28/04/2013




"Madame Colette", romance de Caio Fernandes de Oliveira
(Orelha de Eduardo Gosson)

Médico por profissão (dermatologista), Professor Aposentado da UFRN, CAIO FERNANDES DE OLIVEIRA é oriundo de uma linhagem nobre: sobrinho do poeta Jorge Fernandes, introdutor do Modernismo em terras potiguares.
CAIO FERNANDES DE OLIVEIRA fez sua estréia literária com Amnésia Estratégica, em1983, Edições Clima, sendo bem recebido pelos leitores e pela crítica especializada. Com mais de 7 livros publicados na área da ficção e um na pesquisa histórica o IHGRN- História e Acervo (2005) em parceria com a confreira Arisnete Câmara, o que sobressai na sua escrita é a sua filiação aos clássicos da Literatura. As suas estórias tem começo, meio e fim e são bem escritas. Moderação no uso dos adjetivos. Essas breves considerações são para dizer que CAIO FERNANDES DE OLIVEIRA é um Escritor de verdade que, agora, resolve nos brindar com um novo romance - Madame Colette -, ambientado na Ribeira, no período da Segunda Guerra Mundial . Sou testemunha de o seu fazer literário: detalhista, é capaz de escrever e reescrever quantas vezes for necessário para melhor traduzir uma ideia, um sentimento . Um bom Autor nos prende logo quando solta o verbo: A seca que castigava o sertão era implacável e distribuía miséria por todo lado. Com o pasto tórrido e os açudes secos, o rebanho fora quase todo dizimado e as crianças estavam esqueléticas e apáticas.. Foi nessa leva de deserdados, vítimas do rigor climático e do latifúndio, que veio Imaculada, que mais tarde se transformaria em Madame Colette, personagem central deste romance..
Veja como o Autor descreve Natal dos anos 40: A cidade era pequena e bem urbanizada, com largas avenidas cortando o seu traçado longitudinal e pequenas ruas no sentido transversal. As construções eram planas, com pouca verticalização e muita arborização nas ruas e nas residências. O clima era agradável e ameno, com uma brisa fresca e permanente vinda do Atlântico que ultrapassava as dunas e ocupava todo o seu espaço.”
É neste cenário bucólico, transformado pela Segunda Guerra, com a presença de tropas americanas, que se desenvolve a trama deste romance. Da jovem ingênua que veio fugindo da seca não restava mais nada; agora, Imaculada se transformara em Madame Colette: “ observou-os enquanto se dirigiam para o quarto. Pensou nela quando jovem e nas perspectivas que poderia ter tido na vida se alguém tivesse lhe orientado nos momentos difíceis e imaturos da adolescência. A guerra e a presença de tropas americanas na pequena cidade modificaram completamente os hábitos e os costumes provincianos, inoculando a semente inicial da degradação do tecido social motivada pela identificação psíquico-patológica e não social e familiar, como tinha sido até então. A velha cafetina sentia as mudanças promovidas pela ocupação militar e lucrava com isso. Pretendia acumular dinheiro e bens para ter uma velhice tranqüila, longe da tensão e do desgaste da vida mundana.” Madame Colette sabe tudo sobre os habitantes e personagens desta cidade.Para ser cafetina é preciso ter os nervos de aço e vender a alma ao Diabo. A sua prosa não cansa e nos prende até o fim.
De parabéns o Dr. Caio ao trazer mais uma obra ficcional para os leitores, volume 5, da Coleção Bartolomeu Correia de Melo (prosa), selo editorial Nave da Palavra da União Brasileira de Escritores.Eis aqui um grande Escritor.
Eduardo Gosson é presidente da UBE-RN.
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Lançamemento: dia 26 de abril, 18 horas no Iate Clube de Natal, foi um sucesso.
AUTÓGRAFOS POR MAIS DE DUAS HORAS SEGUIDAS
SERENO E CHEIO DE SIMPATIA, O AUTOR DA NOITE AUTOGRAFOU MAIS DE CEM EXEMPLARES.
CAIO E SUA LEGIÃO DE AMIGOS
OS POUCOS EXEMPLARES QUE RESTARAM DE UMA NOITE DE AUTÓGRAFOS DE SUCESSO.
EDUARDO GOSSON, O AUTOR, MARCOS CAVALCANTI E THIAGO GOSSON
JÚLIO BEZERRA, CAIO E MIRIAM PETROVICH
MARCOS CAVALCANTI, CAIO E JANILSON DIAS DE OLIVEIRA
CAIO E SEUS AMIGOS
CAIO E A ESCRITORA ARISNETE CÂMARA
O AUTOR E AS BELAS AMIZADES
RACINE SANTOS
TEREZINHA E CARLOS GOMES
O AUTOR AUTOGRAFANDO PARA OS AFILHADOS
AUTÓGRAFOS E MAIS AUTÓGRAFOS.
LÚCIA HELENA, MARINHO, CARLOS E THEREZINHA

