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08/06/2018
07/06/2018
SOLENIDADE NA CÂMARA MUNICIPAL DE NATAL
Sessão solene celebra 70 anos de reinstalação da Câmara Municipal de
Natal
Um encontro com a história. Foi o que aconteceu, nesta terça-feira (05),
por ocasião das celebrações dos 70 anos de instalação da Câmara Municipal de
Natal após o período conhecido como Era Vargas. Para celebrar, uma sessão
solene exaltou esse momento histórico com a presença das instituições que
estavam presentes naquela época, sendo estas a Arquidiocese de Natal, o
Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, a Universidade Federal
do estado (UFRN), Academia Norte-riograndense de Letras e o jornal "A
República", ambas homenageadas com diplomas meritórios.
Durante o Estado Novo, entre 1937 e 1945, as Câmaras Municipais foram
fechadas e o poder legislativo dos municípios foi extinto. Com a restauração da
democracia em 1945, as Câmaras legislativas foram reabertas e começaram a tomar
a forma que hoje possuem. No dia 5 de junho de 1948, após a era Vargas, a
Câmara Municipal de Natal foi instalada definitivamente, completando 70 anos
dessa data simbólica no ano de 2018.
"Contar a trajetória deste parlamento é reavivar sua história e o
seu compromisso com a cidadania, afora o seu o relevante papel na política
local e nacional, por intermédio de suas atribuições constitucionais
documentadas ao longo de décadas. Trajetória marcada pelo pioneirismo. Por exemplo,
a luta por conquista de direito ao voto por mulheres que desejassem requerer o
alistamento eleitoral. Coube ao Legislativo natalense esse pioneirismo,
traduzido na representação de Julia Alves Barbosa Cavalcanti, a primeira mulher
a ter assento no legislativo da Capital do RN", recordou o presidente da
Casa, vereador Raniere Barbosa.
Ele ressaltou que os vereadores são responsáveis pela formatação,
discussão e votação de iniciativas, propondo obras e serviços para melhorar a
qualidade de vida da população em geral. "Os edis, dentre outras funções,
também são responsáveis pela fiscalização das ações tomadas pelo Poder
Executivo, cabendo-lhes a tarefa de acompanhar a administração municipal,
principalmente acerca do cumprimento da lei e da boa aplicação e gestão dos
recursos públicos", completou.
O vereador Franklin Capistrano falou que o plenário da Câmara de Natal
esteve presente em todos os momentos importantes da cidade. "Daqui saíram
os projetos que proporcionaram a expansão urbana da capital potiguar. Aqui é o
grande palco dos debates sobre assuntos de interesse público. Uma instituição
viva, pulsante, que acolhe todas as demandas da sociedade", pontuou o
parlamentar, que presidiu o Legislativo natalense durante o biênio 2015-2016.
A vereadora Eleika Bezerra afirmou que o Parlamento Municipal tem que
estar antenado com os anseios da comunidade. "Trata-se de uma instituição
humana. E como todo ser humano tem suas virtudes e defeitos. Dito isso, temos a
tarefa de aprimorar esta conquista democrática chamada Legislativo",
analisou. Por sua vez, a vereadora Natália Lula Bonavides apontou semelhanças
entre o passado histórico e o tempo presente. "Essa solenidade, também, é
um momento de reflexão e chamado para a defesa da democracia, haja vista o
preocupante avanço de posições autoritárias em nossos dias".
Na ocasião, foi lançado um selo comemorativo para celebrar a data.
"É importante que a história das lutas por liberdade e democracia seja
levada ao conhecimento da população. Portanto, esse selo, além de homenagear,
tem a finalidade de divulgar a mensagem pioneira deste parlamento",
justificou o superintendente estadual dos Correios, Rodrigo Medeiros.
De acordo com o Arcebispo Metropolitano de Natal, Dom Jaime Vieira
Rocha, a sociedade brasileira vive um momento de paralisia e descrença com a
classe política. "Neste cenário, os legislativos municipais tem o papel,
como instituições políticas mais próximas das comunidades, de chamar as pessoas
para a participação efetiva nas decisões. Precisam abraçar esta causa para
fazerem a diferença. O que este parlamento tem feito, pois promove a presença
popular nas discussões importantes do município".
Em seu discurso, o ex-vereador e ex-presidente da Casa no biênio
2011-2012, Edivan Martins, disse que pensar o presente, o passado e o futuro
das Câmaras Municipais é pensar o papel do legislativo no tempo. "Uma das
mais notáveis – e também mais simples – conclusões da análise de políticas
públicas – é que no centro da práxis política está a ideia de que “fazer
política é fazer políticas”, no sentido de que fazer ações políticas é formular
e implementar políticas públicas. Os vereadores formam a linha de frente deste
processo, portanto, peças-chave para a mudança social e a manutenção da
democracia".
