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01/08/2016
31/07/2016
ACADEMIA NORTE-RIO-GRANDENSE DE LETRAS – ANRL
Rua: Mipibu, 443 – Petrópolis – Natal/RN CEP 59020-250 - Telefone: 84- 3221.1143
E-mail: academianrl@gmail.com
www.anrl.com.br
Ad Lucem Versus – Rumo a Luz
1936-2016
Integrando as comemorações dos 80 anos da Academia
Norte-Rio-Grandense de Letras, homenagem ao Acadêmico MANOEL RODRIGUES DE MELO por ocasião dos 20
anos do seu falecimento em Natal- RN do dia 29/03/1996.
Palestra Vida e Obra de Manoel Rodrigues.
A palestra será proferida pelo escritor, jornalista e escritor,
Geraldo Queiroz, estudioso da vida e da obra do Imortal Manoel Rodrigues de Melo.
Participação:
Paulo Macedo
Jornalista, acadêmico e Vice- presidente da ANRL
Mediador Diva Cunha
Poeta, acadêmica, ocupante da cadeira Nº 30 que tem como fundador Manoel Rodrigues de Melo
Dia 2 agosto (terça-feira)
Local- Academia Norte-Rio-Grandense de Letras– térreo
17h
COMISSÃO ORGANIZADORA DOS 80 ANOS ANRL
Diógenes da Cunha Lima
Presidente da ANRL
Leide Câmara
Presidente da Comissão
Membros:
Paulo Macedo
Jurandir Navarro
Iaperi Araújo
Sônia Faustino
Carlos de Miranda Gomes
30 ANOS DE ENCANTAMENTO
O DIA 30 DE JULHO MARCOU A PASSAGEM DO 30º ANO DE ENCANTAMENTO DO GRANDE MESTRE LUÍS DA CÂMARA CASCUDO, figura ímpar da cultura potiguar e universal.
Seus feitos são incontáveis, como empreendedor da criação da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, da Ordem dos Advogados do Brasil e de várias outras instituições culturais.
Nasceu em Natal em 30 de dezembro de 1898 e faleceu em Natal em 30 de julho de 1986. Foi um historiador, pesquisador, antropólogo, advogado e jornalista brasileiro, que não arredou pé da sua cidade berço, mas sua inteligência transcendeu a sua terra e dedicou-se ao estudo da cultura brasileira. Foi professor fundador da Faculdade de Direito de Natal, hoje Curso de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), cujo Instituto de Antropologia leva seu nome.
Deixou uma extensa obra, das quais podemos enumerar o Dicionário do Folclore Brasileiro (1952) dentre muitos outros títulos: Alma patrícia (1921), obra de estreia, e Contos tradicionais do Brasil (1946). Estudioso do período das invasões holandesas, publicou Geografia do Brasil holandês (1956). Suas memórias, O tempo e eu (1971), foram editadas postumamente.
Cascudo quase chegou a ser demitido de sua posição como professor por estudar figuras folclóricas como o lobisomem.
Começou o trabalhou como jornalista aos 19 anos em "A Imprensa", de propriedade de seu pai, e depois passou pelo "A República" e o "Diário de Natal" - nos anos 1960 já havia publicado quase 2.000 textos.
Por ironia do destino, a reverência da ANRL foi feita em espírito pelo seu companheiro de lutas FRANCISCO FAUSTO, que ontem, também, encantou-se para a vida nesta dimensão terrestre e foi habitar junto às estrelas.
Conforme informações da Wikipédia, a enciclopédia livre:
Posições políticasCâmara Cascudo foi monarquista nas primeiras décadas do século XX e durante a década de 1930 combateu a crescente influência marxista no Brasil. Também combateu, em parte, sob a impressão causada pela assim chamada Intentona Comunista de 1935, quando Natal foi palco e sede da primeira tentativa de um governo fundado nas ideias marxistas da América Latina, Cascudo aderiu ao integralismo brasileiro e foi membro destacado e Chefe Regional da Ação Integralista Brasileira, o movimento nacionalista encabeçado por Plínio Salgado.
Desencantou-se rapidamente com o Integralismo, tal como outro famoso ex-integralista, Dom Hélder Câmara, e já durante a Segunda Guerra Mundial favoreceu os Aliados, demonstrando sua antipatia aos fascistas italianos e aos nazistas alemães. Fiel ao seu pensamento anticomunista, não se opôs ao Golpe Militar de 1964, mas protegeu e ajudou diversos potiguares perseguidos pelos militares.
