27/07/2015


O TRONO DE DEUS
Jansen Leiros*





A luminosidade do Sol nascente o envolvia, como se fosse uma aura incandescente  e, naquele espetáculo matinal, ele foi abrindo e descendo os braços, simétrica e lentamente, em ação simultânea, para articular o mantra AUM, cujas vibrações interagiam na vegetação abundante, no afloramento rochoso, ao piar das aves  e no soprar dos ventos. Quem tivesse sensibilidade, perceptiva e o visse naquela postura espectral, viria a imensa aura luminosa que o circundava, além dos contornos do corpo físico, afirmando sua potencialidade energética e confirmando sua integração com a mãe natureza.

Todos os dias, Plathus executava aquele ritual. Ao terminar, fora sentar-se numa pedra saliente, curiosamente aflorada no topo daquela elevação e moldada de forma  quase anatômica, como se houvesse sido  trabalhada no buril do vento, associado ao tempo, à qual o próprio Plathus havia batizado  de “O Trono de DEUS”.

Daquele belvedere, para o Norte, via-se uma sucessão de pequenos montes rochosos que desciam na direção de uim delta, repleto de bucólicas ilhotas e artisticamente desenhado nas encostas das montanhas  que namoravam o mar. Para o Sul, viam-se os picos nevados da cordilheira andina. Ao Leste, a  visão distante do imenso lago Titicaca, de imensa beleza, caprichosamente cercado por vegetação arbustiva, rala e quase rasteira, até considerável distância, seguindo-se emoldurado por densa floresta de carvalhos gigantes, cuidadosamente cultivados e por onde os raios do Sol nascente cumprimentavam o dia.  Ao Oeste, estava o oceano, pacífico e azul, em sua própria homenagem e em cujo infinito, as sombras da madrugada  despediam-se melancólicas e taciturnas, nas barras do horizonte. Aquele fora o Universo eleito por Plathus para seu intimismo. Dele, partilhavam alguns elementos da própria natureza, além de Flávia, a amiga espiritual que o acompanhava nesta romagem terrestre.

Portador de qualidades excepcionais, nosso Plathus logo elegeu seu mundo especial, no qual trafegava sem atropelos.  De fato, fugia do convívio da meninada de sua aldeia, para adentrar-se nas floresta adjacente e subir a montanha encantada que se transformara , para seu gáudio, no Refúgio dos DEUSES. Paraiso no qual energizava o espírito ansioso de alçar voos cósmicos.

Trinta e três janeiros haviam transcorrido ao longo da vida de nosso jovem e mestre artesão, esbanjando saúde, irradiando excelente senso de humor, enfeitiçando pessoas com seu impressionante carisma, e sua irrefutável liderança nata, fortalecida por um perfeito equilíbrio emocional, muita sensatez, e inigualável capacidade de persuasão. Enfim, Plathus uma dessas pessoas ímpares e muito  raras que surgem, uma entre milhares, a cada geração. 

Flávia, sua companheira de jornada, fora o merecido prêmio que nosso carpinteiro recebera pelo muito que amealhara em suas peregrinações milenares, palmilhando pelos caminhos cósmicos.

(continua)
Jansen Leiros*

Da Academia Macaibense de Letras;
Da Academia Norte Rio de Trovas;
Da União Brasileira de Escritores;
Do Instituto Norte Rio Grandense de Genealogia;
Do Instituto Histórico e Geográfico do RN.









26/07/2015


Fase de experiência do BLOG DA A.N.R.L.

ESTA É UMA EXPERIÊNCIA QUE ESTOU TRABALHANDO PARA DOTAR A ACADEMIA NORTE-RIO-GRANDENSE DE LETRAS - ANRL, Instituição fundada sob o comando de Luís da Câmara Cascudo em 14 de novembro de 1936, com um BLOG informativo e ilustrativo da sua história, realizações, legislação e iconografia, além da publicação permanente dos projetos, programas e trabalhos dos Acadêmicos.
Esperamos sugestões para chegarmos ao ideal.
Com o carinho e respeito de 
CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES, titular da Cadeira nº 33. 


