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22/12/2016
Marcelo Alves
21/12/2016
LEMBRANDO E HOMENAGEANDO
POMPÍLIA: UM
DEPOIMENTO
Valério Mesquita*
Mesquita.valerio@gmail.com
Marlindo Pompeu, ex-vereador, político em disponibilidade, agitador
social, é o meu intérprete, ungido e jungido das causas populares. Conheci-o em
Macaíba, lá pelos idos de 1950, quando estudava no bravo colégio agrícola, de
Jundiaí. Pompília já se revelava inquieto, mobilizador e encantador de
serpentes. Era amigo do sábio e matemático Damião Pita, também estudante e
professor das escolas de primeiro e segundo graus da rede municipal. Na
campanha popular para governador em 1960, o velho Pompa ocupou a linha de
frente do exército de Dejinha (Djalma Marinho) e transformou-se no próprio tumulto
tanto para os adversários como para as suas próprias hostes.
Encontro-o aqui e acolá sempre com pressa, passando com ruído, soltando
frases soltas e estribilhos guerreiros sobre lutas e batalhas iminentes. Jamais
foi achado em
silêncio. Ninguém melhor que ele para bastante procurador de
causas possíveis e impossíveis. Daí, nomeá-lo hoje, com toda pompa e circunstância,
o meu, o nosso advogado. Sem mandato popular, sabe melhor que os outros, os
caminhos das pedras, das residências oficiais, porque é sombra e luz, voz e
ouvido do clamor das ruas.
A sua marca registrada sempre foi a fidelidade irrepreensível ao líder e
ao ideal. Sobre esse ângulo poderia registrar dezenas de atitudes do seu
quilate. Continua sendo o homem de um partido só, sem esmorecer, sem
tergiversar, sem recuar. Em Natal, viveu sua fase de líder popular nas
comunidades, defendendo-a na Câmara Municipal e fora dela. Para ele não
importava ter o mandato para socorrer o povo e requerer a solução dos
problemas. Ele sempre o fez e até hoje porque se tornou conhecido e festejado
por todos como um homem simples, pobre, honesto e prestativo.
Conviveu com governadores, senadores, deputados, mas nunca amealhou
vantagens pessoais, pois somente lhe interessa servir. Carrega uma pasta cheia
de papeis. Nela nada tem de si e sobre si. Apenas, papeladas de pedidos dos
outros, reivindicações comunitárias, receitas, recibos inadimplentes de IPTU,
água e luz. É o carteiro do povo; o jornaleiro do líder que defende; o
pastorador de auroras das ruas e avenidas de Natal só para anunciar as
alvíssaras, as boas novas do partido e do próximo.
Sempre foi o estafeta legítimo de pleitos, porta-voz dos esquecidos e
condutor dos novos rumos e prumos de Natal. Daí sempre confiei nele para
pugnar, reivindicar, exigir, porque possui o senso comum das coisas simples e honestas.
Mas, o velho Pompeu está cansado. É chegada a hora de homenageá-lo. O
momento de todos reconhecermos o mandato que ele exerceu por nós: o exercício
da solidariedade humana por Natal e pelos seus habitantes. Ao prestar-lhe este
tributo, eu o faço com emoção pelo muito que ele fez e pelo tão pouco que
recebeu. Soou a hora de reparar esse esquecimento.
(*) Escritor.
Convite
A
Cooperativa Cultural têm o prazer de convidá-lo para o lançamento dos
livros DITADURAS DO CINEMA e ENSINO DE HISTÓRIA E POÉTICAS - BASEADO EM
FATOS IRREAIS MA NON TROPPO, do autor Marcos
Silva. Professor Titular de Metodologia da História na FFLCH/USP.
Publicou 7 livros individuais, dentre eles RIMBAUD ETC. - HISTÓRIA E
POESIA (Hucitec, 2012), e organizou 15 coletâneas, uma delas é HISTÓRIA -
QUE ENSINO É ESSE? (Papirus, 2013).
Obras
DITADURAS DO CINEMA
Comenta filmes brasileiros que, a partir de 1965, tematizaram a ditadura no Brasil, em diferentes gêneros cinematográficos (drama político, documentário, comédia, musicais etc.). Aborda obras feitas até 2006.
ENSINO DE HISTÓRIA E POÉTICAS
Discute as relações entre Ensino de História e diferentes linguagens artísticas (teatro, caricatura, cinema, literatura, música popular, quadrinhos). Enfatiza essas relações como diálogos entre interpretações e aberturas de novas possibilidades analíticas da História.
Local
Cooperativa Cultural
Centro de Convivência Djalma Marinho/Campus Central UFRN
DATA E HORA
22 de Dezembro (Quinta- Feira), às 16:00h
Sejam todos bem-vindos ao lançamento!
