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25/04/2017
22/04/2017
DESCOBRIMENTO DO BRASIL
Contexto histórico
O Descobrimento do Brasil deve ser entendido dentro do contexto das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos (séculos XV e XVI). Portugal e Espanha eram as nações mais poderosas do mundo e se lançaram ao mar em busca de novas terras para explorar. Usavam também o mar como rota para chegar as Índias, grande centro comercial da época, onde compravam especiarias (temperos, tecidos, joias) para revender na Europa com alta lucratividade.
A chegada dos portugueses ao Brasil
O Descobrimento do Brasil ocorreu no dia 22 de abril de 1500. Nesta data as caravelas da esquadra portuguesa, comandada por Pedro Álvares Cabral, chegou ao litoral sul do atual estado da Bahia. Era um local que havia um monte, que foi batizado de Monte Pascoal.
No dia 24 de abril, dois dias após a chegada, ocorreu o primeiro contato entre os indígenas brasileiros que habitavam a região e os portugueses. De acordo com os relatos da Carta de Pero Vaz de Caminha foi um encontro pacífico e de estranhamento, em função da grande diferença cultural entre estes dois povos.
Primeiros contatos com os indígenas
Cabral recebeu alguns índios em sua caravela. Logo de cara, os índios apontaram para objetos de prata e ouro. Este fato fez com que os portugueses pesassem que houvesse estes metais preciosos no Brasil. Neste contato os portugueses ofereceram água aos índios que tomaram e cuspiram, pois era água velha com gosto muito diferente da água pura e fresca que os índios tomaram. Os índios também não quiseram vinho e comida oferecidos pelos portugueses.
Neste contato, que foi um verdadeiro “choque de culturas”, houve estranhamento de ambos os lados. Os portugueses estranharam muito o fato dos índios andarem nus, enquanto os indígenas também estranharam as vestimentas, barbas e as caravelas dos portugueses.
No dia 26 de abril, foi celebrada a primeira missa no Brasil, rezada pelo Frei Henrique de Coimbra. Após a missa, a esquadra rumou em direção as Índias, em busca das especiarias. Como acreditavam que a terra descoberta se tratava de uma ilha, a nomearam de Ilha de Vera Cruz (primeiro nome do Brasil).
Polêmica: Descobrimento ou chegada?
Quando usamos o termo “Descobrimento do Brasil” parece que nossa terra não era habitada e os portugueses foram os primeiros a encontra-la. Desta forma, desconsideramos a presença de mais de cinco milhões de indígenas, divididos em várias nações, que já habitavam o Brasil muito tempo antes da chegada dos portugueses.
Portanto, muitos historiadores preferem falar em “Chegada dos Portugueses ao Brasil”. Desta forma é valorizada a presença dos nativos brasileiros no território. Diante deste contexto, podemos afirmar que os portugueses descobriram o Brasil para os europeus.
Principal fonte histórica
A principal fonte histórica sobre o Descobrimento do Brasil é um documento redigido por Pero Vaz de Caminha, o escrivão da esquadra de Cabral. A "Carta de Pero Vaz de Caminha" a D. Manuel I, rei de Portugal, conta com detalhes aspectos da viagem, a chegada ao litoral brasileiro, os índios que habitavam na região e os primeiros contatos entre os portugueses e os nativos.
Curiosidade:
21/04/2017
DIA DE TIRADENTES
Desde 1965, aos 21 dias do mês de abril, celebra-se no Brasil o Dia
de Tiradentes e, junto à pessoa deste, rememoram-se também os
acontecimentos que configuraram a Inconfidência Mineira. Neste
texto, procuraremos explicitar os motivos pelos quais Tiradentes passou a
ser considerado um herói nacional e Patrono da Nação Brasileira.
Sabe-se que “Tiradentes” era o apelido de Joaquim José da Silva
Xavier, um alferes (cargo militar da época colonial) que também exerceu a
profissão de dentista. Tiradentes participou ativamente de um dos principais
movimentos de contestação do poder que a coroa portuguesa exercia sobre o
Brasil Colônia: a Inconfidência Mineira. Sabemos que esse movimento
articulou-se entre os anos de 1788 e 1789 e foi permeado por ideias provindas
do Iluminismo que se alastrou pela Europa, na segunda metade do século XVIII.