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Fotos: créditos de Lúcia Helena

Morre a escritora Mailde Pinto Galvão



Publicação: 27 de Abril de 2013 às 10:50

http://tribunadonorte.com.br/noticia/morre-a-escritora-mailde-pinto-galvao/248864

Faleceu na noite dessa sexta-feira (26), Mailde Pinto Galvão, escritora e ex-diretora de Documentação e Cultura da Secretaria de Educação na gestão de Djalma Maranhão à época do golpe militar de 1964. Ela faleceu aos 88 anos no Hospital do Coração após complicações em decorrência de uma cirurgia.
Reprodução/FacebookMailde faleceu aos 88 anos de idadeMailde faleceu aos 88 anos de idade

Mailde publicou em 1994 o livro “1964: aconteceu em abril”, no qual conta os momentos de terror que viveu durante a ditadura militar. Ela atuou na criação e implantação das chamadas bibliotecas populares, no Rio Grande do Norte, e importante atuação no processo de leitura e alfabetização de uma parte da população em Natal, na década de 1960, através da campanha "De pé no chão também se aprende a ler".




UMA SIMPLES SUGESTÃO

A Rede Globo está rodando a novela "Flor do Caribe", de Walter Negrão, na praia de Pipa.
Na trama, existe uma questão ideológica que enfatiza a situação ocorrida na 2ª Guerra Mundial, envolvendo um nazista (Dionízio) e um judeu (Samuel). 
 Há um terceiro personagem, que é um professor de história (Quirino) e que poderia percorrer esses sítios históricos ministrando uma aula para os seus alunos,ou mesmo com os dois antagônicos num passeio por Natal,  divulgando os nossos espaços históricos pertinentes, como a Coluna Capitolina, presente de Mussolini, uma passagem pela Rampa, onde o ocorreu o encontro entre Getúlio e Roosevelt, a velha casa na Ribeira, onde o piso foi fabricado com a cruz suástica e vários outros recantos, devidamente catalogado pela Fundação Rampa. Isso seria uma boa propaganda para Natal e, particularmente, para o nosso Instituto Histórico e Geográfico, que está a merecer atenção dos governantes, empresários e da população. Fica a sugestão.

fundacaorampa






25/04/2013


Capitão Manoel Varella Barca, lá de de Assú (III)


