24/11/2017

SÁBADO - 24

Confreiras e Confrades:
O padre José Freitas Campos estará lançando  o seu livro "O Sangue dos Mártires" na Livraria Paulinas, neste sábado dia 25 as 9 horas da manhã.
Foi-nos solicitado que repassasse o convite para todos os sócios deste IHGRN, o que ora fazemos.
Todas as informações estão contidas no convite anexo.
A DIRETORIA

23/11/2017

H O J E

O Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte lhe convida para o lançamento do Livro da escritora e historiadora brasileira, radicada nos Estados Unidos,  denominado STIGMA – Saga por um novo mundo, que versa sobre o século XVII, a influência de Maurício de Nassau no Nordeste e a saída dos primeiros judeus de Recife para New Amsterdam, hoje New York.
Contamos com a sua presença.
A DIRETORIA


21/11/2017

UM FOTÓGRAFO IMORTAL


Perdemos ontem JAECI EMERENCIANO GALVÃO, pessoa cuja nobreza lhe confere o título de IMORTAL, sem necessidade de pertencer a nenhuma Academia.
Homem que fez história, registrou o tempo, liderou muitos segmentos da vida social e esportiva - foi o fotógrafo dos artistas nos anos 50/60. Seu trabalho ficará eternamente na memória da terra potiguar.
SAUDADES e RESPEITO.
_____________
Colaboração de Carlos de Miranda Gomes

18/11/2017

N A T U R E Z A




BOM DIA
 
Os arancuãs são presentes
que todos os dias nos dá
o rio Pium
 
E o seu canto
a esperança
em cada amanhecer
 
 

                        (Horácio Paiva) 

17/11/2017

JOÃO GILBERTO







VIDA “BOSSA NOVA” DE JOÃO GILBERTO O LEVA A SOFRER O DRAMA DE UM SAMBA-CANÇÃO

 João Gilberto Prado Pereira de Oliveira, é um dos maiores nomes da música no Brasil. Para  muitos, o maior. Pena que o Brasil sofra há anos com a impossibilidade de ver e ouvir esse baiano de Juazeiro que, na década de 1950, deu régua, compasso e modernidade para a música brasileira. Além da impossibilidade de poder comprar edições oficiais dos álbuns que compõem a santíssima trindade da discografia revolucionária de João, há o sério risco de o cantor, compositor e violonista, atualmente com 86 anos, não poder mais fazer shows por conta de problemas de saúde decorrentes da idade avançada. Será que o Brasil vai festejar os 60 anos da Bossa Nova em 2018 sem poder ver e ouvir João?

Disputas familiares em torno do patrimônio e dos direitos autorais de João estariam contribuindo nos últimos anos para fragilizar ainda mais o estado físico e emocional do artista e, consequentemente, retardando uma volta aos palcos que, por ora, já parece fora da linha do horizonte artístico – pelo menos até que chegue ao fim o processo de interdição aberto pela filha do cantor, Bebel Gilberto, processo que corre em sigilo na Justiça.

João poderia ter voltado aos palcos a partir de novembro de 2011 para série de shows que iriam seguir a rota traçada por turnê nacional intitulada João Gilberto 80 anos – Uma vida Bossa Nova. Contudo, a primeira apresentação, em São Paulo (SP), foi cancelada na semana do show, por alegados problemas de saúde. A turnê foi abortada antes mesmo de começar. De lá para cá, nunca mais se aventou a possibilidade de show de um artista desde sempre envolvido em aura mitológica.

Excêntrico pelo fato de ser perfeccionista, dono de temperamento reconhecidamente difícil, João mudou a música brasileira em 1958 ao sintetizar a batida do samba nas cordas do violão (depurado ao longo dos anos 1950) e ao integrar a voz com o arranjo, em fina sintonia. Nascia a célebre batida diferente que veio a ser rotulada de Bossa Nova.

A revolução foi iniciada em agosto de 1958 com a edição do compacto que apresentou a primeira gravação (na voz de João) do samba Chega de saudade (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1958), lançado em abril daquele ano pela cantora Elizeth Cardoso (1920 – 1990) em gravação feita com o toque do violão de João. Tal revolução foi perpetuada e consolidada nos álbuns Chega de saudade (Odeon, 1959), O amor, o sorriso e a flor (Odeon, 1960) e João Gilberto (Odeon, 1961) – discos que nunca foram reeditados oficialmente em CD e em edições digitais porque já não pertencem mais à nenhuma gravadora.

