27/09/2017

28 DE SETEMBRO (H O J E)



MENSAGEM IMPORTANTE PARA OS PESQUISADORES DO IHGRN



MENSAGEM DE GUSTAVO SOBRAL (Assessor Especial da Presidência do IHGRN):

Segue informativo sobre documentos do acervo que se encontram disponíveis para consulta e pesquisa online, resultado do trabalho do laboratório de digitalização da UFRN, para se concordar, ser veiculado no blog do IHGRN. Foi escrito como um informe de divulgação com orientações.


DOCUMENTOS DO IHGRN PARA CONSULTA NO REPOSITÓRIO LABIM/UFRN

Laboratório de Imagens -Digitalização de Documentos Históricos (LABIM/UFRN), voltado para a digitalização de documentos, e o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN) disponibilizam para consulta, no repositório online do laboratório, material do acervo do IHGRN para pesquisa e consulta no seguinte endereço:

O trabalho continua em andamento e acreditamos que dentro em breve disponibilizaremos uma diversidade maior de material. Atualmente, constam os seguintes documentos:

CORRESPONDÊNCIAS DO GOVERNO MUNICIPAL E AS CÂMARAS MUNICIPAIS
LIVRO DE REGISTRO DO SENADO DA CÂMARA
Livro de registro de cartas e provisões do Senado da Câmara de Natal 1659-1754
REVISTAS DO IHGRN 1903-1951
TERMOS DE VEREAÇÕES 1672-1823

Solicitamos aos leitores e pesquisadores e historiadores que, caso venham a se utilizar deste acervo, resguardem o direito das fontes e respeito à lei dos direitos autorais. Contribua para disseminação e uso responsável desta documentação, prezando pela citação das fontes de pesquisa e referência as instituições mantenedora e proprietária do acervo e ao laboratório responsável pela digitalização e acesso franco e público ao material.

Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte
Direção de Biblioteca, Arquivo e Museu 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes
Departamento de História
Laboratório de Imagens -Digitalização de Documentos Históricos.

25/09/2017



O mais completo retratoda crônica da cidade
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Newton NavarroBerilo Wanderley e Augusto Severo Neto foram cronistas da cidade, Sanderson Negreiros e Vicente Serejo nos louvam com a sua inspiração diária. Neste volume, o melhor da crônica destes cinco cronistas da cidade

2017, Livro, O boi careta e a morte do cavalo baio. 1ed. ed.  Natal: Edufrn, 2016. Coorganização com o poeta Paulo de Tarso Correia de Melo. Publicação do livro de contos inédito de Newton Navarro. Preparação dos originais e posfácio por Gustavo Sobral. 
O livro reúne sete contos inéditos do autor. O primeiro deles, “O boi Careta”, está datado de 1949, anterior, portanto, a qualquer um livro de Navarro. A temática é o mar e o sertão. Segundo Paulo de Tarso, "é indiscutível a autenticidade dos textos considerando a estilística, a temática e a sua gênese". Acompanha o ensaio de Gustavo Sobral sobre a obra completa de Navarro.        



Newton Navarro é uma saudade. Deixou uma obra plástica e literária quando partiu em 1991.
GUSTAVO SOBRAL e o poeta PAULO DE TARSO CORREIA DE MELO apresentam agora contos inéditos do autor, nunca publicados, esquecidos há mais de 50 anos...






21/09/2017


POLUIÇÃO VISUAL
Valério Mesquita*
O rio Jundiaí, no trecho em que atravessa a cidade de Macaíba, perdeu o solo, o curso, o chão, o cheiro, a visão e é ameaça à segurança dos habitantes. Entre o parque governador José Varela e a praça Antônio de Melo Siqueira deixaram crescer no leito poluído imensos manguezais que enfeiam um dos mais bonitos logradouros urbanos. Essa selva esconde lixo doméstico, carcaças de animais, marginais do tráfico de drogas em todo o seu percurso e os galhos já ultrapassam a altura da ponte e das balaustradas. A Tribuna do Norte já publicou excelente matéria sobre tudo que ameaça e destrói os rios Potengi e Jundiaí. Mas, o foco da minha questão e, creio, dos cidadãos macaibenses, reside exatamente nesse aluvião de perguntas: por que o Idema e o Ibama não evitam, aparando, podando, somente nesse trajeto o “matagal” entre o antigo cais do porto até a outra lateral da ponte? Por que não licenciam a prefeitura para o fazer? A praça e o parque perderam o charme de antigamente. Ninguém enxerga ninguém, olhando de um lado para o outro. A conscientização ambiental deve ser obedecida até onde não prejudique a funcionalidade urbanística e o senso prático e plástico do mapa citadino.
Desde quando, em 1950, se planejou e se construiu a estrutura de pedra e cal das duas margens, o choque do progresso jamais prejudicou a superfície do rio. Nem, tão pouco, o molestaram, a expansão e o desafio do crescimento habitacional. Pelo contrário, a construção ordenou a trajetória das águas e defendeu as ruas periféricas contendo os transbordamentos. Contemplo, hoje, que os problemas das inundações estão equacionadas com a construção da barragem de Tabatinga. Por que o Idema  e o Ibama, tão preocupados com o meio ambiente, não permitem, apenas, nesse pequeníssimo trajeto fluvial, o corte da poluição visual da paisagem urbana e memorial de Macaíba?
Ali, a vegetação gigantesca e desproporcional encobre um dos pontos históricos do município. Refiro-me ao cais do porto, onde as antigas lanchas que faziam o percurso fluvial entre Macaíba e Natal: era a lancha do mestre Antônio, o barco de João Lau, além da lancha “Julita” que transportou tantas vezes Tavares de Lyra, Eloy, Auta e Henrique Castriciano de Souza, Augusto Severo, Alberto Maranhão, João Chaves, Octacílio Alecrim e tantas outras figuras notáveis da vida social, cultural, política e econômica. Todos se destacaram nos planos estadual, nacional e internacional. Ali, o centenário cais jaz sob os escombros de verdes balizas envergadas e fantasmagóricas. A visão noturna é tétrica e arrepiante. Desfigura e mutila os padrões estéticos do planejamento da urbe que a faz parecer abandonada e suja. Até a lua cheia que nasce lá por trás do Ferreiro Torto foi encoberta.
Assim como se deve obedecer à educação ambiental, do mesmo modo, exige-se o tratamento e o corte do matagal por parte do Idema e do Ibama a fim de evitar o represamento do lixo no leito, exclusivamente urbano. Nas capitais e cidades importantes do Brasil banhadas por rios não se vê tratamento tão dispersivo e indiferente da parte dos órgãos responsáveis. Sei que a prefeitura de Macaíba já postulou a solução do assunto várias vezes. Ao redimensioná-lo neste texto, cabe aos institutos prefalados uma reflexão, um reestudo sobre o cenário dantesco do rio Jundiaí na parte descrita. O povo macaibense tem o direito de ouvir e a coragem de duvidar que essa “selva amazônica” que devora e perturba a todos seja explicada e resolvida, sem slogans, clichês, palavras de ordem, lugares comuns, peças de marketing ou princípios dogmáticos. Que venha a lume as boas intenções e que não fique Macaíba submersa na floresta de manguezais.


(*) Escritor.

EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA - UFRN - DIA 21