Câmara Cascudo muito contribuiu para a cultura na gestão de Djalma Maranhão, prefeito de Natal.
Obra extensa:
O conjunto da obra de Luís da Câmara Cascudo é considerável em quantidade e qualidade. O autor escreveu 31 livros e 9 plaquetas sobre o folclore brasileiro, em um total de 8.533 páginas, o que o coloca entre os intelectuais brasileiros mais prolíficos, ao lado de nomes como Pontes de Miranda e Mário Ferreira dos Santos. A sua obra ganhou reconhecimento internacional.
Lista das obras
Abaixo, a relação de suas publicações, algumas das quais já reeditadas por outras editoras. Os títulos listados estão seguidos das publicações originais e suas respectivas editoras:
- Alma Patrícia, critica literária – Atelier Typ. M. Vitorino, 1921
- Histórias que o tempo leva – Ed. Monteiro Lobato, S. Paulo, (outubro 1923), 1924.
- Joio – crítica e literatura – Of. Graph. d’A Imprensa, Natal (jun), 1924
- Lopez do Paraguay – Typ. d’A República, 1927
- Conde d’Eu – Ed. Nacional, 1933
- O homem americano e seus temas – Imprensa Oficial, Natal, 1933
- Viajando o sertão – Imprensa Oficial, Natal, 1934
- Em memória de Stradelli – Livraria Clássica, Manaus, 1936
- O Doutor Barata – Imprensa Oficial, Bahia, 1938
- O Marquês de Olinda e seu Tempo – Ed. Nacional, S. Paulo, 1938
- Governo do Rio Grande do Norte – Liv. Cosmopolita, Natal, 1939.
- Vaqueiros e Cantadores – (Globo, 1939) – Ed. Itatiaia, S. Paulo, 1984.
- Antologia do Folclore Brasileiro – Martins Editora, S. Paulo, 1944
- Os melhores contos populares de Portugal – Dois Mundos, 1944
- Lendas brasileiras – 1945
- Contos tradicionais do Brasil – (Col. Joaquim Nabuco), 1946 - Ediouro
- Geografia dos mitos brasileiros – Ed. José Olímpio, 1947. 2ª edição, Rio, 1976.
- História da Cidade do Natal – Prefeitura Mun. do Natal, 1947
- Os holandeses no Rio Grande do Norte – Depto. Educação, Natal, 1949
- Anubis e outros ensaios – (Ed. O Cruzeiro, 1951), 2ª edição, Funarte/UFRN, 1983
- Meleagro – Ed. Agir, 1951 – 2ª edição, Rio, 1978
- Literatura oral no Brasil – Ed. José Olímpio, 1952 – 2ª edição, Rio, 1978
- Cinco livros do povo – Ed. José Olímpio, 1953 – 2ª edição, ed. Univ. UFPb, 1979.
- Em Sergipe del Rey – Movimento Cultural de Sergipe, 1953
- Dicionário do Folclore Brasileiro – INL, Rio, 1954 – 3ª edição, 1972.
- História de um homem – (João Câmara) – Depto. de Imprensa, Natal, 1954
- Antologia de Pedro Velho – Depto. de Imprensa, Natal, 1954
- História do Rio Grande do Norte – MEC, 1955
- Notas e documentos para a história de Mossoró – Coleção Mossoroense, 1955
- Trinta "estórias" brasileiras – ed. Portucalense, 1955
- Geografia do Brasil Holandês – Ed. José Olímpio, 1956
- Tradições populares da pecuária nordestina –MA-IAA n.9, Rio, 1956
- Jangada – MEC, 1957
- Jangadeiros – Serviço de Informação Agrícola, 1957
- Superstições e Costumes – Ed. Antunes & Cia, Rio, 1958
- Canto de Muro – Ed. José Olímpio, (dez. 1957), 1959
- Rede de dormir – MEC (1957), 1959 – 2ª edição, Funarte/UFRN, 1983
- Ateneu Norte-Rio-Grandense – Imp. Oficial, Natal, 1961
- Vida breve de Auta de Souza – Imp. Oficial, Recife, 1961
- Dante Alighieri e a tradição popular no Brasil – PUC, Porto Alegre, 1963 – 2ª edição Fundação José Augusto (FJA), Natal, 1979
- Dois ensaios de História – (Imp Oficial Natal, 1933 e 1934) Ed. Universitária, 1965
- História da República do Rio Grande do Norte – Edições do Val, Rio, 1965
- Made in África – Ed. Civilização Brasileira, 1965
- Nosso amigo Castriciano – Imp. Universitária, Recife, 1965
- Flor dos romances trágicos – Ed. Cátedra, Rio, 1966 – 2ª ed. Cátedra/FJA, 1982
- Voz de Nessus – Depto. Cultural, UFPb, 1966
- Folclore no Brasil – Fundo de Cultura, Rio, 1967 – 2ª edição, FJA, Natal;, 1980
- História da alimentação no Brasil – Ed. Nacional (2 vol) fev. 1963), 1967, (col. Brasiliana 322 e 323) – 2ª ed. Itatitaia, 1983
- Jerônimo Rosado (1861-1930) – ed. Pongetti, Rio, 1967
30/07/2016
Amigos,
Segue link onde está uma edição digital do meu livro "Aqui Desde Sempre", da editora universitária da UFRN.