Senhores Acadêmicos,

Carlos Roberto de Miranda Gomes

Jurandyr Navarro da Costa

Maria Leide Câmara de Oliveira

Sônia Maria Fernandes Faustino

Convidamos para a reunião da Comissão de Revisão do Estatuto e Regime Interno da Academia  que será realizado no dia 28/07/2015 (terça-feira), as 18 horas, na academia de Letras.

Contamos com sua presença

Cordialmente,

Armando Aurélio Fernandes de Negreiros
Presidente da Comissão
ATENÇÃO 
PROVISORIAMENTE O BLOG EXPERIMENTAL PODERÁ ACESSADO PRECARIAMENTE DA SEGUINTE FORMA:
1. Acesse o GOOGLE colocando o nome IHGRN,
2. Ao acessar o Blog do IHGRN clique no símbolo da Blobspot e será aberto e aí você encontrará a referência ANRL, quando então você poderá acessar esse novo blog, que já possui matéria provisória, inclusive as propostas de minutas dos novos Estatuto Social e Regimento Interno. Estamos estudando uma forma de acesso direto, bastando colocar no google a sigla ANRL.  AGUARDEM
FAÇA ALGUM COMENTÁRIO para o meu e-mail mirandagomes1939@yahoo.com.br
  

25/07/2015


DIA 27 DE JULHO - 19:00 HORAS - ESTAÇÃO CULTURAL ROBERTO PEREIRA VARELA - C.MIRIM

Caros confrades,


Em anexo, o convite recebido pela ACLA, para participação da Noite Cultural, evento comemorativo dos 157 anos de emancipação política de Ceará-Mirim.
Um abraço para todos

Joventina
JUSTOS PARABÉNS DOS AMIGOS DO 
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE - IHGRN 



 E DO INSTITUTO NORTERIOGRANDENSE DE GENEALOGIA - INRG


24/07/2015

Fotos de registro do encontro do dia 24/7/2015, para celebração de Convênio entre a SEEC e o IHGRN, visando a aquisição de estantes deslizantes, bem como fotos recentes da sede do Instituto.




Créditos: Scilla Gabel
(99688-3884 / 99414-2235)


Educação do RN firma convênio com o Instituto Histórico e Geográfico
SEEC/ASSECOM25 jul 2015 08:54
SEEC/ASSECOM
Educação do RN firma convênio com o Instituto Histórico e Geográfico do RN
Secretaria da Educação do RN firma convênio com o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN). A reunião que tratou do convênio aconteceu na tarde da quinta-feira (23) nas dependências do gabinete da Secretaria da Educação, no Centro Administrativo do Governo do RN, em Natal.
O convênio visa oferecer ao estudante da rede estadual de ensino o contato com o acervo histórico do Estado, desde o período colonial aos dias atuais, através da visitação ou em sala de aula. O prédio do Instituto Histórico e Geográfico do RN faz parte do centro histórico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Pela Secretaria da Educação do RN estiveram presentes o subsecretário Domingos Sávio e a chefe de gabinete, Rute Regis; pelo Instituto Histórico e Geográfico do RN, o presidente Valério Alfredo e a assessora de Projetos Scilla Gabel.
O Instituto Histórico e Geográfico está localizado na  R. da Conceição, 622, Cidade Alta, em Natal.


23/07/2015

A DESTINAÇÃO DOS SEUS ESPAÇOS                                                                                                                                                                
 
 
      Públio José – jornalista
 
 
 