Em 3 de dezembro de 2015, decisão irrevogável do Superior Tribunal de Justiça (STJ) proibiu a companhia fonográfica Universal Music – herdeira do acervo da Odeon (gravadora original dos discos) desde que encampou a EMI Music em 2013 – de comercializar esses álbuns fenomenais nos quais residem a melhor parte da obra e da bossa de João. Vitorioso na batalha judicial que travava com a EMI desde 1992, por discordar da edição (de fato, descuidada) de coletânea intitulada O mito (1988), João passou a ser o dono das matrizes desses álbuns, cujos direitos teriam sido parcialmente vendidos para um banco em troca de vultosa quantia em dinheiro.

Para o Brasil, a nota desafinada é que esses discos nunca foram reeditados, embora haja edições piratas produzidas e vendidas no mercado europeu. É triste que o Brasil não possa ver um show de João Gilberto. É mais triste ainda que o Brasil não possa ouvir um dos discos matriciais de João Gilberto em CD ou em qualquer plataforma digital. O Brasil merece a música de João Gilberto. E João Gilberto merece que a vida bossa nova que levou seja concluída com leveza, sem o drama folhetinesco de um samba-canção vulgar.


16/11/2017

SAUDADE DE UM TEMPO PASSADO


Igreja de SANTO ANTÔNIO - Natal antigo.

GILSON VIEIRA: UM TALENTO POTIGUAR NA MÚSICA BRASILEIRA – Berilo de Castro

Gilson Vieira – um talento potiguar na música brasileira – 

No dia 8 de agosto do ano de 1952, sob a benção de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da cidade salineira de Macau/RN, nasceu Gilson Vieira da Silva. Família grande com vinte irmãos e DNA musical. Mudou-se para Natal no ano de 1956.
Iniciou sua trajetória musical com apenas onze anos de idade.
No ano de 1966, com apenas catorze anos, mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro, acompanhando a sua  irmã, que casara com um marinheiro carioca. Na Cidade Maravilhosa, deu seguimento à sua verve artística atuando como cantor, compositor e, ultimamente, como produtor musical.
Em 1978, debutou  como cantor profissional; no ano seguinte 1979, surge com a composição “ Casinha Branca” em parceria com Jordan e Marcelo, seu maior sucesso na belíssima interpretação de Maria Betânia:
Eu queria ter na vida simplesmente/ Um lugar de mato  verde pra plantar e pra colher/ Ter uma casinha Branca de varanda/ Um quintal e uma janela/ Para ver o sol nascer”.    
 Na época,foi a música de maior execução nas rádios de todo o país (com mais de um ano consecutivo),  com vastas regravações no exterior e uma vendagem espetacular com mais de quinhentas mil cópias — disco de Ouro e Platina.
 Parceiro de muitos outros grandes compositores como: Carlos Colla, com quem gravou “Verdade chinesa (1990), ”Lesões corporais” com Joran (1996): inesquecíveis  sucessos na  bela e imortal voz de Emílio Santiago; Ed Wilson, Peninha, Paulo Sérgio Valle, Odair José e outros.
Teve suas canções gravadas por notáveis intérpretes, como: Roberto Carlos, Manolo Otero, Altemar Dutra, Vanusa, Jerry Adriani, Wando, José Augusto, Gilliard, João Mineiro e Marciano, Elymar Santos, Joana. Suas músicas serviram de trilha sonora em várias telenovelas da Rede Globo de Televisão, como: Cabocla (Andorinha), Olhai os lírios do campo (Chuva), Plumas & Paetês (A mesma porta), Ti ti ti (Não diga nada) Marron Glacê (Casinha Branca); Plumas & Paetês; A indomada (Do Dicionário da Música do Rio Grande do Norte, 2001 – Leide Câmara).
É irmão caçula do cantor, violonista e compositor Nazareno Vieira, falecido em Natal, no dia 26 de julho do ano de 2012.
Atualmente, vive no Rio de Janeiro com sua família, exercendo e contribuindo com destaque para o engrandecimento da boa música brasileira.
Berilo de Castro – Médico, escritor, membro do IHGRN – berilodecastro@hotmail.com.br
As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores