09/06/2014



INSTITUTO NORTE-RIOGRANDENSE DE GENEALOGIA
NOTA DE PESAR
O INSTITUTO NORTE-RIOGRANDENSE DE GENEALOGIA – INRG, com total sentimento de tristeza, vem comunicar aos seus associados o falecimento do sócio fundador e grande genealogista potiguar JOSÉ HÉLIO DE MEDEIROS, ocorrido hoje em nossa Capital.

Pedimos aos confrades e amigos do pranteado escritor o comparecimento ao velório a ocorrer a partir das 19 horas de hoje nas dependências do Centro de Velório Morada da Paz da Rua São José e posterior sepultamento amanhã, rogando aos que não puderem se fazer presentes, que o coloquem em suas orações.

Respeitosamente
ORMUZ BARBALHO SIMONETTI
Presidente do INRG

IHGRN









 

 

 



INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE
– A MAIS ANTIGA INSTITUIÇÃO CULTURAL DO ESTADO –
Rua da Conceição, 622 / 623, Centro – CEP: 59025-270 – Natal/RN  -  Brasil
CNPJ.: 08.274.078.0001-06  -  Fone: (0xx84) 3232-9728
E-mail: ihgrn1902@gmail.com

NOTA EXPLICATIVA
        
 A Diretoria do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Rio Grande do Norte, entidade privada sem fins econômicos, profundamente indignada com a notícia da colunista Daniela Freire, veiculada no JH do dia 6 de junho pretérito, vem esclarecer a matéria leviana e anonimamente levantada contra a sua honorabilidade por parte de um “influente pesquisador local” e divulgada sem a audiência da Instituição, na qual insinua a aplicação de recursos que lhe foram destinados em 2013, em valor superior a R$ 1 milhão, consoante informações que teriam sido dadas pelo próprio Presidente Valério Mesquita.
            Para a reposição da verdade, sente-se na obrigação de prestar os esclarecimentos seguintes:
1.    O Presidente Valério Mesquita simplesmente tem informado o comprometimento de tal cifra em proposições de emendas orçamentárias públicas;
2.    Em 2013 o IHGRN recebeu unicamente uma verba de R$ 5.000,00 da Prefeitura Municipal de Natal, cuja prestação de contas já foi apresentada. Nenhum outro recurso foi recebido dos governos estadual e federal;
3.    No corrente ano foi recebida a importância de R$ 100.000,00, depositada em conta corrente do Instituto em 02/01/2014, valor este que está sendo utilizado nas reformas da sua sede;
4.    É importante não confundir verbas requisitadas em orçamentos públicos com recursos efetivamente liberados.
A notícia falaciosa compromete a reputação da Entidade e seus dirigentes, e cria dificuldades junto aos seus colaboradores públicos e privados.
Em razão do exposto, uma vez reposta a verdade, a Diretoria do IHGRN buscará, pela via adequada, a identificação da fonte leviana e irresponsável, visando a reparação necessária aos danos morais causados, para o que convidamos o Ministério Público a acompanhar a querela.


Natal, 09 de junho de 2014.

A DIRETORIA do IHGRN

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08/06/2014

O JURISTA DO SERIDÓ



AMARO CAVALCANTI


Jurandyr Navarro

Do Conselho Estadual de Cultura


Filho de Caicó, antiga Vila do Príncipe, deste Estado, veio ao mundo aos 15 de agosto de 1849.

Muito jovem enfrentou as dificuldades da vida. Ainda em plena révora submeteu-se a concurso de Retórica em São Luiz do Maranhão, obtendo o primeiro lugar; não sendo, todavia, aproveitado por veto político e influências domésticas. Em Baturité, no Estado do Ceará faz outro concurso: de Latim, logrando, também, a primeira classifica­ção. É testada, assim, a sua capacidade intelectual.

Lecionou por algum tempo o idioma do Lácio. Nasceu predestinado para o estudo do Direito e da Linguística. Nesta, aprendeu várias línguas: Latim, Espanhol, Inglês, Italiano, lia o alemão e conhecia o russo. E na ciência das leis tornou-se jurista famoso.