Os inconfidentes de Minas Gerais geralmente integravam, com exceção de
poucos, a elite cultural e social daquela região (como era o caso do poeta Tomás
Antônio Gonzaga) ou então ocupavam postos militares ou exerciam profissões
liberais, como era o caso do referido Tiradentes. O que dava unidade ao grupo
eram ideias como a de liberdade e igualdade (ideias essas que também fomentaram
a Revolução Francesa, em 1789), além do anseio pela emancipação e independência
com relação à Coroa Portuguesa, à época governada pela rainha D. Maria,
“A louca”.
Os planos de insurgência contra o governo local em Minas, representado
pelo Visconde de Barbacena, foram articulados em 1788 e tiveram
como estopim a política de cobrança de impostos sobre a produção aurífera e
sobre os rendimentos que ganhava cada pessoa que compunha a população de Minas
Gerais. Esse último imposto era conhecido sob o nome de “derrama”. Apesar de
terem uma organização bem elaborada, os inconfidentes acabaram por ser
delatados por Silvério dos Reis, um devedor de tributos que, com a
denúncia, acreditava poder sanar suas dívidas com a coroa.
Todos os inconfidentes foram presos. Tiradentes foi apanhado no Rio de
Janeiro. O processo estabelecido contra eles e os subsequentes julgamentos e
sentenças só terminaram em 1792, no dia 18 de abril. Os principais líderes
receberam a pena do banimento, isto é, foram expulsos do país. Tiradentes, ao contrário,
foi enforcado no dia 21 de abril ao som de discursos que louvavam a rainha de
Portugal. Seu corpo foi esquartejado e sua cabeça exibida na praça principal da
cidade de Ouro Preto.
Evidentemente, o dia da morte de Tiradentes por muito tempo foi compreendido
como o dia em que um rebelde foi morto, como típico exemplo de retaliação
absolutista. Entretanto, após a Independência do Brasil e, principalmente, após
a Proclamação da República (época em que o Brasil, já desvinculado de Portugal,
procurava construir sua identidade nacional), a imagem de Tiradentes começou a
ser recuperada e louvada como um dos heróis da nação ou como um dos que
primeiramente lutaram (até a morte) pela liberdade.
Um exemplo dessa imagem foi a instalação, em 1867, do primeiro monumento
a Tiradentes na cidade de Ouro Preto. Outro exemplo, o mais notório, foi a
confecção, por parte do pintor Pedro Américo, do quadro “Tiradentes
Esquartejado” (ver imagem no topo do texto) em 1893, época em que a República,
recém-instituída, procurava os mártires e os patronos da “Nação Brasileira”. O
Tiradentes de Pedro Américo traduz a imagem idealizada do martírio, que se
aproxima do martírio de Cristo.
Essa visão republicana de Tiradentes permaneceu (e, de certo modo, ainda
permanece) no imaginário popular dos brasileiros. Em 1965, durante a primeira
fase do regime militar no Brasil, o marechal Castelo Branco,
então presidente da República, contribuiu para o reforço dessa imagem de
Tiradentes, sancionando a Lei Nº 4. 897, de 9 de dezembro, que instituía
o dia 21 de abril como feriado nacional e Tiradentes como, oficialmente,
Patrono da Nação Brasileira.
Por Me. Cláudio Fernandes
19/04/2017
O professor, médico e escritor Daladier Pessoa Cunha Lima, nascido em Nova Cruz, é o mais novo membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras (ANL), eleito, com 31 votos (unanimidade) na Assembleia Geral Extraordinária do dia 18 passado, na ANRL.
Daladier foi Reitor da UFRN e hoje é Reitor do UNI-RN
Como médico, foi contemporâneo do professor Onofre Lopes, primeiro reitor da UFRN.