João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor da UFRN, membro do IHGRN e do INRG
Manoel Varella Barca fez seu testamento em 10 de abril de 1844, na Fazenda Sacramento, tendo sido escrito por João Martins de Sá Junior. Nas suas disposições destacou uma sorte de terras, chamada Sítio Caeira ou Mutamba, herdada dos seus pais, para Maria Beatriz e Manoel de Mello Montenegro Pessoa, em atenção a fiel amizade que ambos dedicaram a ele. Fez, também, um destaque especial para a neta e afilhada Lusia Leopoldina, casada com Felis Francisco da Silva, em atenção à pobreza em que se achavam.
O segundo casamento do capitão Manoel Varella Barca foi com Dona Francisca Ferreira Souto, como vimos no primeiro artigo desta série. Vamos, pois, escrever um pouco sobre os filhos desse casal.
Domingos Varella Barca, com a idade de 20 anos, casou, em 9 de abril de 1823, na Fazenda Estreito, com Dona Gertrudes Lins Pimentel, 22 anos, filha de João de Souza Pimentel e Dona Josefa de Mendonça Lins. Houve dispensa pelo parentesco em que estavam ligados. Estavam presentes João Maurício Pimentel e Francisco Varella Barca, ambos casados.
Rosa Francisca Ferreira Souto, outra filha de Manoel e Francisca, com 29 anos de idade, casou, também, na Fazenda Estreito, em 11 de maio de 1833, com José da Fonseca Silva, de 28 anos, filho legítimo de João da Fonseca Silva, falecido, e dona Anna Maria de Jesus. Estavam presentes João Pegado de Sirqueira Cortez, casado, e Gaspar Freire de Carvalho, solteiro.
De Dona Maria Beatriz Paz Barreto não encontrei o registro de casamento. Era casada com Manoel de Mello Montenegro Pessoa, natural de Goianinha. Ovídio, filho desse casal, nasceu aos 16 de novembro de mil oitocentos e trinta e cinco, e foi batizado, pelo Vigário Colado do Seridó, na época visitador, Francisco de Brito Guerra, em 6 de janeiro de 1836, na Matriz de São João Batista do Assú. Teve como padrinhos José Varella Barca, solteiro, e Angela Garcia de Araújo Freire, viúva; Manoel, outro filho de Maria Beatriz e Manoel de Mello, nasceu aos vinte e quatro de outubro de 1836, e foi batizado pelo vigário de Santana do Matos, Padre João Theotonio de Sousa e Silva, na Matriz de Assú, aos trinta do mesmo mês e ano. Foram padrinhos o capitão Manoel Varella Barca, casado, e Maria Hermelinda de Albuquerque Montenegro.
Maria Francisca Silvina Souto tinha 26 anos quando casou, em 22 de Agosto de 1833, no oratório de José Varella Barca, com o português João Rodrigues de Mesquita, 30 anos, filho legítimo de Antonio Rodrigues de Mesquita e Maria Joaquina, ambos falecidos. Estiveram presentes João Pio Lins Pimentel e Francisco Varella Barca, casados.
João Pio Lins Pimentel, citado acima, filho de João de Sousa Pimentel e Josefa de Mendonça Lins, casou, em 30 de janeiro de 1826, na Matriz de Assú, com Francisca Ferreira Souto, outra filha de Manoel e Francisca Ferreira Souto. Foram dispensados por impedimento no terceiro grau de consanguinidade, atingente ao segundo. Estavam presentes José Varella Barca, ainda solteiro, e Francisco de Sousa Caldas, casado. João Pio era irmão de Gertrudes, esposa de Domingos Varella.
Na época do inventário Dona Francisca Ferreira Souto, a esposa de João Pio, já falecida, foi representada pelos filhos João Pio Lins Pimentel Junior, maior de 21 anos, Francisca Victorina casada com Tertuliano de Alustau Lins Caldas, Irene, Maria, Josefa, Manoel, Júlia e Luis, com 11 anos de idade..
Manoel Varella Barca Junior, outro filho do segundo casamento, tinha o mesmo nome do primogênito de Manoel Varella Barca. Era, também, falecido, na época do inventário do pai. Com vinte e dois anos de idade, casou, em 23 de fevereiro de mil oitocentos e trinta, no sítio (ou fazenda) Estreito, com Ignácia Theodósia de Mendonça, de 22 anos de idade, filha de João de Sousa Pimentel e Dona Josefa Lins de Mendonça, dispensados, também, dos impedimentos que estavam ligados. Estavam presentes, o capitão Manoel Varella Barca e João Maurício Pimentel, casados. Ignácia, como se pode ver dos registros anteriores, era irmã de João Pio Lins Pimentel e Gertrudes.
No inventário, Manoel Varella Barca Junior foi representado por sua filha Francisca Theodósia de Mendonça Caldas, viúva. Não encontrei mais informações sobre essa neta do capitão. Foi seu procurador no inventário, Luiz Gonzaga de Brito Guerra.
José Varella de Sousa Barca, foto enviada por descendente Francisco Varela Barca