A edição em papel foi adiada, pois a licitação (sempre a licitação) para impressão foi anulada.
Mas,
com certeza a edição digital estará presente em lugares mais distantes,
contando um pouco da História do Rio Grande do Norte.
Neste trabalho tivemos uma preocupação maior em trazer informações complementares
sobre personagens que fizeram nossa História, tais como o caminho percorrido
por Dona Clara Joaquina, irmã de Frei Miguelinho, após
a Revolução de 1817; o processo de inquisição de Felícitas,
que tinha parentes aqui no Rio Grande do Norte; notícias de
como morreu Dona Altina, esposa do famoso capitão J. da
Penha; a família de Dona Adélia, esposa do tenente Leônidas
Hermes da Fonseca, candidato virtual ao governo do Rio
Grande do Norte, em 1913; a concessão de título de Conde do
Rio Grande, após a saída dos holandeses; alguns detalhes da
viagem de Frei Aníbal de Genova pelo Rio Grande do Norte;
o Processo 636, contendo um depoimento do meu pai, Miguel
Trindade Filho, a respeito de fatos ocorridos na Intentona
Comunista de 1935; e detalhes desconhecidos pela maioria
dos norte-rio-grandenses sobre João de Barros, donatário da
capitania do Rio Grande.
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO
GRANDE DO NORTE
GRANDE DO NORTE
O IHGRN ajuizou ação contra o IPHAN e logrou a primeira vitória, obtendo liminar de suspensão do embargo dos serviços no prédio da Rua da Conceição, permitindo a continuidade dos serviços de preparação do solo para receber as estantes deslizantes já adquiridas para guardar o seu rico acervo histórico e facilitar o trabalho dos estudantes e pesquisadores. Parabéns ao Advogado Armando Holanda, responsável pela defesa da Casa da Memória.
29/07/2016
ACADEMIA NORTE-RIO-GRANDENSE DE LETRAS – ANRL
Rua: Mipibu, 443 – Petrópolis – Natal/RN CEP 59020-250 - Telefone: 84- 3221.1143
E-mail: academianrl@gmail.com
www.anrl.com.br
Ad Lucem Versus – Rumo a Luz
1936-2016
Integrando as comemorações dos 80 anos da Academia
Norte-Rio-Grandense de Letras, homenagem ao Acadêmico MANOEL RODRIGUES DE MELO por ocasião dos 20
anos do seu falecimento em Natal- RN do dia 29/03/1996.
Palestra Vida e Obra de Manoel Rodrigues.
A palestra será proferida pelo escritor, jornalista e escritor,
Geraldo Queiroz, estudioso da vida e da obra do Imortal Manoel Rodrigues de Melo.