PARABÉNS AO NOVO IMORTAL
ANDAR SOBRE
AS ÁGUAS
Ensinai-me, Senhor, a andar sobre as águas
a manter os pés enxutos
e livres do frio suor dos presságios
Aprendi a lição de Pedro
quando na clara manhã me chamastes
e aceitei vosso convite
Que eu não proceda pois como o santo
cuja dúvida foi maior que a fé
ou como o convidado de pedra
cujo corpo é maior que o espírito
Ensinai-me o segredo
da graça original
anterior a nossos erros
e à sequência metamórfica das ilusões
que nos tornaram nus e perdidos
E sobre as regiões abissais
livre como criança num parque
eu possa caminhar
sem nada temer
(HORÁCIO PAIVA)
18/04/2017
JOSÉ VARELA, UM
DEPOIMENTO
Valério Mesquita*
Há certos homens públicos que podem ser sintetizados numa palavra:
probidade. Na infante democracia brasileira dos anos cinquenta, conheci na casa
do meu pai (Macaíba), o então governador José Augusto Varela. O PSD vivia o seu
tempo áureo. Lá, os meus olhos de menino se maravilhavam com o porte
carismático de Georgino Avelino, com a oratória bacharelesca de Dioclécio
Duarte, com a sagacidade matuta de Theodorico Bezerra, com a fleugma britânica
de Sylvio Pedroza e outros tantos dromedários do velho e guerreiro partido
majoritário. Mas, José Varela era a figura espartana, retilínea,
personalíssima, cuja forte presença encantava os circunstantes. Alfredo
Mesquita Filho era seu amigo incondicional. Inclusive, o apoiou na memorável
campanha para governador de 1947 e repetiu na sua sucessão. Interessante
registrar o temperamento exacerbado dos dois. Quando enfezados ou desafiados se
tornavam agressivos e bravos. Nitroglicerina pura. A amizade de ambos era tão
fraterna, que Mesquita nos seus arroubos partidários, esbravejava a plenos
pulmões: "Eu sou cabra de Zé Varela!".
Ouvi meu pai, certa vez, um episódio ocorrido entre os dois. Ciente de que o deputado
Alfredo Mesquita estava no Palácio Potengi, José Varela pediu para chamá-lo ao
gabinete. Ao entrar, o governador foi logo fuzilando: "Mesquita, você quer acabar com o estado?”.
“Que história é essa, governador!",
protestou o deputado. "Você além de
me pedir para calçar a estrada Macaíba a Natal usando todo o paralelepípedo da
pedreira de Jundiaí (pertencia ao governo do estado e era administrada pela secretaria
da agricultura cujo titular era Enock Garcia), você ainda pede mais pedra para
obras urbanas da prefeitura de Macaíba? Isso não é possível!!",
complementa José Varela, afobadamente. Mesquita "pegou gás", como se
diz na gíria de hoje. De parte a parte, murros na mesa e ameaças de rompimento.
O deputado Israel Nunes, pessedista, viajor de muitas galáxias e profundo
conhecedor da personalidade dos dois, chama o garçom e pede água e café.
Ao cabo de dez minutos os ânimos serenaram. A paz é celebrada novamente.
Da parte de Zé Varela excesso de zelo pelo estado. Da de Mesquita exagero
patriótico por Macaíba. As pedras continuaram a sair de Jundiaí para fazer a
atual balaustrada e a praça Antônio de Melo Siqueira, além do grande parque à
margem do rio, todo urbanizado e que, ainda leva hoje nome de "Governador
José Varela". A amizade triunfara sobre o temperamento.
A celebração do seu centenário de nascimento, ocorreu há mais de dez anos
passados. Relembro o seu vulto de homem público modelar e em envaideço não só
de tê-lo conhecido mas, também, diante de tantas descrenças nos políticos de
hoje, contemplo com orgulho que um homem da sua estirpe existiu no cenário da
vida política do Rio Grande do Norte.
(*)
Escritor.
Editora do IFRN
Prezada,
É
com muita satisfação que informamos que é chegado o momento da
culminância do trabalho desta Editora: o evento de lançamento das 40
obras editadas em 2016.
O evento de lançamento das obras acontecerá no dia 27 de abril 2017, das 19h às 22h, na Academia Norte Rio Grandense de Letras (Rua Mipibu, 443 - Petrópolis, Natal – RN).
Para
que tudo ocorra da melhor forma possível, pedimos aos senhores que, no
dia do evento, compareçam ao local com 30 minutos de antecedência.
Por questões logísticas, cada convidado, para entrada no evento, precisa estar munido de uma senha.As senhas serão distribuídas de 18 a 20 de abril, das 8h às 18h, na sede da Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (Rua Dr. Nilo Bezerra Ramalho, 1692, Tirol, Natal/RN, Reitoria - 1º andar, Sala 135).
Pedimos que os senhores confirmem suas presenças por meio deste canal ou por meio do telefone(84)4005-0869 até o dia 20 de abril de 2017.
Certos de sua compreensão e agradecendo desde já a presteza empenhada, permanecemos à disposição para mais esclarecimentos.
Atenciosamente,
Editora do IFRN
Rua Dr. Nilo Bezerra Ramalho, 1692, Tirol - 59015-300 - Natal/RN
Reitoria - 1º andar, Sala 135
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