                     Na vida do apóstolo Pedro inúmeras passagens relatam sua rica convivência com Jesus. Entretanto, uma das mais significativas diz respeito ao início da caminhada do apóstolo com Jesus. Jesus chegara à praia e estava sem condição de falar à multidão porque “esta o apertava”. Olhando de um lado para outro, Ele divisou o barco de Pedro, naquelas circunstâncias a tribuna ideal, o púlpito perfeito. O texto bíblico não relata, mas Jesus deve ter pedido licença, permissão a Pedro para utilizar o seu barco como palanque. Naquele momento o espaço que pertencia a Pedro – o seu barco – era um elemento importantíssimo para o discurso que Jesus pretendia proferir. Pedro era tido como uma figura explosiva, sanguínea, e era de se esperar, pelo seu agir natural, que ele negasse a Jesus o seu espaço. Além do mais porque acabara de chegar de uma pescaria – pescaria, por sinal, totalmente infrutífera.
                     A lógica, portanto, indicaria uma recusa total de Pedro às pretensões do Mestre. A história nos informa que o futuro apóstolo estava passando por momentos empresariais dificílimos. Pedro devia impostos a Roma e o faturamento advindo da pesca, naquele tempo ainda feita em condições extremamente precárias, não vinha correspondendo às suas expectativas. Entretanto, Pedro acedeu. Abriu seu espaço físico para a pregação da palavra de Jesus. Este foi um momento importante, demarcatório na sua vida. No primeiro contato com Jesus ele aceitou interagir, colaborar. A narração está contida na Bíblia, em Lucas 5, do versículo 1 ao 13. Mas, o mais importante não foi somente Pedro emprestar seu barco a Jesus – foi também abrir coração e mente para o conteúdo do que Jesus falava e, conseqüentemente, aceitar, na sua lógica, a essência do discurso proferido.
                        Depois de ouvir a Jesus pela primeira vez Pedro nunca mais foi o mesmo. De início foi testemunha e alvo principal de um milagre promovido pelo Mestre. Após emitir a sua fala, Jesus – sabedor das extremas dificuldades empresariais que ele enfrentava – se volta para Pedro e lhe ordena que se faça ao largo e lance as redes ao mar. Ainda impactado pelo discurso que ouvira minutos atrás, Pedro faz uma declaração de fé ao afirmar: “Mestre, havendo trabalhado toda à noite, nada apanhamos, mas sob a tua palavra lançarei as redes”. O resultado é por demais conhecido. As redes ao serem trazidas à tona estavam abarrotadas de peixe, e, de tão pesadas, quase que se romperam, necessitando da ajuda de outros pescadores que estavam próximos. Foi um caso típico de superprodução inesperada.... Pedro, assim, sentiu na própria pele o resultado da abertura de seus espaços para Jesus.
                        Em nossas vidas nós também temos nossos espaços a administrar, a preencher. A questão é saber com que tipo de proposta, de discurso nossos espaços estão sendo preenchidos. A nossa residência é um espaço importantíssimo; nossa mente, a família, ambiente de trabalho, o ambiente social que habitamos – enfim, as áreas ao nosso redor que influenciamos, mas também os espaços, sob nossa responsabilidade, que sofrem influências externas, influências de outrem. Pedro poderia ter negado seu espaço a Jesus. E aí, o que teria acontecido? A pesca tão frutífera, que quase afunda o barco e quase rasga as redes, teria ocorrido? Certamente o Evangelho de Jesus teria de ter uma outra redação, um outro desfecho. Pedro cedeu seu espaço físico e mental para Jesus. É hora, então, de se perguntar: com que tipo de conteúdo nós estamos preenchendo nossos espaços físicos, mentais e espirituais?
                         Em certos ambientes só se fala em dinheiro; em outros é a ascensão social, política e empresarial que ocupa todos os momentos. Para certas pessoas o importante é curtir futilidades, superficialidades. Um grupo, extremamente numeroso, é integrado por gente que não pensa em outra coisa que não tenha um forte peso material. E a salvação? Poucos se preocupam em buscar uma explicação para esse fenômeno espiritual que irá marcar nossas vidas para a eternidade. Para a grande maioria o imediatismo é que importa, com a vantagem correspondente. Outros estão ocupando seus espaços com crimes, mortes, seqüestros, corrução. Para alguns o se prostituir é a atividade ideal, compensadora. Pedro destinou todos os seus espaços a Jesus. Deu-se bem, fez história. Resta saber, a essas alturas, se é positiva ou não a destinação que estamos dando aos nossos espaços. Não já está na hora de refletir?