Participação:
Paulo Macedo
Jornalista, acadêmico e Vice- presidente da ANRL
Mediador Diva Cunha
Poeta, acadêmica, ocupante da cadeira Nº 30 que tem como fundador Manoel Rodrigues de Melo
Dia 2 agosto (terça-feira)
Local- Academia Norte-Rio-Grandense de Letras– térreo
17h
COMISSÃO ORGANIZADORA DOS 80 ANOS ANRL
Diógenes da Cunha Lima
Presidente da ANRL
Leide Câmara
Presidente da Comissão
Membros:
Paulo Macedo
Jurandir Navarro
Iaperi Araújo
Sônia Faustino
Carlos de Miranda Gomes
28/07/2016
RELEMBRANÇAS DE MACAÍBA
RELEMBRANDO O PAX CLUB II
Valério Mesquita*
O Pax Club teve de 1950
a 1995 quatro fases distintas. De 1950 (data da construção do prédio pelo
prefeito Luiz Cúrcio Marinho) até 1960 pontificaram os fundadores e diretores,
tais como, Francisco Falcão Freire, Aguinaldo Ferreira da Silva, Alfredo
Mesquita Filho, Severino Aleixo, Enock Garcia, João Fagundes, José Maciel,
Raimundo Barros Cavalcante, Nestor Lima, Gutemberg Marinho, Aldo Tinoco e
tantos outros. De 1960 a 1970, foi a época da Associação Pax Club fundada por
mim, Tasso Cordeiro, Vinicius Madruga, José Almeida, Francisco Francilaide
Campos, Jorge Jonas de Lima, Eudivar Farias, Edílson Bezerra, Silvan Pessoa e
Batista Pinheiro. Vieram, posteriormente, as gestões dos dois últimos
presidentes: Francisco das Chagas Souza e Rinaldo Spinelly Mesquita. Com o
tempo, surgiram as modificações nos costumes, o desinteresse pela vida social,
até que, no início dos anos noventa o clube social foi transformado pela
prefeitura em Centro de Convivência, espécie de miniteatro, ideal para
reuniões, formaturas, etc. O prédio, porém, apesar de algumas modificações
internas, não perdeu sua arquitetura externa original. Não podemos deixar de
fazer uma evocação às figuras populares que trabalharam no Pax, ao longo de
todo esse tempo. Músicos, garçons, cobradores entre outros, fizeram o lado
humano e musical da Instituição. MÚSICOS: Pereira e Jessé (piston), Rei e
Ronaldo (trombone), Banga (bateria), Belchior (banjo), Chicózinho (cavaquinho),
Ailton Feitosa (violão), Cícero Galante (sax), Neif Nasser e Edvan (sax),
Geraldo Paixão (contra-baixo), Tião (surdo), Bastinho (pandeiro). De Natal,
destaque para o Conjunto de João Martins, Orquestra de Jônatas Albuquerque,
conjunto The Jetsons, etc, etc.
GANÇONS: Luiz Bicho
Feio, Tota Passarinho, Antônio Paulino, Geraldo de Doca, João Cabeção, deram
porre em muita gente, liderados pelos diretores José Amâncio e Raimundo Nonato
Cavalcante (vulgo “Fiscá Fuleiro”). COBRADORES: Foreca, Chico Duzentos,
Vagareza Batista Fonseca, sofreram muito na cobrança das mensalidades,
principalmente com os sócios renitentes que lhes impunham verdadeiros
“esculachos” quando visitados.
No início de 1963,
Aluízio Alves era o governador. Em Macaíba a minha família era oposição. Eu
tinha 21 anos e a diretoria do Pax decidiu que eu fosse procurá-lo nas audiências
públicas com um
pedido redigido, de apoio financeiro para a construção
de uma quadra de esportes nos fundos do Pax. Cheio
de dúvidas, subi as escadas do Palácio Potengi e me quedei no salão dos “Despachos”
aguardando com outros a minha vez. Lembro-me que me identificaram como filho de
Alfredo Mesquita, ex-deputado. Aristófanes Fernandes, seu ex-colega de Assembleia,
vez em quando me lançava um olhar de esgueira. E também, Agnelo Alves, chefe da
casa civil, que transitava muito entre os circunstantes. Isso aumentava minha ansiedade.
Vou ser expulso daqui sem mais demora, pensava comigo mesmo. Ao cabo de algum
tempo, de repente, surge o governador e Agnelo com ele, papel à mão,
indigitando a Aluízio os presentes. Quando chegou a minha vez, cumprimentei o
governador, identifiquei-me e entreguei o documento. Aluízio leu rápido. Alguém
lhe deu um bloco pequeno e olhando pra mim, perguntou: “Você sabe onde é a
SUTERN, a Superintendência de Turismo e Esportes do RN? Conhece Ruy Paiva?
Entregue-lhe isto”. Agradeci achando que fora atendido. Ao sair do Palácio, a
curiosidade me alfinetava. Li o bilhete do governador. E bem ali, na rua da
Conceição, perto do museu Café Filho, entreguei o bilhete a Ruy Paiva, velho
pessedista. Leu a ordem, sapecou um talão de cheques e me entregou, mediante
recibo, duzentos mil cruzeiros. Em Macaíba, radicalizada pela luta do verde e
do vermelho, ninguém acreditava. Com essa ajuda a quadra foi concluída e
inaugurada. Aluízio, convidado, passou-me um telegrama e se fez representar por
Mônica Dantas, então prefeita e Alfredo Mesquita, ex-prefeito. Uma breve e
passageira paz pública. A partir daí, passei a admirar o governador cujo gesto
superior neutralizou as questiúnculas políticas.
(*) Escritor.
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