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23/07/2018
22/07/2018
O IHGRN É UMA FESTA PERMANENTE
O INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO
DO RIO GRANDE DO NORTE CONTINUA
DE PORTAS ABERTAS PARA VISITAÇÃO
TURISTAS E ESCOLAS SEMPRE PROCURAM A
CASA DA MEMÓRIA
TURISTAS VISITAM O IHGRN
REGISTRAM SUAS PRESENÇAS
ADMIRAM NOSSAS RELÍQUIAS
SAEM ADMIRADOS
ELOGIAM NOSSO ACERVO
20/07/2018
QUINTA CULTURAL DO IHGRN (Palestra e festa)
PRESENÇA
DE 3 EX-PRESIDENTES DO AMÉRICA F.C.
JUSSIER SANTOS – FERNANDO NESI E HERMANO MORAIS
DE UM GRANDE NÚMERO DE PARTICIPANTES
DAS CONFRARIAS DE NATAL,
ESPECIALMENTE OS DO CAFÉ AVENIDA.
PRESENÇA
DE MAGISTRADOS, MEMBROS DO MINISTÉRIO
PÚBLICO, PROFESSORES, ADVOGADOS,
MUITOS ESCRITORES, POETAS, MEMBROS DE
OUTRAS ACADEMIAS DE LETRAS,
ROTARIANOS, BOÊMIOS, FAMILIARES
(COMANDADOS PELO GRANDE ARQUITETO
MOACYR GOMES DA COSTA) E AMIGOS DO
ESCRITOR.
FLAGRANTES DA PALESTRA E
DA FESTA
Joventina e José Gomes Filho
O escritor e o jovem Pedro Simões Filho
O Salão Nobre do IHGRN lotado
O escritor e o Desembargador Federal Ivan Lira de Carvalho
Carlos e Guga
Professora Karoline (IPDT) e o escritor
O escritor com o Desembargador Aderson
Pausa para o cafezinho Santa Clara (Três Corações),
que fez a cortezia e abrilhantou a festa
E a fila continua grande
Fila dos amigos, protegidos por tendas para prevenir a chuva
Fila dos amigos
Ao fundo um grupo de membros da
Confraria do Café Avenida
A família Gomes, comandada pelo
Patriarca Arquiteto Moacyr Gomes
Patriarca Arquiteto Moacyr Gomes
O PAX
CLUB E SEUS HABITANTES
Valério
Mesquita*
O Pax Club de Macaíba reinou durante várias gerações, desde
o inicio dos anos cinquenta, construído pelo prefeito Luís Cúrcio Marinho. A
sua história merece um livro separadamente, evocando fatos, personagens, eventos,
tudo, enfim, que serviu densamente para projetar a história social de Macaíba.
A começar pelos nomes zoológicos e folclóricos dos garçons: Luís Bicho Feio,
Tota Passarinho, João Cabeção, Antônio Paulino, Geraldo de Doca, os cobradores
Vagareza, Chico Duzentos e Paulo Bofão, entre outros, reverenciados com humor e
saudade de um tempo que não volta mais. Um fenômeno (econômico, talvez), que
precisa ser melhor estudado acabou com a vida social dos municípios de médio
porte como Mossoró, Ceará-Mirim, Macaíba, Caicó, Currais Novos, Açu,
exceptuando-se apenas as festas anuais das padroeiras, vaquejadas, que não
significam realmente atividade social clubística, efetivamente organizada.
Até Natal mesmo sucumbiu e o chamado “Café Society”
que foi imortalizado pelos cronistas sociais do passado e os sodalícios não
existem mais. O tempo e os costumes mudaram tudo. Ficaram para a história, Gil
Braz, Fred Ayres, Jota Pifa, Paulo Macedo, Adalberto Rodrigues e mulheres
colunistas. O imenso Titanic, com todas as very
important persons, naufragou com os capitães Ibrahim Sued, Jachinto de
Thormes, etc. Que universo multifacetário reside em um clube social que abriga
frequentadores de todos os matizes, boêmios e loucos, anjos e anarquistas,
matrizes e meretrizes, mocinhos e bandidos, palhaços e mascarados?
O velho Pax teve o seu apogeu e decadência. Mas sobreviveu
graças aos seus devotados diretores e sócios, que se expuseram por um ideal ilusório
de associação, sob a égide do paletó e gravata, do bolero e do samba, da semipenumbra
que escandalizava a paróquia e alimentava a homilia dominical da santa missa. E
os flashes desse tempo me chegam nitidamente. Da jovem Carmita, míope, que,
desfilando em passarela na “Festa das Flores”, caminhou demais e foi cair sobre
a mesa da comissão julgadora; do carnaval de 60, onde a lança-perfume ardente e
vibrante de Plácido Saraiva atingia com jatos queimantes os bumbuns, suados e
frondosos, das damas da sociedade, quase registrando vitimas a lamentar; do saudoso
Emídio Pereira Filho, proferindo pontualíssimas palestras todos os anos sobre a
poetisa Auta de Souza e o aeronauta Augusto Severo, através do serviço de amplificadora
diretamente do “sodalício tradicional e elegante” da cidade; das confusões, das
brigas, do porre homérico de lança-perfume de Chiquinho Ribeiro, que o fez
desabar no rio Jundiaí; das festas juninas, quadrilhas estilizadas; do programa
“Data querida” que registrava aniversários e namoricos através do “serviço de
divulgação da Associação Pax Club, a voz de Macaíba”, e que tantos equívocos e
problemas acarretou, como o do motorista Zé Cearense, que quase apanhava da
valente mulher por causa de uma falsa “oferenda musical com muito amor e carinho”,
enviada por uma meretriz.
