DEUS AINDA ESTÁ NO COMANDO
Valério Mesquita*
Não me apetece nem me atrevo a ser censor dos
costumes ou dos valores morais invertidos. Não há como negar que se vive a
ausência dos sinais de Deus neste mundo de transformações e de iniqüidades.
Milhões de homossexuais ganham as ruas e as praças para legitimar perante a lei
as suas pretensões e paradoxos. Lembro-me do profeta Isaías, quando diz no
capítulo 55.6-7: “Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto
está perto. Deixe ao ímpio e ao homem maligno os seus pensamentos...”.
Ainda na Bíblia há fartos exemplos de cidades que foram destruídas pela ira do
Senhor por causa da sodomia institucionalizada. Nesses dois mil anos de
cristianismo muitos fatos ocorridos com relação a epidemias e cataclismos
também são atribuídos aos castigos sobrenaturais pela conduta nefasta de grande
parte da humanidade.
No capítulo
16 de Mateus, versículos 2, 3 e 4, Jesus adverte sobre o fermento dos saduceus
e fariseus que pediam um sinal sem saber “diferenciar a face do céu e não
conhecer os sinais dos tempos”. A geração de hoje não seria a “má e
adúltera” daquele tempo? Estaria o mundo precisando de sinais para estancar a
tempestade dos escarnecedores que transgridem sem causa? Tudo está acontecendo
evidentemente com a permissão de Deus. Estaria o Altíssimo testando a nossa fé,
a nossa capacidade de se indignar e contestar a demoníaca e colossal onda de
desrespeito à família, a lei estabelecida, aos bons costumes e a decência do
país? Não devem se abater os evangélicos e católicos deste imenso Brasil. São
testes de paciência e de fé que o Senhor nos prescreve. Certo dia, um amigo me
dizia que os sinais divinos de que Deus se importa conosco haviam
desaparecidos. “Nem disco-voador aparece mais”, completou irresignado. Mas,
quem há de duvidar dos desígnios de Deus? Eis um dos mistérios da fé, resumi,
tentando acalmá-lo.
Multidão incalculável de gays, lésbicas e pervertidos
de todo o gênero, com o intuito de impressionar, lutam para obter os direitos
civis da união conjugal entre eles, sublimar o vício, aliciar os incautos
através de manifestações gigantes, movida pela força do dinheiro e o apoio da
mídia. A Rede Globo, velha cafetina dessas coisas através de suas novelas deu
toda a cobertura, além dos alcoviteiros do Congresso brasileiro.
Até há pouco tempo, isso se denominava “direitos das
minorias”. Com o passar dos anos, vê-se que a minoria está virando maioria,
bancada de governo, de situação, rolo compressor com nítidos objetivos
políticos. Nos Estados Unidos e na Alemanha, por exemplo, já elegeram prefeitos
e governadores gays. Coloco as minhas razões sem o desejo de discriminar,
julgar ou punir ninguém. Nem, muito menos, estabeleço paradigmas para as
conflituosas relações que o assunto alimenta no terreno da moralidade pública,
consuetudinária e legal. Exponho as minhas ilações unicamente no campo da
religiosidade, onde todos irão um dia buscar o perdão pelas suas transgressões.
Jesus é Deus de amor, de misericórdia, de benignidade e ainda permanece no
comando. Acresce afirmar que foi por nós e pelos pecadores que enviou o seu
Filho Unigênito para verter o seu sangue pela remissão dos pecados do mundo. E
“tudo será dado a cada um segundo as suas obras”.
Após dois mil anos de doutrina ainda caberá a Jesus
repetir: “Ó Pai, perdoai-lhes por que não sabem o que fazem”. Salmos,
11.3: “Se forem destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?”.
(*)
Escritor.