14/07/2015



VIVA DO SEU JEITO

Valério Mesquita*

Não se irrite se os principais sinais de trânsito em Natal estão encobertos por galhos de árvores. Nem se apavore com o aumento prenunciado da gasolina e do álcool. O país dos veículos motorizados agradece as autoridades o sufoco de viver hoje em dia. Não fique indignado com o desperdício de duzentos e oitenta milhões gastos na recuperação dos apartamentos para os senhores deputados federais em Brasília. Pois, o exercício da missão é árduo, penoso e estafante. Não entre em parafuso se o Walfredo Gurgel e similares não tomaram conhecimento do plano de emergência oficial para a normalização - haver passado, passando. As brancas batas dos médicos continuam Omo total.
Não se perturbe com as obras de mobilidade, pois passarão o céu e a terra, e elas também não passarão. Jamais ponha credibilidade em tudo que se disser em nome da copa do mundo que virá. Já está ficando chato o uso e abuso das coisas nesta cidade em função de uma mixuruca rodada afro-asiática do futebol do terceiro mundo. Não se desespere com as exigências da vida social, cultural, política e social. O melhor mesmo é cuidar da vida pessoal sem patrão e sem fardos para carregar. Nem se assuste com os índices de criminalidade reinante na periferia da droga ululante. Ela está tirando a vida de uma geração inteira de jovens aqui e alhures, como diria o amigo jornalista Paulo Macedo.
Viva do seu jeito. Como é gostoso ouvir as canções que despertam sentimentos adormecidos. Ou respirar proustianamente aromas que nos recordem a infância, a adolescência: aprendi a lição wildeana de que a “tragédia da velhice não consiste em ser idoso, mas em ter sido jovem”. Não se sinta infeliz pela amolação de estar fazendo parte da sociedade. Pior é se posicionar como excluído dela. Aos aposentados de toda sorte pela guilhotina da compulsória afirmo que não me considero envelhecido, mas amadurecido. Relembro: viva do seu jeito, sendo você mesmo, porque as outras personalidades já têm dono. Por tudo, subestime os feriados santos brasileiros que tanto desabitam as igrejas. Daí, eu ter horror ao ponto facultativo.
Aconselho o cultivo do humor. “A Escolinha do Professor Raimundo” ainda é a minha preferida. Chico Anísio foi um gênio. Tipos como Rolando Lero (Rogério Cardoso), Baltazar da Rocha (Walter D’Avila), Brandão Filho, entre outros, honraram o humorismo nacional que hoje sobrevive de pornochanchadas, imoralismos e nudez. O nu, para os aficcionados é muito bom, mas sem confundi-lo com o humor. Não confie muito na televisão que explora a superficialidade de muitos com programas de baixo nível como o Big Brother e a Fazenda. Seja você mesmo. Não vá na onda. Viva do seu jeito. Não “Salve o Jorge” da novela global. Tudo é picaretagem.
(*) Escritor

13/07/2015


Sobre o batismo de Tobias do Rego Monteiro

O historiador Tobias do Rego Monteiro, também, teve problemas com seu registro de batismo.

12/07/2015


MEROS PALPITES

Valério Mesquita*

O mundo virou bando de interesses guardados por polícia. E com ele a lei, os direitos individuais, o patrimônio público e até o crime, vez por outra. Os códigos instituídos pelos homens e os mandamentos de Deus são quebrados todos os dias, minuto a minuto. O facínora, o bandido dos crimes hediondos, têm como defesa “os direitos humanos”, as ONGs e até ministério. Há mais direitos para eles do que para os cidadãos e cidadãs comuns. O sistema prisional e as penas aplicadas são uma lástima e não corrigem e nem despencam as estatísticas criminais. Antes, são estimulantes para novas práticas e revoltas. Bem, e daí? Aonde quero chegar? Bom, o assunto é tão emblemático que nem sei se chegarei à sua conclusão. Por isso, intitulei o texto de “meros palpites”, abordagem ligeira e descomprometida, tudo à luz da experiência de vida, debruçado à janela, lendo jornais e vendo a máquina mortífera chamada televisão. Começo perguntando: o estado brasileiro está falido no enfrentamento dos desafios sociais, principalmente a saúde e a segurança? Não. Não está. O problema é de gerência, de competência. O regime democrático é lento e o organismo corroído de chagas é de caríssima manutenção. Anotem: na próxima crise econômica de origem européia ou americana o nosso país pifará. Essa ordem (ou desordem?) econômica explodirá, pois a impunidade que campeia já acendeu o estopim, baldados os esforços do Ministério Público e da Polícia Federal. O abuso de concessão de liminares aí está para confirmar. Os tribunais de contas votam criteriosamente intervenções municipais em prefeituras corruptas, mas os governos estaduais não executam as decisões por conveniência política. Nos hospitais públicos a pobreza morre à mingua, abandonada com dores físicas e morais insuportáveis porque o deficitário sistema único de saúde não dá votos e sim o “bolsa família” e a dinheirama drenada e desviada das “emendas parlamentares”.
Semana passada, uma senhora que reside num condomínio se lastimava com piedade de um marginal, detido por populares em flagrante. Levou uma merecida sova. Aliás, a única punição que receberá realmente. “Minha senhora”, disse-lhe, “deixe o povo aprender a punir, porque a dor física é a única que mete medo”. Aí me lembrei que foi a dor do corpo (para mostrar a única fragilidade veraz do ser humano) aquela escolhida pelo filho de Deus – Jesus – para redimir os pecados do mundo. Esbofeteado, cravado de espinhos, cuspido, furado com pregos os pés e as mãos, e crucificado. E Pilatos, simbolizando “liminarmente” a justiça romana e judia de Caifás, lavou as mãos “diante do sangue desse inocente”. Jesus deixou-se condenar porque assim estava escrito e predestinado. Mas os homicidas diabólicos do mundanismo de hoje, verdadeiros animais e os ladrões de colarinho branco são tratados com pachorra e facúndia, com homenagens de praxe e de apreço frutos de uma legislação fáctil, fóssil, fútil e fácil. E assim, já dizia o comerciante assuense Luis Rosas, que desfrutou de grande riqueza e, depois tendo perdido tudo, foi surpreendido por amigos vendendo avoetes na feira das Rocas, em Natal: “Amigos, não se preocupem, tudo é comércio!”.