Consoante Floriano Cavalcanti, ele escreveu alguns livros notáveis: "Responsabi­lidade Civil do Estado" e "Regime Federativo". E adiantou João Medeiros Filho, na sua obra magnífica "Contribuição à História Intelectual do Rio Grande do Norte", que ele escrevera mais de quarenta livros.

Assinala ainda Floriano Cavalcanti, no belo ensaio sobre Amaro Cavalcanti ter ele alguns de seus trabalhos no idioma gaulês e no britânico, vertendo deste último, para o vernáculo intitulado "Ensino da Filosofia", do autor Tiberghien, e, do latim, "O Desprezo da Morte", de Cícero.

Na sua mocidade frequentou o Seminário do Maranhão e aos vinte e cinco anos, idade que Goethe começara o seu "Fausto", estreou na Literatura com o livro "A Reli­gião".

E conclui o desembargador Floriano, em matéria publicada na Revista da Acade­mia Norte-Rio-Grandense de Letras que, "Naquela época não havia o Mandado de Se­gurança. Amaro e Pedro Lessa, numa interpretação sociológica, distenderam o Habeas-Corpus além da liberdade de locomoção, para alcançar os direitos hoje protegidos pelo Mandado de Segurança, o mesmo acontecendo com o Recurso Extraordinário, a que eles deram a amplitude da Constituição atual. Juristas-filósofos, supriam assim deficiêcias do bem geral".

Amaro Cavalcanti viajou pela Europa. Diplomou-se pela Universidade de Albany, nos Estados Unidos da América, tendo sido laureado, quando universitário, por ter sido o melhor aluno da sua Turma. O seu diploma foi revalidado pela Faculdade de Direito da Universidade do Recife.

Exerceu mandato na Assembleia Legislativa do vizinho Estado do Ceará. Depois, foi Senador, eleito pelo Rio Grande do Norte. Como político exerceu o múnus público com dignidade e competência, fazendo que os seus contemporâneos não deixassem de regatear aplausos à sua conduta de intelectual e probidade de caráter.

Em Albany, Nova Iorque, onde cursou Direito em 1881, foi o acadêmico distingui­do com a primeira colocação numa Turma de sessenta alunos. Aprovado com distinção, defendeu Tese. E recebe o título honroso de "Consellor at Law", título este dado pela Corte Suprema daquele País estrangeiro.

No seu retorno ao Brasil defende outra Tese num Congresso de Educação, sob o tema "Ensino Moral e Religioso nas Escolas".

Daria, com o passar dos anos, um gigantesco impulso ao progresso civilizatório.

Por esse tempo atua na imprensa carioca escrevendo matéria política pugnando pelo Regime Republicano.

Inteligente, incursionou a sua capacidade intelectual por outros labirintos da coisa pública. Foi também homem de Gabinete. Obteve êxito positivo a sua Missão Diplomá­tica no Paraguai, delegada pelo então Presidente da República Floriano Peixoto, para tratar da Paz Continental, da Região Sul-Americana. Representou o Brasil na Conferência Pan-americana, em 1915, em Washington.

Foi Ministro da Justiça no Governo Prudente de Morais, em 1897 e depois ocupou a Pasta da Fazenda, 1918. No ano anterior havia exercido o cargo de Prefeito do Distrito Federal, Rio de Janeiro. Exerceu o mandato de Vice-Governador e de Senador, pelo Rio Grande do Norte.

Até a presente data foi Amaro Cavalcanti o único norte-rio-grandense a ter assen­to na Corte Suprema do País.

Fez parte da Comissão Revisora do Código Civil Brasileiro. Membro Permanente do Tribunal Arbitral de Haia, honra insigne para um filho do Rio Grande do Norte.

Veríssimo de Melo no Discurso de posse no nosso Silogeu das Letras fez o seu elogio, exibindo as credenciais de intelectual desse homem culto. Dele, disseram José Augusto e Juvenal Lamartine, respectivamente: "insigne jurista, o maior dos intelectuais potiguares"; "a maior figura intelectual do Estado", daquela época.