Livro traz genealogia de potiguares - Tribuna do Norte

Livro traz genealogia de potiguares - Tribuna do Norte

21/04/2013

Sou um genealogista – mas acalmem-se, pois não é contagioso. No fundo, a gente queria que fosse, mas não é. Um genealogista é um sujeito que resolve desenterrar toda a história familiar para descobrir quem eram e o que faziam os seus antepassados mais remotos. Um doido, portanto. Para conseguir isso, ele mexe em todos os papéis velhos da família – aqueles que você acha que não valem nada, mas que ele dará um grito de satisfação quando encontrar. Fará perguntas insistentes a cada membro da família. Quer saber os mínimos detalhes de coisas que você com certeza não se lembra. É capaz de passar horas metido em um cartório, casa paroquial ou arquivo histórico remexendo livros velhos, amarelados e cheio de fungos. Isso porque ele PRECISA esclarecer algum mistério na história da sua família e assim descobrir quem foram realmente as pessoas que o antecederam.
Esta é uma imagem digna de nota: o genealogista, em uma sala silenciosa, absolutamente concentrado em sua pesquisa. Eis que de repente ele vislumbra um registro e pensa: “Será possível?”. Excitado, confere de novo. Sim, ele achou exatamente aquilo que procurava. É nesse momento que todos os genealogistas têm vontade de gritar a plenos pulmões “ACHEI, ACHEI! EUREKA!” – muitos se contém, mas é exatamente isso o que ele murmuram para si mesmos. E se alguém estiver perto e quiser saber o que o sujeito descobriu, provavelmente vai se decepcionar ao ver que foi apenas um registro de casamento super antigo que deu a ele o nome de quatro novos octavós ou coisa do tipo.
Aos poucos, o genealogista vai montando a sua árvore genealógica. Descobre antepassados que ninguém da sua família fazia a menor ideia que tivesse. No começo, ele conta as suas descobertas com entusiasmo. Alguns parentes demonstram certo interesse – e em seguida esquecem absolutamente tudo o que o genealogista disse. Para uma pessoa normal, qualquer coisa acontecida há cem anos foi praticamente na pré-história. E então o genealogista despeja em cima dela informações de 1800, 1700, 1600… É quando vem a famosa frase, que todo genealogista um dia ouve: “Você vai acabar chegando no Adão!”.
Com o tempo, o genealogista percebe que sua paixão é solitária. Não há registro de um casal de genealogistas, por exemplo. E seria até temário pensar em algo assim, pois eles certamente se esqueceriam de viver. Em geral, o genealogista não encontra no dia a dia quem lhe compreenda. Há parentes distantes que acham estranho esse interesse pelo passado da família e insinuam que o genealogista está de olho em alguma herança. Felizmente há a internet, e nela o genealogista encontra outros genealogistas, e eles se juntam em grupos de cooperação mútua, mais ou menos como os alcoólicos. Nessa troca de informações, conseguem verdadeiros prodígios, e se não chegam mesmo até o Adão não é por falta de esforço.
Os nossos Sherlocks ainda precisam lidar com garranchos, registros omissos ou contraditórios entre si, além de dificuldades no acesso a documentos. Parafraseando Einstein: perto do que foi o passado, aquilo que o genealogista consegue descobrir é algo de tosco e primitivo – mas é também aquilo que temos de mais precioso sobre ele.
Eis a primeira parte da minha árvore genealógica:
Henrique Fendrich
João Felipe da Trindade
visite:

 Pesquisando:Trindade, Avelino, Dias Machado, Lopes Viégas, Machado de Miranda, Duarte de Azevedo, Araújo Pereira, Lins Vasconcelos, Sá Barroso, Medeiros, Garcia, Rodrigues da Cruz, Teixeira de Carvalho, Pereira da Silva, Torres, Costa Machado, Ferreira da Cruz, Gomes de Melo, Macedo, Carvalho, Silva, Fernandes, Martins Ferreira.

19/04/2013

UNIFACEX OFERECE APOIO AO IHGRN

Através do seu Chanceler JOSÉ MARIA FIGUEIREDO, a UNIFACEX selou o seu apoio ao IHGRN com a doação de 06 (seis) computadores, sendo recebido em reunião especial comandada pelo Presidente VALÉRIO MESQUITA, vistos na foto acima.


 Diretores presentes à reunião: Lúcia Helena, Carlos Gomes, George Veras, Valério Mesquita, Ormuz Simonetti e Paulo Pereira, ao lado de José Maria Figueiredo. Também participou da reunião o Secretário-Adjunto Odúlio Botelho, que não se encontra na fotografia.


Na fotografia se vê o material doado.
O Presidente Valério, solenemente, fez o agradecimento formal da Instituição, enfatizando a importância do gesto, que anima a continuidade da árdua jornada de dar funcionalidade ao IHGRN.