São quase sessenta anos de história do Pax Club, do parque
governador José Varela. Há muita coisa a contar sobre ele e os seus complexos
habitantes. Relembrando agora, vai atiçar a memória de muitos que direta ou
indiretamente passaram pela sua portaria, mesmo já tudo tendo sido prescrito e
proscrito da hoje turbulenta Macaíba.
(*) Escritor
18/07/2018
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17/07/2018
Pinotes de Basílio
Por Gustavo Sobral
Marcha, maxixe, gingados de capoeira, bastava soar na rua o carnaval e
Basílio saia para brincar. Apressados metais em todo sopro desciam
frevo que lavava o bairro de São José a pulsar o coração no Recife, lá
ia o moço Basílio, sem enfado, todo prosa, na instiga, no estilo
desenhando passos. Cada pinote, orquestrado e galante que só se vendo.
O carnaval que passava pela rua da Concórdia ele não perdia. A rua em
que moravam as sobrinhas, a rua em que seu coração batera carnavais.
Não custava nunca relembrar cada frevo, cada confete, cada passagem, a
viva alegria de ser todo carnaval. Quando via o Bacuri, não se acanhava,
era marcar o passo e dançava, era o sucesso.
Todo mundo adorava o moço como respeitava o velho que virou. Todos os
meses saia de Duarte Coelho, onde residia, próximo ao Convento da
Caridade de Santa Thereza, para apanhar os proventos a que tinha
direito. Viúvo, conversador e alegre, era funcionário aposentado da
delegacia fiscal. Já de idade, bigode bem aparrado, a cabeleira bem
penteada, lembranças no velho do rapaz que foi, aurora da sua vida,
tempo que não esquecia jamais.
A SELEÇÃO QUE EU VI – Berilo de Castro
A SELEÇÃO QUE EU VI –
Rússia, 2018. Mais uma vez nadamos, nadamos e
morremos no seco. Somos mais de duzentos milhões de treinadores e
conhecedores “profundos” de futebol. Mesmo com aqueles que perguntam
durante uma partida qual é o time do Brasil, quais
são as cores do seu uniforme, se Pelé está jogando. Outro, que diz que o
resultado vai ser três a um, mas vai terminar em pênaltis – vejam só
que tantos disparates e tantas idiossincrasias.
Mas, vejamos o que vi:
— Que foi estudado inegavelmente um planejamento de ação.
— Que houve uma escolha aceitável da comissão técnica.
— Que a seleção dos jogadores foi feita em cima dos jogadores que atuam na Europa – os melhores?
— Que foram deixados, no Brasil, bons e jovens jogadores – inegavelmente.
— Que, mais uma vez, a imprensa brasileira
criou muitos heróis e deuses fora das quatro linhas do jogo – mal
incurável e prejudicial em todo esporte.
— Que o nosso treinador/psicólogo passou a
proferir aulas e mais aulas de psicologia na grande mídia televisiva
para os clientes do Itaú – um besteirol sem limites e promocional (e
pegue mais dinheiro na sua conta bancária).
— Que, por pura e legítima coincidência, me
refiro à “Era Dunga” – 2010, vencemos bem todos os jogos pré-copa,
fazendo inchar os egos dos mais entusiasmados – e, em seguida, a grande
decepção.
— Que, como dizia o velho Didi – “Treino é treino. Jogo é jogo (em Copa do Mundo, mais ainda).
— Que tudo voltou a acontecer novamente.
Ganhamos tudo antes da Copa. Já no enfrentamento oficial, nas quartas de
final, contra a organizada seleção Belga, fomos não mais surpreendidos,
com uma sonora derrota – amarelamos.
— Que não foi observado, pelo técnico e seus
auxiliares, o vazio, a “avenida Marcelo”, onde se concentravam bons
jogadores da equipe da Bélgica, livres de marcação e que deram o
ultimato e a passagem de volta da nossa seleção.
— Que faltou coragem para fazer mudanças na equipe e substituições no decorrer do jogo.
— Que jogamos praticamente sem centroavante. Gabriel Jesus foi uma figura apagada em campo em todos os jogos.
— Que faltou um jogador líder, um gritador,
um “brigador” que balançasse os mais quietos, os mais tímidos, como o
Phillipe Coutinho (muito frio, sem animação e sem criação de jogadas).
— Que faltou, ao nosso goleiro, a empolgação, a liderança e o grito de comando na pequena área — “quem manda aqui sou eu”!
— Que, mais uma vez, somos derrotados pela
bola alta alçada na pequena área. Nosso sistema defensivo se posiciona
mal e sempre mal, apesar de ter melhorado um pouco.
— Que ficou bem nítido e observado no
primeiro gol que levamos, na jogada da bola no primeiro pau quem
disputou com um grandalhão e bom jogador belga, foi Gabriel e Paulino
(muito baixos).
— Que erramos 58 passes no jogo contra a
seleção da Bélgica, a maioria de pequena distância, — inconcebível para
uma seleção que é cinco vezes campeã do mundo e que era vista como
favorita do evento.
— Que o treinador/psicólogo Tite não foi
capaz de abrandar, minimizar o individualismo do nosso Neymar (Neycai),
que só fez chamar a atenção dos adversários para a dura e severa
marcação, com suas sucessivas caídas e grandes gemidos
(nada produziu).
— Por fim, vamos pensar, estudar uma nova
forma de praticar futebol, e deixar o futebol europeu para lá. Estamos
muito burocratizados, engessados, enquadrados. O nosso futebol precisa
voltar às suas origens, se soltar, mandar os
esquemas (ciências) para os raios que os partam. Voltar ao futebol
alegre, bonito, solto, com gols, com dribles, tabelas curtas, muita
movimentação, criação, espontaneidade, liderança e inteligência.
Ai, que saudade me dá!
Berilo de Castro –
Escritor
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