CENTENÁRIO DE
SEU POTI
Nascido no dia 11 de
maio de 1917, no povoado de Rego Moleiro, na antiga Vila de São Gonçalo do
Amarante/RN, Francisco Potiguar Cavalcanti, mais conhecido com Poti Cavalcanti,
era filho de Alexandre Carlos Cavalcanti e de Maria Isabel Rodrigues
Cavalcanti. Viveu a infância e a adolescência com seus pais e irmãos, tendo
estudado no G. E. Otaviano, no colégio Marista e no Atheneu Norte-riograndense,
tendo contraído núpcias com Iolanda Lins d’Albuquerque, em 18 de setembro de
1943.
Nessa época, já estava
em curso o movimento político para extinção do município de São Gonçalo e a
consequente criação de São Paulo do Potengi, ocorrida em dezembro de 1943.
Transferida a sede do extinto município para São Paulo do Potengi, Poti e
Iolanda mudaram-se para aquela cidade. Dessa união nasceram seis filhos: Paulo
Tarcísio, Ana Maria, Maria das Graças, Alexandre Cavalcanti, Marta Maria e João
Maria falecido aos seis meses de idade. Em janeiro de 1954, dona Iolanda faleceu
na Casa de Saúde São Lucas.
Após rápida passagem no
Departamento de Imigração em Natal, Poti retornou às lides da sua terra natal,
à época, distrito de Felipe Camarão, município de Macaíba. Decretada a emancipação
política de São Gonçalo do Amarante em dezembro de 1958, o patriarca Manoel
Soares da Câmara foi nomeado prefeito e governou de 1959 a 1960. Devido a experiência
no serviço público, Poti foi nomeado secretário municipal. Nas eleições
realizadas em outubro de 1959, Poti foi eleito vice-prefeito, na chapa
encabeçada por Leonel Mesquita, tomando posse no dia 19 de janeiro de 1960.
Durante o referido mandato, exerceu comulativamente o cargo de presidente da
Câmara Municipal, tendo sido, portanto o primeiro presidente. A legislatura inicial
da Municipal era assim composta: Francisco Potiguar Cavalcanti – vice-prefeito
e os seguintes vereadores: Deomedes Barbosa do Nascimento, Geraldo Correia de
Lima, José Moacir de Oliveira, José Horácio de Góis, José Protásio de Lima,
José Mendes Emerenciano, Lourival Florêncio de Morais, Maurício Fernandes de
Oliveira, Severino Rodrigues da Silva e Sílvio de Pontes Bezerra.
Em 1965, tomou posse no
cargo de prefeito ao lado do vice, Lauro Pinheiro da Costa (Capito). Dentre as
principais realizações administrativas, destacam-se a integração do município a
rede de cidades beneficiadas pela energia de Paulo Afonso, contemplando à sede
e o distrito de Santo Antonio do Potengi, a melhoria do sistema educacional, a
ampliação e conservação das estradas vicinais, a desapropriação de terrenos na
área urbana para doação a famílias carentes, fazendo surgir diversas ruas, como
a 31 de Março, rua da Floresta, Poti Cavalcanti, entre outras, inclusive no
povoado de Jacaré-Mirim.
Em 16 de janeiro de
1960, casou-se com Iracy Alcoforado, de tradicional família de São Paulo do
Potengi. Professora, diretora do G. E. Maurício Freire, Iracy Guedes teve
destacada atuação na sua cidade natal. Dessa união nasceram: Poti Junior (hoje
Conselheiro do TCE/RN) e Suely. Em 1961, Poti assumiu o cargo de tabelião
oficial do registro civil, do 2º cartório judiciário da comarca, no qual
permaneceu em exercício até dezembro de 1983, quando se aposentou. Aos 70 anos,
em 18 de maio de 1986, ele faleceu na Casa de Saúde São Lucas e foi sepultado
no cemitério da Saudade, em São Gonçalo do Amarante.
Agradeço ao Instituto
de Arte e Cultura e Educação Popular Maurício Fernandes de São Gonçalo, na
pessoa de Teófilo Justino de Oliveira Neto, pelo fornecimento dos dados
biográficos aqui registrados. Dia 11 passado, seu centenário foi lembrado por
todos que admiram a sua conduta, honestidade e liderança política, entre os
quais me incluo.
(*) Escritor