Faleceu no dia 28 de Janeiro de 1922, tendo nascido aos 15 de Agosto de 1849, tendo vivido, portanto, 73 anos.

Por todos esses títulos conseguidos pelo caráter, estudo e capacidade intelectual fizeram do ínclito varão seridoense, Amaro Cavalcanti, um dos valores mais dignos da história do Rio Grande do Norte.

07/06/2014

O MENINO DO BARRO VERMELHO



SAUDAÇÃO AO ACADÊMICO

EDILSON NOBRE

Jurandyr Navarro
Do Conselho Estadual de Cultura

Exmo. Sr. Acadêmico Adalberto Targino, MD Presidente desta Academia de Letras Jurídicas do Rio Grande do Norte, em nome de quem saúdo os demais componentes da Mesa,

Senhoras e Senhores Acadêmicos,

Senhoras, meus Senhores:

Por generosa incumbência da Presidência desta Casa, farei a saudação de praxe, ao novel Acadêmico Edilson Pereira Nobre Júnior, que fará, dentro de instantes, a sua oração, Elogio ao Patrono, por imperativo regimental.

O Acadêmico em questão é possuidor de currículum dos mais ricos na esfera jurídica. Detentor de diplomas por mais importantes, resultado do seu estudo e trabalho operoso, dedicação profissional e responsabilidade.

São títulos obtidos, repito, a custo de ingente e perseverante labor continuado de anos.

Tal acervo cultural o credenciou, ao lado do seu talento, associado e atilada Inteligência colimar a consecução de uma cadeira nesta Instituição e que hoje, concretiza para alegria dos seus integrantes, a complementação da sua posse, festivamente comemorada, recentemente.

A minha saudação reveste-se, outrossim, do merecido elogio à sua pessoa de magistrado íntegro, honrado e diligente, cultor da vasta literatura do Direito.

Parabenizo-o pela sua entrada nesta Academia, enriquecida que ficou, por tê-lo como um dos seus associados.

Graças ao bom Deus, a nossa Arcádia jurídica é, toda ela, constituída de valores, os mais proeminentes da nossa sociedade, laureados que foram pela glória acadêmica. São imortais que honram a veste talar, que lhes orna os ombros, a personalidade, civilidade e saber cultural.

O cumprimento estatutário tem sido obedecido pelos associados, sob a criteriosa orientação do acadêmico Adalberto Targino, cujo desempenho presidencial é por todos elogiado e exaltado.

O ilustre Acadêmico Edilson Nobre, fará, dentro de instantes, o seu discurso laudatário à figura do Patrono da Cadeira nº 16, Miguel Seabra Fagundes, conhecido e proclamado luminar da ciência do Direito.

Edilson Nobre, julgador dos mais nobres, da magistratura brasileira, trilhou, em curto espaço de tempo, uma trajetória das mais brilhantes da sua carreira profissional.

Na Universidade Federal de Pernambuco cursou ele o Mestrado e o Doutoramento. Neste último, obteve o título através a apresentação de tese aprovada pela banca examinadora, por distinção, em Direito Administrativo e, naquele, em elaborada Dissertação, intitulada “Medidas Provisórias: Controle Legislativo e Juridicional”.

Na metrópole lusitana, pátria originária das Arcádias literárias e berço da legendária Coimbra, secular santuário do Direito, Edilson Nobre teve o grato ensejo de fazer Curso de Aperfeiçoamento em Direito Constitucional.

Nessa pós-graduação tão rica e diversificada, realizou, também, curso de Especialização em Direito Administrativo.

O novo Acadêmico é docente universitário e Desembargador Federal. Exerceu,  também, o elevado cargo de Procurador da República, tendo, anteriormente, funcionado no Ministério Público Estadual.

A sua produção bibliográfica é por demais densa, em revistas, periódicos e livros especializados.

Diante dessas considerações, expressadas a vôo de pássaro, é com admiração que saúdo, em nome dos presentes,  nesta manhã cultural, o ilustre e ilustrado Acadêmico Edilson Pereira Nobre Júnior.

Natal, 11 de outubro de 2013