07/09/2020
NOSTALGIAS
Valério Mesquita
mesquita.valerio@gmail.com
DIA DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes(*)
Hoje comemoramos mais um dia de amor ao Brasil, data em que em 07 de Setembro de 1822, D. Pedro I ratifica a decisão de sua esposa, Dona Leopoldina, declarando o Brasil independente de Portugal.
A decisão foi de extrema coragem, haja vista a fragilidade dos apetrechos bélicos existentes e o diminuto contingente de soldados, mas uma imensidão de cidadãos e cidadães amantes deste País amado.
Este ano, por contingências da pandemia, não teremos os desfiles comemorativos, mas em cada casa certamente haverá um momento de respeito e devoção à pátria amada.
O sentido do amor à Pátria, nos dias perniciosos de
hoje, ressoa com a deformação ideológica dos que se opõem ao governo atual,
sendo a sua invocação motivo de chacota pelos que pretendem implantar um estado
totalitário.
Deploro esses sentimentos e repudio a
política que deturpa o sentimento nativo do Brasil, que não respeita nem mesmo
as vítimas da pandemia, tornando-a motivo de exploração em causa própria de
pessoas ou facções.
Renovando o amor à minha Pátria, relembro os dias cívicos dos desfiles dos colégios, grupos, instituições culturais e desportivas na "Parada da Raça", com o garbo natural dos filhos dessa Mãe Gentil. Depois os desfiles dos corpos militares de todas as armas, da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, deixando aos que ali compareciam com o sentimento renovado de patriotismo.
Lamento que não tenhamos aprendido,
ainda, o amor à terra em que nascemos. Contudo, não tenho receio de ser pichado
de retrógrado ou piegas, ou mesmo reacionário. Prefiro manter firme o meu
sentimento de patriotismo, repetindo os grandes poetas do passado:
HINO À BANDEIRA
Olavo Bilac
Salve lindo pendão da
esperança!
Salve símbolo augusto da
paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos
traz.
NAVIO NEGREIROS - VI
Castro Alves
Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto!...
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança.
OU DEIXAR A PÁTRIA LIVRE, OU MORRER PELO BRASIL
(*) Cabo Reservista do
Exército e escritor
04/09/2020
Reforma agrária é coisa capitalista
Tomislav
R. Femenick – Contador, mestre em economia e historiador.
Da janela da minha biblioteca, vejo a bela instalação predial que o INCRA
desfruta em nossa capital. Também, a posse da terra é um problemão que parece
sem solução.
Antes de Cabral aportar por estas plagas, os nativos, ou melhor dizendo,
as tribos indígenas, disputavam e defendiam um lugar com flechas e tacapes. Mas
era uma posse temporária, até que eles resolvessem se mudar para outras
regiões. Então aconteciam novas lutas. Com a efetiva colonização, cerca de
trinta anos depois do descobrimento, a coroa portuguesa tomou toda a terra para
si e a redistribuiu entre fidalgos e amigos do rei, através das edições das
Capitanias Hereditárias (de curta duração) e das cartas de sesmarias, instituto
que fazia a dação de terrenos aos novos povoadores. A questão era encontrar
quem cultivasse essas terras, quem efetivamente trabalhasse. Escravizaram os
índios e depois trouxeram africanos apresados e feitos escravos. Criou-se,
então, uma dicotomia que premiou todo o período colonial, sobreviveu ao Império
e à República, agravando-se no século XX, e perdura até os dias de hoje: quem
trabalhava a terra não era dono dela; quem era dono não trabalhava.
Revoltas contra essa situação sempre houve. Os índios escapavam para as
matas, os escravos fugiam e criavam quilombos, e os colonos trazidos, da Europa
para trabalhar nos engenhos de cana, fazendas café e outras culturas, terminavam
indo para as cidades, onde se tornavam artesãos, operários e pequenos
empreendedores.
Em meados do século passado, a questão fundiária assumiu novas
proporções. A luta pela reforma agrária tomou nova forma em 1946, quando, sob
orientação do antigo PCB, foram criadas as Ligas Camponesas. Postas na
ilegalidade, ressurgiram em 1954, lideradas por Francisco Julião. No governo
militar de 1964, a organização foi novamente posta na clandestinidade e muitos
de seus dirigentes foram presos. Porém o problema fundiário permaneceu e, em
1984, foi organizado o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, que
contou com o decisivo apoio da Comissão Pastoral da Terra, da Igreja Católica.
O problema do MST é que as questões políticas suplantam o motivo de sua
origem. Prega a luta de classe, desvia recursos recebidos do governo, através
de cooperativas que são por ele controladas, cobra taxas dos assentados e a
eles impõe procedimentos e ações. Quem se recua é afastado ou excluído de
qualquer benefício. Além desses comportamentos, não diretamente ligados à
reforma agrária, entre suas lideranças há sérias lutas simplesmente pelo poder.
Exemplo: sob forte controle de João Pedro Stédile, o MST afastou de sua direção
uma das suas figuras de destaque, José Rainha Júnior, líder do movimento no
Pontal do Paranapanema, no Estado de São Paulo, e provocou o desligamento de
Bruno Maranhão, que fundou uma dissidência: o Movimento pela Libertação dos Sem
Terra - MLST.
A posse da terra por quem nela trabalha deixou de ser o foco primeiro do
MST e movimentos correlatos. As convocações para as ocupações rurais visam
recrutar o maior número de pessoas, não interessando quem seja. Juntam no mesmo
barco verdadeiros trabalhadores rurais, trabalhadores rurais desempregados e mais
toda espécie de gente; gente que sempre morou na cidade, donos de pequenos
negócios, políticos profissionais, sejam quem sejam. O importante é que formem
um grande ajuntamento, pois a luta política tomou destaque no cenário da
reforma agrária, sempre socialista, sempre anticapitalista. Qualquer
reivindicação social faz com que suas lideranças mobilizem as bases e usem os
“sem terra” como massa de manobra. Analisando o panorama, chega-se à
inevitavelmente conclusão de que há desvirtuamento na luta pela reforma agrária
no Brasil. Desce a terra; sobe o socialismo.
Será que ninguém ver o contrassenso: a reforma agrária verdadeira defende
a PROPRIEDADE PRIVADA da terra para quem nela trabalha; PROPRIEDADE PRIVADA individual
de meios de produção não existe no socialismo. Isso é coisa do capitalismo.
Tribuna do Norte. Natal, 04 set. 2020
31/08/2020
27/08/2020
Usado
Tomislav R. Femenick – Mestre em economia, com extensão em sociologia e história
Um caso que chegou ao TSE, pedindo a cassação
do mandato de uma vereadora goiana, por ter praticado abuso de poder religioso
durante a campanha, trouxe à discussão a não tão estranha relação das religiões
com o poder. Basta lembrar que, desde as mais antigas civilizações, há uma
simbiose entre as partes, da qual ambas tiram proveito. Foi assim na
Mesopotâmia, no Egito, na China, na Índia, na América pré-colombiana e nas
tribos da Terra Brasilis.
Entretanto, foi na Idade
Média e nos anos que lhe seguiram que essa situação aflorou, dando lugar
a inúmeras
Nesse período
histórico, a
O
Os
Martinho
Lutero,
Calvino (Jean
Calvin),
A reforma
inglesa teve várias
Uma das
26/08/2020
SOMBRAS DA CIDADE
Valério Mesquita*
mesquita.valerio@gmail.com
(*) Escritor.