Texto: Junior Martins
Fotos: Elpídio Júnior
NÃO ESQUEÇA O SEU ENCONTRO NA QUINTA CULTURAL DE HOJE
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RN IHGRN <ihgrn.comunicacao2017@gmail.com>
Caro(a) confrade/confreira
Dando
continuidade ao nosso programa "Quinta Cultural", realizar-se-á amanhã,
dia 7 de junho, às 18 horas, no Salão Nobre do IHGRN, a palestra do
jornalista VICENTE SEREJO, abordando o tema "CASCUDO E O SÍMBOLO
JURÍDICO DO PELOURINHO".
Aguardamos o seu comparecimento.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
O JUSTO E O INJUSTO
Valério Mesquita*
Ultimamente, jovens estudantes de nível superior em Natal têm visitado o
Tribunal de Contas para conhecer as suas atividades e funcionamento. Desejam se
informar da função constitucional, dos tipos de controle orçamentário e da
prestação de contas dos seus jurisdicionados. Como órgão auxiliar do Poder
Legislativo, o TCE é o seu instrumento valoroso e técnico. Possui, no entanto,
significativa identidade horizontal, em nível de equivalência com os poderes
constituídos, sobre cujas unidades administrativas, ele opera e fiscaliza. O
grande Rui Barbosa, partícipe direto da criação do TCU, reconhece: “a criação de um Tribunal de Contas com corpo
de magistratura intermediário à administração e à legislatura, coloca-o em
posição autônoma, com atribuições de revisão e julgamento, cercado de
garantias, pode exercer as suas funções vitais no organismo constitucional, sem
risco de converter-se em instituição de ornato aparatoso e inútil”.
Essa corporação distinta julga as contas dos responsáveis por dinheiros e
outros bens públicos. Esse julgamento é, por sua natureza, administrativo e tem
o valor de apreciação contábil. Quanto aos agentes públicos responsabilizados,
eles ficam sujeitos à jurisdição criminal. “Suas
decisões, transitadas em julgado, podem ser revistas pelo Poder Judiciário, que
as acatará não como se emanassem dos próprios juizes deste, mas enquanto forem
conforme a lei”, no ensinamento do mestre do Direito, o professor Alfredo
Buzaid.
Mas o entendimento em voga, ao qual me anteponho, e espero que um dia
seja corrigido pelo STF, é justamente aquele que classifica conclusivamente a
decisão política dos legislativos sobre o julgamento técnico dos tribunais. Sem
retornar mais às ponderações externadas em textos anteriores, indago como pode
o tribunal que julga as contas da execução orçamentária do poder político ver a
sua decisão oficial e técnica ser fulminada por manipulações de entes partidários?
Segundo o professor de Ciências das Finanças e ministro Aliomar Baleeiro “o papel do Tribunal de Contas é de órgão
integrante do sistema político-jurídico de freios e contrapesos da constituição”.
Significa dizer que somente o Poder Judiciário tem a legitimidade, em grau de
recurso, de dirimir as dúvidas sobre a coisa julgada.
Essa competência abstrata dos poderes legislativos de imporem decisões finalisticas
aos julgados dos TCEs, coloca em suas mãos mais poderes do que deveres. Deveres
fundados em pressupostos fáticos, jurídicos, técnicos e formais. Exemplo
gritante de julgamento faccioso vem de uma câmara municipal que aprovou recentemente
as contas de um prefeito que teve, antes, as suas contas anuais rejeitadas pelo
TCE, com ressarcimentos altíssimos ao erário lá no extremo norte do estado,
onde, inclusive, o mesmo agente elegeu-se vice-prefeito do filho. Vê-se que a
atividade humana, exercida na lide política é totalmente desprovida de
controle. A conduta ultrapassa os limites da razoabilidade e da racionalidade,
em detrimento da norma jurídica. Hoje o texto constitucional diminuiu a
competência dos Tribunais de Contas, ao ponto de reduzir-lhe a possibilidade de
deter a ação injurídica dos administradores. Os TCEs só poderão exercer
plenamente as suas funções e cumpri-las na integridade quando puder conter a
conduta ilegítima para que seja restaurada a moralidade na correta aplicação do
dinheiro e do patrimônio públicos. Outro exemplo deprimente foi o do Poder
Legislativo do Rio Grande do Norte, recentemente, por injunções políticas, ter
derrubado a decisão unanime do TCE/RN das contas do Executivo relativas ao
exercício anterior, sem conhecimento técnico e contábil do assunto.
(*) Escritor.
05/06/2018
NOVO SÓCIO MANTENEDOR
O Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte recebeu nesta segunda-feira, as visitas ilustres de DIDI AVELINO (Edilson Avelino), potiguar radicado no Rio de
Janeiro, considerado a voz de veludo do Grupo Retrô de músicas de raiz, acompanhado do seu sobrinho
Newton AVELINO, artista plástico, que foram recepcionados pelo Presidente Ormuz e Carlos Gomes. DIDI assinou sua inscrição como novo sócio mantenedor.
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