19/12/2016
Publicado por: Evaldo Oliveira
NOS RASTROS DE DOM QUIXOTE
Dom Quixote confundia o mundo real com o imaginário. Ele chegou a
esse estado de tanto ler os livros dos heróis da cavalaria. O
cavaleiro, na figura de um pequeno fidalgo castelhano, contava com a
ajuda do companheiro Sancho Pança, que tinha uma visão mais realista.
Suas incursões tiveram como palco as terras da Mancha, de Aragão e da
Catalunha.
Mancha é uma região natural do centro da Espanha, na comunidade
autônoma de Castela-Mancha, e ocupa boa parte das províncias de
Albacete, Cidade Real e Toledo.
Aragão é uma comunidade autônoma da Espanha situada no norte da
Península Ibérica, e limita-se com as comunidades autônomas de
Castilla-La Mancha, Castela e Leão, Catalunha, La Rioja, Navarra e
Comunidade Valenciana.
A Catalunha, que tem a cidade de Barcelona como capital, é uma
comunidade autônoma da Espanha, limitada ao norte pela França e por
Andorra, a leste com o Mar Mediterrâneo, ao sul com a comunidade
Valenciana e a oeste com Aragão.
Em suas incursões, Dom Quixote se envolve em uma série de aventuras,
sempre com o contraponto da realidade. São mundos totalmente diferentes.
Sancho Pança é um homem de bem, mas de pouco sal na moleira. Representa
o bom senso e é para o mundo real aquilo que Dom Quixote é para o mundo
ideal.
Em Toledo é uma cidade na província do mesmo nome, comunidade
autônoma de Castela-Mancha. Ali, sentimos a presença de Dom Quixote, do
mesmo modo que em Assis, na Itália, a aura de São Francisco ocupa todos
os nossos sentidos.
Toledo era conhecida desde o século IV a.C. pela alta qualidade de
seu aço incrivelmente duro e tecnologicamente avançado, sendo suas
espadas usadas por Aníbal nas Guerras Púnicas no século III a.C.
18/12/2016
COLASSANTI
Marina Colassanti, classificados nem tanto
12/12/2016
texto Gustavo Sobral e ilustração Arthur Seabra
Suas lembranças viraram um dos muitos livros que escreveu. É poeta, ficcionista, uma contadora de histórias. Sua literatura é também infantil. O nome dela é Marina Colasanti. Nasceu na África, mas é italiana de infância e de pai e mãe. Foi menina numa Europa em guerra e, apesar disso, foi feliz e foi menina. Chegou ao Brasil ainda pequena e foi morar com a tia e o marido brasileiro da tia que era dono do palacete onde hoje é o Parque Guinle, no Rio de Janeiro. Quando foi casar, casou com um dos seus pares, o também escritor de nome Afonso Romano Santana, que é assim como ela.
Um dia, atrevida, disse que para escrever contos de fadas era preciso um castelo. E uma conhecida que tinha um castelo ofereceu a ela e a Afonso. E foram os dois fazer literatura. Décima entrevista da série entrevistas imaginadas, quando se falará de e com poetas e escritores, pelo que já disseram em seus versos e prosa, por isso, imaginadas, mas nunca imaginárias, porque o fundo da verdade é o que já disse e está estampado no que já disseram. Entrevistamos a escritora num espaço de tudo, o jornal, que tomou para si e fez um livro de classificados (e nem tanto!) e com este mesmo nome Classificados e Nem tanto.
Entrevistador: Marina, nos classificados o que anuncia a bicicleta?
Marina Colasanti: Que procura seu dono ciclista perdido algum dia fora da pista.
E: E o que nos classificados venderia em leilão?
MC: o pouco que resta do meu coração.
E: O que anda oferecendo a quem queira?
MC: um gato sem eira nem beira.
E: O que anunciaria uma tartaruga?
MC: que busca creme contra ruga!
E: É verdade que o continente é uma ilha?
MC: um continente é uma ilha em tamanho família.
E: A agulha, o que procura?
MC: sem linha em tecido procura a costura que lhe dê sentido.
E: Em papo de bandagem...
MC: a múmia leva vantagem!
E: Pra não fazer nem de brincadeira...
MC: falar a queima-roupa com a passadeira!
E: E o que seria um círculo?
MC: um quadrado bem esticado.
E: A vaca, o que rumina?
MC: verdadeira usina que recicla o que come, a vaca rumina a sua própria fome.
E: Como uma pessoa revela os seus modos?
MC: com o dedo no nariz dos seus modos você diz.
E: Nos classificados quem pede para ser adotado?
MC: um pensamento rejeitado!
17/12/2016
h o j e
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16/12/2016
AGENDE-SE PARA O DIA 19
17h
ELEIÇÕES PARA A VAGA DA CADEIRA nº15
Candidatos:
Ormuz Simonetti
Lívio Oliveira
Naide Gouveia
19 de dezembro de 2016 (segunda-feira)
18h
LANÇAMENTO DA REVISTA DA ANRL nº 49
ACADÊMICA LEIDE CÂMARA
SECRETÁRIA GERAL
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