(*) Escritor

09/07/2015

INSTITUTO HISTÓRICO no DIA a DIA

 Nesta foto temos a posse do sócio JOSÉ NARCÉLIO (07/7/2015)
 Sessão plenária do dia 09/7/2015
  Sessão plenária do dia 09/7/2015
 Entrega do Diploma "Amigo do IHGRN" ao Deputado Ricardo Motta


 Entrega do Diploma "Amigo do IHGRN" ao Diretor da FJA Rodrigo Bico
Entrega do Diploma "Amigo do IHGRN" ao Dr. Renato Cunha Lima

08/07/2015



UM TRABALHO NA 4º DIMENSÃO


Aproximava-se do meio-dia e estava  quente. Muito quente mesmo!  O termômetro marcava 32º centígrados. Dir-se-ia que, em pouquíssimo tempo, teríamos uma precipitação pluviométrica, muito intensa. De nos causar medo!
Face a esta conjuntura, apressei-me para não me atrasar. A reunião para a qual eu estaria indo, teria início às 14:00h. Se chovesse, não gostaria de chegar atrasado,.
Segui!  Em chegando lá, duas companheiras de trabalho já haviam chegado e não havia mais o que fazer.  Tudo estava devidamente arrumado.  Todas as coisas estavam nos seus devidos lugares. Sala impecável!  Era assim que eles pediam!
Sentei-me numa das cadeiras da sala e entrei em relax. Em poucos instantes adormeci.
Não sei precisar quanto tempo levei para entrar em sono reparador!
De repente, me vi desperto na 4ª dimensão. Na 3ª, cheguei a ver: Milla, Tatiana, Marlene (a coordenadora) e Marilene.  Essa, seria a equipe de médiuns que promoveria  a sessão de aplicação de passes. Eu, tão somente , ministraria a emissão das energias magnéticas, meramente somáticas e os demais, trabalhariam no amálgama das forças do corpo e das forças do espírito. Assim, meu objetivo era harmonizar o ambiente astral que  vinha  conseguindo.
Ali, o silêncio parecia ser ouvido. Era o que o momento pedia, pois se desejasse articular um trabalho específico com os seres em desdobramento corporal, como nós, o modelo era aquele.
No plano físico, o trabalho de atendimento aos pacientes encarnados, tivera início.  Agraciado com o contato de minhas companheiras da esfera terrena, me contentei em vê-las em atividade no campo da 4ª dimensão. Estava feliz!
A reunião tivera início, exatamente às 14:00hs. Voltei ao corpo!  Olhei para os lados e identifiquei minhas companheiras de trabalho.  Cada uma ladeando sua mesa de atendimento.
De repente, passei a ouvir vozes longínquas, que não conseguia identificar, porque eram distantes e não as ouvia bem. Além do mais, eu não estava psiquicamente bem.
Aqui, vale à pena dizer que, na reunião anterior, fomos apanhados de surpresa e, incontinenti, afastado de minha mesa de trabalho, sob a alegação de que os mecanismos teriam mudado e que a equipe de médiuns passara a ser somente feminina e que eu iria ficar, somente, doando energias.
De repente, tomei um susto, pois não entendi o porque.  Porem, como sou pessoa educada, aliás, bastante educada, e cristã na acepção íntegra da palavra, nada questionei e permaneci no ambiente e, ainda me dispus, de vir na quinta-feira próxima e na seguinte, etc.
Hoje, novamente, me surpreendi!  A companheira Milla, percebendo que eu continuava impactado com a forma da informação, disse-me delicadamente que eu estava sendo poupado por não me encontrar em boa condição de saúde.
A coordenadora do trabalho, menos atarefada do que na semana anterior, foi mais gentil, ainda.
Tal atitude me encorajou a verbalizar algumas coisas que havia ouvido, não só da médium Milla, como da Tatiana, as quais ratificaram minhas palavras, deixando-me tranquilo com relação à autenticidade das ocorrências.
Quase no final da tarde, assisti à duas intervenções cirúrgicas, mediúnicas, cujos procedimentos foram confirmados integralmente, para minha alegria.
Assim, essa crônica, cuja autenticidade poderá ser confirmada pelas médiuns componentes do grupo que atua na referida sala.
Desculpas por minha precipitação, venho pedir de público!. É que, de fato, guardo, ainda, a pequenez do ressentimento, quando me magoam desconhecendo uma coisa chamada sensibilidade, que possuo e minha produção literária é dela uma prova inconteste.

JANSEN LEIROSs*
Da Academia Macaibense de Letras;
Da Academia  Norte Rio-grandense de Trovas
Da União Brasileira de Escritores;
Do Instituto Histórico e Geográfico do RN.