossa Senhora da Apresentação do Rio Grande, feitas as denunciações nesta Matriz e nas partes necessárias, sem haver impedimento, como dos banhos que se acham correntes, consta, de um mandado nas partes do Reverendíssimo Senhor Doutor Visitador, se casaram solenemente em face da Igreja, por palavras de presente, Joam Martins de Sá, filho legítimo de Francisco Pires de Macedo, e de sua mulher Maria do O’, já defuntos, e Agostinha de Souza Monteiro, filha legítima do capitão José Monteyro, e de sua mulher Hylena de Souza, moradores na Ribeira de Mipibú, desta Freguesia, e logo lhes deu as bênçãos conforme os ritos da Santa Madre Igreja, do que mandou o muito Reverendo Senhor Doutor Visitador fazer este assento em que assinou. Marcos Soares de Oliveira. Nesse registro, meio confuso, não aparecem as testemunhas.

Segue o casamento de uma irmã de Agostinha: Aos dezessete de dezembro de mil setecentos e cinquenta e um, na Capela de Nossa Senhora do O’ do Papari, da Ribeira do Mipibu, da Freguesia de Nossa Senhora da Apresentação do Rio Grande, feitas as denunciações costumadas, nas Igrejas necessárias, sem haver impedimento algum, como dos banhos, que se acham correntes, consta, de licença do Muito Reverendo Senhor Doutor Visitador Frey Manoel de Jesus Maria, em presença do Reverendo Padre Antonio de Araújo e Souza, capelão da dita capela, e das testemunhas o capitão-mor  Joam de Oliveira e Freitas, casado e morador na dita Ribeira, o sargento-mor Domingos Pinto Zório, casado, e morador na dita Ribeira, pessoas conhecidas, se casaram solenemente em face da Igreja, por palavras de presente, Felizardo Vieira de Mello, filho legítimo de Manoel Vieira, e sua mulher Thereza de Jesus, já defuntos, e Florência Pires de Macedo, filha legitima do capitão Joseph Monteiro, e sua mulher Hylena de Souza, todos naturais desta Freguesia de Nossa Senhora da Apresentação, e logo lhes deu as bênçãos na forma dos ritos da Santa Madre Igreja, de que mandou o Muito Reverendo Visitador, fazer este assento em que assinou. Marcos Soares de Oliveira, Visitador.

É estranho que uma filha de José Monteiro e Helena de Souza seja Florência Pires de Macedo. Na verdade, o marido de Agostinha era filho de um Pires de Macedo. Nos livros de registros há outra pessoa com o mesmo nome dela, que foi casada com Agostinho de Souza.

Desse casal, encontramos os batismos de dois filhos: Thereza de Jesus que foi batizada aos 15 de junho de 1756, tendo como padrinhos Simão Vieira de Mello, e a viúva Joana da Rocha; e Antonio, batizado aos 29 de setembro, de 1754, tendo como padrinhos o capitão José Monteyro e sua mulher Elena de Souza.

Há alguma relação entre essas duas Agostinhas, ou temos somente meras coincidências?
Árvore Genealógica do escritor Afonso Bezerra